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COLÉGIO ADVENTISTA ARAUCÁRIA

JOÃO GABRIEL MAIA DA CONCEIÇÃO

TRABALHO SOBRE MAQUIAVEL

CURITIBA

2021
JOÃO GABRIEL MAIA DA CONCEIÇÃO

TRABALHO SOBRE MAQUIAVEL

TRABALHO apresentado a disciplina de


FILOSOFIA como requisito para
obtenção de nota sob a orientação da
professora Noemi Macedo Amorim.

CURITIBA

2021
INTRODUÇÃO

Nicolau Maquiavel foi um dos principais autores de sua época,


o Renascentismo, que consiste em um intermédio entre a Idade Média e
a Modernidade. Defensor do absolutismo e de ações duras e austeras
por parte de um governante quando necessário, Maquiavel foi injustiçado
ao entrar para a história como o patrono da expressão “maquiavélico”,
utilizada para designar alguém capaz de tudo pelo poder. Para Maquiavel,
a conservação do poder nas mãos de um bom governante, mesmo que
em situações de maior controle, é condição necessária para a
conservação da ordem política.

DESENVOLVIMENTO

Biografia de Maquiavel

Nicolau Maquiavel (Niccolò di Bernardo dei Machiavelli) viveu durante


o renascimento italiano. Nascido em 1469, na cidade de Florença
(Itália), pertenceu a uma família de poucas posses e atuou como um
secretário que cuidava dos assuntos externos (serviço equivalente hoje
ao de um diplomata). Seu pai, Bernardo di Niccolò di Bouoninsegna, era
versado em leis e pouco se sabe sobre sua mãe, Bartolomea di Stefano
Nelli. Duas irmãs mais velhas, Primavera e Margherita, e o caçula Totto
completavam a família.

Há poucos registros sobre sua juventude, mas é indicado como pessoa


bem-humorada e jovial. Casou-se com Marietta Corsini, em 1501, e
tiveram quatro filhos e duas filhas. Apesar de suas ausências, em virtude
das viagens, provia auxílio por meio de ajudantes. Mesmo sendo indicado
como um pai carinhoso, a vida familiar não o satisfazia e frequentava
tavernas e festas pela cidade.

Sempre se dedicou, contudo, aos estudos, recomendação que deixou a


seu filho Guido em uma carta. As reviravoltas na política e disputas pelo
poder que testemunhou nessas missões em sua própria cidade é o que
confere aos seus escritos o famoso realismo. É o fim do governo de
Lorenzo de Medici que marca o início das missões de Maquiavel a serviço
da República, quando já estava com quase 30 anos.

O cargo de secretário é concedido em 1498, por uma indicação do


Grande Conselho, e logo depois começa a ser enviado em missões de
cunho diplomático. Por meio de suas muitas missões, adquire experiência
como estrategista e expressa seminalmente seu pensamento político em
relatórios e discursos sobre essas experiências. Em 1505, um problema
relacionado aos mercenários, na guerra contra a cidade de Pisa, faz com
que as autoridades aceitem a proposta de formar um exército nacional.

Os Medici conseguem retornar ao poder em 1512, e, em fevereiro de


1513, Nicolau Maquiavel é envolvido injustamente em uma tentativa de
conspiração, sendo aprisionado em uma cela próxima de onde costumava
trabalhar. Recusa a confissão forçada, mesmo sob tortura.

É liberado algumas semanas depois, mas abandona Florença e segue


para sua casa em Sant'Andrea em Percussina (local que existe ainda
hoje). A perda do cargo e a saída repentina deixam Nicolau Maquiavel
desanimado, mas o tempo serve-lhe como oportunidade para escrever
suas reflexões sobre a arte de governar.

Os principais escritos em que expõe seu pensamento político — O


príncipe e Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio —
são publicados postumamente, em torno de 1532, mas chegou a ler
trechos deles em ocasiões específicas, e alguns manuscritos circularam
logo após serem finalizados. Começa também a escrever suas peças, a
mais relevante intitulada A mandrágora, que foi apresentada em Veneza
e continuou sendo aplaudida posteriormente.

Em meados de 1520, retomou algumas atividades políticas, mesmo sem


o prestígio de outrora, e Júlio de Médici encomenda a História de
Florença, que foi concluída cinco anos depois, mas também publicada
postumamente. Mesmo com a queda dos Medici e o retorno da República,
em 1527, não tem seu desejo de ocupar novamente o cargo para o qual
dedicou anos de sua vida satisfeito. Francesco Tarugi é nomeado, e o
grande pensador florentino adoece logo em seguida. Seu filho Piero, em
carta, comenta que Nicolau Maquiavel faleceu após tomar um remédio
que lhe causou fortes dores no estômago, em 21 de junho de 1527.

A Filosofia de Maquiavel

O termo “maquiavélico” sempre esteve associado à astúcia, falsidade e


má-fé. Foi empregado, por exemplo, para caracterizar governos
despóticos e políticos corruptos. Os dicionários apontam esse termo como
“astuto”, “ardiloso”. De fato, o nome de Maquiavel foi considerado uma
ameaça às bases morais da vida política. Mas isso, de maneira alguma,
expressa o pensamento desse humanista: Maquiavel nunca foi
maquiavélico.

Foi em meio a uma Itália fragmentada, permeada por guerras e jogos de


poder, que Maquiavel escreveu sua mais famosa obra: O Príncipe. A
questão central do livro são o papel da ética e sua relação com a política.
Em O Príncipe, pela primeira vez na história do pensamento político, a
ação política despiu-se de preceitos morais cristãos, ou, como diria
Benedetto Croce, percebeu-se que “a política não se faz com água-
benta”. Maquiavel mostrou existirem duas éticas distintas: uma ética
cristã, útil para salvar a alma (ser bom sempre, nunca mentir, não usar
máscaras), e uma ética política, útil para salvar o Estado (ser mau quando
necessário, mentir quando a situação exigir, parecer bom e piedoso).

Em Maquiavel, a ética política é utilitária, ou seja, são morais todos os


atos úteis à comunidade, ao passo que são imorais os atos que tiverem
em vista a satisfação de interesses egoístas, que entrem em conflito com
os interesses da coletividade. Rompeu-se, aqui, com a ideia dominante
de que o príncipe deve ser sempre bondoso (no sentido cristão da palavra.
Haveria, portanto, uma ragione di stato (razão de estado). Isso não
significa que Maquiavel era um defensor da maldade e da corrupção – sua
filosofia tem uma profundidade muito maior que essa -, mas defende a
ideia de que o príncipe deve saber “não se bom”, existindo, portanto,
“crueldades mal usadas ou bem usadas”. É nesse sentido que Maquiavel
diz “Se bem considerar tudo, encontrar-se-á alguma coisa que parecerá
vício, e seguindo-a obtém a segurança e o bem-estar”.
Maquiavel está mais interessado no Estado como ele é de fato, e suas
possibilidades reais (o mundo como ele é), do que nhoque ele deveria ser
– Maquiavel é realista e, profundamente renascentista, está interessado
nas questões de sua época. Segundo Isaiah Berlin, ao admitir a
pluralidade de éticas, Maquiavel foi um precursor do liberalismo.

Influências de Maquiavel

Maquiavel foi claramente inspirado por um espírito humanista


renascentista que pegou as influências do mundo clássico e as
transformou para as deixar aptas à sua época. Destro dessas referências,
aparecem Tito Lívio, Tucídides, Cícero, Platão e Aristóteles. Com sua
engenhosa teoria, ele acabou inaugurando uma política moderna que
ecoa até hoje em nosso mundo, inspirando estadistas, governantes e toda
a classe política, que encontra nessa teoria uma poderosa ferramenta
política.

Intelectualmente ele teceu influências (seja para a concordância, seja


para a discordância) em Thomas Hobbes, John Locke, os iluministas
franceses, como Voltaire e Montesquieu, Rousseau, Hegel e Marx.

CONCLUSÃO

Maquiavel no começo de sua vida foi uma pessoa bem injustiçada, e com
isso foi criando pensamentos "perturbadores" e dando sua opinião
política; ele era a pessoa que podemos chamar de "manipuladora" pois
como ele mesmo mostrou suas éticas, uma cristã útil para salvar a alma
e uma ética política, útil para salvar o estado ( ser mau quando necessário,
mentir quando a situação exigir, parecer bom e piedoso), no meu ponto
de vista ele queria dizer que não se "importava" com a crueldade, do
mesmo jeito ele iria querer ir em direção ao seu objetivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

www.guiadoestudante.abril.com.br

www.mundoeducacao.uol.com.br

www.brasilescola.uol.com.br

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