Você está na página 1de 5

CAPÍTULO 11

O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO

PRIMEIRA PARTE — O que é ciência?


Lewis Carroll era professor de matemática na Universidade de Oxford quando escreveu o seguinte em
Alice no país das maravilhas:
"— Gato Cheshire... quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu devo tomar?
— Isso depende muito do lugar para onde você quer ir — disse o Gato.
— Não me interessa muito para onde... — disse Alice.
— Não tem importância então o caminho que você tomar — disse o Gato.
— ... contanto que eu chegue a algum lugar — acrescentou Alice como uma explicação.
— Ah, disso pode ter certeza — disse o Gato — desde que caminhe bastante ".
A resposta do Gato tem sido frequentemente citada para exprimir a opinião de que os cientistas não
sabem para onde o conhecimento está levando a humanidade e, além disso, não se importam muito. Diz-se que
a ciência não pode oferecer objetivos sociais porque os seus valores são intelectuais e não éticos. Uma vez que
os objetivos sociais tenham sido escolhidos por meio de critérios não científicos, a ciência pode determinar a
melhor maneira de prosseguir. Mas é provável que a ciência possa contribuir para formular valores e, assim,
estabelecer objetivos, tornando o homem mais consciente das consequências de seus atos. A necessidade de
conhecimento das consequências, no ato de tomar decisões, está implícita na observação do Gato de que Alice
chegaria certamente a algum lugar se caminhasse o bastante. Desde que esse algum lugar poderia revelar-se
bem indesejável, é melhor fazer escolhas conscientes do lugar para onde se quer ir.
(René Dubos, O despertar da ração. São Paulo. Melhoramentos/Edusp, 1972, p. 165.)

O texto de René Dubos, professor de biomedicina ambiental, reflete a preocupação que o cien-
tista deve ter com os fins a que se destina a ciência. Vamos, portanto, começar esta Unidade com a
reflexão que deve estar presente sempre quando abordarmos tal problemática: a ciência não é um
saber neutro, desinteressado, à margem do questionamento social e político acerca dos fins de suas
pesquisas.

1. Introdução
Vimos, no Capítulo 3, o que é conheci- cientista mais rigoroso, quando está fora do
mento e quais as diversas formas de compre- campo de sua especialidade, é também um
ensão do mundo, entre as quais o conhecimen- homem comum e usa o conhecimento espon-
to espontâneo ou senso comum e o conheci- tâneo no cotidiano de sua vida.
mento científico.
O senso comum é o conhecimento de
Iodos nós, homens comuns, não-especialistas. 2. O senso comum
Se a ciência precisou se posicionar muitas ve-
zes contra as "evidências" do senso comum, Chamamos de conhecimento espontâneo
não há como desprezar essa forma de conhe- ou senso comum o saber resultante das expe-
cimento tão universal. Ou seja, mesmo o riências levadas a efeito pelo homem ao enfren-
tar os problemas da existência. Nesse processo estabelece conexões onde estas poderiam ser
ele não se encontra solitário, pois tem o con- verificadas. Por exemplo: não é possível ao
curso dos contemporâneos, com os quais troca homem comum perceber qualquer relação en-
informações. Além disso, cada geração recebe tre o orvalho da noite e o "suor" que aparece
das anteriores a herança fecunda que não só é na garrafa que foi retirada da geladeira; nem
assimilada como também transformada. entre a combustão e a respiração (esta é uma
O volume enorme de saberes herdados e forma de combustão discreta, ou seja, a quei-
construídos nem sempre são tematizados, ou ma dos alimentos no processo digestivo para
seja, não se apresentam de forma sistemática obter energia é também uma combustão). Tal-
nem têm caráter de conhecimento refletido. vez o exemplo mais interessante seja o de
Dependendo da cultura, são encontradas, com Isaac Newton que, se dermos crédito à velha
maior ou menor intensidade, proposições racio- história, sem dúvida apócrifa, teria descober-
nais ao lado de crenças e mitos de toda espécie. to a lei da gravitação universal ao associar a
O senso comum, enquanto conhecimento queda de uma maçã à "queda" da Lua (ver
espontâneo ou vulgar, é ametódico e assistemá- exercício n? 3).
tíco e nasce diante da tentativa do homem de re- É ainda um conhecimento particular,
solver os problemas da vida diária. O homem do restrito a pequena amostra da realidade, a par-
campo sabe plantar e colher segundo normas tir da qual são feitas generalizações muitas
que aprendeu com seus pais, usando técnicas vezes apressadas e imprecisas. O homem co-
herdadas de seu grupo social e que se transfor- mum seleciona os dados observados sem ne-
mam lentamente em função dos acontecimentos nhum critério de rigor, de forma ametódica e
casuais com os quais se depara. fortuita. Em outras palavras, conclui para to-
É um tipo de conhecimento empírico, dos os objetos o que vale para um ou para um
porque se baseia na experiência cotidiana e grupo de objetos observados.
comum das pessoas, distinguindo-se por isso O senso comum é frequentemente um
da experiência científica, que exige planeja- conhecimento subjetivo, o que ocorre, por
mento rigoroso. É também um conhecimento exemplo, quando avaliamos a temperatura do
ingénuo: ingenuidade aqui deve ser entendida ambiente com a nossa pele, já que só o termó-
como atitude não-crítica, típica do saber que metro dá objetividade a essa avaliação. Ainda
não se coloca como problema e não se ques- mais: o senso comum depende de juízos pes-
tiona enquanto saber. soais a respeito das coisas, com envolvimento
Quando uma pessoa faz um bolo, segue das emoções e dos valores de quem observa.
a receita e incorpora uma série de informações E difícil para a mãe avaliar objetivãmente a
para o melhor sucesso do seu trabalho. Sabe conduta do filho. Do mesmo modo, se temos
que, ao bater as claras em neve, elas crescem antipatia por alguém, é preciso certo esforço
e se tornam esbranquiçadas; que não convém para reconhecer, por exemplo, o seu valor pro-
abrir o forno quando o bolo começa a assar, fissional. Também, ao observar o comporta-
senão ele murcha; que a medida adequada de mento de povos com costumes diferentes dos
fermento faz o bolo crescer. Se estiver fazen- nossos, tendemos a julgá-los a partir de nos-
do pudim em banho-maria, sabe que uma fa- sos valores, considerando-os estranhos, igno-
tia de limão na água evita o escurecimento da rantes, engraçados ou até desprezíveis.
vasilha, o que facilitará seu trabalho posterior Se considerarmos ainda a força da ideo-
de limpeza. Essa pessoa sabe tudo isso, mas logia (ver Capítulo 5), entendida como forma
não conhece as causas, não consegue explicar de imposição de ideias e condutas visando a
por que e como ocorrem esses fenómenos. manutenção da dominação de uns sobre ou-
Muitas vezes o conhecimento espontâneo tros, concluímos que o conhecimento comum
é presa das aparências. Por exemplo, parece é presa fácil do saber ilusório. Mesmo porque
que o Sol gira em torno da Terra, que permane- a ideologia permeia as mais diversas instân-
ce parada no centro do universo. Vemos que o cias das relações humanas: a família, a escola,
Sol se move, nascendo a leste e se pondo a oes- a empresa, os meios de comunicação de mas-
te... Copérnico e Galileu tiveram contra a teoria sa e assim por diante.
heliocêntrica a "evidência" do senso comum. Pelo que vimos até aqui, parece que o
Em comparação com a ciência, o conhe- senso comum é uma visão de mundo precária,
cimento espontâneo é fragmentário, pois não distorcida e até perversa. Em decorrência, pó-
deríamos pensar que só superamos a pobreza mento sistemático, preciso e objetivo segun-
mental recorrendo a formas mais sofisticadas do o qual são descobertas relações universais
do saber, tais como a filosofia e a ciência. e necessárias entre os fenómenos, o que per-
No entanto, pensar assim é pressupor mite prever acontecimentos e também agir
que o homem comum deve ser tutelado por sobre a natureza de forma mais segura.
outros que lhe digam qual a melhor forma de Cada ciência se torna então uma ciência
pensar e quais as melhores ações a serem rea- particular, no sentido de ter um campo deli-
lizadas, o que é contrário a tudo que se pensa mitado de pesquisa e um método próprio. As
sobre o valor da autonomia humana. ciências são particulares na medida em que
Para evitar mal-entendidos, distingui- cada uma privilegia setores distintos da reali-
mos os conceitos de senso comum e bom sen- dade: a física trata do movimento dos corpos;
so. Enquanto o senso comum é o conhecimen- a química, da sua transformação; a biologia,
to espontâneo tal como foi descrito, no seu do ser vivo etc.
caráter acrílico, difuso, fragmentário, dogmá- Por outro lado as ciências são também
tico, é possível transformá-lo em bom senso gerais, no sentido de que as conclusões não
ao torná-lo organicamente estruturado, coeren- valem apenas para os casos observados, e sim
te e crítico. Para o filósofo italiano Gramsci, o para todos os que a eles se assemelham. Ao
bom senso é o núcleo sadio do senso comum. afirmarmos que "o peso de qualquer objeto
Tratamos desse assunto na Primeira Parte do depende do campo de gravitação" ou que "a
Capítulo 5. cor de um objeto depende da luz que ele refle-
te" ou ainda que "a água é uma substância
composta de hidrogénio e oxigénio", fazemos
3. O conhecimento científico afirmações que são válidas para todos os cor-
pos, todos os objetos coloridos ou qualquer
O conhecimento científico é uma con- porção de água, e não apenas para aqueles que
quista recente da humanidade: tem apenas tre- foram objeto da experiência.
zentos anos e surgiu no século XVII com a re- A preocupação do cientista está portan-
volução galileana. Isso não significa que antes to na descoberta das regularidade s existentes
daquela data não houvesse saber rigoroso, pois, em determinados fatos. Por isso, a ciência é
como vimos no Capítulo 7 (Do mito à razão), geral, isto é, as observações feitas para alguns
desde o século VI a.C., na Grécia Antiga, os fenómenos são generalizadas e expressas pelo
homens aspiravam a um conhecimento que se enunciado de uma lei.
distinguisse do mito e do saber comum. Tais Enquanto o saber comum observa um
sábios (sophos, como eram chamados) ocupa- fato a partir do conjunto dos dados sensíveis
vam-se com a filosofia e a ciência. que formam a nossa percepção imediata, pes-
No século V a.C., Sócrates buscava a soal e efémera do mundo, o fato científico é
definição dos conceitos, por meio da qual pre- um fato abstraio, isolado do conjunto em que
tendia atingir a essência das coisas. Platão se encontra normalmente inserido e elevado a
mostrava o caminho que a educação do sábio um grau de generalidade: quando nos referi-
devia percorrer para ir da opinião (doxa) à mos à "dilatação" ou ao "aquecimento" como
ciência (episteme). fatos científicos, estamos muito distantes dos
No pensamento grego, ciência e filoso- dados sensíveis de um certo corpo em um de-
fia achavam-se ainda vinculadas e só vieram terminado momento. Além disso, estabelece-
a se separar na Idade Moderna, buscando cada mos entre tais fatos uma relação de variação
uma delas seu próprio caminho, ou seja, seu do tipo "função" (na qual o volume é, em dado
método.1 A ciência moderna nasce ao deter- momento, função da temperatura). Isso supõe
minar um objeto específico de investigação e a capacidade de racionalização dos dados're-
ao criar um método pelo qual se fará o contro- colhidos, que nunca aparecem como dados
le desse conhecimento. brutos, mas sempre passíveis de interpretação.
A utilização de métodos rigorosos per- O mundo construído pela ciência aspira
mite que a ciência atinja um tipo de conheci- à objetividade: as conclusões podem ser

1
Consultar Capítulo 14 — A ciência na Idade Moderna e Capítulo 15 — O método científico.
verificadas por qualquer outro membro com-
petente da comunidade científica, pois a ra-
cionalidade desse conhecimento procura des-
pojar-se do emotivo, tornando-se impessoal na
medida do possível. A esse respeito diz o filó-
sofo francês Merleau-Ponty: "A ciência expli-
ca o mundo, mas se recusa a habitá-lo". Em
outras palavras, por mais que a ciência amplie
o conhecimento que ternos do mundo, de certo
ponto de vista ela reduz esse conhecimento,
pois o cientista remove toda experiência indi-
vidual que caracterizaria o "estar-no-mundo".
Para ser precisa e objetiva, a ciência dis-
põe de uma linguagem rigorosa cujos conceitos
são definidos de modo a evitar ambiguidades. A
linguagem se torna cada vez mais precisa, na
medida em que utiliza a matemática para trans-
formar qualidades em quantidades. A matema-
tização da ciência se inicia com Galileu. Ao es-
tabelecer a lei da queda dos corpos, por exem-
plo, Galileu mediu o espaço percorrido e o tem-
po que um corpo leva para descer o plano incli-
nado, e ao final das observações registrou a lei O rigor da ciência deriva do fato de as hipóteses
poderem ser comprovadas. Na figura, o filósofo e
numa formulação matemática. cientista Pascal sobe ao topo de uma montanha
Por meio desse exemplo, constatamos para verificar se a alteração da coluna de mercú-
que a ciência do século XVII utiliza a mate- rio era realmente resultado da pressão atmosféri-
mática e o recurso da observação e da experi- ca, comparando com idêntica observação efetua-
mentação. Nesse processo, o uso de instru- da em local mais próximo do nível do mar.
mentos torna a ciência mais rigorosa, precisa
e objetiva. Os instrumentos de medida (balan- oposto se encontram as ciências humanas,
ça, termómetro, dinamômetro etc.) permitem cujo componente qualitativo não pode ser re-
duzido à quantidade, assim como resiste a cer-
ao cientista ultrapassar a percepção imediata
e subjetiva da realidade e fazer uma verifica- tas formas de experimentação. Constatamos
ção objetiva dos fenómenos. que, enquanto a psicanálise é avessa a qual-
quer forma de experimentação ou matemati-
Antecipando uma discussão ainda a ser
zação, outras teorias psicológicas recorrem
desenvolvida, é preciso retirar do conceito de
ciência a falsa ideia de que ela é a única expli- não só às experiências em laboratório como
cação da realidade e se trata de um conheci- se utilizam da matemática em estatísticas (ver
mento "certo" e "infalível". Há muito de cons- Capítulo 16 — As ciências humanas).
trução nos modelos científicos e, às vezes, até
teorias contraditórias, como, por exemplo, a 4. Ciência e poder
teoria corpuscular e a ondulatória, ambas utili-
zadas para explicar o fenómeno luminoso. Como veremos no Capítulo 14 (A ciên-
Além disso, a ciência está em constante evolu- cia na Idade Moderna), as ciências da nature-
ção, e suas verdades são sempre provisórias. O za encontram no novo método a possibilidade
filósofo e escritor inglês Samuel Butler refere- de uma abordagem mais eficaz da realidade,
se a isso jocosamente, usando a forma de man- no sentido de maior previsibilidade dos fenó-
chete de jornal: "Um terrível acontecimento: menos e, conseqiientemente, maior poder para
uma teoria soberba, covardemente assassinada a transformação da natureza.
por um desagradável pequeno fato"... Isso se tornou viável devido à aliança da
Mas se é verdade que a física e as de- ciência com a técnica. Como decorrência,
mais ciências da natureza se tornam rigorosas ocorreu o desenvolvimento da tecnologia, que
por serem altamente "matematizáveis" e usa- é a técnica enriquecida pelo saber científico,
rem o método experimental, no extremo que tem alterado o habitat humano timidamen-
te a partir do século XVIII, com a Revolução ou se o degradam, se servem à liberdade ou às
Industrial, e com grande rapidez no século XX. formas de dominação.
Reciprocamente, a tecnologia também provo- Por isso é impossível admitir a existência
cou avanços incríveis no conhecimento cientí- do trabalho científico neutro, que procura o
fico. Basta lembrar o que significa a precisão "saber pelo saber". A ciência se encontra irre-
relativa da balança mecânica em comparação mediavelmente imbricada na moral e na políti-
com o rigor da balança eletrônica! ca e o cientista tem uma responsabilidade social
No entanto, o poder da ciência e da tec- da qual não pode abdicar (ver a Segunda Parte
nologia é ambíguo, porque pode estar a servi- deste Capítulo — A filosofia e as ciências).
ço do homem ou contra ele. Daí a necessidade É assim que podemos retomar a epígrafe
de o trabalho do cientista e do técnico ser do capítulo, e o comentário feito pelo profes-
acompanhado por reflexões de caráter moral sor René Dubos: "desde que esse algum lugar
e político, a fim de que sejam questionados os [onde a ciência chega] poderia revelar-se bem
fins a que se destinam os meios utilizados pelo indesejável, é melhor fazer escolhas cons-
homem: se servem ao crescimento espiritual cientes do lugar para onde se quer ir".

Exercícios
1. Faça um quadro comparando as caracterís- uma explicação completa daquilo que realmente
ticas do conhecimento espontâneo e do conheci- experienciamos." (Kneller)
mento científico.
5. A descrição da objetividade da ciência, re-
2. O que Gramsci quer dizer com "o bom sen- ferida na citação de Kneller, pode adquirir outros
so é o núcleo sadio do senso comum"? contornos na frase de Milton Japiassu, transcrita a
seguir. Comente a diferença:
3. Leia o trecho a seguir e explique o signifi- "...em matéria de ciência, não há objetividade
cado da citação de Valéry, relacionando-a com as absoluta. Também o cientista jamais pode dizer-se
características do conhecimento espontâneo e do neutro, a não ser por ingenuidade ou por uma con-
conhecimento científico. cepção mítica do que seja a ciência. (...)
Segundo a lenda, Newton teria descoberto a Não se pode ignorar que a ciência é ao mes-
lei da gravitação universal ao associar a queda de mo tempo um poder material e espiritual. Não é
uma maçã à "queda" da Lua. Ou seja, estabeleceu essa procura desinteressada de uma verdade abso-
a relação entre a queda dos corpos (relação Terra- luta, racional e universal, independente do tempo e
maçã) e o movimento da Lua (relação Terra-Lua), do espaço, que se distinguiria dos outros modos de
percebendo tratar-se do mesmo fenómeno. Expli- conhecimento pela objetividade de seus teoremas,
cando de outra forma: um corpo, orbitando em tor- pela universalidade de suas leis e pela racionalida-
no da Terra, está ao mesmo tempo caindo e se des- de de seus resultados experimentais, cuidadosa-
locando horizontalmente. Disse a esse respeito o mente estabelecidos e verificados, e. portanto, efi-
poeta e ensaísta Paul Valéry: "Seria preciso o gé- cazes. A produção científica se faz numa socieda-
nio de Newton para ver que a Lua cai, embora toda de determinada que condiciona seus objetivos. seus
gente saiba que ela não cai". agentes e seu modo de funcionamento. E profun-
j damente marcada pela cultura em que se insere.
-t
4. A partir da citação de Kneller, analise o Carrega em si os traços da sociedade que a engen-
conhecimento espontâneo e o científico do ponto dra, reflete suas contradições, tanto em sua organi-
de vista da objetividade. zação interna quanto em suas aplicações." (Hilton
"A ciência (...) procura remover tudo o que Japiassu)
for único no cientista, individualmente considera-
do: recordações, emoções e sentimentos estéticos 6. Estabeleça relações entre ciência e técnica,
despertados pelas disposições de átomos, as cores explicando o significado da frase de Bachelard:
e os hábitos de pássaros, ou a imensidão da Via- "Uma ciência tem a idade dos seus instrumentos
Láctea (...) A ciência elimina a maior parte da apa- de medida". Dê exemplos que você encontre por si
rência sensual e estética da natureza. Poentes e cas- mesmo.
catas são descritos em termos de frequências de
raios luminosos, coeficientes de refração e forças ^ 7. Faça uma dissertação sobre o seguinte
gravitacionais ou hidrodinâmicas. Evidentemente, •J tema: "Os movimentos ecológicos e a necessidade
essa descrição, por mais elucidativa que seja, não é " f'"< de salvar o planeta".

Você também pode gostar