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A equipa nobox
28 abril 2020
«Mayday! Mayday! Houston [World], we’ve had a problem!
Uma pandemia, tal como a que estamos a viver, pode ser equiparada a
um desastre, e a reação emocional nestes casos foi categorizada em
fases, estudadas por Myers e Zunin, em eventos dos últimos 30 anos:
pré-desastre, impacto, heróica, lua de mel, desilusão e reconstrução.
Mais informações:
Se quiseres saber mais sobre o modelo, descrevemos abaixo uma
explicação resumida de cada uma das seis etapas:
1. Pré-desastre - perante a pandemia, os diferentes países reagiram
com diferentes estratégias. Emocionalmente, pode surgir o medo e a
incerteza sobre a forma como o fenómeno vai afetar o dia a dia e as
suas consequências
2. Impacto, - sente-se o silêncio, as primeiras conferências de
imprensa têm lugar, atenção mediática intensa. No caso da pandemia
podemos considerar o impacto como o Caso 0, o primeiro
identificado no país. Pode sentir-se confusão e descrença face às
primeiras medidas
3. Heróica, - elevado nível de atividade mas com potencial para
baixa produtividade, acompanhada de um sentimento de altruísmo e
com uma maior probabilidade de desenvolver comportamentos de
risco. Enquanto profissionais de saúde, é importante manter os
níveis de energia e atividade adequados, de forma a não
comprometer a disponibilidade para as fases seguintes,
nomeadamente a de desilusão e de reconstrução. É aqui que o
princípio de que tudo isto é uma maratona e não um sprint ganha
mais sentido.
4. Lua de mel, - com os recursos totalmente focados na pandemia,
surge o optimismo e sensação de que vai ficar tudo bem. A
sociedade mobiliza-se com donativos e iniciativas de interajuda.
Embora algum deste espírito seja importante para a motivação
interna e externa, é importante que não se criem falsas expectativas,
que farão acentuar a fase da desilusão.
5. Desilusão, - em contraste com a fase da lua de mel, nota-se o
desgaste pois o nível de stress mantém-se e surgem reações
negativas como a exaustão física ou o consumo de substâncias.
Continuam a existir necessidades que não são satisfeitas e pode
haver sensação de abandono. Esta fase pode durar meses. Ainda que
esta fase seja difícil, é preciso encontrar fontes de motivação com
vista à próxima fase.
6. Reconstrução - gradualmente, as pessoas começam a ajustar-se ao
novo normal, utilizando os seus próprios recursos. Algumas pessoas
podem vir a desenvolver dificuldade em gerir emocionalmente a
experiência vivida. A lembrança das experiências do passado, como
o confinamento, vêm à consciência durante algum tempo.
Fonte: