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PROPAGANDA POLÍTICA
PROPAGANDA POLÍTICA
A propaganda política é realizada por vários instrumentos e tem como fundamento o direito de
antena que consiste na prerrogativa dos partidos políticos de terem acesso gratuito aos meios de
comunicação, previstos no art. 17, §3º, da CF. Esse direito é espécie de manifestação da liberdade de
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
informação e de expressão. No entanto, a intimidade, honra e vida privada constituem limites à
propaganda política.
Dentre os princípios que disciplinam a propaganda eleitoral no Brasil podem ser elencados:
• Princípio da legalidade: a propaganda política é regulada por lei federal (art. 23, I, da CF),
competindo ao TSE editar regulamentações à lei, sem invadir a competência legislativa.
• Princípio da veracidade: deve ser observado o art. 45, II, Lei nº 9.504/97.
Antes de explicarmos cada um dos tipos de propaganda, vamos fazer uma linha do tempo do período
eleitoral para a melhor compreensão de cada uma delas.
Último dia 16 de 30 de
para Agosto Outubro
realização Início do 29 de Dia do
das período Setembro segundo
convenções para a Último dia turno das
partidárias e realização de elições para
escolha de de propaganda cidades com
candidatos propaganda eleitoral em mais de 200
5 de Agosto eleitoral rádio e TV mil eleitores
15 de 26 de 2 de
Agosto Agosto Outubro Dia
Último dia Início do do primeiro
para os período de turno das
partidos e propaganda eleições
coligações eleitoral em
pedirem o rádio e TV
registro de
candidatos
Essa propaganda está prevista no artigo 36 da Lei das Eleições e não se dirige aos eleitores, mas aos
filiados do partido político que participarão das Convenções.
Entre o período de 20 de julho a 05 de agosto os partidos políticos devem escolher seus candidatos.
Assim, a partir do momento em que for fixada a data da Convenção, nos 15 dias anteriores, os filiados que
pretendem se lançar candidatos poderão fazer a propaganda intrapartidária.
Propaganda Intrapartidária
15 dias antes das
Convenções
O destinatário dessa propaganda não é o eleitor, e, por isso, a propaganda intrapartidária não poderá
ser ostensiva. Diante disso, veda-se que seja feita em rádio e televisão, bem como outdoors.
É VEDADA A
PROPAGANDA
INTRAPARTIDÁRIA
A propaganda eleitoral está disciplinada nos artigos 37 a 58A da Lei das Eleições e nos artigos 240 a 256
do Código Eleitoral. Estuda-se na Lei dos Partidos Políticos que as agremiações terão direito de utilizar,
gratuitamente, o rádio e a televisão para divulgar seus partidos políticos. Essa propaganda, denominada de
partidária, será realizada durante o ano todo. A exceção fica por conta do §2º do art. 36 da LE que veda a
utilização da propaganda partidária no segundo semestre do ano eleitoral.
*NOVIDADE LEGISLATIVA! #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO #MINIRREFORMAELEITORAL
ALTERAÇÃO: FIM DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA GRATUITA NO RÁDIO E TV
A Lei nº 9.096/95 dispõe sobre os partidos políticos e, em seu art. 45, tratava sobre a “propaganda
partidária”, quarta espécie de propaganda, conforme visto acima. Veja o que dizia o caput do art. 45:
Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada mediante transmissão por
rádio e televisão será realizada entre as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para,
com exclusividade:
I - difundir os programas partidários;
II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos eventos com este
relacionados e das atividades congressuais do partido;
III - divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários;
IV - promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será
fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento).
A propaganda partidária era aquela veiculada fora do período eleitoral e na qual o objetivo era
divulgar as ideias do partido. Normalmente, terminava com a pessoa dizendo: “Filie-se ao partido...”
O fim da propaganda partidária era um antigo pleito das emissoras de rádio e TV.
Importante esclarecer que a propaganda eleitoral, ou seja, aquela veiculada no período das eleições
para pedir votos para os candidatos, continua existindo.
A propaganda eleitoral é permitida apenas durante o período eleitoral. De acordo com a Lei das
Eleições, permite-se a propaganda após o dia 15.08 (ver linha do tempo acima). Assim, a propaganda
eleitoral poderá ser desenvolvida entre os dias 16.08 e o dia das eleições, se for realizada antes desse
período, será considerada propaganda eleitoral antecipada.
Para facilitar basta lembrar que o registro dos candidatos deverá ser efetuado até às 19 horas do
dia 15 de agosto. No dia seguinte começa a “corrida eleitoral”, permitindo-se a propaganda.
A partir do prazo autorizado por lei, as candidaturas podem ser promovidas por meio da
propaganda de rua, da imprensa, do rádio, da televisão e da internet, entre outros meios. Cartazes,
faixas e carros de som poderão circular pelas cidades. Os candidatos, partidos políticos e as coligações
poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa.
Mesmo os candidatos que estejam com sua candidatura sub judice poderão fazer propaganda.
No entanto, existem limites e regras à realização da propaganda eleitoral. O Código Eleitoral
proíbe, por exemplo, a propaganda que implique oferecimento, promessa ou solicitação ao eleitor de
vantagens de qualquer natureza e que calunie, difame ou injurie qualquer pessoa.
O art. 36-A da Lei das Eleições elenca uma série de hipóteses que não são consideradas como
propaganda eleitoral antecipada. Ocorre que, para que os atos arrolados nos incisos do art. 36-A da LE
não sejam considerados como propaganda eleitoral antecipada eles não poderão:
• Conter pedido explícito de votos
Assim, se das hipóteses abaixo elas não contiverem pedido explícito de votos, não será
considerada propaganda eleitoral antecipada.
Vejamos os dispositivos:
*#DEOLHONAJURIS #STF: É constitucional o art. 25, § 2º, da Resolução 23.404/2014 do TSE, que proíbe a
realização de propaganda eleitoral via “telemarketing", em qualquer horário. STF. Plenário. ADI 5122, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 3/5/2018 (Info 900)
#SELIGANASÚMULA: Súmula-TSE nº 18
Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo
com a Lei nº 9.504/97.
1.3.1 Propaganda em bens públicos
Quanto à propaganda em bens públicos, o art. 37, Lei nº 9.504/97, veda a realização de
propaganda eleitoral nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público (bancas de
jornal, ônibus) ou que a ele pertençam (hospitais, unidades de ensino, museus), e nos de uso comum
(no Direito Eleitoral seu significado é mais extenso do que no Direito Civil, pois compreende os bens
privados que a população em geral tem acesso, tais como cinema, clube, lojas, centros comerciais,
ginásio, nos termos do art. 37, §4º, Lei 9.504/97), inclusive postes de iluminação pública, passarela,
viaduto, pontes, paradas de ônibus, ainda que de propriedade privada.
O §5º do artigo 37 ainda veda a publicidade nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas,
bem como em muros, cercas, tapumes divisórios, mesmo que não cause dano.
Apesar da vedação da propaganda eleitoral em bens públicos, há duas exceções:
É possível a propaganda eleitoral nas casas legislativas, se houver autorização da mesa da casa;
É possível a propaganda eleitoral ao longo das vias públicas em seus canteiros.
Nestes casos, a propaganda deve observar alguns requisitos:
o Não poderá atrapalhar o trânsito de pessoas ou veículos;
o Poderão ser colocadas mesas para distribuição de material ou bandeiras, mas terá de ser móvel
(entre as 06:00 e 22:00 horas do dia).
#IMPORTANTE: em relação aos cavaletes, placas e bonecos, é vedada a colocação em bens públicos
ou de uso comum.
o Showmícios: Nesse caso, trata-se de comícios onde se tem também a apresentação de shows
artísticos. Em momentos anteriores eram permitidos os showmícios. Foram vedados esses a
partir do momento em que se verificou que as contas das campanhas alcançavam valores
muito altos, criando uma desigualdade entre os candidatos. Atualmente, mesmo o showmício
pago ou gratuito, será proibido. Alguns artistas consagrados, atualmente, tem buscado a vida
política, sendo que, para eles não há nenhuma exigência de incompatibilidade. Para esses
casos, quando o artista fizer um comício, não poderá fazer show artístico e vice-versa.
o Propaganda no Dia da Eleição: a única propaganda eleitoral permitida no dia das eleições é
aquela veiculada na internet. Fora a internet, a propaganda eleitoral realizada no dia da eleição
é configurada crime de boca de urna.
#IMPORTANTE: Apesar dessa vedação, admite-se que ocorra uma manifestação individual e silenciosa
de cada eleitor. Significa que o eleitor pode comparecer à sua sessão eleitoral portando camisa,
broche, do candidato de sua preferência
Até o fechamento de sessões, não é permitido aglomeração de pessoas que usem vestimentas
que lembrem partidos políticos.
o Produção e distribuição de bens que tragam vantagem ao eleitor: São vedadas as produções de
tais bens que tragam vantagem ao eleitor. O doutrinador José Jairo Gomes defende que a
proibição de bens não é total, vez que somente são vedados bens que trazem vantagem ao
eleitor. Não havendo configuração de vantagem ao eleitor é permitida, como é o caso do
“santinho”.
o Trio Elétrico: Trio elétrico não é definido em razão do tamanho do veículo, mas sim em razão da
potência do som. Será considerado trio elétrico o veículo que tem potência superior a
20.000wats. O Trio elétrico só pode ser utilizado em campanha eleitoral para servir de
palanque para o comício. O candidato, em vez de montar um palanque fixo, poderá contratar
um trio elétrico e fazer o comício de cima do veículo. O que não se admite é que esse trio
circule pelas ruas reproduzindo jingles do candidato
Atos Permitidos
o Comícios: a propaganda eleitoral normalmente pode ser realizada até as 22:00 horas da
véspera da eleição, com exceção da propaganda através da imprensa escrita que somente pode
ser realizada até a antevéspera das eleições (sexta-feira), e da propaganda em comício e rádio e
televisão, 48 horas antes das eleições (quinta-feira).
Resumindo:
Estão proibidos nas 48 horas antes das eleições.
Podem ser realizados das 08:00 as 24:00 horas, com exceção ao comício de encerramento de
campanha, quando poderá permanecer por mais 2 horas.
Não há necessidade de licença ou autorização do Poder Público. Apesar disso é necessário que
se faça uma comunicação, com pelo menos 24 horas da realização, para as autoridades
competentes. Essa comunicação tem os seguintes objetivos: a) reservar o local, b) possibilitar
uma ordenação dos serviços necessários, como por exemplo, trânsito, saúde, segurança etc.
o Sonorização Móvel: É possível entre as 08:00 e as 22:00 horas, inclusive na véspera do pleito. A
sonorização pode ser feita por carros de sons ou minitrios, a classificação é feita em razão da
potência do som:
carro de Som: até 10.000 watts
minitrios: De 10.00 a 20.000 watts.
#ATENÇÃO: acima de 20.000 watts é considerado trio elétrico, o qual só pode ser utilizado para a
sonorização de comício, nunca para sonorização móvel.
Deve ser observado ainda um limite máximo de pressão sonora de 80 decibéis, o qual será
medida na distância de 7 metros do veículo.
Outra limitação é que a sonorização móvel não pode passar a menos de 200 metros de
distância de determinados lugares tais como das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e
dos quartéis e outros estabelecimentos militares escolas, igrejas, hospitais, bibliotecas e teatros
quando em funcionamento.
o Sonorização Fixa: É possível das 08:00 as 24:00 horas. Essa sonorização é aquela feita em
comícios e comitês.
o Material Gráfico: Trata-se de todo material que necessite de impressão, balões, adesivos,
panfletos, faixas etc. A norma exige que conste do material, tanto o CPF/CNPJ de quem o
contratou, bem como de quem o produziu. Nas eleições majoritárias, é obrigatório que conste
o nome dos candidatos a Vice e Suplentes. Esse nome deve ter, no mínimo 30% do
Tamanho/Destaque do nome do candidato ao cargo principal.
Admite-se que o material seja elaborado em conjunto com outro candidato. No entanto, a
prestação de contas do material confeccionado em conjunto deverá ser feita por aquele
candidato que realmente o financiou.
Também é necessário que se informe a tiragem (Ex.: 2.000 exemplares).
Quando o material for referente a adesivo, terá ele no máximo 50X40cm, ressaltando que
atualmente é vedada a plotagem de veículo, permitido, apenas a adesivagem integral do vidro
traseiro do carro, que deverá ser microperfurado.
Nas demais partes do carro, deverá ser respeitada a área total de 50X40cm.
A distribuição de material gráfico somente poderá ocorrer até a véspera das eleições.
o Imprensa Escrita: Na imprensa escrita, a propaganda eleitoral será SEMPRE PAGA, isso porque
a imprensa escrita não surge de concessão de serviço público, não podendo o Poder Público
obrigar a propaganda gratuita. A lei estabelece que deve haver na própria propaganda a citação
do valor pago pela publicação.
A propaganda escrita pode se iniciar em 16 de agosto e ir até a antevéspera do pleito
eleitoral.
É possível até 10 veiculações por veículo de imprensa escrita. Essas 10 veiculações devem
ser feitas em dias alternados.
Há limite quanto ao tamanho da veiculação por veículo de imprensa escrita.
◦ 1/8 (um oitavo) da página do Jornal;
◦ 1/4 (um quarto) da página de revista.
Caso o veículo tenha uma versão on-line, deverá observar a mesma limitação.
Esta é a principal espécie de propaganda eleitoral. A legislação eleitoral dispõe que as emissoras
de rádio e TV reservarão, nos 35 dias anteriores à antevéspera das eleições, horários destinados à
propaganda eleitoral gratuita.
Os horários reservados à propaganda de cada eleição serão distribuídos entre todos os partidos
e coligações que tenham candidato, da seguinte forma:
90% (noventa por cento) distribuídos proporcionalmente ao número de representantes na
Câmara dos Deputados, considerados, no caso de coligação para eleições majoritárias, o
resultado da soma do número de representantes dos seis maiores partidos que a integrem e,
nos casos de coligações para eleições proporcionais, o resultado da soma do número de
representantes de todos os partidos que a integrem;
10% (dez por cento) distribuídos igualitariamente.
No segundo turno das eleições majoritárias, o tempo há de ser distribuído igualmente entre os dois
candidatos remanescentes, pouco importando a representação na Câmara dos Deputados: cada
candidato fica com 50% do tempo.
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: O art. 45, II e III da Lei nº 9.504/97 prevê que, depois do prazo para a
realização das convenções no ano das eleições, as emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e
em seu noticiário, não podem: a) usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de
qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa
com esse efeito (inciso II) e b) difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus
órgãos ou representantes (segunda parte do inciso III). Os §§ 4º e 5º explicam o que se entende por trucagem e
por montagem. O STF decidiu que tais dispositivos são INCONSTITUCIONAIS porque representam censura
prévia. A liberdade de expressão autoriza que os meios de comunicação optem por determinados
posicionamentos e exteriorizem seu juízo de valor, bem como autoriza programas humorísticos, “charges” e
sátiras realizados a partir de trucagem, montagem ou outro recurso de áudio e vídeo, como costumeiramente se
realiza, não havendo nenhuma justificativa constitucional razoável para a interrupção durante o período
eleitoral. Vale ressaltar que, posteriormente, é possível a responsabilização dos meios de comunicação e de seus
agentes por eventuais informações mentirosas, injuriosas, difamantes. O que não se pode é fazer uma censura
prévia. São inconstitucionais quaisquer leis ou atos normativos tendentes a constranger ou inibir a liberdade de
expressão a partir de mecanismos de censura prévia. STF. Plenário. ADI 4451/DF, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 20 e 21/6/2018 (Info 907).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA:
1º PONTO: É inconstitucional excluir totalmente do horário eleitoral gratuito os partidos sem
representação na Câmara dos Deputados. Entretanto, é constitucional estipular que os partidos com
maior representação tenham mais tempo que os outros.
OBS: A expressão “e representação na Câmara dos Deputados”, contida no § 2º do art. 47 da Lei n.
9.504/97 foi declarada inconstitucional.
2º PONTO: É constitucional o § 6º do art. 45, da Lei nº. 9.504/97, que dispõe o seguinte: § 6º É
permitido ao partido político utilizar na propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regional,
inclusive no horário eleitoral gratuito, a imagem e a voz de candidato ou militante de partido político
que integre a sua coligação em âmbito nacional (Info 672).
Quanto à propaganda eleitoral no rádio e na televisão vale destacar que: (a) é vedado
propaganda paga (compensação fiscal); (b) foram suspensas, por liminar em ADI, as disposições das
“normas do inciso II e da segunda parte do inciso III, ambos do art. 45, bem como, por arrastamento,
dos §§ 4º e 5º do mesmo artigo, todos da Lei 9.504/97”, admitindo-se a veiculação de programas
humorísticos, mesmo que satirizem o candidato, após 1º de julho do ano das eleições: “Dando-se que
o exercício concreto dessa liberdade em plenitude assegura ao jornalista o direito de expender críticas
a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente,
especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. Respondendo, penal e civilmente, pelos
abusos que cometer, e sujeitando-se ao direito de resposta a que se refere a Constituição em seu art.
5º, inciso V. Por outro lado, essa conduta será vedada se houver intuito de favorecer determinado
candidato; (c) busca-se privilegiar a isonomia e o equilíbrio entre os candidatos no acesso à TV e ao
rádio; (d) confecção e definição do conteúdo do programa são de responsabilidade do candidato.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: o tempo de propaganda nas eleições gerais foi reduzido com a Lei nº
13.165/15, visando diminuir custos para a propaganda eleitoral, principalmente em razão do STF ter
entendido como ilícita a doação por pessoas jurídicas para campanha eleitoral.
Serão distribuídos 12:30 segundos para cada uma das eleições, da seguinte forma:
No rádio:
Das 07:00hs as 07:12:30hs: Cargos de Presidente e Vice-Presidente
Das 07:12:30hs as 07:25hs: Cargos de Deputado Federal
Das 12:00hs as 12:12:30hs: Cargos de Presidente e Vice-Presidente
Das 12:12:30hs, às 12:25hs: Cargos de Deputado Federal
Na TV:
Das 13:00hs as 13:12:30hs: Cargos de Presidente e Vice- Presidente
Das 13:12:30hs as 13:25hs: Cargos de Deputado Federal
Das 20:30hs as 20:42:30hs: Cargos de Presidente e Vice-Presidente
Das 20:42:30hs, às 20:55hs: Cargos de Deputado Federal
Segundas, Quartas e Sextas: Serão veiculadas propagandas para Senador, Deputado Estadual,
Gorvernador e Vice-Governador. Ressalva-se que quanto à eleição de Senador, haverá a
renovação alternada de 1/3 e 2/3 dos cargos.
Quando se tratar de eleições em que ocorrer a renovação de apenas 1/3 do Senado Federal, a
distribuição será da seguinte forma e ordem: 5 minutos para Candidatos a Senadores; 10
minutos para Candidatos a Deputados Distritais e Estaduais; 10 minutos para Candidatos a
Governador e Vice-Governador.
Quando se tratar de eleições em que ocorrer a renovação de 2/3 do Senado Federal, o tempo
para propaganda decandidatos ao Senado será aumentado de 2 minutos, sendo que a
distribuição será da seguinte forma e ordem: 7 minutos para Candidatos a Senadores; 9
minutos para Candidatos a Deputados Distritais e Estaduais; 9 minutos para Candidatos a
Governador e Vice-Governador.
Eleições Municipais: 10 minutos por bloco. Neste caso, desde a Lei nº 13.165/15, só são
veiculadas propaganda para Prefeito e Vice- Prefeito, não sendo mais veiculadas propagandas
em cadeia ou bloco para candidatos a Vereadores, estes que somente farão sua propaganda
eleitoral em rádio e TV por meio de inserções, mas não, cadeia ou bloco. Dá-se nos seguintes
horários: nas emissoras de Rádio, a propaganda acontecerá: das 07:00hs as 07:10hs; e, das
12:00hs às 12:10hs. Nas Emissoras de TV, a propaganda acontecerá: das 13:00hs as 13:10hs; e
das 20:30hs às 20:40hs.
A propaganda eleitoral também pode ser feita por inserção, ou seja, não interrompe programação
normal, sendo veiculada durante os comerciais da emissora. As inserções também são consideradas
com horário eleitoral gratuito. Aquelas têm a duração máxima de 1 minuto.
As inserções são veiculadas das 05:00hs as 24:00hs, e são considerados blocos de audiência, ou
seja, se o partido ficou no 1º bloco no primeiro dia, será veiculado no 2º bloco do dia seguinte, e
assim por diante.
No caso de eleições municipais, em se tratando de propaganda para vereadores, como vimos
acima, esta somente é feita por meio de inserções.
#OLHAOGANCHO: No tocante às redes sociais, destaca-se que a própria Lei das Eleições reforça que é
livre a manifestação de pensamento, sendo vedado apenas o anonimato, diante disso, propaganda
eleitoral nas redes sociais é liberada. Todavia, serão vedadas as propagandas: pagas, e, sites que
estejam hospedados no exterior, em sites oficiais, site de pessoas jurídicas, ainda que sem fins
lucrativos.
As emissoras não estão obrigadas a realizar debates, mas se o fizerem, devem necessariamente
assegurar a participação de candidato cujo partido tenha no mínimo cinco representantes na Câmara
dos Deputados. Assim, se o partido possui 10 ou mais cinco ou mais Deputados Federais eleitos, a
emissora deverá assegurar o direito de participação do candidato no debate, seja para os candidatos
do partido a cargos majoritários ou proporcionais. Em relação aos demais partidos, com menor
representação, compete à emissora decidir por chamá-los.
O convite ao candidato deverá ser efetuado com 72 horas de antecedência. As regras do
debate serão estipuladas em acordo com os candidatos, mediante voto de 2/3 em primeiro turno para
eleições majoritárias. Em segundo turno exige-se a concordância de ambos em relação às regras. Já em
relação às regras para as eleições proporcionais será necessária a concordância de 2/3 dos partidos.
Não poderá o candidato a eleição proporcional participar de mais de um debate na mesma emissora. A
emissora que violar as regras relativas ao debate poderá ter suspensa a programação normal pelo
prazo de 24 horas.
No que concerne ao direito de resposta (art. 58 a 58-A, Lei 9.504/97), trata-se do direito que o
candidato, partido ou coligação têm de se defender de uma ofensa, direta ou indireta, por conceito,
imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidas por
qualquer veículo de comunicação social. Tendo o candidato, partido ou coligação se sentido lesado
pela crítica ou ofensa, é-lhe assegurada demanda na qual se postule o direito de responder à injusta
agressão, de sorte a privilegiar o princípio da informação e da veracidade. Suas principais
características são:
Por fim, as pesquisas e testes pré-eleitorais (arts. 33-35, Lei 9.504/97) não são espécie de
propaganda eleitoral. Consistem no levantamento e na interpretação de dados atinentes à opinião ou
preferência do eleitorado quanto aos candidatos que disputam as eleições, devendo se basear nos
critérios de veracidade e confiabilidade. Podem ser interna, quando circunscrita às instâncias do
partido, e externa, quando submetida à divulgação e disciplinada pelo direito eleitoral.
Seu registro na Justiça Eleitoral é obrigatório e deve ser feito, em até 5 dias antes da divulgação,
junto ao juiz eleitoral, nas eleições municipais, ao TRE, nas eleições estaduais e federais, e ao TSE, nas
eleições presidenciais. As pesquisas poderão ser divulgadas a qualquer tempo, até mesmo no dia das
eleições, desde que a empresa responsável pela pesquisa ou teste pré-eleitoral a registre na Justiça
Eleitoral com 5 dias de antecedência de sua publicação. Contudo, a pesquisa realizada no dia da
eleição somente poderá ser divulgada após as 17h do dia do pleito.
#OLHAOGANCHO: a Justiça Eleitoral pode proibir a divulgação de pesquisa eleitoral? Não, o registro da
pesquisa não está sujeito a deferimento ou indeferimento. Se houver irregularidade no prazo de 5
dias, a JE poderá aplicar multa, apenas. A Lei 12. 891/12 passou a determinar, no entanto, que seja
emitida nota fiscal com nome de quem pagou a realização da pesquisa. Além disso, deve constar no
registro da pesquisa informação quanto a quem a contratou; o valor e a origem dos recursos; a
metodologia aplicada; o plano amostral e a ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível
econômico e área física de realização; sistema interno de controle e verificação.
#IMPORTANTE: A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime eleitoral, nos termos do art. 33,
§4º, punível com detenção de 6 meses a 1 ano e multa, podendo ser responsabilizados tanto os
representantes legais da empresa de pesquisa quanto o órgão veiculador.
Por fim, a partir da Lei 12.891/12, a realização de enquetes e sondagens passou a ser
expressamente vedada.
DIPLOMA DISPOSITIVO
Lei 9504/97 Artigos 33-58
Constituição Federal Artigo 17
3 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
- GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015
- Anotações pessoais de aulas