Uma vez que os diferentes alimentos contem diferentes proporções de proteínas, carboidratos,
gorduras, minerais e vitaminas, balanços adequados devem ser mantidos entre esses constituintes de
modo que todos os segmentos dos sistemas metabólicos corporais possam ser supridos com os
materiais necessários.
Balanços dietéticos
A energia disponível nos alimentos
A energia liberada em media para carboidratos é 4 calorias, para gorduras é 9 calorias e 4 para
proteínas.
A gordura é dieteticamente enganosa, uma vez que ela existe próxima de 100% de gordura, enquanto
tanto as proteínas como os carboidratos se encontram misturados em agua, de modo que cada um
desses representa menos de 25% do peso.
A produção de CO2 pelos pulmões, dividido pela captação de oxigênio, pelo mesmo intervalo de tempo
é a proporção das trocas respiratórias. Por período de 1 hora ou maior, a proporção das trocas
respiratórias iguala, com exatidão, o quociente respiratório das reações metabólicas em todo o corpo.
Se a pessoa tem QR de 1, ela está metabolizando quase que só carboidratos, porque o QR das
gorduras e proteínas é bem menor que 1. Os QR entre 0,7 e q descrevem as proporções relativas entre
os metabolismos dos carboidratos e gorduras. Pode-se primeiro determinar a utilização de proteínas,
medindo-se a excreção de nitrogênio.
Achados importantes:
A excreção do nitrogênio pode ser usada para calcular o metabolismo proteico. A proteína média
contem cerca de 16% de nitrogênio. Durante o metabolismo proteico, cerca de 90% desse nitrogênio
são excretados pela urina, e o resto pelas fezes. A intensidade da degradação proteica no organismo
pode ser estimulada pela medida de quantidade de nitrogênio na urina, adicionando-se 10% para o
nitrogênio excretado nas fezes, e multiplicando-se por 6,25 para determinar a quantidade total de
metabolismo proteico em gramas por dia. A excreção de 8 gramas diários de nitrogênio urinário significa
que ocorreu degradação de cerca de 55 gramas de proteína. Se a ingestão proteica diária for menor do
que sua degradação, diz-se que o individuo apresenta balanço nitrogenado negativo.
Existem múltiplos sistemas de controle a curto e a longo prazo que regulam, não apenas a ingestão de
alimentos, mas também o gato e os estoques energéticos.
O hipotálamo recebe sinais neurais do TGI que fornecem informação sensorial sobre o
enchimento gástrico, sinais químicos nos nutrientes do sangue que significam saciedade, sinais
de hormônios liberados pelo tecido adiposo e sinais do córtex cerebral que influenciam no
comportamento alimentar.
Existem dois tipo distintos de neurônios, nos núcleos arqueados do hipotálamo, tanto como
controladores do apetite como do gasto energético: (1) neurônios pró-opiomelanocortina
(POMC) que secretam o hormônio α-melanócitoestimulante (α-MSH), relacionado à cocaína e a
anfetamina (CART); (2) neurônios que produzem as substancias orexigenas neuropepetideo Y
(NPY) e a proteína relacionada ao agouti (AGRP). A ativação dos neurônios POMC reduz a
ingestão de alimentos e aumenta o gasto energético, já a ativação dos neurônios NYP-AGRP
eleva a ingestão e reduz o gasto energético.
Esses neurônios são os principais alvos pras ações de diversos hormônios que controlam o
apetite, como a leptina, insulina, colesistocinina (CCK) e a grelina.
O NYP também é liberado pelos neurônios orexígenos dos núcleos arqueados. Quando os
estoques energéticos do corpo estão baixos, os neurônios orexígenos são ativados para liberar
NYP que estimula o apetite.
O peptídeo YY (PYY) é secretado emt doo o TGI, sobretudo íleo e colon. A ingestão de
alimentos estimula sua liberação, principalmente gorduras. Ele diminui a ingestão de alimentos
por 12 horas ou mais.
Obesidade
É o excesso de gordura corporal. Pode ser medido por IMC ou melhor, pela porcentagem de
gordura. Níveis acima de 25% em homens e 35% em mulheres são obesidade.
A supernutrição infantil como causa possível de obesidade. Muitos pais fazem seus filhos
comer muito em 3 refeições diárias, e eles passam o resto da vida a continuar esse habito.
Quanto maior a intensidade do armazenamento adiposo, maior o numero de adipócitos. A
supernutrição no primeiro ano de vida, pode levar a pessoa a ser obesa pro resto da vida.
Fatores genéticos como causa da obesidade. Os genes podem contribuir para (1) uma ou
mais das vidas que regulam os centros da fome, (2) o gasto energético e armazenamento
adiposo. 3 das causas monogênicas da obesidade são (1) mutações do MCR-4 e (2)
deficiência congênita de leptina e (3) mutações do receptor leptínico (porcentagem pequena).
Tratamento da obesidade