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Qual o impacto emocional frente ao diagnóstico de câncer de mama?

Primeiro há um grande estigma com relação à palavra câncer: como se não houvesse solução. Porém, hoje em dia,
com avanço da medicina e dos tratamentos, há bastante sucesso, principalmente quando identificado precocemente.
Câncer é uma doença que vai abranger o individuo em todos os seus aspectos: física, psíquica, socialmente e
espiritualmente. O impacto inicial pode ser de espanto ou negação. Depois, podem surgir emoções como medo,
tristeza, raiva, culpa neste processo. Essas emoções são entendidas como naturais no processo e o ideal é que a
mulher evolua para uma aceitação da doença, caso contrário, pode desenvolver algum transtorno de humor como
depressão.
É visto uma diminuição da autoestima, por exemplo, alguns tratamentos que podem levar a perda do cabelo ainda
mais se houver necessidade de amputação do seio.
E por ser essa doença tão abrangente, a família também é diretamente atingida, pois esta vai precisar se reorganizar
quanto a rotinas na casa, já que a disposição da mulher acometida para suas tarefas pode diminuir, talvez precise
deixar de trabalhar, afetando aí questões financeiras. Então, receber um diagnóstico e enfrentar algo assim nunca é
fácil.

Como a psicologia auxilia as mulheres que enfrentam um diagnóstico de câncer?


Através de escuta, do acolhimento e de outras ferramentas terapêuticas, o psicólogo oferece apoio e ajuda na
maneira como a mulher vai encarar o processo de modo a reduzir seu sofrimento, como resgatar autoestima, valores
de vida e trabalhar a aceitação da condição da doença. É a aceitação que vai proporcionar maior a adesão ao
tratamento.
Também, antes citei o exemplo de mulheres que perdem o cabelo, que representa para muitas perder um símbolo de
feminilidade. Quantas mulheres, que, quando querem sentir mais bonitas vão ao salão mudar o cabelo não é? Como
fica no, caso de uma mulher que perdeu o cabelo no tratamento? Então na psicoterapia o olhar é direcionado a
outras qualidades da mulher e encorajamento ao enfrentamento à doença, mostrar que ela pode ser linda em outros
aspectos.

O que a mulher pode fazer para manter a saúde mental, um dos pontos citados aqui como preventivo ao
câncer?
Frase das redes sociais.
Nestes tempos de pandemia temos visto a importância das relações interpessoais, portanto, a primeira orientação é
manter relações interpessoais, mesmo e apesar dos cuidados que devemos ter. Poder contar com apoio de outras
pessoas, sejam do seu circulo de convivência ou que tenham interesses em comum (grupo de caminhada, por
exemplo), poder expressar seus pensamentos e sentimentos para as pessoas de confiança.
Em segundo lugar, viver o momento presente. O passado não é passível de alteração, cabe a cada um de nós
aceitar nossas vivências, perdoar e se perdoar do que já aconteceu. Para o futuro, existe planejamento, mas não
controle de todas as variáveis. Não moramos no ontem, nem no amanhã. É no agora que realizamos nossas ações.
E assim, manter hábitos positivos para a saúde física claro, não existe saúde do corpo sem saúde da mente e vice-
versa. Todas nós sabemos que hábitos são estes o quanto são importantes, inclusive já foram citados aqui, como
manter atividades físicas, se alimentar de modo mais saudável e evitar aqueles que trazem prejuízos a nossa saúde,
SOBRECARGA, mulher com muitas funções (poder delegar, contar com ajuda, assumir só o que lhe diz respeito) e
como fumar por exemplo. Também, ir à unidade de saúde, estar em dia com seu acompanhamento médico é
fundamental. Vamos esquecer daquele ditado de que “quem procura acha”, do medo de encontrar algo realmente, e
neste caso substituir por “prevenir é melhor do que remediar”. Outro sentimento muito presente nas mulheres que
não vão realizar as consultas e exames de saúde íntima é a vergonha. Vergonha por pensar que os outros vão achar,
do que o profissional da saúde vai pensar, as adolescentes por pensar que as pessoas a julgarão por ter vida sexual
ativa... Vejam, agora é um bom momento de rever tais pensamentos! Pensar assim ajuda em quê? Eu posso lhe
garantir que evitar julgamento alheio neste caso, e assim não ir às consultas e exames em nada vai te beneficiar.
Afinal, a responsabilidade maior por sua saúde é sua, é você quem precisa se cuidar.
Então as pessoas sabem o que fazer – conscientização/informação está em todos os lugares, basta uma busca
rápida na internet - mas não conseguem fazer! “Quero começar a caminhar, mas nunca vou”, “segunda começarei
minha dieta”, “vou reduzir meu tempo nas redes sociais”... já ouviram essas frases? Eu inclusive ouvi de mim mesma.
Para finalizar, ajuda muito avaliar aquilo, colocar na balança os benefícios e malefícios do que eu faço... qual é o
custo, por exemplo, do sedentarismo? É difícil iniciar? O que facilita? O que me impede? Quais os benefícios de
realizar caminhadas? Como me motivar? Posso fazer um lembrete, colocar o celular para despertar! E principalmente
ir, fazer aquilo. Lembrar que mudar um comportamento, sair do que é confortável, do que já estamos acostumados é
difícil, que é preciso persistir. Com persistência e frequência podemos desenvolver novos hábitos e assim viver
melhor.

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