A psicologia no Brasil tem sido marcada pelo compromisso com os interesses das
classes dominantes com uma visão de controlar, higienizar, diferenciar e categorizar.
Com poucas ideias pra o campo social, fechando os olhos pra a grande desigualdade social que nos rodeia. Podemos ver uma maior preocupação com a reprodução e manutenção do capital. A colonização brasileira foi muito marcada pela exploração, o que se necessita de uma grande repressão. A metrópole precisava dominar os indígenas pra que conseguissem explorar o que queriam. A psicologia estudava como melhor dominar a população, formas mais eficientes, até mesmo as crianças e mulheres foram estudadas. Com a vinda da família real a psicologia precisou aderir outros campos, como a educação. Houve um crescimento muito grande da cidade, mais que ela suportava. O que trouxe diversos problemas sociais. Começou a se buscar uma sociedade livre da desordens e dos desvios, se instalou uma política de higienização. As ideias psicológicas produzidas nessa época tinha esse objetivo. No Brasil republica a psicologia já adquira o estatuto de ciência autônoma. A educação foi marcada pela nova escola que coloca o indivíduo como eixo da sua própria construção dando ênfase a preocupações cientificista. Substituía os castigos por vigilância psicológica. A industrialização trouxe um novo papel para os psicólogos, administração e gestão do trabalho com influencias taylorista. A servidão a elite ainda continua, pouco interesse pelo lado social, a maioria trabalhando em clínica, muitos profissionais na are da saúde porem poucos em instituições, o que dificulta muito o acesso das população pois o tratamento em clinicas particulares são caros. A psicologia como profissão ainda era frágil, dava respostas poucos desenvolvidas e genéricas. Dessa forma a psicologia se institui na sociedade moderna como ciência e profissão conservadora que não constrói e nem debate um projeto de transformação social. As teorias tratavam o psiquismo como algo natural que tinha um percurso certo ou seja o desenvolvimento psíquico estava dado pela natureza humana afastando ainda mais das preocupações sociais. Nos anos 70 foi criado a psicologia comunitária. Sendo um avanço já que exigia que a psicologia olhasse a realidade social como princípio da construção da ciência e da profissão. Atingindo a saúde pública nos anos 80 também a educação, assistência social e trabalho. Era considerava uma profissão feminina. Podemos ver a timidez e acomodação da psicologia dada a pouca história de luta das mulheres em nossa sociedade. A psicologia tem naturalizado o fenômeno psicológico ou seja está em todos nós, ao nascermos, algo certo, já traçado, não levando em conta a subjetividade de cada um. Essa concepção teve como resultado uma psicologia com pouca visão da realidade social, se esquece de aspectos individuais como cultura, cotidiano vivido pela pessoa e o valores sócias. De acordo com os fatos a psicologia se institui na sociedade como uma profissão de caráter corretivo sendo necessário só quando há desvios ou patologias. Não contribuindo pra qualidade de vida ou promovendo a saúde. O mundo psicológico não pode ser concebido como algo natural mas como algo construído. Então vemos que as principais características do psiquismo são vista como dadas pela natureza, não levando em conta diversos fatos, o que é errado, temos o papel de consertar o que a natureza planejou e o que as sociedade desviou. Levando em conta a subjetividade de casa pessoa, não tratando de forma universal, mecânica e algo já traçado como um destino. O recursos de trabalho apareceram de forma neutra, genérica e de caráter universal, sem diversidade de estudo, se ausentando da questões políticas e cada vez mais distante dos interesses sociais.Com um discurso ideológico que homem se auto determina e se auto desenvolve. Julgamos a saúde psíquica através de regras morais dominantes na nossa sociedade, naturalizando esse fato. Por tanto vemos que a psicologia tem uma dívida muito grande com o lado social e político que foi sempre deixado de lado em toda sua história e consolidação, usado sempre com instrumentos das elites. Esquecendo também que a sociedade é uma produção humana, não mecânica, todos temos nossas subjetividades, o fenômeno psicológico não é dado de mesma forma pra todas pessoas, não é algo exato. É preciso mudar totalmente essa visão ideológica da psicologia, devemos ser ferramenta de melhora pra toda sociedade, sem exclusão, visando melhor qualidade de vida, direito humanos e dar um fim nas desigualdades sociais.