Pós Verdades quando os fatos objetivos, tem menos influências que crenças
pessoais e apelos a emoções. – Algo que aparenta ser verdade, mas é mais
importante que a própria verdade. –
De certo modo o termo está em andamento conjunto com o surgimento das redes
sociais, o fenômeno que é as redes sociais e o encontro de diversos nichos que
antes nunca se encontravam, reforça certos aspectos da personalidade que antes
faziam parte de pessoas ou grupos isolados.
Agora o fenômeno da internet proporciona audiência a esse tipo de crença e isso
permite, a existência de mais seguidores.
O todavia que é importante, é que o fenômeno de ilusão e mentiras por parte da
mídia ele não é um fenômeno novo nem nada do tipo
A questão da pós verdade, ela anda conjuntamente com a minha vontade de
consumir e acreditar naquela informação
É importante ponderar que isso não necessariamente quer dizer que vc tem que
consumir coisas da extrema direita ou de páginas liberais para compreender a
perspectiva deles ao fundo sobre os processos do conhecimento, não o fenômeno
que estou colocando aqui, pode ser resolvido ao conhecer os métodos e os objetivos
gerais na base, na fonte, ou seja, um estudo na maneira sistêmica do agir.
Muitas vezes estamos ligados ao viés do camarada que passou a informação para
frente, e olhamos ela e como é o camarada que compartilhou, temos certeza da
veracidade, abandonamos toda a pesquisa no meio. – Luís Mauro Sá Martino na
casa do Saber
Fake News – Por mais que veículos oficiais noticiem não necessariamente isso está
certo. E isso é importante, pois a pesquisa pela veracidade ela não é tão simples, a
análise ela é importante.
Por exemplo, quando politicamente analisamos a Coreia Popular, descobrimos mais
ou menos 3 fontes primárias de informação, a própria Coreia Popular, a Coreia
Ocupada, mais conhecida como Coreia do Sul e o Japão, os 3 polos que cedem isso
e o ocidente tende a replicar, eles tem um interesse geopolítico importante, que para
se buscar um entremeio a verdade, deve se entender na análise. – Como bem
aponta o Filipe Figueiredo, Xadrez Verbal
Há percepção de mídia hostil quando o indivíduo acredita que os meios de
comunicação de massa são tendenciosos ou distorcidos no sentido inverso ao seu
ponto de vista. – Rafael Cardoso Carvalho – Observatório da Imprensa
Mídia livre, ainda sim cumpre a cartilha hegemônica.
Assim como o Papel de Jornais como O Globo até o Ney York Times em apoio as
ditaduras no Cone Sul.
Tal como a Civico militar onde falam do respiro aliviado do Brasil com a queda de
Goulart
Ou tomam posição favorável aos militares em relação ao golpe no Chile em 1973 em
cima de Salvador Allande. – Pedro Marin, revista Opera (embora pode-se achar em
outros artigos e lá tem a foto dos jornais em si)
Losurdo pensa esse fenômeno em diversos dos seus livros, mas tomemos seus
questionamentos em Democracia ou Bonapartismo
O Presidente Mao Tse-tung teve uma conversa bastante cordial e amigável com
seus companheiros africanos. Durante a conversa, ele condenou a discriminação
racial praticada pelo imperialismo ianque, assim como a promovida pelas
autoridades colonialistas da África do Sul e em todas as partes do mundo.
“Discriminação racial”, disse o Presidente, “é encontrada na África, na Ásia, e em
todo o mundo. A questão racial é, essencialmente, uma questão de classe. Nosso
país não é um país de uma só etnia; é uma unidade de camaradas e companheiros.
Nós devemos fortalecer nossa unidade e travar uma luta em comum contra o
imperialismo, o colonialismo e seus lacaios (2) para alcançarmos independência e
libertação nacionais completas e perfeitas”.
Após explicar como a luta revolucionária chinesa chegou à vitória, o Presidente Mao
disse:
“Isso prova que uma revolução verdadeiramente popular pode triunfar, e que o
imperialismo e seus lacaios podem ser derrotados. A onda do antiimperialismo e do
anticolonialismo é avassaladora na África. Todos os países, quer tenham ou não
alcançado sua independência, irão inevitavelmente alcançar suas completas
independências e serão libertados. Todo o povo chinês irá apoiá-los. Os povos da
África estão despertando a cada dia que passa; assim estão também todos os povos
de todos o globo. Os operários, camponeses, intelectuais revolucionários e todos os
revolucionários em geral, que constituem cerca de noventa por cento da população
mundial, podem ser unidos na luta pela vitória da revolução.”
“Na luta pela emancipação minuciosa,” constatou o Presidente Mao, “os povos
oprimidos contam, antes de tudo, com sua própria força revolucionária, e então,
somente então, com a assistência internacional. Os povos que já tenham obtido
vitória em suas próprias revoluções têm a obrigação revolucionária de auxiliar
aqueles que ainda se empenham na luta pela libertação. Esse é o nosso dever,
nossa obrigação internacionalista”.
Para se pensar a Democracia se faz necessário se pensar para além dos votos e
eleição, e se pensar em garantia de direitos civis e políticos. Não se pode ter
democracia enquanto pessoas morrerem de fome, estarem morrendo de frio, sem
teto sem dignidade mínima. Os votos não devem ser censitários.
Emancipação Humana está para além das buscas por cidadania. Cidadania ela traz
consigo certos desvios no estado burguês que geram a desigualdade, quando
pensamos em emancipação humana, devemos pensar para além disso.
Cidadania tornou-se sinônimo de liberdade. Cidadão é o indivíduo que tem direitos e
deveres das mais diversas ordens e que tem no Estado a garantia de que estes
direitos e deveres terão uma existência efetiva. Deste modo, a máxima aspiração do
indivíduo, o seu horizonte mais amplo é tornar-se plenamente cidadão. Em l988
tivemos até a Constituição-cidadã e de lá para cá cidadania tornou-se uma palavra
mágica. E — o que já nem parece surpreender — pronunciada tanto pelos
conservadores como pelos progressistas.
Nosso objetivo, ao criticar a cidadania e a luta a ela relacionada, não era, de modo
nenhum, o de desqualificá-la como algo sem importância e descartável ou como
uma luta intrinsecamente burguesa e reformista. O que nos importava eram duas
coisas. A primeira, era desfazer uma confusão, nada inocente, que pervade, hoje, a
discussão dessa questão. A confusão se instaura no momento em que se utiliza o
conceito de cidadania como sinônimo de liberdade tout court. Quisemos deixar claro
que, para nós, cidadania é liberdade, sim, mas uma forma histórica, particular da
liberdade, aquela possível sob a regência do capital. A segunda, era combater a
idéia de que a luta pela cidadania tem, independente da sua conexão com os outros
momentos da luta social, um caráter revolucionário ou, pior ainda, de que é o
horizonte máximo para a humanidade. Cremos que, mais cedo ou mais tarde, a
esquerda terá que repensar toda a sua estratégia, pondo claramente como objetivo
maior a emancipação humana e como elemento norteador as lutas na esfera da
produção, anticapitalistamente orientadas, para que, assim, todas as outras lutas
possam assumir, também, um caráter revolucionário.
Quanto à acusação de que nossa política urbana se desviou para a direita, esse
parece ser o caso, afinal nos comprometemos a oferecer aos capitalistas uma taxa
de juros fixa por um período de sete anos. O que deve ser feito após esses sete
anos? Isso deve ser decidido de acordo com as circunstâncias prevalecentes na
época. É melhor deixar o assunto em aberto, ou seja, continuar dando a eles uma
certa quantia em juros fixos. A este pequeno custo, estamos comprando esta classe.
[. . .] Ao comprar essa classe, nós os privamos de seu capital político e mantemos
suas bocas fechadas. [. . .] Assim, o capital político não estará em suas mãos, mas
nas nossas. Devemos privá-los de cada parte de seu capital político e continuar a
fazê-lo até que não lhes reste nada. Portanto, não se pode dizer que nossa política
urbana se desviou para a direita. (Mao 1965–77, vol. 5, 357)