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2. OS VALDENSES
3. AS ORDENS MENDICANTES
5. JOÃO WYCLIFF
6. JOÃO HUSS
João Huss nasceu na pequena aldeia de Hussinek por volta de 1370. Era
filho de uma família de camponeses. Aos dezessete anos ingressou na universidade
de Praga, tendo vivido a maior parte de sua vida na capital de seu país. Foi exilado e
encarcerado por dois anos em Constança. Foi nomeado reitor da universidade e
pregador da capela de Belém em 1402, tendo se dedicado a reforma que muitos
checos desejavam. Sua capela se transformou num centro reformador, tal era a
eloquência e o fervor com que Huss se pronunciava. Embora a hierarquia da igreja o
encarasse temerosa, muitos dos nobres e grande parte do povo o seguia e ainda
contava com o apoio de reis. Em 1411, foi excomungado pelo cardeal Colonna,
porque Huss se negou a ir a Roma, para atender a convocação do papa Alexandre V
para dar conta de suas ações. Huss no entanto, continuou pregando a reforma no
púlpito de Belém, chegando a incentivar a desobediência ao papa, porque afirmava
que a autoridade final é da Bíblia e que o papa que não estivesse conforme ela não
merecia ser obedecido. Levantou-se conta a indulgência afirmando que somente Deus
poderia concedê-la e que ninguém poderia vender o que vem unicamente de Deus. O
Rei proibiu que fosse criticada a venda de indulgência. Roma interpretou a posição de
Huss como uma heresia e em 1412 Huss foi novamente excomungado por não ter
comparecido diante da corte papal, tendo se fixado um prazo para ele se apresentar.
Caso não se apresentasse nenhuma cidade poderia recebê-lo porque seria interditada.
A partir daí Huss se refugiou no sul da Boêmia, onde continuou a sua atividade
literária. Mais tarde Huss teve a garantia do imperador Sigismundo, para comparecer
a um grande concílio que aconteceria em Constança, onde deveria se defender. João
Huss partiu para o concílio só que lá chegando teve que se avistar com o papa João
XXIII que o acusou de herege, a partir daí, tornou-se prisioneiro. O imperador que
lhe garantira salvo-conduto não estava em Constança quando João Huss lá chegara,
tendo ficado muito irado porque havia prometido fazer com que o seu salvo-conduto
fosse respeitado. Em seguida, o imperador ficou muito preocupado com os rumores
de que Huss era um erege e temia ser acusado de protetor de hereges. Finalmente
João comparece diante da assembléia todo acorrentado e é formalmente acusado de
ser seguidor das doutrinas de Wycliff. João não conseguia expor seu ponto de vista
diante da algazarra que se fazia na assembléia, tendo sido adiado a decisão para outro
dia. Na assembléia seguinte Huss foi ouvido e demonstrou que era perfeitamente
ortodoxo. Em momento algum se retratou de suas doutrinas ou de suas heresias como
era acusado. Houve muita controvérsia sobre a questão e em nenhum momento Huss
fraquejou com relação ao seu posicionamento. Finalmente, Huss disse: - “apelo para
Jesus Cristo, o único juiz todo-poderoso e totalmente justo. Em suas mão eu deponho
a minha causa, pois Ele há de julgar cada um não com base em testemunhos falsos e
concílios errados, mas na verdade e na justiça”. Continuaram insistindo com ele para
que se retratasse mas continuava firme. Levaram-no para a fogueira depois de
escarnecerem dele. Antes de sua morte orou dizendo: “Senhor Jesus, por ti sofro com
paciência esta morte cruel. Rogo-te que tenhas misericórdia dos meus inimigos” .
Morreu cantando os salmos. João Huss foi muito importante porque ele contestou a
autoridade papal, a venda de indulgências e pregava a reforma da igreja.
7. JERÔNIMO SAVANAROLA
9. O RENASCIMENTO
9.1 OS RESULTADOS
Erasmo de Roterdã foi o maior e mais famoso humanista. Seu pai era um
sacerdote e sua mãe era filha de um médico. Estudou um pouco da teologia
escolástica e as letras clássicas. Depois de haver visitado a Inglaterra interessou-se
pelas Escrituras na literatura cristã antiga. Estudou grego passando a dominar este
idioma como poucos em sua época. Mais tarde tornou-se famoso e passou a ser o
centro de um círculo internacional de humanistas que queriam reformar a igreja. Para
Erasmo o cristianismo é antes de tudo um tipo de vida decente, equilibrado e
moderado. Segundo ele, os mandamentos de Jesus, que são o centro da fé cristã, são
muito semelhantes às máximas dos estóicos e dos platônicos. Sua meta é chegar a
dominar as paixões, colocando-as sob o governo da razão. Isto dá lugar a uma
disciplina que tem muito de ascetismo, mas que não deve ser confundida com o
monaquismo. O monge se retira do mundo, mas o verdadeiro soldado de Cristo, tem
por metas do seu treinamento a vida prática e cotidiana. Para Erasmo as doutrinas
tinham importância secundária. Mas uma vida reta era muito mais importante que a
doutrina ortodoxa, e os frades que se ocupavam com distinções sutis enquanto
levavam vidas escandalosas eram objeto de freqüentes ataques do humanista.
Erasmo contribuiu positivamente para a reforma da igreja, porque desejava mudanças
nos costumes, nas práticas da decência e na moderação. Deste modo a sua visão era
de uma reforma ao estilo humanista, e a volta às virtudes dos estóicos e platônicos de
antigamente.