1) É sabido que a falta de uma língua pode acarretar várias consequências na vida de

uma pessoa, visto que somos seres dialógicos. A partir dessa afirmação, descreva
duas  consequências que a falta de aquisição de uma língua trouxe para vida de Jonas. 

Resposta:

O filme mostra a triste realidade de um tempo em que a língua de sinais era proibida.
Jonas, o protagonista principal, é portador de todas as habilidades cognitivas, faltava
somente o desenvolvimento de uma linguagem para servir como um canal de
comunicação. Logo a princípio, Jonas foi diagnosticado erroneamente como retardado
mental, e até sua mãe encontrar a real solução, que se tratava do desenvolvimento da
comunicação através de sinais, Jonas passou por transtornos que acarretaram diversas
consequências no desenvolvimento de suas habilidades. Ele sofria preconceito de várias
pessoas, até de seu próprio pai, que não conseguia compreender sua deficiência, acaba
abandonando o lar após inúmeras tentativas malsucedidas da inclusão do garoto em
grupos sociais.

No decorrer do filme, é evidenciado, em diversos pontos, a aflição vivenciado pelo

personagem principal. Em um dos momentos, ao chegar em uma festa, Jonas é abordado
por distintas pessoas da família de uma só vez; neste momento o áudio é cortado e a
câmera é posicionada de forma estratégica, simulando a visão e o embaraçamento do
menino. Em uma outra cena, Jonas e seus parentes dançam ao som de uma música, no
instante em que a música para de tocar, todos param seus movimentos, exceto o referido
personagem, que pela ausência de percepção de sons, continua sua dança, causando
certo desconforto entre os presentes e colocando-o em evidência.

2) Com base no texto de Goldfeld (2003, p. 24-43) e no filme Seu nome é Jonas,
correlacione, explique e exemplifique pelo menos dois contextos históricos
apresentados por Goldfeld (2003) e vivenciado por Jonas. (2,5 pontos)

Resposta:

No filme, Jonas havia sido diagnosticado com retardo mental, não me lembro bem, mas
acredito que de 3 anos. Segundo Goldfeld, a ideia de que o surdo era uma pessoa
primitiva, ou seja, atrasada em relação aos demais, remota ao século XV.

De acordo com Goldfeld “...em 1750, com as ideias de Samuel Heinick, na Alamenha,
surgem as primeiras noções do que hoje constitui a filosofia educacional Oralista,
filosofia que acredita ser o ensino da língua oral, e a rejeição à língua de sinais...”. Com
base nesta abordagem os pais de Jonas o colocam em um centro de tratamento para
surdos, onde os métodos utilizados eram voltados para o desenvolvimento da fala. Neste
ambiente, o uso de sinais era proibido pois acreditavam que tal prática poderia deixar a
criança preguiçosa na hora de exercitar a fala.

3) Apresente os conceitos das Filosofias Educacionais: Oralismo, Comunicação Total e

Bilinguismo com base no texto de Goldfeld (2003) e, em seguida, aponte as filosofias
vivenciadas por Jonas. (2,5 pontos)

Resposta:

Oralismo: Filosofia que acredita ser o ensino da língua oral, e a rejeição à língua de
sinais, acreditava-se que era a situação ideal para integrar o surdo na comunidade geral.
Seu domínio durou até à década de sessenta, ano em que William Stokoe publicou um
artigo demonstrando que a língua de sinais é uma língua com todas as características das
línguas orais.

Comunicação Total: Filosofia que utiliza todas as formas de comunicação possíveis na

educação do surdos, por acreditar que a comunicação, e não a língua, deve ser
privilegiada.

Bilinguismo: Surge na década de setenta, em alguns países como Suécia e Inglaterra, os

quais perceberam que a língua de sinais deveria ser utilizada independentemente da
língua oral. Ou seja, em algumas situações, o surdo deve utilizar a língua de sinais e em
outras a língua oral e não as duas concomitantemente, como estava sendo feito.

No filme é possível perceber que tanto a filosofia oralista quanto a comunicação total
estão presentes na vida de Jonas pois, inicialmente, o tipo de tratamento escolhido é
baseado no oralismo, ou seja, o desenvolvimento da língua oral, contudo sem êxito.
Quando Jonas tem contato com a língua de sinais, percebe-se uma facilidade enorme no
aprendizado, movida pelo interesse em se comunicar e até mesmo pela curiosidade em
saber identificar cada coisa.