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Workshop de

Musicalização Infantil e
Contação de Histórias
ONLINE

Halinna Dória Santos


Alice Luziene O. da Silva
Agosto de 2020
Apresentação
Halinna Dória Santos é licenciada em música, pedagoga, pianista, formada no

curso de musicalização para educadores pelo Conservatório Dramático e Musical Dr.

Carlos de Campos em Tatuí.

Leciona desde 2006. Atualmente, trabalha como professora de piano e

musicalização infantil com aulas particulares e nas escolas Voice – Espaço

Contemporâneo de Música e In Concert. Também ministra workshops e cursos de

musicalização infantil para professores.

@linna.pedagogiamusical Halinna Dória Santos

@halinnasantos (13) 98135-0610

Alice Luziene Oliveira da Silva é pedagoga, especializada em contação de

histórias e em linguagens da infância.

É contadora de história desde 2012. No momento, atua como orientadora sócio

educativa no Instituto Beneficente Nosso Lar.

@aliceluziene Alice Luziene

(11) 943674399
A música e a criança
Até mesmo antes de nascer, no útero materno, uma criança já

toma contato com elementos fundamentais da música como o ritmo,

através das vibrações e pulsações do coração da mãe.

Ao nascer, a relação de uma criança com a música é imediata,

através do acalanto da mãe e também através de objetos sonoros da

casa e do mundo que a cerca.

A infância é uma fase marcada pelo despertar da criança para

os seus sentidos, incluindo o auditivo, e é onde entra a musicalização infantil, o

despertar da criança para a música, para este rico universo sonoro, que não trabalha

apenas ruídos ou sons isolados, mas a música como forma de arte, expressão,

formação integral do ser humano e ferramenta sensibilizadora desse ser em

desenvolvimento.

É notória a reação da criança quando ouve uma música, sua expressão muda, sua

atenção se volta para aquilo. Isso, porque a linguagem musical promove a interação

entre o corpo e a mente, a sensibilidade e a razão, a técnica e a criatividade, auxilia no

desenvolvimento de muitos aspectos como o social, afetivo, cognitivo e linguístico.

Além de favorecer a capacidade rítmica e a coordenação dos seus movimentos.

Ou seja, a criança demonstra um interesse natural para música e crescendo com

a mesma, ela pode se tornar um adulto que poderá escolher um instrumento para

tocar. E, segundo a pesquisa dos doutores

Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena

(Alemanha), constatou-se que as diferenças da estrutura do cérebro dos três grupos

estudados — músicos profissionais, músicos amadores e não-músicos, revelaram que,

ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam

maior quantidade de massa cinzenta, particularmente regiões responsáveis pela


audição, visão e controle motor (apud SHARON, 2000). Como se sabe, a quantidade da

massa cinzenta é determinante no grau de inteligência de um indivíduo.

Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audição e da

motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de

muitos outros estudos e experimentos, é que a prática musical faz com que o cérebro

funcione “em rede”: o indivíduo, ao ler determinado sinal na partitura, necessita

passar essa informação (visual) ao cérebro; este, por sua vez, transmitirá à mão o

movimento necessário (tato); ao final disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi

o correto (audição).

Além disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordenação na mão não

dominante que pessoas comuns. Segundo Gaser, o efeito do treinamento musical no

cérebro é semelhante ao da prática de um esporte nos músculos.

Outros estudos apontam também que, mesmo se o contato com a música for

feito por apreciação, isto é, não tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo

com atenção e propriedade (percebendo as nuances, entendendo a forma da

composição), os estímulos cerebrais também são bastante intensos.

O que é musicalização
Infantil?
Musicalizar é tornar a criança sensível e receptiva aos sons,

promovendo o contato com o mundo musical já existente dentro

dela, e, melhor ainda, fazendo com que ocorra uma apreciação afetiva e, indo mais

além, uma apreciação criativa dos sons que estão à sua volta. Da mesma forma,

podemos definir a musicalização como a pré-escola da música, um conjunto de

atividades que visam à sensibilização e que buscam ampliar os conhecimentos musicais

da criança, de forma bastante intuitiva, inclusive com sua participação criadora.

Entretanto, é preciso que a musicalização seja estimulada, de alguma forma, em todo o


convívio social, a começar em casa. Isso porque o desenvolvimento da musicalidade na

primeira infância depende da vivência musical.

As crianças são capazes de ouvir uma história cantada, contada ou musicada, de

manipular os instrumentos musicais da bandinha rítmica, de cantar trechos de música,

de acompanhar o ritmo das músicas com o balanço do corpo e outros movimentos, de

obedecer comandos sonoros, como por exemplo, parar quando a música para, como na

brincadeira da estátua, e algumas crianças mais desenvolvidas até acompanham as

canções com instrumentos rítmicos marcando o tempo junto! É claro que tudo é feito

de forma lúdica, a encantar a criança, sem pressões e por curtos períodos de tempo,

já que nessa fase a atenção em uma atividade não dura muito (somente alguns

minutos).

Sabemos que, para uma criança aprender a falar, precisamos conversar com ela.

Com o desenvolvimento da linguagem musical se passa o mesmo: o gérmen da

comunicação é a escuta. Podemos “conversar musicalmente” com uma criança de

diversas formas: cantando, tocando instrumentos, ouvindo músicas com ela, O

importante é que, ao longo do tempo, essa escuta vá se dando de maneira consciente, o

que chamamos de escuta ativa.

O processo de musicalização é o que antecede o aprendizado de um instrumento

específico. Em geral, as boas escolas de música desenvolvem um trabalho anterior, de

vivência e sensibilização musical, para depois, quando a criança já se encontra

alfabetizada, iniciar as aulas de instrumento e de leitura musical, que é o ideal.

O aprendizado musical não tem idade, porém, se todas as crianças tivessem a

oportunidade de ter o contato com a música, seria algo extraordinário.

Como musicalizar?
Existem muitos conteúdos e materiais didáticos para que uma criança se

desenvolva musicalmente, a questão é como aplicá-los de forma eficaz, pois é uma fase

crítica, onde etapas não podem ser queimadas.


Dessa maneira, o professor precisa conhecer alguns métodos de ensino e o que

eles pretendem desenvolver na criança, pois isso o ajuda no direcionamento das

atividades para cada etapa.

A seguir, vou citar alguns educadores musicais e suas propostas pedagógicas.

Émile Jaques-Dalcroze
(Suíça – 06/07/1865 – 01/07/1950)

Jacques Dalcroze, educador musical suíço, valorizou a infância,

o ser criança, o movimentar-se. Propôs atividades prazerosas para os

alunos, os quais deveriam demonstrar com o próprio corpo o que

ouviam, rompendo assim, a dicotomia corpo-mente, estabelecendo relações entre

estes dois através de uma educação musical baseada na audição e atuação do corpo.

(MARIANI, 2011, p.31)

Passou a pensar em uma série de exercícios que fizessem com que o

aprendizado musical passasse pela experiência corporal. O grande objetivo de Jaques-

Dalcroze era fazer o aluno experimentar e sentir para somente depois dizer “eu sei”.

Resumindo suas propostas:

- Vivenciar a música antes de teorizá-la

- Incorporar a música

- O ritmo como sendo a base da música

- Atividades corporais a partir de estímulos auditivos, inspirados em

movimentos naturais como andar, correr, saltar, pular...

Carl Henrich Maria Orff


(Alemanha – 06/07/1865 – 01/07/1950)

Nascido na Alemanha, foi compositor e educador musical, e

influenciado por Dalcroze, adotando o respeito pela criança e o uso

de movimento e som. O ponto de partida de sua proposta “é o ritmo, considerado como


o embasamento dos elementos musicais, vivenciado pela ação corporal e pelo recitado

rítmico, assim propõe a percussão corporal. Valorizou a improvisação com o corpo, com

a voz e com instrumentos musicais.

Inspirou a criação de instrumentos específicos para o ensino musical, tais como

os xilofones-Orff, os metalofones-Orff, as pandeiretas, dentre outros.

Resumindo suas propostas:

- Desenvolver a musicalidades

- Improvisação

- Sons do corpo, instrumentos musicais e voz

- Instrumental Orff (metalofones e xilofones)

Zoltán Kodály
(Hungria – 16/12/1882 – 06/03/1967)

Além de educador musical, foi um músico destacado na Hungria.

De acordo com Kodály, o intelecto, as emoções e a personalidade de

todas as pessoas podem ser desenvolvidas e trabalhadas através da música. Dessa

forma, a música deveria ser acessível a todos, de maneira simples, porém sem perder a

qualidade musical.

O canto é a primeira etapa a ser trabalhada no método Kodály. O músico

considerava o canto como fundamento da cultura musical pois a voz é o sinal mais

imediato que nos comunica com a música, pois parte do próprio sujeito, que tem

controle sobre ela. Por essa razão, o método enfatiza o canto coral, não apenas como

um meio de expressão musical e sim como um exercício para

o desenvolvimento emocional e intelectual. A vivência do canto coral permite o contato

com parâmetros musicais como a pulsação, o ritmo a forma e a melodia. Ao trabalhar o

canto com as crianças, Kodály proporcionava uma vivência prazerosa da música, que

poderia criar uma ligação entre a criança e a música, estimulando-a a buscar outras

formas de expressão musical, como outros tipos de canto ou a vivência de uma música

instrumental.
Ele considerava que era necessário educar os músicos antes de formar

instrumentistas, assim uma criança só deve ganhar um instrumento depois que ela já

sabe cantar. A habilidade de compreender música vem através da alfabetização

musical transferida para a faculdade de ouvir internamente. E a maneira mais efetiva

de se fazer isto é através do canto.

Vale salientar que o objetivo do método não é a aprendizagem do conteúdo

teórico, mas provocar a experiência musical e desenvolver a capacidade de se cantar

com ritmo, fraseado, dinâmica e fluência musical.

Resumindo suas propostas:

- Canto como instrumento musicalizador

- Leitura e escrita da música (através do canto)

- Alfabetização musical

- Treinamento auditivo
Aulas online
Dar aulas online de musicalização infantil é um grande desafio, já que para

trabalhar com crianças, precisamos de bastante contato e aproximação física.

Mas, com tantos recursos e facilidades que temos hoje em dia, é possível dar

uma ótima aula e também ter a atenção dos pequenos ao mesmo tempo. Além do que,

sabemos que nós professores escolhemos essa profissão justamente por termos a

mente super criativa e inventiva. Nossa imaginação caminha junto com a mente dos

alunos e assim conseguimos desenvolver o que foi proposto para a aula.

Na aula online, a criança terá o contato com você apenas pelo olhar e fala. Aí,

você pode me perguntar: “E se a criança não quiser fazer nada do que é proposto na

aula, e ficar só olhando para a tela observando o que eu estiver fazendo?”. Pois bem, a

infância é uma fase marcada pelo despertar da criança para os seus sentidos, incluindo

o auditivo, e é onde entra a musicalização infantil, o estimular da criança para a

música, para este rico universo sonoro, que não trabalha apenas ruídos ou sons

isolados, mas a música como forma de arte, expressão, formação integral do ser

humano e ferramenta sensibilizadora desse ser em desenvolvimento. Desta maneira, o

contato com a música feito por observação e apreciação, isto é, não tocando um

instrumento ou cantando, mas simplesmente ouvindo com atenção e propriedade

(percebendo tudo o que é apresentado como: agudo, grave, forte, fraco) também traz

estímulos musicais bastante intensos. Criança é muito observadora, elas de alguma

maneira estão absorvendo o que está a sua frente mesmo sem dizer uma palavra.

Agora ao contrário, se a criança não para um minuto para te dar atenção e nem

atender aos seus pedidos para a atividade? Use isso ao seu favor. Lembre-se que

somos bons em criar e inventar e escolhemos essa profissão por conseguir fazer isso

com excelência. Imite o que ela estiver fazendo na frente do computador e introduza

de alguma maneira na aula, se for uma música que você está cantando, coloque na letra

os gestos e palavras que ela fizer ou falar, se for algum ritmo que você está
demonstrando e ela está fazendo outro, mude o seu e imite o dela para que ela

perceba que o que ela está fazendo também pode ser música. Tudo isso, sempre com

equilíbrio para você conseguir mostrar que ela de alguma maneira fez música junto

com você.

Claro que usei dois extremos nos exemplos acima, haverá também as situações

equilibradas, onde a criança tem o seu momento de falta de atenção, porém na grande

maioria do tempo de aula fará tudo o que for proposto, Nesse caso, você levanta as

mãos para o céu, agradece a Deus e manda vê na sua aula!!!!

Agora, vou abordar algumas questões importantes para aperfeiçoar ainda mais

as suas aulas e te animar a continuar nesse caminho maravilhoso do ensino da música

para crianças.

Lembrando que esse conteúdo exposto aqui, servirá tanto para as aulas online

quanto para as presenciais, pois criança é criança em qualquer que seja a situação.

Como dar uma boa aula online?


Tempo de aula
Normalmente uma aula de musicalização infantil não deve ser tão extensa, o

tempo de duração vai depender da idade com que você está trabalhando e, claro, da

proposta da escola, se você estiver vinculado a uma.

Desde maneira, a aula online, também deve ter um tempo ajustável à criança que

você tem. Se a aula presencial duraria 40 minutos, uma opção, se possível, é, em

conversa com os pais, dividir a aula em duas, sendo 20 minutos em um dia e mais 20

minutos em outro. Isso proponho para crianças até 4 anos de idade, à partir disso, já é

viável que a aula seja dada inteira. Porém, mais uma vez enfatizo que isso também vai

depender da criança em questão.


Cenário
Tente ao máximo, a cada duas ou três aulas, modificar o ambiente que você usa

para musicalizar. Coloque desenhos, cada aula instrumentos diferentes ao seu redor,

mesmo que você não os utilize, use tapete colorido ou apenas um tecido de uma cor

alegre (TNT é uma boa sujestão), uma roupa descontraída e se preferir fique descalço

mesmo, isso mostra intimidade e as crianças adoram.

Materiais
Há crianças que possuem instrumentos variados em casa, no entanto, algumas

têm mais contato com os mesmos na aula presencial. Desse modo, tente utilizar coisas

que as crianças já estão habituadas na sua casa. Como colheres, baldes, escovas,

forma de gelo, copos de plástico, e afins.

Instrumentos diferentes
Traga novidades para seus alunos, não utilize sempre os mesmos instrumentos. E

se possível, mostre instrumentos não muito conhecidos, pode ser por foto e vídeo

mesmo.

Exemplo: A aula é de musicalização com violão, mas nada te impede de trazer

uma flauta para mostrar e usar na aula com o seu aluno.

As atividades devem ser:

Atrativas
Busque sempre novos conteúdos, novas informações musicais e conheça o

interesse do seu aluno. Mesmo online, faça atividades em pé e deixe a criança se

movimentar bastante.

Sempre ao final da aula, esboce por cima o próximo conteúdo que irá trazer,

mas faça suspense e deixe na curiosidade, isso para deixar sempre um gostinho de

quero mais.
Divertidas
A aula deve ser gostosa e prazerosa, por isso, faça das suas aulas um momento

de descontração, em que a criança goste de estar ali com você, faça palhaçadas, dê

risada, faça caretas, enfim, torne-se uma criança também. Isso é bom até para nós

mesmos!

Variadas
Tente variar em tudo, como disse acima, no cenário, nos instrumentos, e evite

repetir a mesma atividade ou os mesmos instrumentos em aulas seguidas. Mude pelo

menos a cada duas aulas. Sabemos que para a fixação do conteúdo se faz necessário à

repetição, porém, criança também gosta de inovação, que lhe encha os olhos.
Atividades

1 – Maracangalha (sacola plástica) - Youtube

2 – “Chick chick, chock chock” (pote com arroz e pote com feijão)

3 – Trepak (copos) - Youtube

4 – “Vamos brincar de fazer música” – Halinna Santos (pote com arroz, bacia

plástica média, ralador ou forma de gelo e colher)

5 - “Banda diferente” (panela, ralador ou forma de gelo e colher)

6 – “Cai cai balão” (bexiga) - Youtube

7 - Clap clap song (Folha) - Youtube


Contação de História
Mais que uma linguagem prazerosa e educativa, a ação

de contar e ouvir histórias possibilita o resgate da memória

cultural e afetiva. Contar histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o

povo se reunia ao redor do fogo para se esquentar, alegrar, dialogar, narrar

acontecimentos. As pessoas assim reunidas, contavam e repetiam histórias, para

guardar suas tradições e sua língua. Assim, transmitiam a história e o conhecimento

acumulado pelas gerações, as crenças, os mitos, os costumes e os valores a serem

resguardados pela comunidade.

O ato de contar uma história, além de atividade lúdica, amplia a imaginação e

ajuda a criança a organizar sua fala, através da coerência e da realidade.

As histórias ajudam as crianças na resolução de conflitos e também a

compreender conceitos básicos da vida e do convívio social. Através dos personagens

das histórias infantis, a criança recria os seus pensamentos e opiniões acerca de

várias situações do seu cotidiano.

Os contos enriquecem nosso espírito, iluminam nosso interior, e, ao mesmo

tempo, nos tornam mais protagonistas na resolução dos problemas e mais flexíveis

para aceitar diferenças.

O exercício de contar histórias possibilita debater importantes aspectos do

dia-a-dia das crianças. Contar histórias é também uma forma de ensinar temas éticos

e cidadania e de propiciar um mundo imaginário que encanta a criança. A criança

necessita ouvir histórias para desenvolver sua imaginação, a observação, e a linguagem

oral e escrita, assim como, o prazer pela arte, a habilidade de dar lógica aos

acontecimentos e estimular o interesse pela leitura, pelo conhecimento, pela literatura

e pelo ato de aprender.

Contar histórias amplia o horizonte das crianças através de toda a simbologia e

recursos utilizados.
Algumas dicas:
1 – Prepare o ambiente

Deixe o espaço que você utilizará para a contação, confortável e atraente.

Coloque músicas que chame a atenção das crianças para a história.

Se organize de forma antecipada com materiais e recursos visuais.

2- Utilize linguagem corporal, expressões faciais e fonéticas expressivas

Não conte história de forma estática e monótona, isto com certeza, vai

dispersar as crianças e te gerar frustração.

Imagine cada cena da história, não tenha medo de usar toda a sua criatividade

Olhe nos olhos de cada criança, enquanto conta, e observe as reações delas

durante a história. Olhar nos olhos das crianças é o ponto-chave, é como se estivesse

contando unicamente para aquele ouvinte. Por meio do olhar, estabelece-se

a comunicação imediatamente.

Jamais se deve flutuar o olhar sobre os ouvintes, mas sim deve-se ater aos

olhos das pessoas, sem exagerar, para não perturbá-las.

A dicção do contador deve ser impecável, pronunciando-se todas as letras de

cada palavra. A voz não deve ser lenta, para não adormecer as crianças, nem tão

rápida, para não adormecer as palavras. Deve-se impostar a voz com equilíbrio para

ser ouvido sem esforço por todos.

As pausas também são necessárias, cuidando sempre para que não sejam

prolongadas. Entonações e jogos de voz tornam a narração enriquecedora. Por outro

lado, a voz monótona desvia o interesse das crianças.

3- Interaja com o público

No momento da contação de histórias, podemos fantasiar a realidade e as

crianças não devem ser meros telespectadores, e sim, participar deste momento
lúdico. Use-as como personagens, dê objetos para interagirem em um determinado

momento da história, enfim, faça com que elas se sintam como parte da história.

4- Brinque com músicas, sons e outros recursos

Para variar a contação, aposte em músicas, som de instrumentos musicais ou

crie ainda um teatrinho de fantoches ou sombras, utilizando um tecido estendido

sobre um barbante.

Como nosso foco aqui é a sonorização de histórias, então, aproveite cada

detalhe para colocar um som diferente ou que se pareça com o que você vai falar.

Cante músicas relacionadas ao acontecimento da história, pois isso também ajudará na

fixação do ensinamento da mesma.

Considerações finais

É muito importante também apresentar literaturas para as crianças.

Contação de histórias não é apenas para crianças, mas sim para todos. Pessoas

de todas as idades gostam de ouvir uma boa história.

Um bom contador é um bom ouvinte, então, acomode-se e desfrute de boas

histórias!
Histórias
1 – “Iara”

2 – “Mário, o Marinheiro”

3 – “Alecrim Dourado”

4 – “Cachinhos Dourados”

5 – “O Gêneo e as Rosas”
Referências
MATEIRO, Teresa. ILARI, Beatriz. Pedagogias em educação musical. Edição: 1.
Paraná. Editora: InterSaberes; (1 de janeiro de 2012).

Afinal, a música ajuda no desenvolvimento infantil? Blog Escola da Inteligência.

Disponível em:

<https://escoladainteligencia.com.br/afinal-a-musica-ajuda-no-desenvolvimento-

infantil/>

JÚNIOR, Leonardo. A influência da música no desenvolvimento da criança. Música na

Infância, 10 de Janeiro de 2019. Disponível em:

<http://musicanainfancia.com.br/a-influencia-da-musica-no-desenvolvimento-da-

crianca/>

KRUTTER, Bernadette. A criança e a música: Musicalização de forma intuitiva.

Pedagogia ao pé da Letra. Disponível em:

<https://pedagogiaaopedaletra.com/a-crianca-e-a-musica-musicalizacao-de-forma-

intuitiva/>

Musicalização Infantil – a importância da música na primeira infância. Cursos CPT.


Disponível em:

<https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-infantil/artigos/musicalizacao-infantil-a-
importancia-da-musica-na-primeira-infancia>

Técnicas do Contar. Disponível em:

https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-infantil/artigos/contacao-de-historias-
tecnicas-do-contar
Técnicas de Contação de Histórias. Disponível em:

https://sites.google.com/view/tecnicasdecontacaodehistorias/

O Momento Mágico de Contar Histórias. Disponível em:

https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/o-momento-magico-de-
contar-historias.

Porque Contar Histórias é importante para o desenvolvimento dos filhos. Disponível

em:

https://www.fadc.org.br/noticias/753-por-que-contar-historias-e-importante-para-o-
desenvolvimento-dos-filhos.html

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