Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 7
UNIDADE ÚNICA
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
A LÓGICA DE SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
A QUALIDADE DO CUIDADO E A SEGURANÇA DO PACIENTE.................................................... 11
CAPÍTULO 3
AS BASES DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: BREVE HISTÓRICO................................................... 27
CAPÍTULO 4
MAS O QUE É ACREDITAÇÃO HOSPITALAR? ............................................................................ 32
REFERÊNCIA....................................................................................................................................... 48
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
A qualidade na saúde busca assegurar ao paciente que toda a organização esteja voltada para
maximizar os cuidados e benefícios e minimizar os riscos inerentes a ação médico terapêutica.
A acreditação hospitalar oferece a metodologia para a avaliação da qualidade, com base em padrões
preestabelecidos, contribuindo para maximização do desempenho e da segurança das organizações.
Daqui para frente, vamos discutir um pouco mais sobre esta questão.
Objetivos
»» Entender os conceitos sobre acreditação hospitalar.
7
ACREDITAÇÃO UNIDADE
HOSPITALAR ÚNICA
CAPÍTULO 1
A lógica de Sistemas e Serviços
de Saúde
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2000), um Sistema de Saúde pode ser
definido como o conjunto de todas as atividades que objetivam promover, restabelecer e manter a
saúde da população de determinada sociedade.
A organização destes Sistemas de Saúde é complexa e está respaldada na lógica do modelo de proteção
social adotado pelo Estado, considerando os valores da sociedade em que se insere, inclusive. Sua
estrutura, em geral, é composta por:
»» Ministérios.
»» Agências Reguladoras.
»» Serviços de Saúde.
»» Associações Funcionais.
»» Empresas.
9
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
caracterizados pela forte interação entre profissional e usuário, se justificando pela assistência ao
paciente, pela produção do cuidado resolutivo. Retratam, ainda, a constante incorporação de novas
tecnologias, produtos e práticas profissionais.
Os Hospitais, os Centros de Atenção Primária, os Ambulatórios, entre outros serviços, integram uma
rede de atenção ou rede de serviços de saúde. Considerando a diversidade de áreas, profissionais,
tecnologias e processos de trabalho para a prestação da continua assistência aos pacientes, exigem
elevado e crescente custo para a sua operacionalização.
A rigor, o objetivo de iniciativas da qualidade em um dado sistema de saúde seria garantir um nível
homogêneo de qualidade nos estabelecimentos (MINVIELLE, 2005). As variações desnecessárias
no processo da assistência, sobretudo nos resultados alcançados, representa o principal alvo
da abordagem dos programas de melhoria da qualidade na saúde. Uma assistência baseada em
evidências, protocolos e diretrizes clínicas, seria, assim, o requisito primordial para se chegar ao
patamar de qualidade desejado.
10
CAPÍTULO 2
A qualidade do cuidado e a segurança
do paciente
Não podemos discutir a qualidade na área da saúde sem reportar ao seu contexto histórico. É
importante enfatizar a contribuição de nomes como Abraham Flexner, Ernest Codman,
Florence Nightingale, Ignaz Philipp Semmelweis e outros, que, com seus estudos e
observações, revolucionaram, definitivamente, a forma de se pensar, planejar e fazer saúde, no
cenário mundial.
Para Mezomo (2001) a qualidade se torna mais complexa na área da saúde porque não age em função
de um único serviço (produto final), pois este é sempre incerto, não obedece a padrões estabelecidos
e não tem qualidade uniforme.
Avedis Donabedian, um dos principais estudiosos sobre a qualidade em saúde, tem seus conceitos
utilizados até hoje pelas organizações de saúde, principalmente nos aspectos referentes à avaliação
da qualidade em serviços de saúde (CAMPOS; 2000; VUORI, 1991). Para este autor, a qualidade
deveria ser definida como “a obtenção dos maiores benefícios com os menores riscos ao paciente e
ao menor custo” (DONABEDIAN, 1986).
Focando na tríade estrutura, processo e resultado, que corresponde às noções da Teoria Geral
de Sistemas - input-process-output – Donabedian estabeleceu os elementos necessários para a
avaliação da qualidade em sistemas e serviços de saúde, definindo-os como:
Ele desenvolveu suas reflexões a partir da perspectiva de que para atingir a qualidade em saúde
deve-se considerar a capacidade articulada de sistemas de saúde, serviços de saúde, profissionais
e sociedade, em configurar um conjunto harmônico capaz de oferecer uma assistência digna,
tecnicamente bem desenvolvida, por profissionais capacitados e que vise, ainda, a melhoria continua,
avaliada a partir do monitoramento do desempenho clínico. Considerou, dentro desta visão, que a
qualidade deve estar alicerçada, apoiada em 7 pilares; dimensões ou atributos.
12
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Observe no quadro abaixo, as dimensões abordadas pelo Institute of Medicine – IOM, difundidos
pelo mundo afora:
Neste mesmo ano, no Brasil, um grupo de pesquisadores, vinculados a diversas instituições de saúde,
desenvolveu uma metodologia para a avaliação de sistemas e serviços de saúde, o PRO-ADESS –
Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde – que recomendou como subdimensões
para a avaliação da qualidade e desempenho dos serviços de saúde: acesso, efetividade, eficácia,
adequação, continuidade, segurança, aceitabilidade e direitos dos pacientes, considerando, ainda, a
equidade o eixo transversal a todas as dimensões determinadas pela matriz conceitual.
Quadro 3. Subdimensões para avaliação da qualidade e desempenho dos serviços de saúde PROADESS.
Fonte:<http://www.proadess.icict.fiocruz.br/index.php?pag=matp>
13
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Há que se considerar, entretanto, que desde o início da década de 1980, a Organização Mundial da
Saúde (OMS), vem reafirmando a grande preocupação com a qualidade do cuidado ofertado aos
pacientes, recomendando a adoção medidas e iniciativas de melhoria da qualidade nos serviços
de saúde.
Para a OMS, a Segurança do Paciente significa a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano
desnecessário associado ao cuidado de saúde.
Alinhados às recomendações da OMS, vários países vêm desempenhando uma grande mobilização
em torno da aplicação de programas de qualidade nas organizações hospitalares, com o objetivo de
incrementar seu gerenciamento e melhorar a eficiência destes serviços.
Ficou evidente que essa mortalidade, atribuída aos erros ou falhas na assistência à saúde,
representava - na época da publicação - índices maiores do que os relacionados aos acidentes
automobilísticos (43.458 mortes em um ano), câncer de mama (42.297 mortes em um ano) ou
AIDS (16.516 mortes em um ano), colocando mortes por erros decorrentes da assistência em
saúde como 8a causa de mortalidade nos EUA.
1. Que o problema dos danos causados por eventos adversos apresentava-se como
uma grave realidade;
4. E finalmente, e por tudo isso: Que a segurança do paciente deveria se tornar uma
prioridade.
14
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
É importante salientar que a resposta ao relatório foi positiva e imediata, tanto por parte do governo,
como do setor privado norte-americano, e de organizações internacionais. E, desde então, diversas
iniciativas foram propostas e implementadas, com o objetivo de reduzir os eventos adversos em
saúde e prevenir eventos sentinelas.
15
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Incidência de Eventos
Proporção de Eventos
Estudo Amostra Adversos (por 100
Adversos Evitáveis
pacientes internados)
Em 2004, o Instituto para a Melhoria de Cuidado à Saúde (Institute for Healthcare Improvement -
IHI), em parceria com outras instituições, instituiu a Campanha das 100 mil vidas - uma iniciativa
voluntária, de caráter nacional nos Estados Unidos, que envolveu 3.100 hospitais (aproximadamente
75% dos leitos hospitalares) - com o objetivo de reduzir 100 mil mortes desnecessárias num período
de 18 meses (IHI, 2004). O resultado foi amplamente favorável, tanto que em 2006 a campanha
foi praticamente reeditada com nova meta: evitar cinco milhões de casos de danos decorrentes
da assistência em saúde, em um período de dois anos (dezembro de 2006 a dezembro de 2008),
intitulada Campanha Cinco Milhões de Vidas.
Figura 1.
Também em 2004, no mês de maio, a 57ª Assembleia Mundial de Saúde aprovou a criação de uma
aliança internacional para tornar a segurança do paciente uma iniciativa mundial e em outubro foi
lançada a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, na qual pela primeira vez, chefes
de representações, autoridades e grupos de pacientes de todas as partes do mundo reuniram-se para
promover este objetivo – “PRIMUM NON NOCERE” ou “Primeiramente, não provocar danos”
- e para reduzir consequências adversas causadas pela prestação de cuidados inseguros e pela má
qualidade da assistência na saúde.
16
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Esta aliança nasceu com o foco em conscientizar e conquistar o compromisso político, lançando
programas, gerando alertas sobre aspectos sistêmicos e técnicos e realizando campanhas
internacionais que reúnem recomendações destinadas a garantir a segurança dos pacientes ao
redor do mundo. Concentrou suas ações nas seguintes áreas: Desafio global para a Segurança do
Paciente; Pacientes em Defesa de sua Própria Segurança, Taxonomia/Classificação Internacional
para a Segurança do Paciente, Investigação, Soluções para a Segurança do Paciente e Notificação
e Aprendizagem, entre outros (ver quadro abaixo) e publicou a cada dois anos um programa
estabelecendo suas atividades.
17
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Entre as áreas para a implementação recomendadas pela Aliança Mundial para a Segurança do
Paciente para áreas específicas, destacam-se importantes iniciativas:
O primeiro desafio global para segurança do paciente iniciou em 2005 com foco no cuidado a saúde
associado à prevenção de infecções, com o tema “Cuidado Limpo é Cuidado Seguro”.
Figura 3.
Em 2007-2008 o segundo desafio estava focando o tópico cirurgia segura com o tema: “Cirurgia
Segura Salva Vidas”.
Figura 4.
O Brasil é signatário destas recomendações da OMS, tendo assinado a adesão aos desafios
globais propostos.
18
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Intervenções ou ações para prevenir ou reduzir risco e dano ao paciente decorrente do processo de
cuidado à saúde. As soluções promovidas foram disseminadas e coordenadas internacionalmente
pelo Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (WHO/JCI) e deram origem às Metas
Internacionais de Segurança do Paciente, já abordadas anteriormente.
Uma causa comum de erro de medicação é a confusão gerada por medicamentos com nomes parecidos
e/ou embalagens com aparência semelhante. Em mais de cinco mil casos de erros de medicação
relatados nos Estados Unidos na década de 1990, 16% foram devidos à administração de medicação
errada. Além de recomendações para minimizar a confusão dos nomes dos medicamentos, é de
suma importância a educação e o treinamento dos profissionais para reduzir o risco de erro.
19
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
A principal estratégia para reduzir as ocorrências de dano aos pacientes relacionadas à cirurgia
é a implantação do uso de uma Lista de Verificação (checklist), preparada por especialistas para
auxiliar as equipes cirúrgicas. A lista de verificação padroniza os itens a serem garantidos nas
seguintes etapas: antes da indução anestésica, antes da incisão na pele e antes de o paciente sair da
sala cirúrgica. Para que obtenha êxito, essa solução requer o engajamento da liderança gerencial e
clínica, além dos profissionais envolvidos no cuidado.
As soluções eletrolíticas concentradas merecem especial atenção devido à sua grande utilização e ao
alto risco de dano ao paciente, inclusive morte, associado ao uso inadequado. Devem, portanto, ser
armazenadas e manipuladas de forma controlada e segura.
Erros de medicação são uma das causas mais frequentes de incidentes que levam ao dano ou à morte
de pacientes. Esses erros são mais comuns nos momentos de transferência da responsabilidade pelo
paciente, principalmente na alta hospitalar. Em alguns países, 67% das prescrições contêm algum
erro, sendo que 46% dos erros de medicação ocorrem na admissão ou na alta. Deve ser constituído
um processo para prover medicamentos corretos aos pacientes em todos os momentos do cuidado
de saúde.
20
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
A higienização adequada das mãos é a medida mais importante, para prevenir e controlar infecções
nos serviços de saúde. Apesar da reconhecida importância, as taxas de infecção variam de 5%
a 20%. O desafio constante é colocar em prática os procedimentos que garantem a adequada
higienização das mãos. Esse é o alvo da campanha da OMS “Salve vidas: higienize suas mãos”,
que visa promover o incentivo e a sensibilização dos profissionais para a adesão à prática da
higienização das mãos de forma constante e rotineira. O Brasil é signatário dessa estratégia
da OMS.
Uma comunicação efetiva, que seja oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade e compreendida
pelo receptor, reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria da segurança do paciente.
As comunicações mais propensas a erros são as prescrições verbais, e aquelas feitas por telefone,
quando permitido pelas leis ou regulamentos locais. Outra comunicação suscetível a erros consiste
na informação de resultados de exames críticos. É recomendada a adoção de um processo que
garanta a anotação de toda a prescrição ou resultado de exame, pelo receptor da informação; a
releitura da ordem ou resultado do exame por parte do receptor; e a confirmação de que o que foi
anotado e lido está correto.
21
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Para prevenir erros relacionados à administração indevida, estes medicamentos devem estar
identificados (com rotulagem que o sinalize como medicamento de alta vigilância) e segregados, ou
seja, armazenados em locais previamente definidos, de preferência fora das unidades de cuidado.
A adoção do Protocolo Universal para prevenção de cirurgias com local de intervenção errado,
procedimento errado ou pessoa errada criado pela Joint Commission visa prevenir erros desta
natureza. Este protocolo inclui:
A prevenção e o controle de infecções são um desafio para a maioria dos setores de cuidado à saúde, e
as crescentes taxas de infecções associadas aos cuidados de saúde são uma grande preocupação para
os pacientes e profissionais de saúde. A higiene adequada das mãos é essencial para a erradicação
dessas e de outras infecções.
Diretrizes para a higiene das mãos reconhecidas internacionalmente são disponibilizadas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos
22
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Estados Unidos (US CDC) e por diversas outras instituições nacionais e internacionais e os serviços
de saúde devem garantir a adoção destas estratégias e sua efetividade.
Em abril de 2013, pela Portaria MS/GM no 529 foi lançado o Programa Nacional de Segurança
do Paciente (PNSP), que recomenda, entre outras coisas, a implantação dos Protocolos Básicos
de Segurança do Paciente.
O PNSP foi criado com o objetivo de promover melhorias relativas à segurança do paciente, de forma a
prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos, decorrências da prestação do cuidado nos serviços
de saúde e muitos esforços contribuíram para esta iniciativa, dentre eles as produzidas em unidades
e instâncias do próprio Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), inclusive ações em conjunto com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
Figura 5.
Entre as principais ações preconizadas pelo PNSP, encontra-se a publicação da RDC no 36/2013,
da ANVISA, que determina a obrigatoriedade da criação/implantação de Núcleos de Segurança do
Paciente nos hospitais e serviços de saúde, cuja finalidade é planejar e implementar ações para a
promoção de uma assistência segura, com a adoção de protocolos e medidas para a melhoria da
qualidade e segurança da assistência ofertada aos pacientes.
23
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Também passará a ser obrigatória a notificação mensal de eventos adversos associados à assistência
à saúde e a Anvisa, respaldada na experiência acumulada pela Rede Sentinela (representada por um
conjunto de hospitais capitaneados e coordenados pela Agência, que atuam por meio de suas gerências
de risco desenvolvendo ações de vigilância na pós-comercialização de medicamentos, tecnologias
e dispositivos médicos, saneantes e produtos para a saúde e no uso de sangue e hemoderivados),
será o canal oficial para a notificação de incidentes e eventos adversos relacionados à assistência ao
paciente, pelo formulário próprio.
A medida deve contribuir para a criação de um Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Adversos
à Saúde, como os que já existem em vários países em todo o mundo, tais como Espanha, Portugal
e etc.
É muito verdade que, anteriores ao lançamento do Programa, várias iniciativas na área já vinham
sendo desenvolvidas em muitos lugares, e que impulsionaram a criação do PNSP. Entre elas
podemos destacar:
24
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
No final do ano de 2012, a Anvisa lançou a Campanha Pacientes pela Segurança do Paciente, que
estimula e encoraja pacientes a participarem de forma mais ativa e consistente do seu tratamento e
processo de cuidado.
Além disso, pela iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), capitaneada pelo Instituto de
Comunicação e Informação Científica e tecnológica (Icict) foi criado o Portal Proqualis. Vinculado
a este Instituto estrutura-se como um núcleo de difusão do conhecimento relacionado à qualidade
do cuidado de saúde e a temas de interesse social nesse campo, visando, sempre, o aperfeiçoamento
das práticas adotadas na área. Agrega uma gama de informações propagando recomendações e
experiências nacionais e internacionais para a qualidade e segurança na saúde.
25
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Fonte: <www.proqualis.br>
A acreditação hospitalar pode ser uma excelente ferramenta, por se tratar de um método estruturado
para implementar as melhorias necessárias para a garantia da qualidade e segurança do paciente.
26
CAPÍTULO 3
As bases da Acreditação Hospitalar:
breve histórico
O conceito de qualidade do cuidado ou “quality of care” foi proposto, pela primeira vez, por um
cirurgião chamado Ernest Codman, em 1912. Partindo do princípio de que “a observação de tudo o
que acontece durante e após o tratamento é a melhor maneira de avaliar a qualidade da assistência
prestada”, ele propôs um sistema comparativo, criou os conceitos de tratamento eletivo, paliativo e
de emergência, bem como o de risco provável. A aceitação das ideias de Codman levou Vergil N. Slee
a criar a auditoria médica, em 1943.
Estes padrões, entretanto, referiam-se apenas às condições necessárias aos procedimentos médicos
e ao processo de trabalho, não levando em consideração outras necessidades e ou serviços como o
dimensionamento da equipe de enfermagem ou a necessidade da assistência, nem a avaliação dos
resultados com o paciente e ainda poucos elementos da estrutura física do hospital.
Já em 1918, foi realizada a primeira avaliação de hospitais nos Estados Unidos com base nos padrões
preconizados pelo PPH.
27
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
No final da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos (EUA) incentivaram, por intermédio de
uma lei federal, a construção de novos hospitais aumentando, assim, seu parque hospitalar (JESSE,
1994). A partir daí o Colégio Americano de Cirurgiões (ACS) não conseguiu continuar gerenciando
o PPH e em 1951, Arthur W. Allen, presidente do ACS, contribuiu estrategicamente para a criação
da Joint Commission on Accreditation of Hospitals (JCAH) - atual The Joint Commission. Naquele
28
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Oficialmente, em 1952 o ACS transferiu o PPH para a JCAH, que, no ano seguinte, publicou
o primeiro Manual para Acreditação de Hospitais - Standards for Hospital Accreditation -
passando desde então a acreditar hospitais nos EUA. Surgiu, assim, a primeira metodologia para
a Acreditação Hospitalar.
No resto do mundo, este movimento só começou “a tomar corpo” a partir da década de 1990,
conforme quadro a seguir:
Quadro 6.
29
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Figura 10.
Neste contexto de busca pela qualidade as metodologias para a acreditação hospitalar foram se
desenvolvendo, passando a operar no Brasil, pelos órgãos e agências credenciadas, como observamos,
ainda cronologicamente:
Figura 11.
30
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Podemos dizer que, hoje, no Brasil, a busca dos hospitais por metodologias para qualificação de
seus serviços e pela acreditação tem crescido, mas apenas cerca de 4,5% a 5,0% dos hospitais têm
algum tipo de certificação. Algo em torno de 500 instituições de saúde possui o selo de acreditação,
e apenas um terço a tem em nível de excelência em alguma das metodologias.
A tendência é que este número se eleve, gradativamente, nos próximos anos, principalmente na
área privada, já que a ANS (Agência Nacional de Saúde) vem exigindo esforços para a melhoria da
qualidade e segurança do paciente nos hospitais privados.
31
CAPÍTULO 4
Mas o que é Acreditação Hospitalar?
»» segurança;
»» confiabilidade;
»» diminuição de erros;
»» equipe qualificada;
»» educação continuada;
Considerando que seus benefícios atingem toda a estrutura do hospital, podemos destacar, entre eles:
Figura 12.
32
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
A avaliação de qualidade é uma atividade que julga e compara estrutura, processos e resultados com
padrões estabelecidos. Segundo Contandriopoulos et al (2002) os objetivos de uma avaliação são
numerosos e representam dicotomias comuns no dia a dia das organizações de saúde e que variam
de ator para ator envolvido no processo.
Esse tipo de avaliação busca, geralmente, responder perguntas relacionadas à competência técnica
dos profissionais do hospital; à continuidade e globalidade da atenção prestada ao paciente; aos
recursos colocados à disposição para atender o conjunto de serviços prestados pela instituição.
(CONTANDRIOPOULOS et al, 2002).
De um modo geral, o ciclo de acreditação pode ser descrito da seguinte forma: o hospital interessado
em ser acreditado entra em contato com uma instituição acreditadora que faz uma visita de
apresentação, divulgação da metodologia e estabelece o prazo para que o hospital se prepare para a
avaliação. Nessa reunião é solicitado que o hospital providencie toda a documentação que faz parte
da avaliação como.
Uma equipe, grupo ou comitê de apoiadores internos (formada geralmente por gerentes de áreas/
setores/unidades e profissionais da área de qualidade do próprio hospital) é organizada e submetida
a um processo de capacitação na qual é apresentada a metodologia de acreditação. Essa equipe ou
comitê é responsável pelos processos interno de preparação para avaliação e deverá estar envolvida
com o processo de planejamento e melhoria da qualidade do hospital.
Quadro 7.
33
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Geralmente, a avaliação para acreditação é realizada por uma equipe multidisciplinar formada por
um médico, um administrador e um enfermeiro que verificam se o hospital está em conformidade
com os padrões estabelecidos no manual preconizado. A duração da visita varia de acordo com o
tamanho e a complexidade do hospital, uma vez que todos os setores e unidades serão observados
e obedecerão a uma programação pactuada entre os representantes do hospital e os avaliadores da
instituição acreditadora.
Metodologias de Acreditação
Figura 13.
»» liderança e administração;
»» organização profissional;
»» atenção ao paciente;
»» diagnóstico;
»» apoio técnico;
»» infraestrutura;
»» ensino e pesquisa.
34
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
»» Nível 1 – Segurança
Nível 1
Princípio: SEGURANÇA
Nível 2
35
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Nível 3
Assim como em as demais metodologias, a organização, serviço ou programa da saúde que manifesta
o interesse pela avaliação, diretamente a uma das Instituições Acreditadoras Credenciadas à ONA.
Atualmente, a ONA vem ampliando seu processo de cerificação para áreas afins na assistência á
saúde. Entre as áreas, destaca-se a certificação dos serviços odontológicos, contemplando tanto
36
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
as clínicas odontológicas quanto os consultórios isolados desde que atendam aos requisitos de
elegibilidade ao programa de certificação.
Além disso, os serviços de saúde podem se candidatar, em determinadas áreas específicas, ao selo
de qualificação, cuja certificação tem validade de 1 ano.
»» Serviços de Dietoterapia.
»» Serviços de Manipulação.
»» Preparação Quimioterápicos.
»» Nutrição Interal/Parental.
Manutenção da Certificação
No período de validade do certificado, a instituição certificada estará subordinado aos mecanismos
de controle para a verificação da manutenção do desempenho obtido no processo de avaliação:
37
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
1. Hospitalar.
2. Hemoterápica.
3. Laboratorial.
6. Ambulatorial.
As seções do manual são cinco: A seção Gestão e Liderança conta com 6 subseções, com a incorporação
da estrutura fisico-funcional; Atenção ao Paciente/Cliente, com 15 subseções; Diagnóstico e
Terapêutica, apresenta 9 subseções; Apoio Técnico, conta com 4 subseções; e Abastecimento e
Apoio Logístico, apresenta 04 subseções.
Em 2013, a ONA foi aceita como membro da International Society for Quality in Healthcare -
ISQua, e em agosto daquele ano, os padrões do Manual Brasileiro de Acreditação das Organizações
Prestadoras de Serviços de Saúde (Edição 2014) foram reconhecidos e certificados internacionalmente
pela IsQua.
Aprovada pelo Centers for Medicare Medicaid Services (CMM) do governo norte-americano, a
metodologia NIAHO® é aplicável e recomendada às instituições hospitalares que já possuem
sistema de qualidade consolidado. Representa o primeiro sistema a oferecer um programa de
acreditação hospitalar utilizando como premissa básica a conformidade com a norma ISO 9001.
38
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
No Brasil, apenas organizações com que possuem acreditação pela ONA - com Excelência (Nível 3),
podem receber esta acreditação internacional e ainda são muito poucas as instituições brasileiras
acreditadas pela metodologia.
QMentum International
Figura 14.
A Accreditation Canada International - é uma organização não governamental, sem fim lucrativo,
que tem por objetivo ajudar instituições que prestam serviços de saúde, no território canadense e
no mundo, avaliando-as e ajudando-as a melhorar a qualidade dos serviços oferecidos e da atenção/
assistência prestada (SKETRIS, 1988).
39
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
1. Foco no cliente/paciente.
2. Liderança.
4. Desenvolvimento de pessoas.
5. Trabalho em equipe.
»» avaliação de documentação;
Os achados da visita de avaliação são consolidados em um relatório escrito e focam tanto os pontos
fortes da organização como as oportunidades de melhoria.
»» Equipes de Liderança.
40
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Também é prevista a organização dos “Times de Trabalho”, relacionados aos capítulos do Manual
da Acreditação Canadense, com o objetivo de prepará-la para a adequação aos requisitos da
metodologia e para a melhoria da qualidade e segurança.
»» Ambulatório.
»» Oncologia.
»» Assistência em Emergência/Trauma.
»» Assistência Materno-infantil.
»» Assistência Médica.
»» Assistência Especializada/Intensiva.
»» Assistência Cirúrgica.
»» Serviços de Laboratório.
»» Serviços de Farmácia.
Além da acreditação para hospitais, a Accreditation Canadá oferece outras linhas de certificação,
para serviços específicos e processos assistenciais: Centros de cuidados primários, Centros de
atendimento ambulatorial (diabetes, oncologia, várias especialidades, reabilitação etc), Laboratórios
clínicos, Centros de imagens, Centros de cuidados de longa permanência.
O IQG, por meio de parcerias, ainda se destaca pelas seguintes linhas de certificação: Certificação por
distinção da TEV; Certificação por Distinção no Tratamento do AVC; Certificação dos serviços
de hemodinâmica e cardiologia intervencionista; Certificação por Distinção dos Serviços
de Esterilização e Reprocessamento a serem certificados; Certificação por Distinção dos Serviços de
Higiene Hospitalar; Certificação por Distinção em Serviços de Terapia Intensiva.
41
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
A JCI é, portanto, uma organização global que se baseia no conhecimento para oferecer soluções
inovadoras para as organizações internacionais de cuidados de saúde, apresentado sua metodologia
para melhorar a segurança e a qualidade dos serviços aos pacientes.
A The Joint Commission Organization é representa por três organizações integradas, orientadas
para resultados, que contemplam todas as dimensões da acreditação – a qualidade dos cuidados de
saúde e segurança do paciente, sendo elas: The Joint Commission, a Joint Commission Internacional
e a Joint Commission Center for Transforming Healthcare.
Figura 15.
No Brasil, O Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), instituição sem fins lucrativos, criada em
1998, é o representante exclusivo da JCI. Em 2005 transformou-se, com os mesmos objetivos,
na denominada de Associação Brasileira de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde – ABA,
tendo como Associados Efetivos: o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, A Fundação Oswaldo Cruz, a
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Cesgranrio. Para preservar sua
história e assegurar a credibilidade de seu trabalho, foi mantido o nome fantasia de Consórcio
Brasileiro de Acreditação – CBA.
42
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Os serviços de acreditação oferecidos pelo CBA, em conjunto com a JCI, abrangem de hospitais,
ambulatórios, centros de atenção primária, serviços de cuidados continuados não hospitalares
(internação domiciliar; pacientes em final de vida) serviços de transporte médico.
O CBA utiliza a tradução fiel dos manuais internacionais, que são elaborados a partir de um Comitê
Internacional de Padrões. Esse Comitê tem representantes de países dos cinco continentes, visando
à manutenção da aplicabilidade e atualidade do conteúdo e conjunto de padrões definidos em cada
manual. Esse manuais são revisados e editados a cada 3 ou 4 anos, segundo as políticas definidas
pelo Comitê Internacional.
Atualmente, além do Manual Hospitalar, o CBA já utiliza manuais e processos para Serviços
de Cuidados Continuados (longa permanência, assistência domiciliar, reabilitação e cuidados
paliativos), Serviços de Transportes Médicos, Ambulatórios e ainda um processo de certificação
de Serviços de Cuidados a Doenças ou Condições Específicas, como diabetes, infarto, insuficiência
coronariana, hanseníase e etc, para as outras linhas de acreditação.
A Política de Evento Sentinela está preconizada pelo manual, como mecanismo sistemático para
dar suporte à sua missão de melhorar a segurança e a qualidade dos cuidados de saúde prestados
na comunidade internacional e a JCI analisa as atividades da instituição, em relação aos eventos
sentinela, em seu processo de acreditação.
43
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
A avaliação diagnóstica é realizada pelo Tracer Method (método de rastreamento). A Linha de foco
do rastreador é definida “Como o cuidado é prestado para os pacientes e como seu ambiente é
mantido a cada dia”, ou seja, o foco está no processo de assistência direta ao paciente, considerando
interfaces entre os diferentes segmentos e/ou áreas envolvidas no processo da assistência e a partir
do perfil assistencial e tipos de atendimentos, é selecionada amostragem de prontuários – com base
no censo diário – e todo o caminho percorrido por esse paciente é rastreado.
»» Rastreador Individual de Paciente: Foco no qual o paciente pode ter maior risco e
maior volume de atendimento ou pode representar problema para a organização.
44
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR │ UNIDADE ÚNICA
Os padrões de acreditação para Hospitais são destinados a avaliar qualidade e segurança do paciente
nos hospitais e são aplicáveis para os diversos tipos de hospitais públicos, privados e para centros
médicos acadêmicos.
Os Padrões de Acreditação JCI para Centros de Cuidados Primários é um guia valioso para
organizações de cuidados primários individuais e para agências de saúde pública localizadas em
regiões rurais ou urbanas.
Os padrões são voltados a para a integração com a comunidade e para a promoção da saúde e
prevenção de doenças
45
UNIDADE ÚNICA │ ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Os padrões de acreditação JCI para cuidados ambulatoriais são projetados para avaliar a qualidade
e a segurança dos cuidados prestados aos pacientes em ambientes ambulatoriais.
»» Unidades de diálise.
Os padrões de Acreditação para Cuidados Prolongados são destinados a avaliar a qualidade e segurança
dos cuidados prolongados (continuados) prestados em ambientes de cuidados às comunidades.
Os padrões estipulados pela JCI dizem respeito a todos os aspectos relacionados ao transporte de
pacientes, tratando-se ou não de situação de emergência. Os padrões aplicam-se às organizações de
transporte médico aéreo ou terrestre e avaliam, efetivamente, os serviços prestados para a adequação
do transporte às condições do paciente, os serviços médicos fornecidos durante o transporte, o
controle de infecção e o gerenciamento e segurança do meio de transporte.
Novas tecnologias abriram as portas para os mais variados níveis de serviços de saúde a pacientes
domiciliares. Os padrões de acreditação da JCI para atenção domiciliar abordam os cuidados
prestados em casa a pacientes com exigências de cuidados em graus de complexidade variados.
São elementos mensuráveis de desempenho para estas organizações os cuidados integrados
prestados, centrados nas necessidades dos pacientes, a segurança do ambiente, as qualificações dos
profissionais e a educação que recebem.
Fonte: <http://www.cbacred.org.br/acreditacao/acreditacao/programas.asp>
46
Para (não) Finalizar
Consiste, também, na avaliação externa de serviços e sistemas de saúde, que utiliza padrões ótimos
de desempenho, direcionados para os processos de cuidados ao paciente e gestão dos serviços.
Em síntese, o processo de acreditação foi desenvolvido para criar uma cultura de segurança e
qualidade no interior de uma instituição que se empenha em aperfeiçoar continuamente os processos
de cuidado ao paciente e os resultados obtidos. Por causa disso, as instituições:
»» Elevam sua credibilidade junto à população no que diz respeito à sua preocupação
com a segurança do paciente e com a qualidade do atendimento;
»» Escutam os pacientes e seus familiares, respeitam seus direitos e criam com eles
uma parceria no processo de cuidado;
47
Referência
RODRIGUES, E.A.A., Uma Revisão da Acreditação Hospitalar como Método de Avaliação de
Qualidade e da Experiência Brasileira. Dissertação de mestrado, mimeo, RJ: Fiocruz, 2004.
FELDMAN, L.B., GATTO MAF, CUNHA ICKO. História da evolução da qualidade hospitalar:
dos padrões a acreditação. São Paulo: Acta Paul Enferm, 2005, 18(2):213-9.
FELDMAN, L.B. (ORG.). Gestão de Risco e Segurança Hospitalar. 2a Ed., São Paulo: Martinari,
2009.
MALIK AM, SCHIESARI LMC. Qualidade na gestão local de serviços e ações de saúde. São
Paulo: Instituto para o Desenvolvimento da Saúde/ Universidade de São Paulo/Faculdade de Saúde
Pública/ Banco Itaú; 1998. (Saúde Cidadania, 3).
NORONHA, J.C. TRAVASSOS, C.M. ROSA, M.L.G. TEMPORÃO, J.G. Iniciativas em qualidade
no Brasil. Ensaio, v. 8, n. especial, Rio de Janeiro: 2000.
GALLOTTI, R. Eventos Adversos – o que são? Rev Assoc Med Bras, v.50 (2), p. 109-26, 2004.
KOHN, L.; CORRIGAN, J.; DONALDSON, M. To err is human: building a safer health system.
Washington, DC:Committee on Quality of Health Care in America, Institute of Medicine:National
Academy Press, 2000.
48
REFERÊNCIAS
WHO (World Health Organization). The WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health
Care. First Global Patient Safety Challenge Clean Care Is Safer Care. Geneva: WHO
Press, 2009. 262p.
WHO (World Health Organization). World Alliance for Patient Safety: forward programme
2006-2007. Geneva: WHO Press, 2006. 56 p.
WHO, World Health Organization. Sumary of the evidence on patient safety: implications
for research. Edição: Ashish Jha. 2008.
World Health Organization. WHO guidelines for safe surgery. Geneva: WHO; 2009.
Sites
<http://www.cbacred.org.br/acreditacao/acreditacao/programas.asp, acessado em 12 de janeiro
de 2014.>
49