Você está na página 1de 30

Jessiane Rodrigues dos Santos

PROJETO DE UM SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA


PRÉ PROJETO 1

MARACANAÚ
2021
Sumário

1. Introdução..............................................................................................................4

2. Metodologia............................................................................................................5

2.1. Reconhecimento do sistema............................................................................5

2.1.1. Componentes............................................................................................5

2.1.2. Características dimensionais....................................................................5

2.1.3. Demanda do sistema................................................................................5

2.1.4. Especificações da bomba.........................................................................5

2.2. Propriedades do fluido.....................................................................................5

2.3. Pressões existentes no sistema......................................................................6

2.3.1. Diferenças de pressão..............................................................................6

2.3.2. Dimensionamento da boia.........................................................................6

2.4. Curva característica da bomba........................................................................8

2.5. Quantidade de movimento linear em coordenadas cilíndrica.......................10

2.6. Curvas do sistema.........................................................................................12

2.6.1. Fator de atrito de Darcy...........................................................................13

2.6.2. Perdas do sistema...................................................................................14

2.6.3. Curva Hsis x Q..........................................................................................14

2.6.4. Curva NPSH do sistema.........................................................................14

2.6.5. Análise quanto à cavitação.....................................................................15

2.6.6. Ponto de operação do sistema...............................................................16

3. Resultados obtidos...............................................................................................16

3.1. Reconhecimento do sistema..........................................................................16

3.1.1. Reconhecimento dos componentes do sistema.....................................16

3.1.2. Características dimensionais..................................................................18

3.1.3. Demanda do sistema..............................................................................22

3.1.4. Especificações da bomba.......................................................................22


3.2. Propriedades do fluido...................................................................................23

3.3. Pressões existentes no sistema....................................................................23

3.4. Parâmetros da boia........................................................................................24

3.5. Curva característica da bomba......................................................................24

3.6. Curvas do sistema.........................................................................................25

3.6.1. Fator de atrito de Darcy...........................................................................25

3.6.2. Curva NPSHsis.........................................................................................27

3.6.3. Curva Hbomba x Q....................................................................................27

3.6.4. Curva NPSHbomba...................................................................................28

3.6.5. Resultado quanto à análise da cavitação...............................................29

3.7. Ponto de operação.........................................................................................29


1. INTRODUÇÃO

Um sistema de bombeamento é aquele utilizado para transportar um fluido de um


reservatório a outro. Na maioria das vezes, o reservatório que recebe o fluido está
em um ponto mais alto que o reservatório de origem. Por isso, um equipamento
muito importante e que é utilizado em sistemas como esse, é a bomba. A bomba é
quem fornece energia necessária para que aconteça o transporte do fluido.

O exemplo mais comum de um sistema de bombeamento é o que é utilizado em


residências. Nesse sistema, a água que vem da rua entra em um reservatório, que
pode ser uma cisterna ou um poço. Essa água, por meio da utilização da bomba
hidráulica, é bombeada até outro reservatório: a caixa d’água. A partir da caixa
d’água, o fluido é distribuído às saídas de água da casa.

Este projeto apresenta o dimensionamento de um dos sistemas de bombeamento de


água do Instituto Federal do Ceará, no campus de Maracanaú. Água destilada de
um laboratório é derramada em uma caixa d’água, que funciona como um
reservatório. Na saída desse reservatório há uma válvula de expansão. Antes de ser
encaminhada para outra caixa d’água, logo após a bomba, há uma saída na
tubulação: uma torneira que serve para regar a área verde local. Para simplificação,
essa torneira será desconsiderada. Quando a bomba é ligada, essa água é
transportada para outra caixa d’água em uma posição mais elevada. A partir desta
caixa d’água mais elevada o fluido é utilizado para abastecer o primeiro bloco da
instituição.
2. METODOLOGIA

2.1. Reconhecimento do sistema


2.1.1. Componentes
A estudante dirigiu-se até o local onde o sistema foi instalado para que fosse
realizado o reconhecimento dos componentes do sistema. Uma câmera de celular
foi utilizada para o registro de imagens. A partir das imagens coletadas, os
componentes existentes no sistema puderam ser reconhecidos e esquematizados.

2.1.2. Características dimensionais


Uma trena e um paquímetro foram utilizados dimensionar a tubulação do sistema e
suas junções. As partes do sistema que não puderam ser visualizadas tiveram suas
dimensões estimadas. Utilizando as dimensões encontradas e estimadas, foi feita
uma representação geral do sistema dimensionado.

A priori, a altura manométrica foi calculada a partir da suposição de que não há


perdas de carga na tubulação, e dessa forma, ela é dada somente pela diferença
entre as alturas de recalque e de sucção.

2.1.3. Demanda do sistema


As características referentes à demanda do sistema foram estimadas a partir de
algumas considerações. Primeiro, cerca de 40 pessoas utilizam os serviços de água
deste bloco durante o dia. Além disso, o local onde o sistema está inserido será
admitido como sendo do tipo escolar. A partir destas considerações, a estimativa foi
feita tendo como referência uma tabela presente no catálogo da bomba que estima a
quantidade de litros de água por pessoa por dia que é utilizada.

2.1.4. Especificações da bomba


Durante o registro das imagens, percebeu-se que algumas informações técnicas da
bomba já estavam apagadas devido ao desgaste. Assim, através da marca e do
modelo da bomba (KING – C7EN6) visualizado nas imagens, foi possível encontrar
o catálogo completo do equipamento para obtenção dessas informações.

2.2. Propriedades do fluido


o fluido utilizado no sistema é a água. Utilizando o livro base da disciplina de
mecânica dos fluidos, as principais propriedades da água foram listadas em uma
tabela. A partir desta listagem, foi feita uma análise da influência dessas
características no sistema como um todo.

2.3. Pressões existentes no sistema


2.3.1. Diferenças de pressão
Para o cálculo das diferenças de pressão existentes no sistema, conforme o material
referente ao capítulo 2 do livro base, foi utilizado o teorema de Stevin. A variação da
pressão, portanto, é dada por

P2−P1=γh.

Onde,

P2 é a pressão final

P1 é a pressão inicial

γ é o peso específico do fluido

h é a altura

As diferenças de pressão calculadas no sistema foram: (a) Pressão na altura de


sucção - P H ; (b) Pressão na altura de recalque - P H ; e (c) Pressão na parte
S r

subterrânea da tubulação - P¿. O valor de γ para a água foi considerado constante e


o valor foi obtido a partir da tabela 4.q

2.3.2. Dimensionamento da boia


Para que ocorra o fechamento da caixa d’água, a boia deverá promover o
fechamento do canal por onde a água entra, conforme representado na imagem
abaixo:
Pela imagem mostrada temos que quando ocorrer o fechamento do canal

∑ M =0
T F +T p−T E=0

T F +T p=T E

P H . A . D H +m boia . g . L=E . L
r r

PH . A . D
E= r
+mboia . g
L

Onde,

T F é o torque gerado pela força da pressão da água no canal;

T E é o torque gerado pelo empuxo;

T P é o torque gerado pelo peso da boia;

E é o empuxo;

P H é a pressão da água na altura de recalque;


r

A é a área por onde o fluxo de água passa;

D é o diâmetro da tubulação de recalque;

L é a distância do ponto de fixação do braço da boia até o centro da boia, que será
considerada equivalente a 350 mm;

m boia é a massa da boia;

m
g é a gravidade, considerada equivalente a 9,8 em todo este estudo.
s2

Temos que,

E=ρVg

Em que ρ é a densidade do fluido e V é o volume submerso da boia ou o volume


deslocado no fluido. Será considerado que metade do volume da boia estará
submerso no momento do fechamento do canal. Assim,
V
E=ρ g
2

Será considerado que o peso da boia é de 0,3 kg e que o material de fabricação é o

kg
polietileno, cuja densidade é ρ pol =925 E assim,
m3

2. E
V=
ρg

Considerando que o formato da boia seja esférico

4 4
V = π R3− π r 3
3 3

Onde

R é o raio externo da boia

r é o raio interno da boia

Será considerado que o raio externo da boia é de 0,1 m. Dessa forma,

4 4
V = π 0,13− π r 3
3 3

4 3 4
π r = π 0,13 −V
3 3

r= (√ 43π )( 43 π 0,1 −V )
3 3

2.4. Curva característica da bomba


A curva característica da bomba foi obtida com base na equação da quantidade de
movimento angular para um volume de controle inercial não deformável, onde

Pelo exemplo 3.14 apresentado no livro base de estudo da disciplina, tem-se que o
torque requerido para a bomba centrífuga é dado por

T =ρQ (r 2 V t , 2−r 1 V t ,1 )
E a potência requerida

P=ωT =ω ρQ (r 2 V t , 2−r 1 V t ,1 )

Onde ω r 2 é a velocidade linear do rotor (u2 ) e ω r 1 é a componente tangencial da


velocidade do fluido (u1 ). Então,

P= ρQ(u 2 V t ,2−u1 V t , 1)

Podemos então obter a equação para a altura manométrica H m da seguinte forma:

P ρQ(u2 V t ,2−u 1 V t , 1) ρ(u2 V t , 2−u1 V t ,1 ) ρ( u2 V t ,2−u 1 V t , 1) (u 2 V t , 2−u1 V t ,1 )


Hm= = = = =
γQ γQ γ ρg g

Os vetores u1, V t ,1 (Velocidade do fluido em r 1) podem ser esquematizados em um


triângulo como o representado abaixo:

Dessa forma, o produto vetorial u1 V t , 1 é igual a 0. A equação para a altura


manométrica H m se resume então a

u2 V t , 2
Hm=
g

Os vetores u2, V t ,2 e V 2 (Velocidade do fluido) podem ser esquematizados em um


triângulo como o representado abaixo:

Assim,

V t ,2=u2 −V n ,2 cotβ
Onde

Q
V n , 2=
2 π r2 b 2

Logo,

Q Q
(u ¿ ¿2− cotβ) u 22 −u2 cotβ 2
2 π r2 b 2 2 π r 2 b2 (ω r 2 ) Q
H m =u2 = = −ωr2 cotβ ¿
g g g g 2 π r 2 b2

(ω r 2 )2 Q
Hm= −ω cotβ
g g 2 π b2

A priori, será adotado que a largura da pá b=0,06 m e o ângulo β=20 °.

2.5. Quantidade de movimento linear em coordenadas cilíndrica


Para a realização dos cálculos desta seção e da próxima a esta (2.6) será admitido
que toda a tubulação do sistema deste estudo se resume a um tubo reto que liga a
cisterna à caixa d’água. A distância entre as duas será admitida como sendo a altura
de recalque H r .

Algumas considerações devem ser aplicadas ao sistema antes da realização dos


cálculos. Será considerado que o escoamento é laminar, em regime permanente e
plenamente desenvolvido. Dessa forma, o movimento realizado pelo fluido é
puramente axial, ou seja υ r=υθ=0.

O apêndice D do livro base deste estudo mostra a equação utilizada para o cálculo
da quantidade de movimento na direção z. Ela é dada por:

O escoamento segue ao longo do tubo sem movimento radial (a pressão do fluido


varia somente em função da altura) e admite-se que haja simetria axial. Assim,

e
Além disso, como o regime é permanente e totalmente desenvolvido, não há
variação de deformação do fluxo em função do tempo, somente em função do raio.
O primeiro termo da equação é igual a zero. A pressão varia em função de z de
forma constante.

A equação da quantidade de movimento se reduz então à seguinte:

μ d d υ z dp
r
r dr dr ( )
= + g z =CTE
dz

Integrando duas vezes dos dois lados obtemos

dp r 2 g r 2
υz = + +C 1 ln ( r ) +C 2
dz 4 μ 2

Pela condição de não escorregamento na parede em r =R :

dp R 2 g R2
υ z =0= + +C1 ln ( r ) +C 2
dz 4 μ 2

Pela condição de velocidade finita na linha de centro em r =0:

dp 02 g 0 2
υ z =finita= + +C 1 ln ( 0 )+C 2
dz 4 μ 2

Para evitar uma singularidade logarítmica, a condição na linha de contorno de centro


requer que C 1=0. Logo,

−dp R2 g R 2
C 2= +
dz 4 μ 2

e, então

dp r 2 g r 2 dp R2 g R2 dp 1 r 2 g r 2 dp R 2 g R2
υz = +
dz 4 μ 2
− (
dz 4 μ
+
2
= +)
dz 4 μ 2

dz 4 μ

2

−dp 1
υz = ( R2−r 2 )
dz 4 μ

Utilizando o valor da vazão máxima da bomba, foi possível estimar a diferença de


pressão necessária, de forma que

2
dp ( R ¿ ¿ 2−r )
= ¿
dz V máx 4 μ
Onde, r =0. Assim,

dp R2
=
dz V máx 4 μ

2.6. Curvas do sistema


Para que seja feito o dimensionamento correto da bomba adequada ao sistema, é
necessário encontrar a curva de solicitação de carga do sistema em função da
vazão. Esta solicitação de carga, depende das perdas associadas ao sistema. Para
a obtenção desta curva, foi utilizada a equação da energia, onde

Nos pontos P1 e P2 , representados pela imagem acima que representa um sistema


comum de bombeamento de água, a pressão manométrica é a mesma, não há
variação da energia cinética entre os pontos 1 e 2 e a carga que é fornecida ao
sistema ocorre devido à bomba centrífuga. Por isso, a equação da energia aplicada
a este sistema se reduz a

Z1 + H sis=Z 2+ H p

em que H p é a soma das perdas ao longo do trajeto do tubo ( H pl) e das perdas
localizadas ocasionadas por válvulas e joelhos neste caso.

H p=H pd + H pl

Onde

L V2
H pd=f
d 2g

e
V2
H pl =∑ K
2g

Portanto,

L V2 V2
H p=f +∑ K
d 2g 2g

Onde,

Q
V=
A

E, finalmente, para encontrar a curva da carga do sistema em função da vazão, foi


utilizada a seguinte equação:

(Q/ A)2 L
(
H sis =Z 2−Z 1 +
2g ( f +∑ K
d ))
Nesta seção iremos considerar que a tubulação de sucção e a de recalque possuem
o mesmo diâmetro d=0,025 m. O material do tubo considerado será plástico. Dessa
forma, por meio da tabela 6.1 do livro base da disciplina, encontramos que a
rugosidade do tubo é de ϵ =0,0015 mm=0,0000015 m.

Há uma diferença entre o sistema deste estudo e o representado na imagem de


sistemas comuns de bombeamento de água: a bomba e o reservatório em questão
ficam na mesma altura. Assim Z2 =H s ( altura de sucção ) e Z1 =H r (altura de recalque).

2.6.1. Fator de atrito de Darcy


O fator de atrito de Darcy é uma função do número de Reynolds ( ℜ) e da rugosidade
relativa do tubo (ϵ /d). O número de Reynolds é calculado a partir da velocidade
média e a velocidade média é dada em função da vazão. Portanto, o software EES
(Engineering Equacion Solver) foi utilizado para que o número de Reynolds pudesse
ser obtido em função da vazão.

Os valores obtidos para o número de Reynolds no EES foram utilizados no excel


para encontrar a variação do fator de atrito de Darcy em função também da vazão.
Para este cálculo, foi utilizada a equação de Colebrook, mostrada na imagem
abaixo:
No excel, utilizou-se a ferramenta de teste de hipóteses, onde um valor inicial para f
foi estimado e a ferramenta realizou interações até que a equação de Colebrook
fosse satisfeita. Assim, foram obtidos alguns valores discretos para f em função
também da vazão.

2.6.2. Perdas do sistema


2.6.2.1. Perdas distribuídas
O cálculo das perdas distribuídas é dependente do fator de atrito de Darcy e,
portanto, dependente da vazão também. Por isso, no EES, as perdas distribuídas
foram adicionadas à equação final da energia para H sis em função da vazão, assim
como também, as perdas localizadas.

2.6.2.2. Perdas localizadas


Ademais, para o cálculo das perdas localizadas foi considerado no sistema a
existência de 7 perdas localizadas: 1 válvula de gaveta ( K=0,24) e 6 cotovelos de
90° normal (K=1,5).

2.6.3. Curva H sis x Q


A partir da variação de H sis x Q encontrada no EES, a curva H sis x Q pode ser
calculada por meio de interpolação. Para isso, a equação proposta foi do tipo
H sis = A+ B Q 2.

2.6.4. Curva NPSH do sistema


A curva NPSH é a que mostra se existe ou não folga entre a queda de pressão que
ocorre durante a sucção no sistema e a queda de pressão inerente à bomba a
depender da altura em que ocorre a sucção. Para a obtenção da curva NPSH a
equação utilizada foi a seguinte:

P s V s2 P v
NPSH sis= ( +
γ 2g )−
γ
Onde Ps e V s são, respectivamente, a pressão e a velocidade do fluido na altura de
sucção (entrada da bomba). Nesta, a velocidade também foi colocada em função da
vazão. Logo,

P s Q/ A2 P v
NPSH sis= ( γ
+
2g )−
γ

A pressão de vapor considerada Pv foi a de 2,34 kPa. Que é a pressão de vapor para
a água a 20 °C.

2.6.5. Análise quanto à cavitação


As curvas obtidas por meio dos cálculos foram plotadas em um gráfico, junto com as
curvas das informações fornecidas pela fabricante da bomba. As curvas da bomba
foram plotadas, a partir das curvas fornecidas pela fabricante (NPSH da bomba e
altura manométrica em função da vazão), com a utilização de interpolação. Com
isso, foi possível verificar a existência ou não da cavitação.

Figura 1 - Altura manométrica em função da vazão da bomba


Figura 2 - Curva NPSH da bomba,

2.6.6. Ponto de operação do sistema


O ponto de operação foi calculado igualando-se as equações encontradas para H sis
e H bomba.

H sis =H bomba

3. RESULTADOS OBTIDOS

3.1. Reconhecimento do sistema


3.1.1. Reconhecimento dos componentes do sistema
Segue abaixo as imagens coletadas:

Figura 3 - Fotoself com o equipamento


Figura 4 - Reservatório, bomba e uma parte da tubulação

Figura 5 - Etiqueta da bomba (1)

Figura 6 - Etiquetas da bomba (2)


A partir das imagens coletadas, temos que o sistema é formado por 3 conjuntos de
tubos conectados por joelhos, um reservatório, uma válvula de expansão, uma
bomba centrífuga e uma caixa d’água

3.1.2. Características dimensionais


As cotações dos tubos do sistema estão representadas nas imagens abaixo:

Figura 7 - Conjunto de tubos 1: condutor da água destilada até o reservatório

Figura 8 - O conjunto de tubos 2 conduz a água que sai do reservatório e chega até à bomba e o conjunto de
tubos 3 conduz a água da bomba até à caixa d’água

O conjunto de tubos 2 é, justamente, a tubulação de sucção do fluido e o conjunto


de tubos 3 é a tubulação de recalque.
3.1.2.1. Conjunto de tubos 1
O conjunto de tubos 1 possui 3 seguimentos, cada um com 25 mm de diâmetro
externo e dois joelhos de 28,5 mm de diâmetro externo para as conexões, bem
como mostrado abaixo junto com o comprimento de cada seguimento do tubo.

Figura 9 - Dimensões do tubo 1

3.1.2.2. Conjunto de tubos 2


O conjunto de tubos 2 possui 2 seguimentos, cada um com 50 mm de diâmetro
externo e um joelho de 60 mm de diâmetro externo para a conexão, bem como
mostrado abaixo junto com o comprimento de cada seguimento deste tubo.
Figura 10 - Dimensões do tubo 2

3.1.2.3. Conjunto de tubos 3


O conjunto de tubo 3 possui 6 seguimentos, cada um com 25 mm de diâmetro
externo e 5 joelhos de 28,5 mm de diâmetro externo para as conexões, bem como
mostrado abaixo junto com o comprimento de cada seguimento deste tubo. A figura
abaixo não contém o seguimento do tubo que é subterrâneo e nem o que é
conectado a outra caixa d´água. Portanto, o comprimento do seguimento
subterrâneo foi estimado em 13 metros e, posteriormente, o tubo que eleva a água
foi estimado em 4 metros de altura. Existe outro joelho e mais um seguimento deste
tubo para a conexão com a caixa d’água. Este último joelho também possui 28,5 mm
de diâmetro externo e o comprimento deste último seguimento foi estimado em 100
mm.
Figura 11 - Dimensões do tubo 3

A partir das medições foi gerada uma tabela. Esta tabela contém algumas
características dimensionais do sistema obtidas com a utilização dos valores
medidos. Ela está representada na tabela 1.

Tabela 1 - Características dimensionais do sistema

ÍTEM REPRESENTAÇÃO UNIDADE DE VALOR


MEDIDA
Comprimento total da Ls m 0,73
tubulação de sucção
Comprimento total da Lr m 17,37
tubulação de recalque
Altura de sucção Hs m 1,17
Altura de recalque Hr m 5,17
Diâmetro da tubulação θs m 0,025
de sucção
Diâmetro da tubulação θr m 0,050
de recalque
Altura manométrica Hm m 4
3.1.3. Demanda do sistema
Os valores de demanda do sistema estão demonstrados na tabela 2.

Tabela 2 - Demanda do sistema

Item Unidade de medida Valor


Demanda de água do local Litros/dia 2000
Tempo estimado para o enchimento da Horas (h) 5
caixa d'água

3.1.4. Especificações da bomba


A bomba utilizada no sistema é a C7EN6 da fabricante KING. As especificações
técnicas dela estão mostradas na tabela 3.

Tabela 3 - Especificações técnicas da bomba

ÍTEM REPRESENTAÇÃO UNIDADE DE VALOR


MEDIDA
Tipo - - Bomba
centrífuga
Diâmetro do rotor Ø rotor m 0,148
Potência P C.V . 2
Diâmetro dos Øs m 0,025
tubos de sucção
Diâmetro dos Ør m 0,05
tubos de recalque
Altura H m , máx m 25
manométrica
máxima
Vazão máxima Q máx m3 11
h
Pressão máxima Pmáx mc.a. 37
Rotação ω rpm 3.500

3.2. Propriedades do fluido


Algumas propriedades da água a 1 atm e 20 ºC estão listadas na tabela 4.

Tabela 4 - Principais propriedades da água

ÍTEM REPRESENTAÇÃO UNIDADE DE VALOR


MEDIDA
Fluido - - Água
Massa específica ρ kg 998
m3
Viscosidade μ kg 1∗10−3
m∗s
Peso específico γ N 9790
m3

Por conta da mudança de altura do fluido durante o funcionamento do sistema de


bombeamento, a pressão na tubulação sofre alteração. A pressão em um
determinado ponto da tubulação depende, principalmente, do peso específico da
água e da coluna d’água acima daquele ponto. Com a alteração da altura da água, o
comprimento dessa coluna também varia. Além disto, a viscosidade, a massa
específica e consequentemente o peso específico da água, variam conforme a
temperatura e a pressão. Por isto, é importante verificar as condições de operação
do sistema.

A pressão exercida pela(s) coluna(s) de água do sistema, juntamente com a


viscosidade da água e a vazão desejada para o sistema influenciam diretamente na
força que deverá ser exercida pela bomba, e a potência dela, para conduzir o fluido.

Uma outra propriedade importante a ser considerada nesse tipo de projeto é a


Pressão de Vapor. Pois quando a pressão do líquido cai abaixo da pressão de
vapor, começam a aparecer bolhas de vapor no líquido que implodem, podendo
ocorrer o fenômeno de cavitação. Esse fenômeno gera desgaste precoce no
equipamento.

3.3. Pressões existentes no sistema


A tabela 5 mostra os valores encontrados para as diferenças de pressão existentes
no sistema.

Tabela 5 - Diferenças de pressão encontradas no sistema

ÍTEM REPRESENTAÇÃO UNIDADE DE VALOR


MEDIDA
Pressão na altura PH s
Pa 11,45kPa
de sucção
Pressão na altura PH r
Pa 50,61 kPa
de recalque
Pressão P¿ Pa 68,04 kPa
subterrânea
3.4. Parâmetros da boia
As características e dimensões da boia estão demonstradas na tabela 6.

Tabela 6 - Especificações da boia

ÍTEM REPRESENTAÇÃO UNIDADE DE VALOR


MEDIDA
Material de - - Polietileno
fabricação
Peso da boia Pboia kg 0,3
Formato da boia - - Esférico
Volume da boia V boia m3 0,00378
Raio externo R m 0,1
Raio interno r m 0,045

3.5. Curva característica da bomba


A curva característica obtida para a bomba é a seguinte:

H m =75,06−8648,25 Q

3.5.1.1. Quantidade de movimento linear em coordenadas cilíndricas


A diferença de pressão calculada para o sistema é dada por

2
θr 0,05 2
dp
=
( ) 2
=
2 ( )
dz V máx 4 μ 11 . 4 .10−3

dp
=0,0014 Pa
dz

3.6. Curvas do sistema


3.6.1. Fator de atrito de Darcy
O resultado da variação do número de Reynolds utilizado para o cálculo do fator de
atrito de Darcy está representado na imagem abaixo:
Com os números obtidos, a variação de f em função de Q encontrada por meio das
interações no excel foram as mostradas na tabela abaixo:

Q (m^3/s) Re f

0,00201 51082 0,022314

0,00235 59723 0,021733

0,00283 71921 0,021096

0,00305 77512 0,020856

O procedimento de obtenção da curva H sis x Q está representado abaixo:


A curva obtida por meio da interpolação dos dados obtidos no EES foi a seguinte:

H sis =8,79+0,012 Q 2

O gráfico da curva Hsis x Q obtida está representado abaixo:

Para facilitar a visualização das curvas, a vazão estará representada em m3 /hem


todos os gráficos desta seção.
3.6.2. Curva NPSH sis
Substituindo os valores que já existem do sistema para a equação da NPSH, temos
que:

NPSH sis=5.9−(4,11 E−3∗Q 2)

O gráfico da curva NPSHsis x Q obtida está representado abaixo:

3.6.3. Curva H bomba x Q


A curva gerada a partir da interpolação dos valores destacados na figura 1 é a
seguinte:

H bomba =37,4−0,103 Q 2

Ela está representada no gráfico abaixo:


3.6.4. Curva NPSH bomba
A curva gerada a partir da interpolação dos valores destacados na figura 2 é a
seguinte:

NPSH bomba =1,36+(3,33 E−4∗Q2 )

Ela está representada no gráfico abaixo:


3.6.5. Resultado quanto à análise da cavitação
Ao compilar os gráficos em um só, é possível verificar que existe folga entre os
NPSH do sistema e o NPSH da bomba, por isso, não ocorrerá cavitação no sistema.
O gráfico abaixo está representando a análise.

3.7. Ponto de operação


1) H sis =8,79+0,012 Q2
2) H bomba =37,4−0,103 Q 2

8,79+0,012 Q2=37,4−0,103 Q2

0,012 Q 2+ 0,103Q 2=−8,79+37,4

0,114 Q2=28,61

m3
Q=15,84
h

Substituindo Q em 1), temos

H=8,79+ 0,012∗(15,842 )
H=11,8 m

O ponto de operação então é o ponto onde H=11,8 m e Q=15,84 m3 /h .

Você também pode gostar