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Atenção à saúde
DE EDUCAÇÃO
da criança:
PERMANENTE crescimento e
EM SAÚDE desenvolvimento
DA FAMÍLIA
UNIDADE 2
O crescimento e
desenvolvimento
na Unidade Básica
de Saúde
Nadja De Sá P. D. Rocha
Maria de Lourdes Magalhães
José Adailton da Silva
Aula 1: O crescimento e desenvolvimento
e a importância da caderneta de saúde
da criança
Vamos pensar um pouco: Helena participava desse CD? Embora não seja possível afirmar,
podemos dizer que, provavelmente, ela não era acompanhada regularmente na Unidade de
Saúde, já que o pai sempre batia na criança e a médica pareceu surpresa com a cena. Num
acompanhamento regular, o vínculo certamente já estaria estabelecido pela equipe, não acha?
No conjunto histórico das versões da primeira Caderneta de Vacinação de 1970, para regis-
tro apenas das vacinas, até a Caderneta de Saúde da Criança – Passaporte da Cidadania
2015, o processo evolutivo foi muito além do visual. Seu conteúdo foi acrescido de assuntos
indispensáveis para nortear o cuidado com a saúde integral da criança. Ficamos curiosos
para ver a caderneta de saúde da criança de Helena. Será que a mãe ainda a possui?
A caderneta constitui, portanto, uma das políticas de saúde da criança e é distribuída gra-
tuitamente para todas as crianças nascidas no território brasileiro, existindo uma versão
para a menina e outra para o menino, em função das suas especificidades distintas no
crescimento e desenvolvimento.
A caderneta apresenta: direitos da criança e dos pais; orientações sobre registro de nas-
cimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimen-
to, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de acidentes e violências, entre outros.
Veremos ainda o calendário de consultas, a primeira e as subsequentes; os marcadores de
crescimento e desenvolvimento; e a classificação da criança segundo risco.
Acesse:
Caderneta do menino:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_
crianca_menino.pdf>
Caderneta da menina:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_
crianca_menina.pdf>
As equipes da maternidade devem ser orientadas para uma articulação com os profissionais
da APS por ser considerada a principal articuladora da gestão do cuidado da criança, no terri-
tório, em conjunto com a família e a comunidade. Na APS, a equipe multiprofissional é a princi-
pal articuladora da gestão do cuidado da criança, em conjunto com a família e a comunidade.
O preenchimento deve ter início ainda na maternidade com o registro das informações sobre
o parto, as condições de alta do bebê, as primeiras vacinas e os exames ou testes realizados.
Além disso, sua continuidade deve ser dada, preferencialmente, pelos profissionais das Uni-
dades Básicas de Saúde (UBS), onde a análise da CSC deve ser o primeiro cuidado prestado
ao recém-nascido. Apesar dessa suma importância, estudos sobre o uso da CSC ainda são
escassos e todas as publicações destacam falhas importantes, envolvendo principalmente
o seu preenchimento (BRASIL, 2013).
Infográfico 3
É importante, também, considerar registros internos na Unidade Básica, por meio de ficha
espelho que contemple as informações necessárias para o adequado acompanhamento da
criança e metas do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica –
PMAQ. Alguns desses indicadores foram identificados na atividade da Unidade anterior.
Os Direitos da criança e dos pais, abordados na Unidade 1, devem ser orientados e obser-
vados quanto à sua violação, em cada encontro da criança/família com a equipe condutora
do cuidado. Isso é muito importante para ajudarmos a evitar ou minimizar o impacto de
casos como o de Helena, de nossa situação-problema.
Infográfico 4
É importante ressaltar que o aleitamento materno exclusivo deve ser estimulado até os 6
meses de vida.
O processo manual é o método mais útil para a retirada do leite do peito. Está indicado para
aliviar mamas muito cheias, manter a produção de leite quando o bebê não suga bem, aumen-
tar o volume de leite, guardar leite para oferecer ao bebê mais tarde na ausência da mãe e,
também, para doar a um banco de leite. Tais orientações constam na Caderneta de Saúde da
Criança, que pode ser utilizada pelo profissional de saúde para explicar o passo a passo.
A seguir, disponibilizamos o Vídeo 1 de como realizar esse procedimento, bem como o seu
adequado armazenamento.
Vídeo 1
Gostou? Fique à vontade para reunir as gestantes ou mães para um encontro coletivo e exi-
bir este vídeo. Elas vão adorar!
A seguir, veremos o calendário vacinal para crianças, que deve ser observado durante o
acompanhamento do CD da criança.
Pneumocócia
Grupo Rotavírus Meningocócica Febre Hepatite Tríplice Tetra Pneumocócica
Idade BCG Hepatite B Penta/DTP VIP/VOP 10V Varicela HPV5
Alvo Humano C (conjugada)1 Amarela² A3 Viral viral4 23V6
(conjugada)1
Dose Dose ao
Ao nascer
única nascer
1ª dose (com 1ª dose
2 meses 1ª dose 1ª dose
penta) (com VIP)
3 meses 1ª dose
2ª dose (com 2ª dose
4 meses 2ª dose 2ª dose
penta) (com VIP)
5 meses 2ª dose
3ª dose (com 3ª dose
6 meses
penta) (com VIP)
9 meses Dose única
12 meses Reforço Reforço 1ª dose
Crianças 1° reforço 1° reforço Uma
15 meses Uma dose
(com DTP) (com VOP) dose
2° reforço 2° reforço
4 anos Uma dose
(com DTP) (com VOP)
Uma dose a
depender da situ-
5 anos
ação vacinal com a
PNM10v
2 doses (meni-
nas de 9 a 14
9 anos anos) 2 doses
(meninos de
11 a 14 anos
1
Administrar 1 (uma) dose da vacina Pneumocócia 10V (conjugada) e da vacina Meningocócica C (conjugada) em crianças entre 1 e 4 anos (4 anos 11 meses e 29 dias),
que não tenham recebido o reforço ou que tenham perdido a oportunidade de se vacinar anteriormente.
²Indicada às pessoas residentes ou viajantes para as áreas com recomendação de vacinação. Atentar às precauções e contraindicações para vacinação. Esta vacina
está indicada para todos os povos indígenas independente da Área com Recomendação para Vacinação (ACRV)
Para crianças entre 2 e 4 anos (4 anos 11 meses e 29 dias), que tenham perdido a oportunidade de se vacinar anteriormente, administrar uma dose da vacina hepatite A.
3
4
A vacina tetra viral corresponde à segunda dose da tríplice viral e à dose da vacina varicela. Esta vacina está disponível para crianças até 4 anos 11 meses e 29 não
oportunamente vacinadas aos 15 meses.
5
A vacina HPV também está disponível para as mulheres e homens de nove a 26 anos de idade vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos, de medula
óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses).
Esta vacina está indicada para a população indígena a partir dos 5 (cinco) anos de idade.
6
O Brasil Carinhoso, programa do governo federal para proteger e cuidar dessas crianças,
amplia a distribuição de ferro e vitamina A para todos os estados brasileiros.