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Comutador Automático de Tensão 120/240V

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O circuito é sugerido pela ST Micro e faz uso de um circuito integrado AVS10. O princípio de
funcionamento desse circuito é baseado numa configuração de dobrador/ponte que analisamos
a seguir.

O circuito apresentado permite a conexão direta de equipamentos em redes de 120 V


(110/117/127 V) ou 240 V (220/240 V), sendo a comutação feita de modo automático.

O circuito é sugerido pela ST Micro e faz uso de um circuito integrado AVS10. O princípio de
funcionamento desse circuito é baseado numa configuração de dobrador/ponte que analisamos
a seguir.
 
A Ponte e o Dobrador de Tensão

As tensões nas redes de energia dos diversos locais do mundo (e também do nosso país) se
baseiam em tensões de 120 V ou 240 V com freqüências de 50 Hz ou 60 Hz.

Em uma rede de 120 V (aqui no Brasil, 117 ou 127 V), os aparelhos funcionam bem com tensões
de 90 V a 132 V, enquanto que nas redes de 240 V os equipamentos podem funcionar bem com
tensões de 187 a 264 V. O projeto desses equipamentos prevê isso.

Assim sendo, nas configurações normais de aparelhos que devam funcionar nas duas redes o
que se faz é empregar um dobrador de tensão e projetar o circuito para funcionar com a tensão
do dobrador quando a entrada é 120 V, e com a tensão da rede quando for 240 V.

A figura 1 mostra uma configuração desse tipo em que usamos 4 diodos numa ponte
retificadora e um regulador que determina a tensão de saída. Esse circuito tem a comutação
manual feita pela chave S1.

Evidentemente, esse circuito tem a desvantagem de que uma distração no acionamento da chave
que, estando em posição de 120 V, pode levar o equipamento à queima se ele for ligado em 240
V.

Uma idéia para um circuito de Comutador Automático de Tensão ou Automatic Voltage


Switch (AVS) é a que faz uso de um comparador e de um TRIAC, conforme ilustra a figura 2.

Nesse circuito, um comparador é utilizado para detectar a tensão de pico da rede e se ela for
maior ou menor do que a tensão de referência, o circuito de controle de um TRIAC será
disparado.

Esse TRIAC serve então de comutador do modo de operação do circuito fazendo as vezes da
chave S1 que mostramos na configuração da figura 1.

O circuito de interface entre o comparador e o TRIAC normalmente é formado por um transistor


de potência.

Uma solução interessante para esse circuito é justamente a proposta pela ST, a qual faz uso de
um circuito integrado especialmente projetado para esse tipo de aplicação - o AVS10.

Conforme exibe o diagrama de blocos da figura 3, esse circuito integrado não só contém o
comparador e circuito de interface, além da referência de tensão como o próprio TRIAC que faz
a comutação automática da tensão na ponte dobradora.

Além disso, o circuito também é projetado para ter uma boa imunidade a transientes que
possam estar presentes na rede de energia. Esses transientes poderiam ser interpretados com
mudanças da tensão da rede, levando o circuito a uma comutação indevida.

Outro tipo de imunidade oferecida pelo componente é a que evita que sags e surtos afetem seu
funcionamento.

Para a rede de energia assume-se uma tolerância da tensão nominal de +/- 10%. Isso significa
que na rede de 120 V a tensão máxima admitida é 132 V e na rede de 240 V a tensão mínima
admitida é de 187 V. Isso quer dizer que entre 132 V e 187 V existe um “gap” que deve ser
considerado no projeto de um comutador automático de tensão.

Para efeito de um projeto prático é melhor deixar uma margem um pouco maior, por exemplo
140 V a 170 V. Justamente pensando nesse tipo de comportamento, a ST sugere uma solução
criativa que passamos a mostrar.

Comutador Automático de Tensão 120/240V


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A idéia é utilizar um circuito integrado AVS10 que além dos elementos do circuito tem o TRIAC
embutido. Esse componente (fornecido em invólucro de 8 pinos) pode ser usado em fontes até
300 W. Um outro componente da mesma família, o AVS12, pode ser usado em fontes até 500 W.

Na figura 4 temos então o circuito sugerido pela ST.

Uma das grandes vantagens desse circuito está no seu baixo consumo, pois enquanto soluções
tradicionais consomem de 5 a 12 W, esse circuito precisa de apenas 2 W.

O controle do TRIAC é obtido a partir de uma técnica inédita que produz pulsos de 23 ms (45
kHz) com ciclo ativo de 10%. R2 e C3 determinam essa freqüência.
Outro destaque desse circuito é a segurança, porque existe a supressão digital de picos, histerese
e validação da faixa.

Mais informações sobre valores dos componentes para o projeto podem ser obtidas no site da
ST Microelectronics.

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