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SANTARÉM - PA
2020
DALTINO CARDOSO DA SILVA
MANOEL YAN LIRA E SILVA
SANTARÉM - PA
2020
DALTINO CARDOSO DA SILVA
MANOEL YAN LIRA E SILVA
____________________________________ ___________
Prof. Eng. Civil NADIR PIRES MARTINS Conceito
Orientador
____________________________________ ___________
1º Membro Avaliador Conceito
Instituição de Ensino:___________
____________________________________ ___________
2º Membro Avaliador Conceito
Instituição de Ensino:___________
___________
Média
“Em todas as causas eficientes ordenadas,
em primeiro lugar está a causa do que se
encontra no meio, e o que se encontra no
meio é causa do que está em último lugar,
tanto se os intermediários forem muitos,
quanto se for um só; tiradas as causas, tira-
se o efeito; logo, se não for primeiro nas
causas eficientes, não será nem em último,
nem no meio. Se, porém, procedermos de
forma indefinida nas causas eficientes, não
haverá primeira causa eficiente e, portanto,
não haverá também nem efeito último nem
causas intermediárias, o que é
evidentemente falso. Logo, é necessário
admitir alguma causa eficiente primeira, à
qual todos chamam de Deus.” (São Tomás
de Aquino)I
The present work carried out the evaluation of the pathologies manifested in a
residential building in the municipality of Monte Alegre-Pará, aiming at the diagnosis of
the origins of the pathological processes involved from a methodology based on the
visual analysis of the occurrences and technological tests, adapted from ANDRADE
PERDRIX (1992 ). The diagnosis found the incidence of longitudinal cracks parallel to
the structural elements at different stages of evolution, later found to be similarly the
generalized corrosion of the reinforcement with the consequent disintegration of the
concrete in the form of plates, debarking. The prognosis of the structure pointed out as
a cause of the manifestations the normative non-conformity in the elaboration,
execution and use of the building combined with the external environmental
performance that favored the appearance of pathologies in reinforced concrete
structures due to climatic and geographic factors.
Aos nossos Pais e familiares que nos apoiaram durante todo este período de trabalho
árduo e de inúmeros sacrifícios, que sua paciência não seja em vão e que Deus possa
recompensá-los com Graças em abundância.
Ao professor Nadir Pires Martins, por nos ter aceito como seus orientandos e ter nos
instruídos e movido a realizar este trabalho com empenho e dedicação, apesar das
circunstancias calamitosas deste ano de 2020.
1 INTRODUÇÃO 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14
2.1 PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 14
2.1.1 Histórico 14
2.1.2 Desempenho das Estruturas 17
2.1.3 Fissuração 19
2.1.4 Corrosão 21
2.1.4.1 Mecanismos de corrosão 21
2.1.4.2 Corrosão eletroquímica 22
2.1.4.3 Despassivação por cloretos 23
2.1.4.4 Contaminação por sulfatos 25
2.1.4.5 Água de amassamento 25
2.1.4.6 Corrosão química 26
2.1.4.7 Corrosão durante a estocagem 27
2.1.4.8 Carbonatação 28
2.1.4.9 Umidade 30
2.1.5 Desagregação do Concreto 32
2.1.5.1 Desagregação por Corrosão das Armaduras 32
2.1.6 Projeto, Execução e Utilização 34
3 DIAGNÓSTICO 35
3.1 NÍVEIS DE INVESTIGAÇÃO 35
3.2 INSPEÇÃO PRELIMINAR 36
3.3 PLANO DE TRABALHO 37
3.4 INSPEÇÃO DETALHADA 38
3.5 ENSAIOS 39
3.5.1 Profundidade da Carbonatação 39
3.5.2 Resistência a compressão 40
3.5.3 Esclerometria 44
3.5.4 Porosidade do concreto 48
3.5.5 Potencial de corrosão 49
3.5.6 Redução da seção da armadura 52
3.5.7 Determinação de Cloretos 52
3.5.7.1 Concentração de Cloretos no Concreto 52
3.5.7.2 Determinação de cloretos solúveis em água (ASTM C1218 – 99) 54
3.5.8 Determinação de Sulfatos (NBR 9917-2009) 55
4 METODOLOGIA 57
4.1 TIPO DE PESQUISA 57
4.2 ESTUDO DE CASO 57
4.3 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA 59
4.3.1 Registros de Patologias 59
4.3.2 Mapa de Patologias 60
4.3.3 Plano de Amostragem 62
4.3.4 Previsão de meios auxiliares 63
4.3.5 Preparação das Regiões de Ensaios 63
4.3.6 Ensaios Realizados 64
4.3.6.1 Esclerometria ( NBR 7584 - 2012) 65
4.3.6.2 Potencial de corrosão ( ASTM c876-15) 66
4.3.6.3 Redução da seção da armadura 67
4.3.6.4 Espessura do Cobrimento das Armaduras 68
4.3.6.5 Profundidade de Carbonatação 69
5 DISCUSSÕES E RESULTADOS 70
5.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR E DETALHADA 70
5.2 ENSAIOS 70
5.2.1 Esclerometria 70
5.2.2 Potencial de Corrosão 71
5.2.3 Redução da seção da armadura 72
5.2.4 Espessura do Cobrimento das Armaduras 74
5.2.5 Carbonatação 75
5.3 OBSERVAÇÕES 75
6 CONCLUSÃO 77
REFERÊNCIAS 78
ANEXO A – CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO DE ESCLEROMETRO DE
REFLEXÃO HT-225 81
12
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Histórico
Toda estrutura de uma edificação possui uma vida útil (VU) que segundo a NBR
15575-1: Edificações Habitacionais — Desempenho (ABNT, 2013), pode ser definida
como a medida temporal da durabilidade de partes ou do seu todo, enquanto a
projeção matemática desta durabilidade é conhecida por vida útil de projeto (VUP).
Segundo a NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento (ABNT, 2014)
no item 5.1.2.3, durabilidade refere-se a permanência da capacidade estrutural frente
as solicitações oriundas das interações ambientais previstas para o uso desta, tendo
a estrutura que apresentar ao longo da sua vida útil a estabilidade e segurança mínima
determinada para o seu uso, sem todavia abrir mão da manutenção regular e
periódica.
A implicação destes fatores condiciona a durabilidade de uma estrutura em
concreto armado como o produto da correlação entre as características físicas do
concreto e o meio de trabalho que se encontra, conforme LOTTERMANN (2013) “A
durabilidade não é simplesmente uma característica dos materiais, mas um resultado
da interação de um material ou componente com o meio ambiente”. Segundo HELENE
7 FONTANA, M.G. Corrosion Engineering, 3rd., McGraw-Hill, NY, 1986. págs. 1-5.
18
Figura 2.2 - Vida Útil de Projeto (VUP) – NBR 15575-1 (ABNT, 2013a)
2.1.3 Fissuração
Por lidar com esforços mútuos de tração e compressão nos seus estados-
limites, as estruturas de concreto armado poderão apresentar fissuras em condições
de serviço que não caracterizam patologias, mas apenas evidenciando o trabalho das
armaduras.
Os valores obtidos na tabela 13.4 (Quadro 2.1), determinam que para classe
de agressividade IV (Muito Forte) seja de abertura máxima de 0,2 mm, que
corresponde a áreas propensas a respingo de maré ou industriais; 0,3 mm para classe
II (Moderada) e III (Forte) de agressividade que compreende áreas Urbana e Marinha,
ou industrial, respectivamente; e 0,4 mm para classe I (Fraca) de agressividade, áreas
rurais ou submersas.
Quanto à constatação, diagnóstico e tratamento de ocorrências de fissuração,
as fissuras devem ser classificadas quanto ao seu estado de constância, quando a
fissura apresenta mudanças de tamanho e espessura em relação tempo, diz-se que
esta é ativa, ou viva, por exemplo as causadas por movimentações hidrotérmicas e
similares. Quando a fissura se conserva estável no decorrer do tempo, esta será
classificada como passiva, ou morta, considerando-a como estável (LOTTERMANN,
2013).
Segundo OLIVARI (2003), na análise de patologias relacionadas a fissuração
faz-se necessária primeiramente a classificação de estabilidade assim como da
gravidade e urgência de intervenção, no qual a abertura característica torna-se o
indicativo para ambos, recebendo classificação nominal própria para cada faixa de
abertura possível conforme exposto no Quadro 2.2.
Esta nomenclatura serve para a classificação de fissuras em elementos
estruturais assim como alvenaria.
2.1.4 Corrosão
de corrosão nada mais é do que o retorno natural do metal a sua forma mais estável,
aquela à qual é encontrado na natureza na forma de óxidos e hidróxidos (RIBEIRO,
2014a).
No concreto armado, as armaduras estão protegidas pelo recobrimento que as
envolve garantindo proteção física do ambiente externo (Figura 2.4), além de proteção
química a partir de um pH elevado, próximo a 13, como forma de evitar possíveis
diferenças de potencial, responsável direto pela reação de corrosão eletroquímica em
meio aquoso ((ANDRADE PERDRIX, 1992).
9FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "O que é chuva ácida?"; Brasil Escola, 2019. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-chuva-acida.htm.
27
10 Conforme 9.
28
2.1.4.8 Carbonatação
(𝐻2𝑂)
Ca(OH)2 +CO2 ⟶ CaCO3 +H2O
29
concreto que em seguida deve apresentar mudança para cor na região sã (Figura
2.10), e incolor na região carbonatada (ANDRADE PERDRIX, 1992).
Fonte:(GONÇALVES, 2017)
𝑋 = 𝐾√𝑡
Onde:
X= capa carbonatada em mm
t= tempo em anos ou meses
k= constante
2.1.4.9 Umidade
O concreto endurecido possui uma rede de poros interligados onde flui gases
e água provenientes do ambiente externo (Figura 2.11), nestes poros situa o ambiente
onde ocorrem as reações causadoras da carbonatação. A umidade ótima para ocorrer
31
3 DIAGNÓSTICO
Inspeção
Prévia
Previsão de
Plano de Documentação
Meios
Trabalho (Antecedentes)
Auxiliares
Instrumentos;
Tipos de
Reagentes; Esquemas e Plano de
Ensaios -
Ferramentas e Desenhos amostragem
Fichas
Máquinas
Inspeção
Inspeção
Detalhada
Detalhada
11
LÓPEZ, C. A. Orientación para la Estrategia de Rehabilitación. In: Rehabilitación y
Mantenimiento de Estructuras de Concreto. 1a. ed. São Paulo: EPUSP, 2007
36
I. Profundidade de carbonatação;
II. Presença de cloretos, determinando se o concreto já os possuía ou se
eles penetraram desde o exterior;
III. Qualidade do concreto.
• Listagem dos tipos de ensaios que deverão ser realizados por elemento
estrutural com suas respectivas fichas individuais;
12“The typical choices are 1) evaluation by analysis, 2) evaluation by analysis and full-scale
load testing, or 3) evaluation by analysis and structural modeling (ACI 437R)”. ACI Committee
364. Guide for Evaluation of Concrete Structures Prior to Rehabilitation, 1994.
39
3.5 Ensaios
sendo transcrito para uma planilha para posterior avaliação e apresentação dos
dados.
k1 0,00 -0,01 -0,02 -0,03 -0,04 -0,05 -0,06 -0,07 -0,08 -0,09 -0,10 -0,11 -0,12 -0,13 -0,14
Fonte: NBR 7680-1 (ABNT, 2015), adaptado
3.5.3 Esclerometria
superfícies devem ser secas ao ar, limpas e o mais planas possíveis com o mínimo
de imperfeições para que os resultados possuam maior homogeneidade.
O ensaio de áreas que apresentem carbonatação não é recomendada,
usualmente sendo polida ou retirada a camada carbonatada, porém quando houver a
pretensão de conferir-lhe a resistência pode-se aplicar o teste desde que sejam
atribuídos fatores de correção para a mesma. (NASCIMENTO; NASCIMENTO;
LOPES, 2018)
Conforme a NBR 7584 (ABNT, 2012), a área de ensaios deve conter um
mínimo de dezesseis impactos, espaçados entre si a 30 mm na horizontal e vertical
com a área de impacto não estando a menos de 50 mm da aresta da peça ensaiada.
Para este fim, a NBR 7584 (ABNT, 2012) disponibiliza um gabarito para a realização
dos impactos conforme Figura 3.6.
‘
Fonte: NBR 7584:2012, adaptado
Para a correta aplicação dos impactos com o aparelho, foi impresso em escala
em papel ABNT A4 o gabarito contido na norma NBR 7584 (ABNT, 2012) que deverá
sobrepor a região de ensaio delimitando as posições ensaiadas (Figura 3.7).
46
Para a correta utilização do esclerômetro, a NBR 7584 (ABNT, 2012) exige que
o equipamento deva ser aferido antes da utilização ou a cada 300 impactos realizados
na mesma inspeção. Para tal, as condições de calibração são a utilização de uma
bigorna de aço especial, com guia e massa aproximada de 16kg, nivelada sobre uma
base rígida e possuindo uma superfície de impacto de dureza Brinell de 5000 MPa
que deve corresponder no aparelho o índice esclerométrico de 80. O procedimento de
calibração deve possuir no mínimo a execução de 10 impactos sobre a bigorna, caso
o índice esclerométrico médio apresentado for inferior a 75, o equipamento não
poderá ser utilizado tendo que ser calibrado, com o mesmo ocorrendo para o caso
onde o índice esclerométrico varie mais ou menos o valor de 3 do índice médio. Para
a formulação do coeficiente de correção (k) aplicável ao índice esclerométrico, deve-
se adotar a seguinte equação:
𝒏 ∗ 𝑰. 𝑬𝒏𝒐𝒎
𝒌=
∑𝒏𝒊=𝟏 𝒍. 𝑬𝒊
Onde:
𝐼𝐸𝛼 = 𝑘 ∗ 𝐼𝐸
Onde:
Figura 3.8 - Configuração do circuito para determinação do potencial de corrosão (ASTM c876-15)
bO método da ABNT NBR 14832 estabelece como determinar o teor de cloretos em clínquer e
cimento Portland. Neste caso específico, o método pode ser utilizado para o ensaio de agregados.
cAgregados que excedam o limite estabelecido para sulfatos podem ser utilizados em concreto,
desde que o teor total trazido ao concreto por todos os seus componentes (água, agregados,
cimento, adições e aditivos químicos) não exceda 0,2 % ou que fique comprovado o uso de
cimento Portland resistente a sulfatos, conforme a ABNT NBR 5737, no concreto.
Fonte: NBR 7211(ABNT, 2019), adaptado
Conforme expresso no Quadro 3.6 oriunda da NBR 7211 (ABNT, 2019), o teor
de cloretos em agregados para concreto armado deve ser inferior a 0,1% em relação
a massa de agregado. Na nota (a) da Tabela 4 (Quadro 3.6) se refere que em caso
de agregados que excedam o teor prescrito na tabela 4 (Quadro 3.6), podem ser
utilizados desde que o total de cloretos em massa no concreto não exceda os valores
de 0,15% para concreto exposto a cloretos em condições de serviço e 0,4% para
concreto armado em condições de exposição não severa, ensaios pelos métodos
ABNT NBR 14832 (ABNT, 2002) ou C1218 (ASTM, 1999).
A NBR 12655 (ABNT, 2015) delimita o limite de concentração de íons cloretos
em concreto para que não ocasione a corrosão as armaduras considerando a soma
das contribuições de todos os constituintes do concreto (Quadro 3.7), os valores
devem ser aferidos segundo a mesma norma, a partir do método na norma ASTM
c1218 (ASTM, 1999).
2003), “Na maioria dos casos, o cloreto solúvel em ácido é equivalente ao cloreto
total”15 (tradução nossa). A presença de cloretos solúveis ou livres é de contribuição
imediata para o processo de corrosão, enquanto os cloretos em forma combinada
podem passar a ser efetivos na corrosão por efeitos externos como temperatura e
carbonatação.
Para a avaliação da presença de cloretos solúveis ou livres será adotada a
metodologia recomendada ASTM C 1218/C 1218M (ASTM, 1999). “Standard Test
Method for Water-Soluble Chloride in Mortar and Concrete” e complementando pelo
método de íon seletivo seguindo os procedimentos preconizados na NBR 14832
(ABNT, 2002), como forma de aprimoramento e acurácia dos resultados, devido a
possibilidade da obtenção de valores diversos entre métodos distintos de
determinação de cloretos solúveis em concreto, conforme contido na norma ASTM
C1218 - 99 (ASTM, 1999) “As condições de teste são capazes de afetar os solúveis
em água determinações de cloreto16” (tradução nossa).
15 “In most cases, acid-soluble chloride is equivalent to total chloride.” ASTM-C1152 (ASTM,
2003a).
16 3.1.1 “Test conditions are capable of affecting water-soluble chloride determinations”. ASTM
C1218/1218M - 99
55
filtrado por gravidade em papel filtro classe G textura fina. Em seguida o material
filtrado será transferido para um Becker de 250ml e adicionados 3 +/- 0,1 mL de ácido
nítrico e 3 +/- 0,1mL de peróxido de hidrogênio (solução a 30%) ao material filtrado. O
Becker será coberto com vidro relógio e permanecerá em repouso por 2 minutos. O
Becker será novamente aquecido coberto até ferver não deixando mais do que alguns
segundos. O material será transferido ao equipamento de análise conforme ASTM-
C114 (ASTM, 2002).
(𝑚2∗2,5∗0,412)
SO4-2 = ∗100
𝑚1
Onde:
Conforme a NBR 9917 (ABNT, 2009), os resultados obtidos dos ensaios devem
ser oriundos de ao menos duas determinações vindas de duas soluções
independentes. Os valores devem constar em porcentagem para sais, cloretos (CI-) e
sulfatos ( SO4) solúveis. Estes valores precisam estar com um desvio de no máximo
10% do valor médio para que seja efetivo, caso contrário deve ser refeito.
57
4 METODOLOGIA
• Escada;
• Paquímetro;
• Câmera fotográfica digital;
• Trena a laser e convencional;
• Lápis;
• EPI´s
• Prancheta e
• Lanterna.
Em função da obstrução das Fachadas Sul e Oeste, estas acabam por receber
menor insolação e ação do vento predominante Leste19, logo supõem-se menor
19 Conforme 17.
62
𝐼𝐸𝛼 = 𝑘 ∗ 𝐼𝐸
Onde:
∑ 𝑋𝑖
𝑋̅ =
𝑛
Onde:
𝜋 ∗ 𝛷𝐿2
𝐴𝑠 = (𝑚𝑚2 )
4
𝜋 ∗ 𝛷𝑇 2
𝐴𝑠′ = (𝑚𝑚2 )
4
Onde:
5 DISCUSSÕES E RESULTADOS
5.2 Ensaios
5.2.1 Esclerometria
-200
POTENCIAL (MV)
-250
-300
-350
-400
PONTO DE LEITURA
conforme critério de MIRANDA et al. (2015)20 apud SILVA (2017), onde perdas de
área de aço (As’) que superem a ordem de 10% da área original (As) são necessitárias
de reforço estrutural.
Constatou-se que a perda de área de aço nas barras longitudinais avaliadas
(Figura 5.2), com exceção do Pilar P6 e Viga V102, foram maiores que o limite de
10%, enquanto nas barras transversais (Figura 5.3), da mesma forma para o Pilar P6
e Viga V102, e uma perda de 9,24% para a Viga V101, também excedem o limite de
10%. O que respalda a necessidade de reforço estrutural conforme MIRANDA et al.
(2015)21 apud SILVA (2017).
Os resultados estão dispostos em forma de gráfico ilustrado que correspondem
as armaduras Longitudinal e Transversal, nas Figuras 5.2 e 5.3, respectivamente.
150.00
120.00 122.71
AS POR BARRA (MM²)
90.00
78.54 78.54
50.26
60.00 50.26
63.62 50.26 50.26
0.00
P1 -SUP. P3 -SUP. V202 P6 -TÉRREO V102 V101
ELEMENTOS
20 Conforme 14.
21 Conforme 14.
74
15.00
14.00 13.85 13.85 13.85 13.85 13.85 13.85
13.00
AS' POR BARRA (MM²)
12.57
12.00
11.00
10.00
9.62 9.62
9.00
8.00
7.55
7.00
6.00
5.00
P1 -SUP. P3 -SUP. V202 P6 -TÉRREO V102 V101
ELEMENTOS
30
25
20
15
10
5
0
P1 - P6 - P3 -
V102 V202 V101
Sup. térreo Sup.
Cobrimento da
25 3 2 25 4 2
armadura
C. Mín.Pilar/Viga -
Classe Agressividade II 30 30 30 30 30 30
(NBR 6118:2014)
Δc - Tolerância de 10
20 20 20 20 20 20
mm
5.2.5 Carbonatação
5.3 Observações
22BICZÓK, I. La Corrosion del Hormigon y su Proteccion. 6a. ed. Bilbao: Urmo, 1972.
BSI. EN 206-1 - Concrete - Part 1: Specification, performance, production and conformity. p.
69, 2005.
76
6 CONCLUSÃO
Este trabalho teve por objetivo a determinação das origens das manifestações
patológicas em uma edificação residencial no município de Monte Alegre-Pará a partir
da avaliação superficial e aprofundada da estrutura da edificação com auxílio de
ensaios tecnológicos. A partir das hipóteses levantadas para o caso, puderam-se
traçar as estratégias de investigação que nortearam este trabalho que foi dividido em
Levantamento Bibliográfico; Inspeção Preliminar; Plano de Trabalho; Inspeção
Detalhada; aplicação de ensaios tecnológicos; apresentação dos resultados; emissão
de prognóstico.
Conforme o levantamento bibliográfico, constatou-se que as manifestações
patológicas em estruturas de concreto armado são empecilhos que ocorrem devido a
falhas durante o processo construtivo, no uso de materiais inadequados e/ou na
utilização da edificação. Esta soma de fatores ocasiona na redução significativa da
vida útil da edificação, portanto a maior apelo a manutenções que acabam por se
tornar mais onerosas devido a gravidade potencializada das patologias, o que culmina
em impactos econômicos drásticos. Os tipos de patologias que afetam as estruturas
de concreto armado e suas respectivas causas são inúmeras, entretanto as patologias
mais correntes são as fissuras, corrosão e desagregação.
As patologias com predominância constatadas no caso avaliado, durante a
investigação preliminar, foram a desagregação do concreto (Desplacamento) em
consequência à corrosão generalizada das armaduras em elementos estruturais da
edificação. A partir do plano de trabalho, foram realizados diversos ensaios in situ que
comprovaram a gravidade da corrosão na maioria dos pontos avaliados e indicaram
um processo ativo de corrosão, ou seja, o quadro patológico continua em evolução
caracterizando a necessidade de intervenção com o objetivo de estabilizar o processo
e reabilitar a estrutura nos pontos necessitários.
As conclusões sobre o início prematuro do comprometimento da estrutura são
de ordem técnica, uma vez que as exigências normativas necessárias para a
durabilidade da estrutura como controle o tecnológico do concreto não foram
implementados corretamente, criando assim uma cadeia sucessivas de falhas que
comprometeram a vida útil da edificação e ao surgimentos das patologias
mencionadas.
REFERÊNCIAS
ASTM. C 1218/C 1218M – 99. Standard Test Method for Water-Soluble Chloride
in Mortar and Concrete.Philadelphia, 1999.
ASTM. C 1152/C 1152M – 03. Standard Test Method for Acid-Soluble Chloride in
Mortar and Concrete.Philadelphia, 2003.
ONO, E. T. SOL-AR. Versão 6.2. SC: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.