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Filosofia

O que é a ética?
Intenção de viver uma vida boa, relativamente à convivência humana.

Dois problemas fundamentais

● O problema da justificação do estado:


● Qual a origem e legitimidade da autoridade do estado?

● O problema da justiça social:


● O que é uma sociedade justa?

O que é o estado?

Consensualmente, o estado é formado por:


● Uma pop. cujos cidadãos se relacionam socialmente entre si no
mesmo território (cidade ou país);
● Um governo com poder para fazer leis e autoridade, para usar a
força.

Qual é a origem do estado?

Teoria Naturalista de Aristóteles


● Antiguidade Clássica; cidades-estado (pólis) independentes onde
tinham o governo próprio,leis,excercítos e tribunais;
● Viver governado faz parte da natureza humana;
● A cidade-estado é auto-suficiente e existe sobretudo para
assegurar uma boa vida.

Argumento de Aristóteles
● Faz parte da natureza humana desenvolver as suas faculdades;
● Essas faculdades só poderão ser desenvolvidas vivendo no seio
da comunidade;
● Logo, é da natureza do ser humano ser governado e viver
socialmente.

Perspetiva Contratualista de John Locke


● No estudo de Natureza as pessoas viviam em perfeita liberdade
(cada um era era “ senhor absoluto da sua pessoa e bens”);
● Neste estado natural cada um tem o poder de decidir e executar o
que bem entender;
● As pessoas optam livremente por se submeter à autoridade de um
governo civil;
● O Estado tem origem numa espécie de contrato social que faz a
passagem do Estado natural para a sociedade civil.

John Rawls
Rawls pretende criar uma sociedade justa através da distribuição de
bens e direitos que só poderão ser distribuídos justamente através de
regras e princípios justos. Vai optar pela posição original e pelo véu da
ignorância.

Posição original- Rawls retira os indivíduos dos cargos sociais

Véu da ignorância- O véu descarta características dos indivíduos,


tornando a distribuição de regras e princípios imparcial e universal.
Somos todos iguais, todos humanos.

Princípios da justiça de Rawls


● 1º princípio da justiça, princípio de liberdades iguais: Todos os
indivíduos devem ter a liberdade de pensamento, crenças, voto,
cargos públicos (remete para a defesa de direitos civis e públicos).

● 2º princípio, As desigualdades económicas são legítimas se os


seguintes princípios forem cumpridos:
○ Princípio da diferença, se houver existência de pessoas
ricas, os pobres deverão ser favorecidos ao máximo, ao
ponto de um indivíduo que recebe o salário mínimo poder
sustentar-se a si e à sua família através das ajudas do
Estado.
○ Princípio da igualdade de oportunidades onde os ricos e
aqueles com capacidades extraordinárias devem começar
no mesmo patamar que os restantes indivíduos.

Objeção de Nozick
● Defesa dos direitos invioláveis- direito à vida, à liberdade; à
propriedade ( bens móveis e imóveis como também o próprio
corpo) e o direito à não coerção.
● Estes direitos são invioláveis pois já o adquirimos antes de entrar
na sociedade civil, antes da criação do Estado;
● Criação do estado por Locke- Afirma que o Ser Humano era livre e
comercializava, no entanto, devido aos conflitos dos indivíduos e à
violação desses direitos, foi criado um organismo imparcial, o
Estado. Este tinha a função de garantir o mínimo de segurança
jurídica e de justiça;
● O Estado é criado de forma espontânea, os indivíduos juntam-se
em associações de proteção para julgar os conflitos de forma
imparcial e justa;
● Estas associações vão se juntando, criando o Estado mínimo
(moralmente legítimo para Nozick);
● O Estado mínimo (segundo Nozick) deverá proteger os indivíduos
de roubo, força e fraude como também garantir a execução de
contratos (oposição ao anarquismo através do Estado mínimo);
● Se o Estado aumenta, com a tentativa de garantir os direitos
sociais ( Nozick refere-os como serviços sociais), isto é, a saúde,
educação e lazer, o Estado perde toda a legitimidade já que é
necessário retirar dinheiro de quem tem para dar àqueles que
não o têm;
● É ilegítimo que o estado utilize o indivíduo como recurso para
outro indivíduo.
Máxima: “Ninguém pode ser sacrificado em favor de
outros”

Gnosiologia-Fenomenologia

O que é a Gnosiologia?
Estudo do conhecimento – estudo das relações entre o sujeito e o
objeto, procurando esclarecer e analisar criticamente os problemas que
essas relações suscitam.
O que é a Fenomenologia?
Conceção filosófica que procura efetuar uma descrição objetiva dos
fenómenos sem estabelecer qualquer relação entre o que é observado,
com qualquer tipo de crença, juízo ou pressuposto.

Elementos constituintes do ato cognitivo


● Sujeito cognoscente que vai apreender o objeto;
● Objeto cognoscível vai ser apreendido pelo o sujeito;
● O sujeito sai de si durante o processo, formando o conhecimento,
o ato do qual o sujeito apreende o objeto;
● Após o conhecimento, há uma representação mental do ato de
conhecer.
A Fenomenologia defende:
● Oposição sujeito-objeto- sujeito e objeto encontram-se face a face,
mas não absolutamente separados;
● A correlação sujeito-objeto- um sujeito é sujeito para o objeto, um
objeto é um objeto para o sujeito;
● Irreversibilidade sujeito-objeto- sujeito e objeto têm funções
diferentes e nunca as trocam entre si;
● Ao apreender o objeto há uma modificaç
● ao no sujeito dado que este cria a imagem do objeto e dele têm
consciência
O ato de apreender o objeto
● O sujeito sai de si;
● O sujeito está fora de si;
● O sujeito regressa a si com a uma modificação e representação
mental.
Que relação há entre a linguagem, o conhecimento e a
realidade?
A linguagem e o conhecimento são elementos indissociáveis, um não
sobrevive sem o outro. A linguagem é uma reflexão organizada do
pensamento e conhecimento apreendido pelo processo de
conhecimento de um sujeito para com um objeto. A linguagem, quer
seja verbal, corporal ou escrita, permite exprimir a realidade e a
perspectiva do sujeito cognoscente.

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