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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MICRORGANISMOS
PENICILLINUM

MICROBIOLOGIA APLICADA

THAINÁ MAIA PAZ XAVIER 202101353978

Niterói
2021
Introdução

Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos,


representados por fungos, bactérias, vírus, algas e protozoários. Geralmente,
associamos esses seres microscópicos às doenças que eles podem causar em
humanos, animais e lavouras.

Os microrganismos são amplamente usados em indústrias para a


produção de produtos químicos, produtos alimentares e farmacêuticos.

O recente interesse na importância das bactérias para a saúde humana


levou ao estudo dos probióticos. Os probióticos (pro = para, bios = vida)
consistem em culturas microbianas vivas, que podem ser aplicadas ou
ingeridas, com o objetivo de exercerem um efeito benéfico.
DESENVOLVIMENTO

Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos,


compostos por uma única célula e que não podem ser vistos a olho nu, sendo
vistos apenas com auxílio de microscópio. São representados por fungos,
bactérias, vírus, algas e protozoários. Geralmente, associamos esses seres
microscópicos às doenças que eles podem causar em humanos, animais e
lavouras, porém muitos são benéficos.

Os microrganismos foram descobertos por Anton Van Leeuwenhoek,


do qual utilizou um microscópio feito por ele mesmo, foi o primeiro a observar e
descrever fibras musculares, bactérias e protozoários.

Os microrganismos estão em toda parte: solo, água, pedras, no interior


e na superfície de seres vivos (humanos, plantas, animais, insetos etc.), entre
outros locais. A maioria deles não se locomove e não tem mecanismos de
defesas físicas frente a adversidades.

Embora possam ainda hoje causar infecções que comprometem a vida


dos humanos, esses seres diminutos são úteis em processos industriais e no
combate a doenças.

Ao longo do tempo, o homem conseguiu cultivar microrganismos em


laboratório, bem como isolar e identificar quimicamente os produtos naturais
microbianos, aplicando-os na indústria farmacêutica para obtenção de
medicamentos que não são facilmente produzidos por síntese química; na
indústria alimentícia, usados na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre,
queijos e iogurtes; e nas indústrias para a produção de produtos químicos,
como butanol, etanol e ácido cítrico.

A fermentação de microrganismos é aplicada pela indústria


farmacêutica para obtenção de medicamentos que não são facilmente
produzidos por síntese química. A química microbiana tem contribuído
significativamente para a saúde da humanidade.

Medicamentos
Medicamentos são produtos a base de substâncias químicas
elaboradas com a finalidade de prevenir, aliviar sintomas ou curar doenças.

Fungos

Os fungos são organismos heterotróficos, ou seja, alimentam-se de


matéria orgânica e, por isso, existem várias espécies parasitas de animais e
plantas.

Os fungos vivem em diversos ambientes e substratos de origem animal


e vegetal, na forma de sapróbios, excretando enzimas digestivas poderosas e
absorvendo matéria orgânica morta, desempenhando assim papel fundamental
no ciclo da vida.

Podem crescer pela formação de filamentos chamados hifas,


denominados fungos filamentosos, ou ainda por lêvedos no caso das
leveduras, que são fungos unicelulares.

Os fungos são microrganismos de grande importância biotecnológica.


São empregados nas indústrias farmacêuticas, utilizados na produção de
alimentos e de suma importância agrícola e ecológica na manutenção do
equilíbrio do ambiente.

Penicilina

A penicilina foi descoberta, por acaso, por Alexander Fleming, em


Londres no ano de 1928.

Essa história ocorreu, quando Alexander Fleming, então com 47 anos,


ao retornar de suas férias, observou que havia esquecido algumas placas com
culturas de Staphylococcus aureus sobre sua bancada no
laboratório. Entretanto, algo ocorreu e chamou a atenção daquele
bacteriologista: as bactérias que estavam em placas com fungos haviam
morrido. Fleming, instigado pela observação, propôs-se a trabalhar sobre
aquele novo assunto e, assim, isolou o fungo em outras placas. Ele descobriu
que esse fungo, que era do gênero Penicillium, sintetizava alguma substância
com ação bactericida.
A partir dessa descoberta, iniciou-se uma busca para identificar os
tipos de fungos do gênero Penicullium que tinham essa característica
bactericida e também saber quais linhagens de bactérias eram sensíveis a
essa determinada substância.
Inicialmente, a pesquisa de Fleming não empolgou muito o meio
científico, visto que vários trabalhos diferentes já eram realizados para obter
resultado contra a ação nociva de determinadas bactérias. O trabalho de
Fleming era apenas mais um.

Passados dez anos, com o início da 2ª Guerra Mundial, era de extrema


necessidade o desenvolvimento de medicamentos que combatessem
processos infecciosos, que já haviam matado milhares de feridos na 1ª Guerra.
Assim, em 1940, dois cientistas, Florey e Chain, conseguiram desenvolver uma
técnica que permitia a produção em grande escala da penicilina, que
se apresentou como a substância ideal e recebeu forte incentivo financeiro.

Surgia nesse momento o mais famoso antibiótico da história.


A penicilina inibe uma enzima chamada de transpeptidase, que atua na
formação do peptidoglicano (importante componente da parede celular
bacteriana). Essa inibição faz com que a penicilina provoque uma rápida lise
(destruição da célula) e, consequentemente, morte das bactérias.
Logo após seu surgimento, foi extremamente importante no tratamento
de doenças infecciosas desencadeadas por ferimentos.
A penicilina pode ser utilizada no tratamento de vários problemas de
saúde, agindo diretamente em diversos tipos de infecções como:
por Streptococcus pyogenes e Streptococcus pneumoniae; sífilis; gangrena
gasosa; meningite bacteriana; endocardites bacterianas; amigdalites; faringites;
epiglotites; otites e sinusites.
Vale destacar ainda que a penicilina pode ser usada na profilaxia
(prevenção) da febre reumática e da endocardite, por exemplo.
A penicilina, assim como qualquer medicamento, pode causar efeitos
colaterais. Entre as reações mais conhecidas, podemos citar reações
urticantes, choque anafilático, vermelhidão na pele, febre, nefrite intersticial
alérgica, anemia hemolítica, trombocitopenia, convulsões e abalos musculares.
Atualmente, a penicilina não é obtida de Penicillinum notatum, mas de
outras espécies com maior eficácia, como Penicillinum chrysogenum.

Penicillium
Penicillium é um gênero de fungos filamentosos microscópicos,
comuns no ambiente. Eles podem ser encontrados no ar, no solo, em plantas e
vegetais. Eles são de distribuição cosmopolita. Na natureza, eles cumprem o
papel de decompositores de matéria orgânica.
Se reproduzem de forma assexuada, com estruturas densas em forma
de pincel, de onde vem o nome do táxon (penicillus).
Eles têm um corpo frutífero, produzem estruturas em forma de saco
que contêm ascósporos. Os ascósporos são unicelulares e têm vida curta.
Representantes do gênero Penicillium formam colônias que, na maioria dos
casos, crescem rapidamente e exibem uma variedade de cores e texturas.
As colônias, do ponto de vista macroscópico, começam a ser brancas.
Então, e dependendo da espécie e de outros fatores, você pode adquirir cores
como verde, verde-azulado, cinza ou rosa, entre outras.
CONCLUSÃO

Diferente do que muitos pensam, os microrganismos não representam


apenas malefícios à saúde humana. Ao contrário disso, algumas classes
destes micro-organismos são vitais para o equilíbrio fisiológico do corpo
humano, colaborando para a manutenção da qualidade da vida humana. Prova
disso é grande quantidade deles estão presente em nossa microbiota intestinal,
bem como em outras áreas diversas do organismo humano.

No mesmo sentido, temos atualmente o emprego destes nos mais


variados seguimentos: alimentos, medicamentos, produtos químicos.
BIBLIOGRAFIA

ABREU, JÉSSICA ALINE SOARES DE; ROVIDA, AMANDA FLÁVIA DA


SILVA; PAMPHILE, JOÃO ALENCAR. FUNGOS DE INTERESSE:
APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS. REVISTA UNINGÁ REVIEW, [S.l.], v. 21,
n. 1, jan. 2015. ISSN 2178-2571. Disponível em:
<http://34.233.57.254/index.php/uningareviews/article/view/1613>. Acesso em:
29 set. 2021.

FERREIRA, Fabricio Alves. "Fleming e a Penicilina"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fleming-penicilina.htm. Acesso em
29 de setembro de 2021.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Penicilina"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/saude/penicilina.htm. Acesso em 29 de setembro
de 2021.

TORTORA G.J., FUNKE B.R., CASEL C.L., Microbiologia, 12º. Porto Alegre.
Editora Artmed 2017.

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