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SÉCULO I

Saulo, Paulo
Saulo de Tarso, fariseu, acabava de completar mais uma campanha contra os cristãos.
Jesus interrompeu-lhe. A estrada de Damasco foi o cenário de uma visão maravilhosa
que transformou por comleto o anticristão, em humildade, um homem orgulhoso e
decidido dobrou seu coração diante do Senhor ressuscitado, já não resistiria a um Deus
tão grande e compassivo.

Paulo era um homem de consagração total, não importa o lado em que ele se encontra,
ele dá tudo o que tem. O apóstolo é facilmente identificado como uma pessoa de
notável inteligência. Qualquer pessoa pode ler suas cartas e ver boa organização e
clareza dos textos, muitos dos principais conceitos cristãos foram primeiro anunciados
por ele, com precisão. Também era um homem bem apessoado, que atraía as pessoas,
com seu modo de expressar-se, sua sinceridade e sua lógica eram irresistíveis, raramente
se lançou a autocompaixão, chegou a dizer-se solitário e em outros momentos
encontramos ele tendo tudo e sendo reservado.

Durante seus debates e à apresentação de sua fé, muitos adversários aceitaram a Cristo
depois de ouvir este homem. A despeito de seus grandes talentos e capacidades, este
homem fazia tudo para permanecer na raça humana. Algumas pessoas lhe tinham ódio
total e não escondiam sua hostilidade. Deus havia escolhido um notável marca-passo.

Naquele tempo os cristãos eram chamados de povo do "Caminho", eles receberam este
título porque Cristo se referiu a si mesmo como "o caminho", em S.João 14:6.e pode-se
dize que neste caminho Pedro fez o Cristianismo correr, Paulo ensinou-lhe a voar...

Paulo sentiu-se imediatamente entusista depois do encontro que teve com "O
Caminho", e havendo-se tornado intrépido em sua pregação, os judeus se mostraram
hostis. Ressolveram que o vira-casacas teria de morrer. Um grupo de crentes, entre eles
Ananias e Barnabé, correram o risco de tomá-lo como amigo, risco que estavam
dispostos a correr pelo amor, porque amavam, um gesto nobre entre os crente.

Com a sua conversão, a perseguisão à igreja reduziu-se a nada, seria difícil exagerar o
terror que ele havia provocado nos primitivos crentes. Ele havia massacrado a igreja.
Agora ninguém era mais responsável do que ele pela paz e prosperidade da mesma
instituição. Um fato marcante foi o período onde uma grande fome assolou o império
romano durante o governo de Cláudio. Os cristãos de Antioqia responderam à crise
enviando socorro as necessitados em Jerusalém. Paulo teve o privilégio de ir com
Barnabé nesta missão de amor.

Sempre como um Missionário fervoroso, pregou com confiança, com toda a intrepidez e
ninguem tentou impedi-lo

Barnabé o Consolador
Ele pertenceu ao grupo dos primeiros cristãos, e ganhou um apelido por se bondoso.
Seus pais que moravam em Chipre, deram-lhe o nome de José. Contudo, ele era uma
pessoa tão atenciosa e generosa, que seus amigos o chamaram de Barnabé, que
signigica "Filho da Consolação", e o nome lhe assentava bem. Foi um levita da famíia
sacerdotal dos judeus.

O ministério de Barnabé, era essencialmente de exortação e reconciliação. Mas, nem


mesmo o grande apostólo podia apaziguar a todos. Finalmente veio o dia em que ele e
seu irmão íntimo, Paulo, não puderam chegar a um consenso.

O problema que os feria girava em torno de um homem que conhecessemos, João


Marcos. Em sua primeira aventura missionária, Marcos viajou ao lado deles como
assistente. Mas quando saíram de Pafos e proseguiam para Perge, na Panfília, Marcos
resolveu regressar a Jerusalém. Não há um motivo explícito para esta decissão,
percebemos apenas a desavença ente Paulo e Barnabé, que seja qual for, impediu a
companhia dos três em uma nova viagem missionária. Não foi um mal-entendido ou um
conflito de personalidades. Não estavam a lamuriar-se com insultos com um objetivo
errado. Nã houve troca de ofensas entre estes amigos de toda hora, mas suas diferenças
de opinião estavam traçadas com clareza.

Barnabé, então decidiu dar ao primo uma nova oportunidade. Levou consigo Marcos, e
ambos se dirigiam a Chipre para divulgar o evangelho. Só podemos conjecturar sobre o
que teria acontecido se Marcos tivesse sido rejeitado. Poderia tê-lo tornado mais forte,
como também poderia levá-lo a definhar-se.

Graças a Barnabé, este é o mesmo Marcos que veio a escrever o segundo evangelho.
Mais tarde ele reconciliou-se com Paulo e uniu-se a ele como assistente no ministério,
ainda foi enviado para ajudar e instruir a Timóteo.

Barnabé tornou-se de novo um elemento de ligação, arriscou-se, por certo que sim, mas
retrata a personalidade de um cristão ousado, que não teve medo de dar oportunidade
a outras pessoas.

Estevão um servo
Existia um espírito de preconceito que estava profundamente arraígado em todos e que
se manifestava muito depois de havermos esquecido de como começaram. As igrejas
em Jerusalém passavam por esta inquietude, os convertidos provinham de variaos
grupos étnicos, e às vezes vinham à tona preconceitos que se achavam como que
sepultados.

Estevão, grego de nascimento, foi um dos milhares que se converteram nesta ocasião,
os judeus da Palestina chamavam de helenistas aos judeus de origem grega. Durante a
celebração de Pentecostes, os helenistas percorriam grandes distâncias para adorar em
Israel. Quando tomaram conhecimento do evangelho do Cristo ressurreto, muitos
respodenram e se fizeram cristãos. Seja como for, Estevão se fez cristão.

Numa decissão tomada, sete homens foram designados a um cargo de diácono, que
simplesmente significa "servir", estes satisfariam as necessidades específicas dos
primeiros cristãos. Seu nome, aparece em primeiro lugar, suas qualificações eram
reconhecidas e sólidas, o zelo cristão corria-lhe pelas veias.

Uma vez que os diáconos cuidavam dos negócios da igreja, os cristãos já não tinham de
gastar suas energias lutando entre si. Havia unidade e concórdia, eram muitos os que
resolviam tornar-se cristãos

Por causa do seu extremo zelo e de sua paixão por Jesus, demonstrada nas sua
pregações, Estevão conquitou muitos para Cristo, e muitos como inimigos. Os mesmos
que matarão Jesus e no mesmo tribunal, julgaram e condenaram a Estevão, com falsas
testemunhas e sem originalidade nenhuma, pois copiaram a acusação de Cristo.

A execusão de Estevão, não foi puramente um ato de uma multidão desvairada, nem foi
inteiramente ilegal. A pena capital estava dentro dos limites de poder do Sinédrio. A
turba presente reagiu furiosamente, dominada pelo ódio, mas dentro do contexto de um
julgamento. Estevão foi apedrejadosegundo o método tradicional, e então se colocou de
joelhos a orar. Ele pediu a Jesus que o recebesse, e a sua segunda preocupação se dava
com seus executores, pediu a Deus que não lhes imputasse este pecado. Nada de
vingança.

O jovem diácono havia feito algo mais do que aprender versículos e decorá-los, ele
havia adquirido um espírito...

Timóteo, sensível
Timóteo entrou para a vida cristã com alegria e emoção. Ele assemelhava-se mais ao
explendor matutino do que a uma pessoa: novo, terno, vivo e ansioso. Provavelmente
esta seja a melhor maneira de descrevê-lo, sua consagração e energia tocavam as rais
do deslumbramento. Isso sem contar que ele acrescentou alguns fios de cabelo branco
a Paulo.
Os antecedentes de Timóteo incluíam uma família mista. Sua mãe era judia e seu pai
grego. Devido a diferenças religiosas não solucionadas, seu preparo veio a ser uma
combinação tanto de consagração como de negligência. Os judeus diziam que ele era
grego, enquanto que os gregos diziam que ele era judeu. Não sabemos ao certo, como
ele conheceu a Cristo como experiência pessoal, mas Paulo, refere-se a ele como seu
filho, mas isto não significa, necessariamente, que ele o tenha introduzido no seio da
cristandade.

Em determinado momento, Timóteo resolveu abrir mão de sua liberdade cristã, somente
as pessoas fortes podem fazer isso. Os fracos e inseguros tem maior dificuldade para
livrar-se. Não que pudéssemos culpá-lo se ele fizesse valer seus direitos. Podia fazê-lo.

Mas ele viu aí uma oprtunidade de dar de si mesmo. Tornou-se circuncidado. E ensinou-
nos o valor da diferença, e o respeito por aqueles que tem uma opinião agudamente
contrária a nossa, porém cheios de verdade. Afinal de contas, a circuncisão não
significava mais nada, uma vez que Cristo havia cumprido a lei.

Apolo, cortês e capaz


As Escrituras disem-nos diversas coisas com referência aos seus antecedentes, fazia parte
da antiga comunidade judaica que vivia em Alexandria, capital do Egito. Uma grande
parte da cidade foi destinada ao hebreus, tinham seu próprio governo e suas leis. A
influência judaica era grande pois representavam um terço da cidade, e mantinham uma
grande universidade e uma biblioteca.

Algo exercera influência sobre ele, de sorte que tomou conhecimento do evangelho do
Cristo ressurreto. A transição podia ter sido difícil, para todo judeu era uma alta cirurgia
emocional. Seus amigos chocavam-se e sentiam-se insultdos com sua nova fé.

Deste ambiente proveio um cristão com qualidades impressionantes, era eloquente,


tinha um brilhante conhecimento das escrituras e um ardente desejo de servir. Estes
atributos estavam sob a guarda de uma coragem mais do que suficiente. Bem versado e
capaz, não estava a busca de conselhos, ele é quem o dava. Sua mente férrea fazia-se
acompanhar de um coração ardoroso, ele sentia paixão pelo que fazia e o deixava sentir
a todos.

Este conjunto de elevadas qualidades, não se poupa elogios a este servo, mostra-nos
que ele era inteligente. Suas metas estavam bem definidas e sua missão estabelecida.
Ele não era do tipo que procurava crítica ou que provavelmente se assenta tranquilo à
espera de que ela venha. Termina-se o quadro de Apolo com o ápice da cortesia. Capaz,
porém não insultante, um homem de convicção mas polidamente ajustável, flexível e
modesto.

Desejaram virar a cabeça do egípcio, porém ele resistiu. Teve a oportunidade política de
ser nomeado um guru especial, ele seria um dirigente do partido deles. A oferta era
tentadora, dava-lhe "nome", e uma dose de prestígio.

Era um consagrado servo de Cristo, e feliz por ser contado entre eles.

Felipe, responsável
Sempre que se lida com dinheiro existe a perspectiva de corrupção, poderia a jovem
igreja de Cristo sobreviver a isto. O mundo romano viu o suborno das autoridades
religiosas como coisa normal. O judaísmo, com seus altos padrões e sua elevada
reputação, não estava imaculado. O cristianismo enfrentou graves escândalos durante
sua existência, vide Ananias e Safira.

Uma vez que a igreja se constítuia de seres humanos, o problema financeiro seria certo
como o tinir da prata. Felipe, o evangelista, incursiona rapidamente por este problema e
ajuda a estabelecer alguns princípios orientadores.
Felipe era um cristão capaz, cheio do Espírito, que gozava de boa reputação na
comunidade, de origem helnista, foi indicado para o cargo de diácono, junto com
Estevão. Logo se viu localizado numa cidade da Samaria. Felipe teve uma carinhosa
recepção, as pessoas abriam os braços para receber este home extraordinário, também
ouviam atentamente o que ele dizia. Suas palavras faziam sentido, a população
constituía-se de mestiços desprezados pelos judeus, pode-se então mostrar a ampla
compaixão do evangelho. Pois bem, é fácil ver porque houve grande alegria naquela
cidade.

A despeito de toda esta evidente prosperidade espiritual, uma pessoa compreendeu o


evangelho apenas pela metade. Simão era um home que valia a pena conhecer, era um
personagem fascinante, feiticeiro, com uma posição singular e senhor de uma
considerável capacidade.

Muitos dos milagres que Jesus operou ele os fez por compaixão e não visando à
conversão, como se fosse uma troca. A dor, o desfiguramento e a morte o
preocupavam. Felipe pregou a Cristo e seu reino, de maneira que nenhuma falta de
sinceridade da parte de Simão pode ser lançada sobre o que ele ouviu. Ele pode ter-se
pasmado tanto pelos milagres que ouviu pouca coisa da mensagem, ou, é possivel que
tenha crido no poder da mensgem do Cristo ressurreto.

Simão viu algo poderoso e desejou possuí-lo, sua mente correu veloz e naturalmente,
para sua antiga forma de vida, a magia. Se ofereceu para comprar a franquia, para por
sua vez, revendê-la a outros. O problema que surgiu aqui é mais importante do que a
pessoa de Simão, é um princípio de ética.

Por fim, Felipe, acomodou-se em Cesaréia, constituiu família e foi um orgulhoso pai de
quatro filhas. Eram todas evangelistas como o pai. Paulo o visitou em uma de suas
viagens.
O Centurião Cornélio
Homem de inteira confiança, Cornélio era um oficial competente no exército romano
estacionado em Cesaréia. Ele tinha responsabilidade, reconhecimento e mais dinheiro do
que a média das pessoas. Inspirava respeito, e dispunha de poder.

Vivia longe do seu Lar, mas estava acostumado a essa vida. Com frequência mudava-se
para outras regiões. E, apesar de seu cargo e destas situações, ele comandava sua tropa,
um grupo de 100 homens, como um oficial justo e bondoso, ao contrário de outros que
agiam com crueldade e eram tacanhos. Isto não pode confundi-lo com um homem de
fraquezas, mas sim com um homem bem-acabado e seguro, já que se fosse preciso ele
demonstraria seu amor e dedicação ao Imperador e ao Império Romano, e isto com sua
espada. Não há, em Conélio, sede de vingança mesquinha, ou necessidade de exercer
violência simplesmente pelo ato.

Embora tivesse uma parcela saudável de energia humana, Cornélio percebeu que a vida
é mais do que dinheiro, poder, servos e prestígio. Essas não eram qualidades que
satisfazessem. Era necessário ter comunicação com o Pai Celestial para ser completo, e
os que faziam parte de sua família comungavam de seu entusiasmo pelas coisas
espirituais e eternas.

Normalmente, o centurião vivia sob considerável tensão, era o sustentáculo do exército


romano, se ele não funcionasse direito, a coorte (600 homens), e a legião (6.000
homens), eram inúteis. Na maioria dos casos ele fazia carreira militar. Coragem era a
mais proeminente qualidade, se o país fosse atacado, esperava-se que o centurião
defendesse seu tereno ou morresse lutando. Para isso tinha total reponsabilidade sobre
seus homens, em três aspectos: primeiro na área da disciplina, podia açoitar seus
soldados como também executá-los; segundo, era manter as tropas em forma física,
com exercícios regulares; terceiro, e não menos importante, na própria batalha era
responsável direto pelo desempenho de seus homens.

Cornélio recebeu uma visão durante as primeiras horas da tarde, um anjo de Deus o
assustou. O centurião fixou os olhos no visitante, sabia que não se tratava de sonho,
estava bem acordado e gozava de boa saúde. Imediatamente Cornélio perguntou: "Que
é Senhor?"

Deus desejava explicar o evangelho de Jesus Cristo a um soldado gentio. Pedro, o


apóstolo, aparece em cena, designado por Deus para cumprir sua vontade, o valente
apóstolo foi modelado no mesmo molde de Cornélio. Os dois receberam uma ordem, e
a cumpriram a risca, numa só palavra.

Pedro expôs o evangelho completo de Jesus ao gentio comandante romano, e enquanto


falava, o Espírito Santo caiu sobre Cornélio e sua família, indício claro de que eles criam
sinceramente no que tinham ouvido. Cornélio e seus amigos convidaram Pedro e seu
grupo a permanecer com eles. Durante alguns dias continuaram com a troca de
experiências e ensino da doutrina cristã.

Dorcas, generosa
Dorcas era como uma árvore florida em plena primavera, em poucas palavras acabamos
de descrever esta pessoa. Herodes é lembrado por sua crueldade, Judas, por sua traição.
Dorcas sobrevive em nossa memória porque nunca teve medo de ser bondosa e de
fazer sua contribuição.

Ela vivia em Jope, parte de Tel-Aviv, era uma cristã, porém não sabemos como se
converteu. Seus amigos gregos chamavam-na Dorcas, mas os amigos hebreus lhe davam
o nome de Tabita. Ambos os nomes significam gazela.

Não há motivos para crer que alguma vez ela tenha lido a carta de Tiago, porém ela
podera tê-la escrito. Seu versículo predileto poderia ter sido: "Mas, ó homem insensato,
queres tu saber que a fé sem as obras é morta?", Tiago 2:20, finalmente, teve o destino
de toda carne e morreu. Não sabemos qual a causa de sua morte, com toda a
probabilidade foi um acontecimento natural. Todavia, muitas pessoas tiveram uma parte
de seu coração removido quando ela morreu, os lamentos vinham de toda parte, e eram
sinceros.

Talvez ela fosse viúva ou solteir, mas não faltou ninguém para cuidar de seu corpo. Com
toda a probabilidade suas amigas cuidaram dessa parte, prepararam-lhe o corpo para o
funeral. As famílias judaicas tentavam adotar determinadas diretrizes com relação aos
funerais, em geral, o corpo era totalmente lavado e depois envolvido em linhos, e
substâncias aromáticas. Começou o choro, as viúvas estavam ali com as túnicas e mantas
enroladas em seus braços, eram peças de vestimenta que Dorcas fazia para as pessoas
que ela amava.

A comunidade cristã de Jope ouviu dizer que Pedro estava ali por perto, em Lida,
resolveram pedir ajuda, já que estava distante apenas quinze quilometros de Jope, de
modo que a viagem podia ser feita mais ou menos em meio dia. Pedro não era
especialista em ressureição, por isso ele dependia do que tinha visto, avaliou a situação
e não perdeu tempo, primeiro pediu para esvaziar o quarto, foi isto que Jesus fez
quando ressuscitou a filha de Jairo.

Com grande simplicidade e direção ele disse: "Tabita, levanta-te". Nada de truques ou
uma grande oratória, nem mesmo usou algum recurso como lodo ou ou lenço.
Simplesmente, "Dorcas, é hora de levantar-se".

Os olhos dela abriram-se como uma veneziana. Havia ocorrido um milagre: Dorcas
estava viva. Várias outras mulheres foram louvadas, e nunca esquecidas, por Jesus e
pelos Apóstolos. Mulheres que deram o exemplo de fé no Senhor Jesus e total
dedicação no serviço à comunidade.

Silas, calmo, confiante


Silas nunca desempenha uma grande parte na hitória bíblica, mas ele estava lá! Mais do
que um espectador ocioso, este dotado discípulo estava no meio, trabalhando com afã.
Silas poderia lembrar-se de auditórios lotados com pessoas cujos olhos nem piscavam
quando recebiam o evangelho. Ele podia lembrar-se também da dor lancinante da vara
de um carcereiro e do mau cheiro de uma prisão romana.

Não sabemos de onde veio Silas, a primeira vez que o encontramos ele está na igreja
em Jerusalém. Era bem conhecido e aceito pelos que se reuniam em concílio especial,
quando a histórica conferência chegou ao fim, eles precisavam de homens qualificados
para levar a notícia, escolheram Paulo e Barnabé, e para completar a equipe, Silas e
Barsabás. Os quatro se dirigiram imediatamente a Antioquia.

Durante suas aventuras missionárias com Paulo, eles pregaram e calaram-se por uma
ordem do Espírito Santo. Esta ordem foi clara para eles, não questionaram, revelaram
uma sensibilidade madura, ao obedecerem ao Espírito. Então numa nova manifestação
os dois se dirigiram a Macedônia, um país ao norte da Grécia, com uma famosa
montanha, o Olimpo, e algumas cidades como Filipos, Neápolis e Tessalônica.

Seu primeiro destino, a impressionante Filipos, localizada numa fértil terra agrícola, se
tornara famosa por suas minas de ouro. Enre seus pontos de atraçao, está o local de
uma famosa batalha, foi nesta cidade que Antonio e Otaviano combateram a Brutoe a
Cássio, assassinos de Júlio César (42 a.C.). Silas se impressionou com esta sofisticada
cidade, um colonia romana oficial, governada pela lei romana e sua constituição.

Foi, nesta cidade que aconteceu a primeria experiência aterrorizante de Silas com Paulo,
os dois foram perseguidos pelos senhores de uma moça que fazia advinhações, e cujos
lucros enchiam sacos de dinheiro, foram arrastados pelos pés, e logo após açoitados,
seria um engano de nossa parte considerar este espancamento leve demais, os lictores
eram altamente profisionais, só podemos imaginar como foram espancados sem
consideração pelas suas vidas.

Os dois apóstolos foram lançados no cárcere, não eram meros prisioneiros comuns,
foram atirados no cárcere interior, e a expressão queria causar calafrios em quem a
ouvisse.

E quem, naquele momento próximo à meia-noite, fizesse ouvir ao invés de gemidos de


dor e maldições, um dueto, como de lunáticos, porém de pessoas que sabiam o que
fazer, ou não - quem sabe? Com pouca timidez eles abriram a boca e flexionaram os
pulmões, estavam orando, conversar com Deus em voz alta parecia algo perfeitamente
sadio para se fazer, e então acrescentaram uns poucos compassos de música, ainda
melhor.

Não sabemos a que distância estavam o outros presos, mas poddiam ouvir com clareza,
a palavra "escutavam", endicava prazer. De repente um tremendo teremoto abalou a
prisão, as paredes vieram abaixo, as barras se separavam. O carcerreiro supôs que os
presos tivessem fugido, com a derrota viu no suídidio a saída mais razoável, no que
Paulo gritou: "Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!", assustado
simplesmente perguntou-lhes o que devia fazer para salvar-se. Realmente não
entendemos sua pergunta. Mas estams certos da resposta que lhe foi dada, por Paulo e
Silas, disseram-lhe que cresse em Jesus Cristo.

O carcereiro levou os presos para conhecer sua família, que também creram e foram
batizados naquela noite.

As autoridades não quiseram discutir, não sabiam se estes cristãos tinham algo a ver
com o terremoto, mas não iam correr riscos, e para piorar descobriram que os presos
eram cidadãos romanos. Dirigiram-se diretamente a prisão e delicadamente pediram que
deixassem a cidade.

Paulo e Silas tiveram momentos alegres e de comunhão, visitaram a casa de Lídia e


renovaram a comunhão com os crentes locais.Deus havia realizado algumas coisas
notáveis e dera início a uma igreja acolhedora e permanente em Filipos.
Matias, simples
Após a traição de Judas Iscariotes, Matias foi eleito por muitos para ocupar seu lugar no
colégio apostólico. Teria sido uns dos 72 discípulos enviados por Jesus a diversas
cidades, consoante o relato evangélico e estava preparado para tal responsabilidade.
Tecnicamente ele foi o primeiro "bispo" ou recipiente da sucessão apostólica. Além
disso, ele era um Apóstolo original e testemunho da ressurreição.

Matias estabeleceu o fundamento para o Cristianismo Egípcio e de acordo com filósofos


esotéricos cristãos do segundo século, Alexandria, Basilides e seu filho Isadore,
estabeleceram a forma "gnóstica" de misticismo que é característica do Cristianismo
Egípcio. Matias foi um dos cinco Apóstolos na Armênia sendo mais provável que ele, e
não Mateus, quem tenha sido condenado e martirizado pelo Sanhedrin judaico na
Pérsia.

Ele está ligado também à Etiópia, que pode ter sido uma parte da Macedônia ou
Armênia (Matias teve ligações com Felipe, Tomé e outros evangelistas da Etiópia).
Contudo, as estórias que o conectam ao Norte da África e a visitas aos canibais podem
apontar para a Etiópia Africana, citada por Felipe através das sobreviventes tradições dos
Cristãos Cóptas. Seus ensinamentos foram preservados pelos primeiros gnósticos
Alexandrianos, Basilides e Isadore.

Marcos, cresceu na Fé
João Marcos, teve uma bela introdução a fé cristã, e porque não dizer uma sólida base
no Cristianismo desde pequenino. Maria sua mãe, estivera envolvida com os discípulos
nos primeiros tempos do ministério de Jesus. Nada sabe-se a respeito de seu pai, porém
sua mãe, uma excelente anfitriã, abriu as portas de seu lar aos discípulos em Jerusalém.
Desta forma, Marcos, se chegou a conhecer Jesus, foi somente quando era criança, e
seria um daqueles que não o tinham visto, porém não obstante creram.

Marcos vivenciou o período onde o rei Herodes estava em pé de guerra. Ele havia
resolvido pressionar o crescente grupo cristão. Sem dó nem piedade, mandou matar o
apóstolos Tiago, Pedro também foi presso e seu futuro parecia incerto.. até que numa
operação em que Pedro pensou tratar-se de um sonho, foi liberto de quatro guardas
por um anjo.

Marcos conheceu e viveu a fé cristão na prática, sob severa tensão, vivenciou a busca de
Deus através da oração de uma forma constante; a seguir, atos de instável incerteza,
dúvidas e quase infantilidade; e quase que simultaneamente, presenciou fatos
milagrosos e grandiosos, e nalgum momento resolveu crer. Mais tarde essas
inconsistências podiam ajudá-lo a vencer algumas das devastadoras tempestades
daquele período.

Lucas o Doutor
Seu nome é uma provável abreviação de Lucanus, e os nomes que terminam com a
abreviação as foram usados especialmente para indicar escravos libertos, também indica
um apelido carinhoso, na sociedade Romana os escravos eram considerados como parte
da família, por isso muitas vezes seus nomes eram abreviados.

Lucas era de origem pagã e foi o único não judeu honrado com autoria bíblica. Seus
escritos revelam uma formação eminente e uma capacidade literária notável. Lucas foi
um grande médico, seus estudos provavelmente foram feitos em Társis, uma cidade da
Ásia Menor, foi influenciado diretamente pela classe média e pela elite da sociedade na
época, entre os Gregos, sua profissão tinha uma reputação alta, considerada a mais alta
perto da de filósofo.

Sua conversão ao evangelho do Nosso Senhor ocorreu ao mesmo tempo que a


fundação da Igreja em Antioquia (entre 37 e 44 dC), ele se converteu diretamente do
paganismo sem ter sido um prosélito, sem ter passado pelo judaísmo.

Lucas se encontrou com Paulo, de quem foi companheiro e cooperador, em Antioquia, é


muito possível que os dois tivessem estudado na mesma Escola de Filosofia em Tarso, e
a amizade entre eles exista de longa data. Eles se unem em Trôade, durante a segunda
viagem missionária de Paulo (outono de 52 à 54 dC), num momento onde o apóstolo
está pronto para iniciar sua missão na Europa, quando Paulo deixa Filipe, Lucas fica
nesta nova Igreja, e voltam a encontrar-se quando Paulo segue a caminho de Jerusalém.

Seguem juntos nesta terceira viagem missionária (54 à 59 dC), Paulo é preso em
Cesaréia até o ano 61, durante este período Lucas trabalha escrevendo o evangelho.
Lucas deixa então o apóstolo depois da metade do tempo de sua prisão, porém quando
o apóstolo no ano de 66 novamente é preso na Espanha e levado a Roma, achamos seu
fiel colaborador com ele. Então recebe ali o testemunho de Paulo pouco tempo antes de
sua morte de mártir, que aconteceu no ano 67.

Quanto ao últimos dias de Lucas não se acha material nas Escrituras, algumas
informações nos dizem que ele permaneceu solteiro e que morreu na idade de 84 anos
como mártir; ele foi enforcado numa oliveira na Grécia.

SECULO II

(após 95 DC), os líderes da igreja, começaram a ser chamados de "Pais da Igreja"(Os Pais
Apostólicos).
Os Pais Apostólicos tinham o objetivo de Exortar e edificar a Igreja. são caracterizados
pelo fortalecimento dos crentes na edificação da fé.
Os que que mai se destacaram foram :
Clemente de Roma (no Ocidente), e Inácio, Irineu, Policarpo, justino, Barnabé, Papias e
Hermas (no Oriente)

Policarpo
Nascido em uma família cristã por volta dos anos 70, na Ásia Menor (hoje Turquia),
Policarpo dizia ser discípulo do Apóstolo João. Em sua juventude costumava se sentar
aos pés do Apóstolo do amor. Também teve a oportunidade de conhecer Irineu, o mais
importante erudito cristão do final do segundo século. Inácio de Antioquia, em seu
trajeto para o martírio romano em 116, escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de
Esmirna.

Nos dias do Papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, a fim de representar as igrejas da
Ásia Menor que observavam a Páscoa no dia 14 do mês de Nisan. Apesar de não chegar
a um acordo com o papa sobre este assunto, ambos mantiveram uma amizade. Ainda
estando em Roma, Policarpo conheceu alguns hereges da seita dos Valencianos, e
encontrou-se com Márcio, o qual Policarpo denominava de “primogênito de Satanás”.

A Carta de Policarpo
Apesar de escrever várias cartas, a única preservada até a data, foi a endereçada aos
Filipenses no ano 110. Nesta carta, Policarpo enfatiza a fé em Cristo, e o
desenvolvimento da mesma através do trabalho para Cristo na vida diária. Também faz
alusão à carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses e usa citações diretas e indiretas do
Velho e Novo Testamento, atestando-os como canônicos. Na mesma carta, ele repete
muitas informações recebidas dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, ele é uma
testemunha valiosa da vida e da obra da Igreja primitiva no segundo século.

Policarpo exorta os Filipenses a uma vida virtuosa, às boas obras e à firmeza, mesmo ao
preço de morte, se necessária, uma vez que tinham sido salvos pela fé em Cristo. As 60
citações do Novo Testamento, das quais 34 são dos escritos de Paulo, evidenciam seu
profundo conhecimento da Epístola do Apóstolo aos Filipenses e outras do mesmo
Testamento. Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração
eclesiástica, mas antes em fortalecer a vida diária prática dos cristãos.

O Martírio de Policarpo
O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte, em uma carta enviada
pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Este registro é o mais antigo martirológio
cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as autoridades
civis tentaram persuadí-lo a abandonar sua fé em sua avançada idade, a fim de alcançar
sua liberdade. Ele entretanto, respondeu com autoridade: “Eu tenho servido Cristo por
86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que
me salvou? Eu sou um crente”!

No ano 156, em Esmirna, Policarpo é colocado na fogueira. Milagrosamente as chamas


não o queimaram. Seus inimigos, então, o apunhalaram até a morte e depois
queimaram o seu corpo numa estaca. Depois de tudo terminado, seus discípulos
tomaram o restante de seus ossos e o colocaram em uma sepultura apropriada.
Segundo a história, os judeus estavam tão ávidos pela morte de Policarpo quanto os
pagãos, por causa de sua defesa contra as heresias.

Irineu
Bispo de Lyon e Polemista Anti-Gnóstico - Diferentemente dos Apologistas do segundo
século que procuraram fazer uma explanação e uma justificação racional do Cristianismo
para as autoridades, os Polemistas empenharam-se por responder ao desafio dos falsos
ensinos dos heréticos, condenando veemente esses ensinos e seus mestres. Apesar da
maioria dos Apologistas viverem no Oriente, os grandes Polemistas vieram do Ocidente,
sendo Irineu um dos primeiros.

Enquanto os do Oriente usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos
problemas metafísicos, os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios
administrativos da Igreja, empenhando-se em formular uma resposta para os problemas
desta esfera.

Os apologistas convertidos do paganismo, preocupavam-se com a ameaça à segurança


da Igreja, especialmente com a perseguição. Os polemistas que tinham uma formação
cultural cristã, preocupavam-se com a heresia e suas ameaças no seio da Igreja.

Seu Crescimento e Influência


Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma família cristã, Irineu
era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de Esmirna. Anos depois,
Irineu mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi um
presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177.

Irineu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e
a latina, a qual iniciou com um de seus conteporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era
primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição
do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura
polêmica contra o gnosticismo.

Os Ensinos Heréticos do Gnosticismo


O gnosticismo, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao máximo de sua influência ao
redor do ano 150. Suas raízes estão fincadas nos tempos do Novo Testamento. Paulo
parece ter enfrentado uma forma incipiente de gnosticismo em sua carta aos
Colossenses. A tradição cristã associou a origem do gnosticismo com Simão, o mago, a
quem Pedro teve que repreender duramente (At 8.9-24).

Irineu tornou-se o mais expoente escritor e defensor das Escrituras contra as Heresias
Gnósticas na sua era. A palavra gnosticismo é um termo moderno que cobre uma
variedade de seitas do segundo século que propagavam alguns erros em comum. O
Gnosticismo era radicalmente diferente e contrário ao Cristianismo Ortodóxo. Cada
grupo tinha seus próprios escritos. Alguns desses ensinamentos falsos eram:

Crença em um Deus supremo o qual era totalmente remoto deste mundo.


Crença que o Deus supremo não tinha parte na criação, mas que este trabalho
imperfeito foi realizado por uma deidade inferior à ele, identificando como o Deus do
Velho Testamento.
Crença que a matéria era má, por isso o Deus supremo sendo espiritual e bom, não
poderia criá-la.
Crença que entre o reino das trevas e o Deus supremo, existe uma hierarquia de seres
divinos.Crença que o nosso corpo, sendo físico, é parte deste mundo, ele é mal; nossa
alma é uma faísca divina que está presa ao corpo, ela é divina.
Crença que a salvação é o escape da alma deste corpo para o reino celestial.
Crença que para alcançar o Deus supremo é necessário que a alma ultrapasse o reino
acima de nós, o qual é controlado pelas estrelas e pelos planetas.
Crença que a salvação vinha pelo conhecimento; gnosis (conhecimento).

A Grande Defesa do Teólogo Irineu


Em sua primeira obra, Adversus Haereses (Contra Heresias) escrita entre os anos 182 e
188, em Lyon, ele descreve a teologia da fé cristã em refutação aos ensinos heréticos
gnósticos de Valentino e Marcion através das Escrituras. De muitos argumentos feitos
por Irineu, três importantes podem ser ressaltadas:

A diferença do sistema gnóstico. Ele descreve a natureza burlesca de muitas de suas


crenças.

Os ensinamentos que os gnósticos diziam ter recebido secretamente dos apóstolos,


Irineu os desafiava argumentando que se os apóstolos tivessem um ensinamento
especial a declarar, eles o teriam confiado às suas próprias igrejas, as quais fundaram.
Ele mostrava como as igrejas estabelecidas pelos apóstolos, e seus dirigentes, os quais
eram apontados pelos mesmos e seus sucessores, cresciam em todo o império, e
permaneciam até a data, ensinando a mesma doutrina.

Defesa do Novo Testamento como canônico, em vista que o gnosticismo não cria nele,
e possuía outras escrituras. No tempo de Irineu, o Novo Testamento era aceito cerca de
como temos agora: os Evangelhos, Atos, Cartas de Paulo e outras epístolas. A carta aos
Hebreus, Apocalipse e algumas epístolas compuseram o Novo Testamento alguns anos
na frente.

A sua obra é composta de cinco volumes é são assim caracterizadas:

Livro I: Esboço histórico da seita gnóstica, apresentada em conjunto com uma


declaração da fé cristã. Este volume é a melhor fonte de informação sobre os ensinos
dos gnósticos. Era uma polêmica filosófica contra Valentino, o líder da corrente romana
do gnosticismo.

Livro II: Crítica filosófica sobre o Gnosticismo. Nele, Irineu insiste na unidade de Deus em
oposição a idéia herética da existência de um demiurgo distinto de Deus.

Livro III: Crítica bíblica sobre o Gnosticismo. Ele mostra como o Gnosticismo é rejeitado
pela Bíblia e pela tradição mais significativa. Neste livro, Irineu dá ênfase à unidade da
Igreja através da sucessão apostólica de líderes desde Cristo e de uma regra de fé.

Livro IV: Respostas ao Gnosticismo através das palavras de Cristo. Neste, Marcion, outro
líder gnóstico, é condenado pela citação das palavras de Cristo que se opõem às suas
propostas.

Livro V: Vindicação da ressurreição contra os argumentos gnósticos, os quais, segundo


as idéias deles, reunia o corpo material mau com o espírito.

A Contribuição de Irineu à Igreja


Foi necessário a habilidade intelectual, a força espiritual deste polemista e o
desenvolvimento de uma regra de fé e um cânon da Bíblia pela Igreja para superar a
ameaça desse movimento ao Cristianismo. Irineu através da sua defesa do Evangelho, foi
o primeiro a declarar os quatro Evangelhos como canônicos, ensinar acerca do reino
milenial de Cristo na terra, defender o episcopado (pastorado) e as tradições teológicas
da verdadeira Igreja Ortodóxa. Ele também é chamado de “Pai dos Dógmas da Igreja”,
por formular os princípios da teologia cristã e exposição do credo da Igreja.

Não só Irineu, mas Polemistas como Tertuliano e Hipólito engajaram-se na controvérsia


literária para refutar idéias gnósticas. Estes ensinos heréticos reapareceram, parcialmente,
em doutrinas dos Paulicianos do século VII, dos Bogomilos dos séculos XI e XII, e dos
Albingenses posteriores, no sul da França.
Irineu em comparação com outros pais da igreja grega que lhe prescederam, era mais
bíblico que filosófico. Ele foi o primeiro a escrever em sentido teológico para a Igreja.
Segundo a história, ele foi martirizado em Lyon por volta do ano 200.

Justino
Flávio Justino Mártir nasceu em Siquém na Palestina em princípios do segundo século, e
morreu mártir no ano 170. Depois de Ter peregrinado pelas mais diversas escolas
filosóficas - peripatética, estóica, pitagórica - em busca da verdade para a solução do
problema da vida, abandonando o platonismo, último estádio da sua peregrinação
filosófica, entrou no cristianismo, onde encontrou a paz. Ufana-se ele de ser filósofo e
cristão; leigo embora, Justino dedicou sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo.
Imitando os filósofos, abriu em Roma uma escola para o ensino da doutrina cristã. Suas
obras são duas Apologias - contra os pagãos - e um Diálogo com o judeu Trifão -
contra os hebreus. Escreveu suas obras nos meados do segundo século.

Justino procura a unidade, a conciliação entre paganismo e cristianismo, entre filosofia e


revelação. E julga achá-la, primeiro, na crença de que os filósofos clássicos -
especialmente Platão - dependem de Moisés e dos profetas, depois da doutrina famosa
dos germes do Verbo, encarnado pessoalmente em Cristo, mas difundidos mais ou
menos em todos os filósofos antigos.....

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