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RESUMO: O presente artigo tem como tema: A importância do Lúdico para Alfabetização, e tem
como objetivo questionar a melhor forma de alfabetização, pensar em soluções para melhor utilização
do lúdico na aprendizagem, abordar a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem,
buscando compreender a relevância do brincar, no desenvolvimento, de aprendizagem na fase
educacional da criança. O trabalho desenvolveu através de pesquisas baseadas em fundamentos de
autores como, Vygotsky, Piaget e Emilia Ferreiro, seguida da realidade escolar. O ato de brincar pode
ser conduzido independentemente de tempo, espaço, ou de objetos isto proporciona que a criança
crie, recrie, invente e use a sua imaginação, tornando o espaço escolar atrativo. Assim a partir da
problemática levantada foi delimitado o objetivo geral que teve como princípio refletir sobre a
importância dos jogos e das brincadeiras, numa perspectiva lúdica, no processo de ensino
aprendizagem na alfabetização. Portanto busca-se identificar que a utilização do lúdico aliada a
atividades pedagógicas pode modificar o aprender numa ação prazerosa que produz resultados
positivos. Para a realização do artigo foi realizada uma pesquisa de campo com o intuito de observar
as maneiras que se pode trabalhar o lúdico na alfabetização e a importância do mesmo, observando
assim os jogos e brincadeiras nesse processo de aprendizado para as crianças que é a alfabetização.
1 - INTRODUÇÃO
Este artigo de conclusão de curso de pedagogia é fruto das minhas inquietações que
surgiu a partir da vivência como estagiária em salas de aula da Pré- escola e das
Séries Iniciais do Ensino Fundamental em uma Escola Pública Municipal da cidade
de Campo Grande – MS, tornando-se foco de reflexão e discussão como acadêmica
no decorrido curso. Ele também se refere às leituras sobre os saberes que
permeiam a prática educativa quanto à alfabetização dos professores no seu lócus
de trabalho.
Para a alfabetização das crianças a prática-reflexiva deve ser primordial por parte do
professor, pois a criança que sai da Pré-escola para o Ensino Fundamental sente
bruscamente com uma nova cobrança de sua postura. O educador precisa
compreender que a função intelectual da criança está em processo de maturação,
sendo necessário o ato de brincar. Todas as vivências práticas que a criança
experimenta na infância por meio do brincar são estruturantes para o seu
desenvolvimento.
Deste modo pretendo contribuir para discussão dos saberes necessários à prática
dos educadores, entendendo que estes saberes constituem o cerne da formação e
da prática docente, que interferem decisivamente para o sucesso ou fracasso do
processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do
Ensino Fundamental; conscientizando o educador de que os problemas da
alfabetização estão relacionados às práticas educativas.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Trabalhando o lúdico logo nos Anos Iniciais, podemos fazer com que a criança tome
gosto pela disciplina, e que conforme for passando os anos, não sinta tanta
dificuldade nessa área, podendo assim se lembrar de como conseguia realizar as
atividades com paciência e determinação, obtendo foco no que faz.
As atividades lúdicas têm o poder sobre a criança, pois faz parte do mundo infantil,
facilitam tanto o progresso de sua personalidade, como o progresso de cada uma de
suas funções psicológicas, intelectuais e morais. A criança quando ingressa na
escola sofre um impacto emocional, pois, até então, vivia somente num ambiente
familiar cercada de brinquedos. Na escola tudo é novidade, ela permanece durante
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muitas horas nas salas de aula, com horário para tudo, além de não poder fazer o
que quer na hora que quer. Tem a necessidade de submeter-se à disciplina escolar.
De fato o motivo não é apenas o ambiente escolar, mas também a falta de suas
atividades preferidas, como o brincar, que muitas vezes a escola deixa de lado,
buscando apenas o cumprimento dos conteúdos, deixando de fazer uso do lúdico.
Mediante tantos aspectos que interferem na alfabetização, o Referencial Curricular
da Educação (1998) norteia:
Neste sentido Vygotsky, apresenta que o melhor método para aprender a ler e a
escrever é descobrir essas habilidades durante situações de brincadeira. O autor
considera que é preciso que as letras passem a tornar-se uma necessidade na vida
das crianças. O jogo como recurso pedagógico favorece a relação entre o processo
de construção do conhecimento por parte da criança e a ação pedagógica do
professor. Nesse sentido, o lúdico na ação educativa possibilita que a informação
seja apresentada à criança por meio de diferentes tipos de linguagens, atendendo
aos diferentes estilos de aprendizagem.
A educação infantil, nesse sentido, obteve um incentivo com o estabelecimento, pela
Constituição Brasileira, do direito à educação a partir do nascimento. Sobre esse
direito, a LDB (Lei 9.394/96, p.25) construiu uma nova concepção de educação
infantil da criança até seis anos de idade, segundo o Art. 29: “O desenvolvimento
integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, em complementando a ação da família e da comunidade”.
Podemos então deduzir o conteúdo e a forma da educação naquela primeira fase de
vida escolar da criança, sendo este, o primeiro nível de ensino de educação básica,
seguida pelo ensino fundamental e médio e nessa perspectiva deve ter garantido o
direito a uma educação de qualidade onde a LDB (Lei 9.394/96, p. 20) no Art. 22
destaca: “a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
Piaget (1975) nos esclarece que o brincar, implica a consideração de uma dimensão
evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando características
específicas, apresentando formas diferenciadas de brincar.
Assim o professor vai mediar o aprender dos conteúdos por meio de brincadeiras,
jogos e atividades que tenham um valor, um significado de forma gostosa e
prazerosa de aprender.
2.2 P2: Considero importante o uso do lúdico por ser uma ótima ferramenta
de aprendizagem, pois é através do brincar é que a criança apreende os
significados da vida social e conteúdos escolares.
Observa-se que as respostas das professoras são contraversão, uma vez que a P1
não tem dificuldade para utilizar o lúdico, devido a escola lhe oferecer todos os
recursos, espaços e o que lhe for necessário para a prática do lúdico facilitando-a,
porém a P2 não tem o mesmo espaço, dificultando os seus objetivos com os jogos
além de precisar conscientizar os pais que o conhecimento se alcança também
através de brincadeiras.
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Percebe-se que as respostas das professoras acabam tendo uma relação entre si a
qual a P1 coloca muito bem uma avaliação cognitiva levando em consideração os
seus aspectos afetivos, sociais e principalmente a relação com o próximo e a P2
complementa que na hora de avaliar leva em conta o desempenho do aluno aos
estímulos, melhorando o processo do ensino-aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Escola Abel Freire de Aragão, mesmo se tratando de uma escola pública que não
requer de muitos recursos, possui elementos básicos fundamentais para que o
lúdico no processo escolar aconteça. Há um espaço amplo com quadra coberta,
parque gramado, áreas livres calçadas, gramadas e com arborização. Sem contar
com a sala de aula que o professor promove cantinhos de leitura, baú de fantasias,
rodas para cantigas e conversas.
Esta escola nos mostra que não é possível ter uma educação de qualidade e que
não necessário ter materiais caros para produzir um bom aprendizado aos alunos,
mas sim um bom planejamento destas atividades utilizando questionamentos,
recursos de fácil acesso ou fabricação manual própria.
Concluímos para que se tenha uma alfabetização sem rupturas e efetiva é preciso
que o professor se qualifique neste sentido baseando-se numa fundamentação
teórica consistente, inovando suas práticas, priorizando em seus planejamentos
momentos que favoreçam o brincar livre e orientado, possibilitando às crianças
habilidades físicas, motoras e intelectuais de forma prazerosa e participativa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Darcy Ribeiro (1996). LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional : lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 .5. ed. Brasília : Câmara dos
Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2010.