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Há urgência na voz dos três anjos que proclamam ao mundo em alta voz a
mensagem divina (Ap 14:6-12). Qual é a razão da urgência? De acordo com João,
após terminarem a obra, Cristo virá em glória e a colheita escatológica ocorrerá
(14:14-20). Ellen White, com base na afirmação de João, conclui que as três
mensagens são a “última mensagem de advertência e misericórdia” de Deus que
iluminará toda a Terra “por Sua glória”. 1 É a última mensagem porque ela será
“imediatamente seguida pela vinda do Filho do homem para recolher a colheita da
Terra”.2 Nisso está a urgência das mensagens. Elas contêm a última oferta de
salvação de Deus para a humanidade que perece.
João sugere que o fator unificador que mantém as Três Mensagens Angélicas
juntas é a proclamação do “evangelho eterno... a cada nação, tribo, língua e povo”
(14:6).3 Ellen White comenta que “a totalidade do evangelho está abraçada na
mensagem dos três anjos, e em todo o nosso trabalho, a verdade deve ser
apresentada como é em Jesus”.4 A inferência é que cada elemento dentro das três
mensagens do tempo do fim deveria ser proclamado a partir da perspectiva da
salvação por meio da fé em Cristo.
1
Sermão preparado pelo White Estate, disponível aqui:
https://whiteestate.org/resources/sop/sop-2021/
2
Ellen G. White e as Três Mensagens Angélicas: Conteúdo e Responsabilidade
pecado do mundo!’ (João 1:29).”8 Ela nos exorta: “Jamais um sermão deveria ser
pregado, ou uma Bíblia ensinada, sem que os ouvintes estejam apontados para o
Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo”9.
Deveríamos não apenas ter uma clara compreensão do evangelho, mas através
do Espírito, ele deveria nos transformar e nos tornar expressões vivas do amor de
Deus manifestadas na cruz de Jesus. “Os últimos raios da luz misericordiosa, a
última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do
amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua
vida e caráter o que a graça de Deus por eles tem feito.” 11 Isso é extremamente
importante porque “O amor de Cristo e o amor de nossos irmãos testificarão para o
mundo que temos estado com Jesus e aprendido dEle” 12.
A terceira mensagem angélica é a mais longa e mais severa das três. É uma
advertência de Deus para a humanidade a fim de colocarem sua lealdade ao lado
do Cordeiro de Deus, pois as forças do mal serão derrotadas e condenadas no
juízo final. A vida só é disponível através do evangelho da salvação em Cristo.
Ellen White foi muito clara sobre a conexão entre a terceira mensagem e o
evangelho: “O evangelho para este tempo consiste na mensagem do terceiro anjo,
que abrange as mensagens do primeiro e do segundo anjos” 31. Ela enfatiza que
“na pregação da Palavra, a primeira e mais importante coisa é derreter e subjugar
a alma apresentando o Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa os
pecados. Devemos manter a cruz do Calvário diante das pessoas” 32.
anjos aparecem aos ímpios durante o juízo final. Essa será a última vez que
Satanás e os ímpios verão o Cordeiro de Deus. O título “o Cordeiro de Deus”
coloca a ênfase na morte redentora de Cristo (Ap 5:9). Ellen White desenvolve o
tema de uma maneira poderosa. Assim que “o olhar de Jesus incide sobre os
ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido”. 52 Então, “por sobre o
trono se revela a cruz,” onde o Cordeiro de Deus foi oferecido pela redenção dos
pecadores.53 A visão da cruz evoca o trabalho de Deus para a salvação dos
pecadores e “semelhante a uma vista panorâmica aparecem as cenas da tentação
e queda de Adão, e os passos sucessivos no grande plano para redimir os
homens”54. Eles constatarão o sofrimento de Jesus durante a encarnação, o
ministério e o Getsemani. Todos verão “o paciente Sofredor trilhando o caminho do
Calvário, o Príncipe do Céu suspenso na cruz; os altivos sacerdotes e a plebe
zombeteira a escarnecer de Sua agonia mortal, as trevas sobrenaturais; a Terra a
palpitar, as pedras despedaçadas, as sepulturas abertas, assinalando o momento
em que o Redentor do mundo rendeu a vida”55.
Para Todo o Sempre: A frase não se refere ao tormento eterno dos ímpios, mas ao
fato de que os ímpios e suas ações pecaminosas perecerão para sempre. A Bíblia
não ensina sobre um inferno de fogo eterno, mas fala sobre o pecado e a maldade
sendo eternamente consumidos. Esse ensinamento de um inferno que arde
eternamente no qual os ímpios são lançados, comum entre os cristãos, é
“repugnante a todo sentimento de amor e misericórdia, e mesmo ao nosso senso
de justiça”59. Manter os ímpios em tormenta eterna pelos pecados cometidos em
suas curtas vidas não resolverá o problema do pecado. Enquanto os ímpios
derramarem “sua cólera em maldições e blasfêmias, estão para sempre
aumentando sua carga de crimes.” Obviamente, “a glória de Deus não é
encarecida, perpetuando-se desta maneira o pecado, em constante aumento,
através de eras sem fim”60. Esse é um dos falsos ensinos que a Babilônia espalhou
por todo o mundo. Não é o tormento dos ímpios que dura para sempre, mas sua
morte. Eles morrerão para sempre sem esperança. “Deixarão de existir.” 61
ser tratados. Veio ao nosso mundo e levou os nossos pecados para que
pudéssemos levar Sua justiça”63. Essa resposta parece sugerir que a fé de Jesus é
Sua fidelidade ao plano de Deus para salvar a humanidade que perece. Ela
também acrescenta: "a fé na capacidade de Cristo para salvar-nos ampla,
completa e totalmente, é a fé de Jesus"64. Nesse caso, a fé de Jesus é a fé que
colocamos Nele como nosso Salvador – justificação pela fé. Trata-se de “fé
pessoal na eficácia do sangue de Cristo em nosso favor” que “concede paz e
segurança eternas”65. Essas duas visões colocam ênfase no trabalho salvífico de
Cristo por nós e não em nossas obras. O povo de Deus tem um equilíbrio
adequado entre fé e obras, lei e graça. White escreve: “temos de apresentar a lei e
o evangelho juntos, pois eles andam de mãos dadas” 66. Ela oferece uma imagem
equilibrada da relação entre justificação pela fé e obediência: A mensagem da
justificação pela fé convida “o povo para receber a justiça de Cristo, que se
manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus” 67. A salvação é por
meio da fé em Cristo, mas seu fruto é manifestado na obediência à lei de Deus que
vem de um coração transformado pelo poder do Espírito. “Aqueles que são
redimidos pelo sangue do Cordeiro farão, através do espírito dado a eles por Deus,
tudo ao seu alcance para confortar os quebrantados e os tentados, para libertar os
oprimidos e concluir a obra que Cristo deixou para eles fazerem.” 68
Conclusão
As vozes dos três anjos são nossas vozes. A eficácia da proclamação será
grandemente ampliada através do poder do quarto anjo de Apocalipse 18:1. Ele
desce do Céu com poder e glória a fim de fortalecer o povo de Deus na
proclamação final das mensagens dos três anjos. Ellen White conecta seu trabalho
com a presença do Espírito com uma força sem precedentes entre o povo de
Deus: “O Espírito de Senhor abençoará tão graciosa e universalmente os
consagrados instrumentos humanos que homens, mulheres e crianças abrirão
seus lábios em louvor e testemunho, enchendo a Terra com o conhecimento de
Deus e com Sua inigualável glória, à medida que as águas cobrem o mar.” 69 Ela
continua dizendo que a igreja “difundirá o conhecimento da salvação tão
abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila. A Terra será
cheia do conhecimento da salvação.”70
Notas de Fim: