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Arábia

O antigo inquilino de nossa casa, um sacerdote, havia morrido na sala dos fundos. Nos
cômodos há muito tempo fechados flutuava um odor de mofo e o quarto de despejo, atrás da
cozinha, estava abarrotado de papéis velhos. Entre eles encontrei algumas brochuras com as
páginas úmidas e onduladas: O Abade, de Walter Scott, O Devoto Comungante e as Memórias
de Vidocq. Gostei mais deste último por causa de suas folhas amareladas.

Tinha sido um padre muito piedoso e, no testamento, deixara todo seu dinheiro para
instituições de caridade e a mobília da casa para a irmã.

Afinal, ela falou comigo. Às suas primeiras frases, fiquei tão encabulado que não soube o que
responder. Perguntou-me se eu pretendia ir ao Arábia. Não me recordo se respondi ou não.

O menino não conseguia prestar atenção na escola.

Senhora Mercer: velha mexeriqueira, viúva de um usurário, que colecionava selos usados com
um objetivo piedoso qualquer.

O tio perguntou se ele conhecia O adeus do árabe ao seu corcel. Enquanto o menino saía da
cozinha, ele começava a recitar os primeiros versos do poema para a tia.

Parou em frente a uma barraca e examinou alguns vasos de porcelana e aparelhos de chá
ornados de flores. Não comprou nada.

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