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Faculdade De Inhumas

Facmais

Grazielly Maniquinho da Conceição

RELATÓRIOS DE CLINICA E ATENÇÃO BÁSICA II

INHUMAS

2021

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Grazielly Maniquinho da Conceição

RELATÓRIOS DE CLINICA E ATENÇÃO BÁSICA II

Trabalho destinado aos professores Kaique


Leite e Lorena Rosa Silva, da matéria CABII,
pela aluna Grazielly Maniquinho da
Conceição do 6º período do curso de
Odontologia.

INHUMAS
2021

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Sumário

Anamnese ....................................................................................................... 4
Exame objetivo ............................................................................................... 5
Exame Intraoral ............................................................................................... 8
Radiografia .................................................................................................... 10
Odontograma ................................................................................................ 12
Profilaxia ....................................................................................................... 14
Referencias ................................................................................................... 15

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Anamnese

A anamnese é uma entrevista realizada pelo dentista com o seu paciente


antes do contato físico, em que são realizadas perguntas específicas para se
chegar a um plano de tratamento para o paciente.
A anamnese é o primeiro contato entre CD e paciente, aliada ao exame
objetivo, a anamnese serve para ajudar o CD a encontrar o plano de tratamento
correto para o paciente. É uma etapa muito importante durante o exame clínico
e serve como base principal para o diagnóstico.
A anamnese se divide em 5 partes:
Identificação do paciente – Adquire-se o nome, idade, sexo, etnia,
estado civil, grau de escolaridade, profissão, ocupação atual, naturalidade,
procedência, residência, nome da mãe, nome do cuidador, religião e plano de
saúde.
Queixa principal – Este tópico corresponde à queixa atual, transcrita com
as palavras do paciente e de forma sucinta. A queixa principal é a referência ao
sintoma mais importante, e a duração é entendida como o tempo decorrido
desde o início do sintoma até o momento atual.
História da doença atual – Tudo que se relaciona quanto à doença atual:
sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. A
clássica tríade: Quando, como e onde? Quando começou, onde começou e
como começou.
História Pregressa odontológica ou médica – Colhe-se informações
sobre o passado do paciente. Devem constar dados sobre doenças prévias,
traumatismos, gestações e partos, cirurgias, hospitalizações, exames
laboratoriais realizados, uso de medicamentos, tabagismo, etilismo, uso de
tóxicos, fatores de risco, imunizações, sono e hábitos alimentares, entre outros.
Questionário de Saúde – colhe-se informações da saúde geral do
paciente, se tem diabetes, se é hipertenso, se tem hábitos que afetam a sua
saúde, entre outras. Pergunta-se do histórico familiar, se tem algum familiar
diabético, hipertenso, etc.

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Exame objetivo

O exame objetivo é realizado a partir do momento em que tocamos o


paciente, seu objetivo principal será avaliar o paciente por completo, a partir da
inspeção, palpação, percussão, ausculta e olfação. Se divide em 2: exame físico
e exame loco regional.
Exame Físico – é sucessor a anamnese e objetiva a pesquisa de sinais
presentes. No exame físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos naturais do
profissional na exploração dos sinais vitais do paciente
Em primeiro caso aferimos a Pressão arterial (PA). A aferição da PA
requer preparação do paciente e escolha do material adequado. Antes de aferir
a PA, deve-se perguntar ao paciente se: Fumou ou bebeu café ou outros
estimulantes há menos de 30 minutos; Está sentindo dor; Está com a bexiga
cheia; Está em repouso há menos de 3 minutos. Se a resposta para todas as
perguntas for “não”, deve-se prosseguir com o procedimento.
Técnica para aferição:
O braço que terá a PA aferida deve estar apoiado sobre um suporte, na
altura do coração. O paciente pode estar em pé, sentado ou deitado (para o
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, utilizamos os resultados quando o
paciente está sentado). Esse braço não pode ter manga de roupa e não pode
estar edemaciado ou ter fístula arteriovenosa.
Podemos, então, colocar o manguito. Após palpar o pulso da artéria
braquial (fica logo abaixo do bíceps), para verificar se há pulso viável, o manguito
correto deve ser posicionado obedecendo a sinalização da “artéria braquial”.
Uma vez preparado o paciente, a aferição da PA (que é medida em mmHg)
segue o seguinte protocolo:
Com uma das mãos, palpe a artéria radial (fica do lado do osso rádio,
próximo a mão) e, com a outra, insufle o manguito. A pressão sistólica estimada
será aquela em que você deixar de sentir o pulso radial.
Coloque o estetoscópio sobre o local onde você palpou o pulso da artéria
braquial e insufle o manguito cerca de 30 mmHg acima do valor estimado de
pressão sistólica.
Esvazie o manguito à razão de 2 a 3 mmHg/seg. e atente-se aos sons de
Korotkoff (uma espécie de “TUM” que surge durante a sístole)
Os sons de Korotkoff possuem várias fases, mas o importante para vocês
é saber que:
 Fase I (aparecimento do som, o primeiro “TUM”): momento em que a
pressão no manguito se iguala à maior pressão na artéria braquial, que
corresponde à pressão sistólica.
 Fase V (desaparecimento dos sons): a pressão no manguito se iguala à
menor pressão na artéria, que corresponde à pressão diastólica.

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Exame Locorregional – sucessor do exame físico, o objetivo do exame
locorregional será avaliar o paciente por completo, a partir da inspeção,
palpação, percussão. Nesse, o cirurgião dentista avalia assimetria, musculação
da face, avalia ATM (articulação temporomandibular), Glândulas salivares e
Sistema Linfoide.
Na avaliação da assimetria, a avaliação profissional deve ser requisitada
para que a real causa seja estabelecida através de diversos exames de
diagnóstico. Tem como objetivo observar uma estética satisfatória e,
principalmente, estabilidade oclusal (mordida) e funcional. A técnica que se
utiliza é apenas pedir para o paciente abrir e ocluir a boca.
A avaliação da ATM, engloba uma avaliação sistemática de músculos e
articulações responsáveis pela mastigação e oclusão da boca. Os músculos da
ATM são o musculo Temporal, Masseter, Pterigoideo Medial. Pterigoideo
Lateral. Diagnosticamos algum desvio a partir da inspeção e palpação frente ao
canal auditivo do paciente.
O diagnóstico de Transtorno da Articulação Temporomandibular é feito na
maior parte das vezes pelo conjunto de dados clínicos, necessitando em raras
ocasiões de apoio de testes diagnósticos ou exames de imagem. Os TATM são
comuns em mulheres jovens (24-40 anos), em indivíduos com história de
bruxismo, trauma externo da mandíbula, ansiedade, estresse e outros distúrbios
emocionais.
A avaliação das glândulas salivares se dá a partir da palpação e inspeção.
O exame extra bucal das glândulas salivares, devem-se observar os ductos e a
emergência das glândulas salivares mediante ordenha intra e extra bucal.
Parótida – é a mais desenvolvida das glândulas salivares e situa-se
anteriormente ao pavilhão auricular. Seu polo inferior ultrapassa o ângulo da
mandíbula. Podem-se notar nódulos com ou sem sinais flogísticos. Um sinal
importantíssimo, associado a um eventual nódulo fixo, consistente e indolor na
região parotídea, é a paralisia facial do mesmo lado da lesão, que pode
representar tumor maligno de parótida. Localizam-na mucosa jugal em direção
ao espaço interoclusal, entre o primeiro e o segundo molar superior, a 1,5 cm do
fundo do sulco bilateralmente
Submandibular – situa-se na região submandibular, alojando-se na face
lingual (vertente interna) do corpo da mandíbula, provocando uma depressão
óssea conhecida como fóvea da glândula submandibular. Essa fóvea por vezes
é tão acentuada que, ao exame de raios X, simula imagem sugestiva de cavidade
cística.
Sublingual – é a menor das glândulas salivares maiores. Situa-se no
soalho da boca, próximo à inserção da língua na forma da letra U.
A palpação dos linfonodos da região da cabeça e do pescoço tem grande
valor diagnóstico, eles são uma barreira de defesa; por isso, passam por eles

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microrganismos e células tumorais, podendo provocar linfadenopatia infecciosa
ou tumoral, respectivamente. Normalmente, um nódulo linfático saudável não é
palpável; mede cerca de 0,5 cm de diâmetro e é flácido.
As principais cadeias linfáticas que drenam a boca são: submandibular;
mentoniana; bucinatória; pré-auricular; pós-auricular; cervical.
Para palpar um linfonodo, é necessário relaxar a musculatura da área. Por
exemplo, um gânglio de cadeia submandibular do lado direito é palpado com a
cabeça do paciente fletida para baixo e para a direita.
Utiliza-se quatro dedos, excluindo o polegar, tracionados a partir da região
central submandibular contra a da mandíbula. Os distúrbios primários dos
linfonodos são mais raros e são sempre tumorais, conhecidos e classificados no
grupo dos linfomas. O acometimento secundário pode ser inflamatório ou
tumoral.

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Exame Intraoral

O exame da boca deve ser feito de maneira ordenada e completa,


examinando pausadamente cada estrutura com a certeza de não ter omitido
nenhum detalhe. Deve-se usar luvas e palpar delicadamente.
Deve-se observar todas as condições para exame físico, com a boca
aberta, tracionando o lábio no sentido contrário de sua inserção para verificar a
textura, a elasticidade, a transparência da mucosa, a inserção de freios, etc. A
palpação é bi digital, com o dedo indicador e o polegar, procurando-se eventuais
lesões submucosas nodulares.
Os lábios fazem parte da porção mais externa da boca, estando, portanto,
mais sujeitos a traumatismo. O lábio inferior, por sua localização, é mais sujeito
às lesões que constantemente atingem a boca, como as decorrentes de radiação
solar, tabagismo em suas várias formas, alimentos, cosméticos, entre outras.
Fundo de sulco – formado pela mucosa labial e jugal com a mucosa
alveolar. Deve ser observado com o lábio em posição normal e tracionado,
palpando-se uni digitalmente, deslizando a polpa do dedo indicador.
Mucosa alveolar – mucosa que se situa entre o fundo de sulco e a gengiva
inserida. É delicada e móvel.
Gengiva inserida – mucosa de cor rosa-pálido que se situa entre a mucosa
alveolar e a gengiva livre. É fortemente aderida ao osso alveolar e espessa,
apresentando pontos deprimidos com aspecto de casca de laranja
correspondentes às fibras que mantêm essa aderência. Gengiva livre –
extremidade da gengiva que emerge a partir da gengiva inserida. É examinada
mediante sondagem indireta do sulco gengival que a compõe. Gengiva (papila)
interdental – situa-se entre dois dentes, tendo uma ponte de tecido que une a
porção vestibular com a lingual ou palatina.
Rebordo alveolar – denominam-se assim as arcadas edêntulas inferior e
superior, total ou parcialmente (diastemas, espaços protéticos).
Mucosa jugal – inicia-se na comissura labial, mucosa retro comissural,
estendendo-se até o pilar anterior. Pode ser palpada bi digitalmente, com polegar
e indicador, ou de forma digito palmar. Para observar essa mucosa, é necessário
afastar os lábios e a mucosa jugal com duas espátulas de madeira convergentes
a partir dos lábios cujas pontas se encontrem na porção posterior da mucosa
jugal.
Língua – pode ser dividida em quatro regiões: dorso, ventre, bordas
laterais e ápice. Com o paciente de boca aberta e a língua em repouso, examina-
se o dorso; solicitando ao paciente que estire a língua, examina-se o ápice. Com
a língua fletida para um lado, examina-se o lado oposto, e vice-versa.
Examina-se da mesma forma o ventre lateral. Quanto ao ventre anterior,
é examinado com ápice lingual pressionando para cima. Com uma compressa

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de gaze, envolve-se o ápice lingual para tracionar a língua e examinar o dorso e
a borda lateral posterior.
Deve-se também observar a livre movimentação da língua, já que existem
patologias em que o primeiro sinal é a dificuldade de movimentação (p. ex.,
invasão por carcinoma epidermoide). A palpação deve ser bi digital e percorrer
todo o órgão.
Soalho da boca – é examinado utilizando-se os mesmos recursos para o
exame da língua. Com afastadores, observamos o soalho da boca. A palpação
é feita deslizando-se o dedo em todo o soalho da boca, apoiando a região
submandibular externamente com a outra mão.

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Radiografia

A radiografia é um exame que utiliza feixes de radiação X para imprimir


uma imagem em duas dimensões. Isso porque raios são capazes de atravessar
o corpo humano, podendo captar obstáculos mais densos, como órgãos, e,
principalmente, ossos.
 Radiografias periapicais
Esse exame mostra toda a estrutura dentária, desde a coroa até a raiz
(envolvendo a região do ápice radicular). Além disso, engloba todos os tecidos
ao redor do periápice. Desse modo, serve para avaliarmos todos os tecidos
dentais, esmalte, dentina, polpa, ligamento periodontal, cemento, lâmina dura,
osso alveolar e as cristas ósseas alveolares. O Check Up periapical é composto
por 14 radiografias periapicais.
Existem duas técnicas de tomadas radiográficas para este tipo de
radiografia, utilizadas com a finalidade de minimizar as distorções e ampliações
da imagem, que são: a técnica do paralelismo e a técnica da bissetriz. Em ambas
as técnicas fazemos o uso de posicionadores radiográficos, com a finalidade de
minimizar erros de posicionamentos assim evitando repetições dos exames,
consequentemente diminuindo a dose de radiação exposta ao paciente.
Na técnica do paralelismo o sensor digital é apoiado paralelamente ao
longo eixo do dente e o feixe de raios X é direcionado perpendicular ao sensor e
dentes. Já a técnica da bissetriz se baseia no teorema de Ciesynski de isometria,
o qual afirma que dois triângulos são iguais quando eles compartilham um lado
completo e têm dois ângulos iguais, ou seja, triângulo isósceles.
Em seu posicionamento o sensor radiográfico é posicionado o mais
próximo possível da superfície lingual/palatina dos dentes, apoiando no palato
ou assoalho da boca. O plano do sensor e do longo eixo dos dentes forma um
ângulo com o seu ápice no ponto em que o filme está em contato com os dentes.
Os feixes de raios X deverão ser direcionados perpendicular ao plano que forma
a bissetriz entre o longo eixo do dente e o sensor radiográfico.
 Radiografias interproximais

Já a radiografia interproximal, também chamada de “bitewing”, que significa


“asa de mordida” em inglês. Essa radiografia é indicada para o estudo das faces
proximais (faces mesial e distal) da coroa dos dentes, a fim de se avaliar:

 Presença de lesões cariosas;


 Avaliação das restaurações (sub ou sobre contorno) bem como recidivas
de lesões cariosas abaixo das restaurações;
 Avaliação da crista óssea alveolar na região.

Antes de tudo, deve-se paramentar-se corretamente, luva, jaleco, óculos de


proteção. Também e não menos importante, deve proteger o filme radiográfico

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com capa protetora e os posicionadores com plásticos, pois os mesmos vão a
dentro da cavidade bucal do paciente.
Para conseguir a radiografia interproximal, deve-se posicionar o aparelho
para que o feixe de raio-X atinja as faces proximais perpendicularmente e
paralelamente ao plano oclusal.
A angulação horizontal é orientada paralelamente às faces proximais dos
dentes que se deseja radiografar. Já a vertical varia de 8 a 10º positivos. No
processo tradicional, a asa de mordida é feita em um receptor com filme
radiográfico nas dimensões 3x4 cm ou 3,4 x 2,2 cm. É feita numa película normal
com aleta de cartolina ou colocada em posicionador interproximal.
O filme é posicionado intraoralmente e o paciente faz a contenção ocluindo
sobre a aleta. Caso o odontologista queira estudar as cristas alveolares,
recomenda-se colocar o filme em pé.
Para visualizar os dentes superiores e inferiores em um mesmo exame, a
radiografia interproximal é dividida em quatro: duas para a região dos dentes
molares e duas para os dentes pré-molares.
 Radiografias oclusais.
As radiografias oclusais, que podem ser tanto da região da maxila quanto da
mandíbula, avaliam os dentes inclusos e impactados, dentes supranumerários,
raízes residuais, processos patológicos e ainda auxilia na análise da região
anatômica para procedimentos cirúrgicos. Além disso, é realizado para avaliação
de tratamento ortodôntico, análise do crescimento ósseo em crianças e
verificação da existência de cálculos nas glândulas salivares.
 Panorâmica
Fornece a visualização dos dentes, mandíbulas, área nasal, seios nasais
e articulações da mandíbula. Geralmente, sua utilização se dá para uma
visualização geral do quadro do paciente. Essa radiografia odontológica é feita
por meio de um equipamento giratório que circunda o crânio do paciente,
formando uma imagem panorâmica.

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Odontograma

O odontograma é um formulário gráfico utilizado nas consultas


odontológicas, no qual o profissional dentista faz anotações sobre o estado
dental dos seus pacientes após uma avaliação clínica intraoral e, se necessário,
exames específicos. Também registra-se nesse documento os tratamentos a
serem realizados.
Nesse diagrama, estão representados todos os dentes, através de figuras
identificadas por números ou letras. Existe atualmente, tanto o odontograma
infantil com a dentição decídua quanto com dentição permanente, sendo este,
portanto, um instrumento que pode ser utilizado por toda a vida do paciente.
O odontograma também é fundamental para a segurança jurídica do
profissional de Odontologia, pois contém o registro de todos os procedimentos
realizados, esse documento pode servir de prova em um eventual processo legal
que o dentista venha a responder.
Esse registro dentário também é um instrumento essencial na
identificação de cadáveres por meio da arcada dentária. Logo, o odontograma
preenchido pode ser requisitado pelas autoridades policiais durante alguma
investigação.
Existem diversos tipos de odontograma propostos pela literatura, os quais
podem ser utilizados de maneira física ou digital. Os modelos mais utilizados
são: Odontograma geométrico e Odontograma Anatômico.
O Odontograma geométrico é um modelo de odontograma, todas as faces
dentárias são representadas por estruturas geométricas. Odontograma
anatômico registra os elementos dentários de acordo com sua forma anatômica
natural.
Há diversas informações que devem constar no odontograma dos
pacientes, como: Estado de saúde de cada dente (anormalidades, cáries,
fraturas etc.); Histórico de procedimentos odontológicos (restaurações,
extrações, próteses etc.); Procedimentos odontológicos a serem realizados;
Resultado dos procedimentos realizados; Detalhes técnicos importantes
(materiais utilizados nas restaurações etc.).
Para que as informações sejam completas e fidedignas, preconiza-se a
utilização de dois modelos: um anterior ao tratamento (odontograma inicial) e
outro após os procedimentos realizados (odontograma de trabalho).
Para garantir que todos os profissionais de Odontologia compreendam as
informações registradas nos odontogramas, estabeleceu-se uma padronização
para o preenchimento desse documento.
Os softwares odontológicos, geralmente, já associam as informações que
o profissional deseja registrar às notações padronizadas, facilitando o processo.
No entanto, para o preenchimento manual é indispensável conhecer a correta
forma de registro.

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 Sem necessidade de tratamento: preenchimento verde;
 Necessidade de tratamento: contorno vermelho;
 Tratamento realizado: preenchimento azul;
 Dente ausente (extraído): preenchimento preto;

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Profilaxia

A Profilaxia dentária ou limpeza é o tratamento que consiste na total


remoção de tártaros e placas bacterianas, atuando fortemente na prevenção de
cárie, tártaro e no fortalecimento dos dentes. A profilaxia profissional pode ser
executada com gaze (paciente edêntulo), escova de Robson, taça de borracha
com pasta profilática, tendo o auxílio do micro motor em baixa rotação (paciente
dentado). Embora seja um procedimento importante, não é indicado o tratamento
constante, pois o paciente deve estar ciente da responsabilidade quanto à sua
escovação dental e higiene bucal.
O uso constante da profilaxia profissional sem critérios e sem real
necessidade pode causar um impacto negativo em relação ao paciente, que
pode se tornar dependente da profilaxia profissional para a manutenção da sua
saúde bucal. Diferentes métodos de profilaxia podem causar danos à estrutura
do esmalte, quando a taça de borracha é utilizada pode acontecer a remoção de
uma insignificante camada de esmalte rico em flúor.
Vantagens da profilaxia: A profilaxia profissional proporciona ao paciente
um sorriso mais saudável, proteção contra tártaros e placas bacterianas, dentes
livres de manchas, auxilia no combate da gengivite e combate mau hálito.
Material e procedimento
Para paciente dentado:
 Material utilizado
Micromotor com contra ângulo; Escova de Robinson; Taça de Borracha; Pote
dappen; Pasta profilática ou Pedra Pomes; Enxaguante bucal.
 Procedimento
Posicione o sugador adequadamente na boca do paciente, ajuste a escova
de Robinson ou a taça de borracha no contra ângulo adaptado ao micromotor,
aplique a pasta profilática suavemente em todos os elementos dentários através
da escova de Robinson ou taça de borracha acionando o micromotor
cuidadosamente, enxague abundantemente e por fim peça que o paciente
bocheche vigorosamente com solução fluoretada ou clorexidina a 0,12%.
Para paciente edêntulo:
 Material utilizado
Gaze
Digluconato de clorexidina à 1,12%
 Procedimento
Umedeça a gaze estéril em solução de digluconato de clorexidina à 0,12%, e
aplique suavemente em toda a superfície gengival da cavidade oral removendo
resíduos.

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Referências

Mattaldi RAG. Radiologia Odontológica.2ª Ed., Buenos Aires, Mundi,1975.


Freitas A, Nicodemo RA, Métodos de localização radiográfica. In Freitas A, et al.
Radiolog
Livro - Semiotécnica, Diagnóstico e Tratamento das Doenças da Boca
Aulas do professor Kaique.

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