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Noções: é uma garantia individual, um remédio jurídico, que visa tutelar a liberdade
física do indivíduo, a liberdade de locomoção (ir, vir, ficar)
Conceito jurídico: é o remédio jurídico destinado a tutelar a liberdade física de
locomoção do indivíduo, a liberdade de ir, vir, ficar, permanecer.
Finalidade: evitar ou fazer cessar a violência ou coação à liberdade de locomoção
decorrente de ilegalidade ou abuso de poder.
Natureza Jurídica: bastante discutida, embora previsto no CPP, como recurso,
prevalece a idéia de que não é recurso, mas uma ação penal popular constitucional.
Previsão Legal: o habeas corpus está previsto no art. 5º, inciso LXVIII, da
Constituição e artigos 647 ao 667, do Código de Processo Penal.
ESPÉCIES:
A competência para julgar é a do tribunal ao qual está vinculado o juiz. Observação, em face
da emenda constitucional nº 45, art. 114, inciso IV da CF, está firmada a competência para
trabalhista quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição, logo se a
autoridade coatora for um juiz do trabalho a competência para o julgamento do HC será do
TRT da respectiva região.
Após a comunicação do flagrante ao juiz e este não relaxa, passa a ser a autoridade coatora
em habeas corpus contra referida prisão.
Remetido o inquérito policial findo, passa a ser o juiz a autoridade coatora, em razão do seu
dever de conceder habeas corpus de ofício e de relaxar as prisões ilegais (art. 654, § 2º, do
CPP; art. 5º, LXV, CF e art. 4º, ‘d’, da Lei 4.898/65, ainda que venha a devolver o IP à
delegacia, por requerimento do Ministério Público.
Requisição de abertura de inquérito pelo juiz ou promotor de justiça: o
STF, o STJ e o TRF da 1ª região entendem que a autoridade coatora é a que
requisita a instauração do IP, diante da obrigação do Delegado em atender ao
requisitado e porque a simples instauração do IP já é tido como
constrangimento. O entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo é que a
autoridade coatora é o Delegado de polícia, porque a requisição não obriga o
Delegado instaurar o IP e o indiciamento, com cores de imputação preliminar e
de coatora do delito, caracterizador de possível constrangimento ilegal, na
medida em que absolutamente inadequado, é sempre de iniciativa da
autoridade policial, e não do Ministério público ou Juiz, razão pela qual contra
ela deve ser impetrado o habeas corpus.
Entretanto, se entender que o Promotor de Justiça é a autoridade
coatora, a competência par julgar o HC é do Tribunal, pois segundo
entendimento do STF e TRF da 1ª Região, porque neste caso, ao
reconhecer o constrangimento ilegal, pode se estar atribuindo à
autoridade coatora uma conduta definida como infração penal, por isso,
só o tribunal que competir julgar a autoridade coatora é que poderá dizer
se sua conduta é crime.
CARACTERÍSTICAS:
Requisitos:
a) - fumus boni iuris – fumaça do bom direito;
b) - periculum in mora – perigo da demora.
Regras de endereçamento do habeas corpus: será sempre endereçada para a
autoridade superior à tida como coatora:
ØSe for Delegado de Polícia estadual/Federal - será endereçada ao Juiz de Direito
Estadual ou Federal competente, singular ou Júri de acordo com o caso.
ØSe Juiz de direito Ao Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado
/Federal de acordo com o caso;
ØSe autoridade do TRF endereçada para o Senhor Ministro Presidente do Colendo
STJ;
ØSe autoridade coatora for Promotor de Justiça estadual ao Presidente do Tribunal
de Justiça;
ØSe for Particular Juiz de Direito Federal /Estadual
DA REVISÃO CRIMINAL
Noções Gerais: previsto nos arts. 621 e seguintes CPP. É remédio que apenas
o condenado pode usar contra a coisa julgada, visando reparar injustiças ou
erros judiciários que tenham atingido por força de sentença condenatória.
Noções gerais - trata-se de ação, e não recurso. Ação de natureza civil, de rito
sumaríssimo e fundamento constitucional, destinada a proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder público (at. 5º, LXIX, CF). O remédio constitucional do mandado de
segurança pode ser impetrado tanto contra a autoridade civil como a autoridade criminal,
desde que haja violação ao direito líquido e certo).
Segundo Paulo Rangel, o mandado de segurança surgiu no Brasil, pela primeira vez na
Constituição da República em 1934, em seu artigo 113, nº 33, desaparecendo
posteriormente com a constituição de 1937 (RANGEL, 2015, p. 1114). Atualmente, é
previsto no artigo 5º LXIX da Constituição/88. É também previsto na Lei 12.016/2009.
Admissibilidade – só pode ser concedido diante de direito líquido e certo,
direito apto a ser comprovado de plano, exige-se prova pré-constituída, ou seja,
aquele que não necessita de dilação probatória para ser comprovado.
Ilegalidade é a desconformidade de atuação ou omissão do agente público ou
delegado em relação à lei. O abuso de poder ocorre quando autoridade, tendo
competência para praticar o ato, realiza-o com finalidade diversa daquela
prevista em lei (desvio de poder) ou quando a autoridade, embora competente e
observando as formalidades legais ultrapassa os limites que lhe eram
permitidos por lei (excesso de poder).
Princípio da subsidiariedade ou da residualidade – somente cabe mandado de
segurança no âmbito criminal quando:
a) - não for o caso de habeas corpus, ou de habeas data, i.e., quando não está sob a
ameaça direta a liberdade individual ou o direito de informação;
b) - quando não haja recurso próprio previsto em lei com efeito suspensivo ou;