Você está na página 1de 110

Capítulo 6 – Trocadores de Calor

(Síntese das notas de aula do prof


Mach + notas de aula da prof Tânia)
• Equipamentos térmicos
Unidades onde ocorre a transferência de calor entre
correntes fluidas originalmente com temperaturas
diferentes.

Exemplos de aplicações

– Aquecimento/resfriamento de correntes de processos (com ou


sem mudança de fase)
– Vasos (reatores) onde ocorrem reações exotérmicas/endotérmicas
– Caldeiras para geração de vapor
– Reatores com leito fluidizado
– Torres de resfriamento
6.1 - Nomenclatura Geral

Trocador de Calor – transferência de calor entre fluidos


de processo

Aquecedor – a corrente de processo recebe calor


sensível de um fluido de serviço (água quente ou
condensação de vapor)

Resfriador – a corrente de processo perde calor


sensível para um fluido de serviço (água de
resfriamento ou ar ambiente)
Caldeira – gerador de vapor d’água

Vaporizador – equipamento onde ocorre a vaporização


parcial ou total da corrente de processo

Evaporadores – equipamentos para a concentração de


soluções (vaporização do solvente). Se há formação
de cristais é denominado cristalizador.
6.2 – Classificação de Trocadores de Calor

Quanto ao processo de
transferência

Quanto ao grau de
compactação da superfície
Classificação de de troca térmica
Trocadores de
Calor
Quanto as características de
construção

Quanto a configuração do
escoamento
6.2 – Classificação de Trocadores de Calor

Quanto ao processo de
transferência

Quanto ao grau de
compactação da superfície
Classificação de de troca térmica
Trocadores de
Calor
Quanto as características de
construção

Quanto a configuração do
escoamento
6.2.1 - Quanto ao processo de transferência

Quanto ao processo de
transferência

Contato Direto Contato Indireto

Transferência Direta Armazenamento


6.2.1 - Quanto ao processo de transferência

Quanto ao processo de
transferência
Não há contato entre os fluidos

Contato Direto Contato Indireto

Transferência Direta Armazenamento


6.2.1 - Quanto ao processo de transferência

Quanto ao processo de
transferência

Contato Direto Contato Indireto

Transferência Direta
Armazenamento
(Recuperadores)
• Recuperadores
As correntes quente e fria escoam simultaneamente no
equipamento, ocorrendo a transferência de energia
através de um superfície de troca térmica.

Fluido A

Superfície Sólida

Fluido B
6.2.1 - Quanto ao processo de transferência

Quanto ao processo de
transferência

Contato Direto Contato Indireto

Armazenamento
Transferência Direta
(Regeneradores)
• Regeneradores
Os fluidos escoam de maneira alternada por uma
mesma trajetória no interior de um equipamento,
trocando calor intermitente com uma matriz sólida
de armazenamento.
6.2.1 - Quanto ao processo de transferência

Quanto ao processo de
transferência

Contato Direto Contato Indireto

Transferência Direta Armazenamento


Não há separação entre os fluidos. Há transferência de
calor e massa simultaneamente.
6.2 – Classificação de Trocadores de Calor

Quanto ao processo de
transferência

Quanto ao grau de
compactação da superfície
Classificação de de troca térmica
Trocadores de
Calor
Quanto as características de
construção

Quanto a configuração do
escoamento
6.2.2 – Quanto ao grau de compactação da
superfície de troca térmica

Trocadores Compactos
Trocadores de calor com densidade de área
superficial superior a 700 m²/m³.
6.2 – Classificação de Trocadores de Calor

Quanto ao processo de
transferência

Quanto ao grau de
compactação da superfície
Classificação de de troca térmica
Trocadores de
Calor
Quanto as características de
construção

Quanto a configuração do
escoamento
6.2.3 - Quanto as características de construção

Quanto as características
de construção

Placas Tubulares

Bitubulares Casco e Tubos


6.2.3 - Quanto as características de construção

Quanto as características
de construção

Placas Tubular

Bitubular Casco e Tubos


• Placas
Trocadores de placas são construídos com placas
finas com superfícies lisas ou corrugadas (para
aumentar a turbulência) , formando estreitos canais
para o escoamento dos fluidos. São equipamentos
mais compactos quando comparados com os casco e
tubos, mas não suportam condições operacionais
severas.
Além da montagem com placas, pode haver a
configuração em espiral.
• Placas
6.2.3 - Quanto as características de construção

Quanto as características
de construção

Placas Tubulares

Bitubulares Casco e Tubos


• Tubular
Podem ser subdivididos em bitubulares e casco e
tubos.
Devido a grande quantidade de equipamentos, a
Associação de Fabricantes de Trocadores Tubulares
(TEMA – Tubular Exchanger Manufacturers
Association) elabora uma manual de boas práticas
com normas e critérios para construção desses
equipamentos.
6.2.3 - Quanto as características de construção

Quanto as características
de construção

Placas Tubulares

Bitubulares Casco e Tubos


• Bitubular
– Utilizados para serviços que demandam
equipamentos com pequena área de transferência de
calor. (Área → 20 a 50 m²)
– para serviços envolvendo fluidos com pressão
elevadas (menos problemas com gaxetas)
• Bitubular
– Se o escoamento tem baixo coeficiente de
transferência de calor há a adição de aletas
longitudinais (no lado da região anular). Aumentando
a área de troca térmica e diminuindo a resistência
térmica convectiva (aumento da área).
• Bitubular
– São disponibilizados em módulos (hairpins)
– Os módulos podem ser montados em série, paralelo
ou em série/paralelo

Escoamento em paralelo
6.2.3 - Quanto as características de construção

Quanto as características
de construção

Placas Tubulares

Bitubulares Casco e Tubos


• Casco e tubos
Trocadores casco e tubos são formados por um feixe
de tubos, por onde escoa uma das correntes
(escoamento interno), inserido em um casco, de
maneira que o outra corrente escoa entre o casco e a
parte externa dos tubos (escoamento externo).
É o equipamento de transferência de calor mais
utilizado em processos químicos.
• Casco e tubos

Tampa  Cabeçote
• Casco e tubos
Identificação TEMA
Tamanho: diâmetro do casco – comprimento

Ex. 489mm – 3658mm


19 ¼ in - 144 in

Tipo (estrutura): código de três letras


cabeçote dianteiro – casco – cabeçote traseiro

Ex. AES
Tipos de Cabeçote Dianteiro

Permite limpeza dos tubos Para ter acesso ao espelho,


sem remover as tubulações tem-se que remover as
conectadas ao trocador; tubulações conectadas. Podem ser usados com feixe
(mais caro que o tipo B) Usado para fluidos limpos removível, mas não é muito
no lado dos tubos usado devido à dificuldades
de manutenção

Apenas para
trocadores de Usado para
espelho fixo e pressões na
não permite ordem de 70
acesso ao kg/cm2
espelho
Tipos de Casco

Mais comum, bocais podem Permite escoamento contra- Para fluidos com mudança de
estar do mesmo lado ou não corrente – casco com 2 fase
passes; perda de pressão
max no casco menor que
0,7 kg/cm2; ∆Tcasco<195oC;
outras limitações

Para fluidos com mudança de


fase
Atua como evaporador
vaporização total no casco
Para fluidos com mudança de
fase e que precisa de baixa
perda de carga no casco
Tipos de Cabeçote Traseiro

Similar ao tipo B, usado para Igual ao tipo N e usado para


Similar ao tipo A, usado para trocadores com espelho fixo trocadores com espelho fixo
trocadores com espelho fixo

Cabeçote flutuante com anel Cabeçote flutuante preso


Cabeçote flutuante. Caixa de bipartido  mais utilizado diretamente no espelho,
gaxetas externa  pode haver menor eficiência térmica
vazamento do fluido do casco devido a necessidade de feixe
e tem limite de pressão e muito grande
temperatura
Cabeçote flutuante  pode
haver vazamento para os 2
fluidos
Feixe de tubos

Divisor de Passes

Suporte
Anti-Vibração
Tipo de feixe de tubos

Espelho fixo - Trocadores do tipo espelho fixo permitem limpeza mecânica no


interior dos tubos, porém só é possível efetuar a limpeza no exterior do tubos
quimicamente, uma vez que o feixe de tubos não pode ser retirado do interior
do casco.
Desconsiderando a presença de juntas de dilatação, esta alternativa envolve
um menor custo, em função da sua simplicidade de construção.
Adicionalmente, para um dado diâmetro do casco, esta alternativa permite
acomodar uma maior quantidade de tubos. Uma vez que o casco e os espelhos
formam um invólucro, o risco de contaminação entre fluidos é reduzido.
Tipo de feixe de tubos

Tubo em U - Trocadores do tipo tubo em U possibilitam que o feixe de tubos seja


retirado de dentro do casco, permitindo assim o acesso ao exterior dos tubos
para limpeza mecânica. Entretanto, a curvatura dos tubos (bend) dificulta a
limpeza mecânica no interior dos mesmos.
Neste tipo de trocador, os tubos são fixados a apenas um espelho, o que
permite que estes possam se dilatar sem impor tensões mecânicas em relação
ao casco.
Alternativa de tubos em U acomoda um número de tubos um pouco menor
que a alternativa de espelho fixo, devido à existência de um raio de curvatura
mínimo.
Tipo de feixe de tubos

Cabeçote Flutuante - Uma vez que um dos espelhos possui liberdade de


movimento, nesta configuração não há problemas de tensões associadas a
diferenças na dilatação entre os tubo e o casco. Além deste fato, esta estrutura
permite que seja efetuada limpeza mecânica em ambos os lados dos tubos.
No entanto, devido à sua maior complexidade mecânica, é a alternativa mais
cara.
Arranjos do feixe de tubos

Existem quatro padrões


Arranjos do feixe de tubos

Comparando arranjos

triangular quadrado
Maior h
Maior ΔP
Acomoda + tubos
Limpeza mais fácil
Arranjos do feixe de tubos

Comparando arranjos

triangular quadrado
Maior h x
Maior ΔP x
Acomoda + tubos x
Limpeza mais fácil x
Passo dos tubos (Tube Pitch)

O passo dos tubos consiste na distância entre os centros de tubos adjacentes.

O mínimo recomendado é 1,25 vezes o


diâmetro externo do tubo.
Em arranjos quadrados para se garantir a
limpeza mecânica no exterior dos tubos é
necessário um espaço mínimo de ¼ in entre os tubos.
Em processos com perda de carga limitada no lado do casco, um valor maior
do passo, aumenta a área de escoamento, permitindo uma redução da queda
de pressão.
Número de passes nos tubos

Para permitir maiores valores de velocidade de escoamento nos tubos, é


comum a existência de múltiplos passes. Há trocadores com até 16 passes,
mas um máximo de até 8 passes é mais usual. Um número ímpar de passes
(exceto 1) é muito raro.
Dimensão dos tubos

– Diâmetro: o diâmetro nominal corresponde ao diâmetro externo dos


tubos. Os valores padrões são: ¾ in,1 in, 1 ¼ in, 1 ½ in, 2 in

– Espessura: a espessura é freqüentemente expressa pela escala BWG


(Birmingham Wire Gauge)
BWG Espessura (in)
16 0,065
14 0,083
12 0,109

Aço carbono: 12 ou 14 BWG


Aço inox: 16 ou 18 BWG
– Comprimento: padronizados: 8 ft, 10 ft, 12 ft, 16 ft, 20 ft.
Chicanas

• Promovem uma trajetória de escoamento do fluido no lado


do casco transversal ao feixe de tubos
• Dão suporte aos tubos para evitar a ocorrência de
problemas relativo a vibração.
Tipos de chicanas

47
Chicanas

A janela da chicana (baffle window) corresponde à região por


onde o fluido que escoa no casco contorna a chicana.
Chicanas

– Corte de chicana: o corte da chicana é a distância ao longo do diâmetro


relativa à janela da chicana. O corte da chicana é usualmente representado
como um fração do diâmetro do casco, variando entre 15%e 45%.

– Espaçamento entre chicanas: o espaçamento entre as chicanas é um


parâmetro importante no estabelecimento do desempenho de um
trocador de calor. A diminuição do espaçamento das chicanas implica em
um aumento da velocidade do fluido que escoa no lado do casco,
resultando em um aumento do coeficiente de película e um aumento da
perda de carga. O aumento do espaçamento da chicana leva a um efeito
oposto.
Limpeza e Manutenção

50
Prioridades para alocação do fluido nos tubos:

• Água de resfriamento;
• Fluido corrosivo ou fluido com alta tendência de incrustação;
• Fluido menos viscoso;
• Fluido de temperatura e pressão mais elevadas;
• Fluido de menor vazão;
• Vapores de água condensando;
6.2 – Classificação de Trocadores de Calor

Quanto ao processo de
transferência

Quanto ao grau de
compactação da superfície
Classificação de de troca térmica
Trocadores de
Calor
Quanto as características de
construção

Quanto a configuração do
escoamento
6.2.4 – Quanto a configuração de escoamento

– Paralelo: os fluidos entram na mesma extremidade e


percorrem a superfície de transferência de calor em
sentido idêntico.
6.2.4 – Quanto a configuração de escoamento

– Contracorrente: os fluidos entram em extremidades


opostas e percorrem a superfície de transferência de
calor em direções contrárias.
6.2.4 – Quanto a configuração de escoamento

– Cruzado: as trajetórias das correntes no interior da


unidade são perpendiculares.
6.3 – Equacionamento

Balanço térmico

(1)

Considerações Clássicas:
• Regime permanente
• Não há perdas para o ambiente
• Não há geração de calor
• Variações de energia cinética e potencial gravitacional
desprezíveis
Sem mudança de fase (calores específicos constantes)

(2)

(3)

Obs:

(4)

(5)
Existem dois métodos de cálculo – relação da área com
o calor trocado
• Método da média logarítmica da diferença de temperatura
(LMTD)

• Método da efetividade (ε –NUT)

Considerações Clássicas:
• Regime permanente
• Capacidades caloríficas constantes
• Coeficientes de transferência de calor constantes ao longo da área de troca térmica
• Condução térmica na direção axial desprezível
• Não há perdas para o ambiente
• Não há geração de calor
• Variações de energia cinética e potencial gravitacional desprezíveis
6.3.1 - Método da média logarítmica da diferença de
temperatura (LMTD)

Seja o volume de controle, em um trocador em contracorrente:

Quente, Th

Frio, Tf

1 2

dA
6.3.1 - Método da média logarítmica da diferença de
temperatura (LMTD)

Seja o volume de controle, em um trocador em contracorrente:

Tq2

Tq1
Tf2

Tf1

1 2
Aplicando balanço de energia

(6)

(7)

Integrando (6) e (7), entre a entrada e a saída:

(8)

(9)
Rearrumando (6) e (7)

(10)

(11)

Subtraindo (11) de (10)

(12)

Isolando dQ em (12)

(13)
Lembrando a equação da taxa

(14)

Igualando (14) a (13)

(15)

Rearrumando (15)

(16)
Integrando (16) entre a entrada e a saída (entre espelhos)

(17)

Há agora necessidade de rearrumar essa equação com


objetivo de se obter uma equação da forma proposta pelo
Método LMTD:
Dividindo (8) por e (9) por

(18)

(19)

Subtraindo (19) de (18)

(20)

Rearrumando (20)

(21)
Substituindo (21) em (17)

(22)

Rearrumando (22)

(23)

Rearrumando (23)

(24)
Substituindo (21) em (17)

(22)

Rearrumando (22)

(23)

Rearrumando (23)

(24)
Equação da Taxa

(25)

ou

(26)

onde

(27)
– O equacionamento desenvolvido também é válido para a
configuração em paralelo

– Se , a expressão da LTMD apresenta indeterminação.


Neste caso, pode-se demonstrar que:

(28)

– Se houver mudança de fase a T constante, as equações


continuam iguais. Lembrar que no balanço de energia:

(29)
– Na ausência dos valores das temperaturas de saída dos
fluidos, o método LMTD leva a necessidade de um método
iterativo para determinação dessas temperaturas

– A configuração contracorrente apresenta superior ao valor


correspondente ao do trocador em paralelo

logo
Outras configurações de escoamento

Para outras configurações é necessário introduzir um fator de


correção (F) apropriado no cálculo de

(30)

Logo, de (25)

(31)
– O fator de correção é função da configuração do trocador de
calor e das quatro temperaturas terminais.

– Os valores do fator de correção podem ser determinados


através de equações ou gráficos.

– Se há mudança de fase com temperatura constante F=1


Exemplo: 1 passe no casco, n passes nos tubos, n par

(32)

(33)

(34)

(35)
6.3.2 - Método da efetividade (ε-NUT)
Representação da relação área x carga térmica de forma
adimensional

Definições:
Taxa de capacidade calorífica - produto da vazão mássica da corrente pela
capacidade calorífica correspondente:
(36)

Fluido mínimo – corresponde à corrente com menor taxa de capacidade


calorífica .

Fluido máximo – corresponde à corrente com maior taxa de capacidade


calorífica .
Grupos adimensionais importantes

• Efetividade (ε) : razão entre a carga térmica do trocador e a máxima


carga térmica termodinamicamente possível.

(37)

(38)

(39)

(40)
Grupos adimensionais importantes

• Efetividade (ε) : razão entre a carga térmica do trocador e a máxima


carga térmica termodinamicamente possível.

(41)

Substituindo (38), (40) e (41) em (37)

(42)
Grupos adimensionais importantes

• Número de unidades de transferência (NUT) : razão entre o produto do


coeficiente global de transferência de calor e a área de troca térmica
sobre a taxa de capacidade calorífica do fluido mínimo.

(43)
Grupos adimensionais importantes

• Razão entre as taxas de capacidade calorífica (Cr): razão entre a taxa de


capacidade calorífica do fluido mínimo e a taxa de capacidade
calorífica do fluido máximo.

(43)
De acordo com o método do ε-NUT , para uma dada configuração
de trocador de calor existe uma relação entre os grupos
adimensionais propostos da seguinte forma:

(45)

Esta relação é obtida de forma análoga a utilizada no Método LMTD,


a partir da equação obtida da integração das relações de troca
térmica ao longo da área de troca térmica (Equação 17):
Voltando à equação (17):

(17)
Considerando o fluido quente como fluido mínimo temos

(46)

(47)

Substituindo (41) e (46) em (42)

(48)
Substituindo (41), (45) e (47) em (42)

(49)

Logo

(50)
Voltando à equação (17), substituindo as variáveis
para escoamento contracorrente e fluido quente
como fluido mínimo

(51)
Manipulando o termo da direita da equação (51)

(52)

Substituindo (43) em (52)

(53)

A equação (51) fica

(54)
Manipulando o termo da esquerda da equação (54)

(55)

Note

Rearrumando

(56)
Dividindo (56) em cima e embaixo por

(57)

Substituindo os termos, utilizando as equações (48) e (50)

(58)
Logo (54)

(55)

Rearrumando

(56)

(57)
Isolando

(58)
A relação está disponibilizada na literatura para diversas
configurações de trocadores de calor na forma de gráficos ou
equações
6.4 – Deposição

Ao longo da operação de um trocador de calor ocorre


o acúmulo de material indesejado sobre a superfície
de troca térmica, prejudicando a transferência de
calor.
Este fenômeno, denominado deposição, deve ser
considerado no cálculo do coeficiente global de
transferência de calor.
Tipos:

– Precipitação ou cristalização
– Particulada
– Reação química
– Corrosão
– Biológica
Conseqüências do fenômeno da deposição

Dificuldades operacionais – redução dos desempenhos


térmico e hidráulico; necessidade de paradas para
limpeza (interrupção da campanha).

Penalidades econômicas – aumento do investimento


inicial; custos com a limpeza; possível perda de produção.

Impactos ambientais – queima de combustíveis para


compensar a perda de troca térmica.
Cálculo do coeficiente global de transferência de calor

Na ausência de depósitos (condição “limpa”), o coeficiente


global de transferência de calor é calculado a partir das
resistências convectivas associadas ao escoamento de ambos
os fluidos e da resistência condutiva da parede

(59)
Considerando a presença de depósitos (condição “suja”) deve
incluir duas novas resistências, descritas a partir dos valores
das resistências de depósitos (fouling factors)

(60)
Comparando os coeficientes limpo e sujo

(61)

(62)

(63)

(64)

Onde

(65)
(Br, 2010) Em trocadores de calor a efetividade é definida como a razão entre a
transferência de calor real e a taxa de transferência de calor máxima possível. A partir
desse conceito, analise as afirmativas a seguir:

I. Dizer que o fluido de maior capacidade calorífica experimenta também a máxima


variação possível de temperatura é incorrer a uma inconsistência termodinâmica
na definição de efetividade.
II. Para o cálculo da efetividade, sabe-se que , em que q e f significam fluidos
quente e frio, respectivamente, e entra e sai significam as temperaturas de
entrada e saída.
III. Só é possível definir efetividade de um trocador de calor que opere em
contracorrente.
IV. A área de um trocador de calor pode ser obtida a partir do número de unidades
de transferência do trocador, do coeficiente global de transferência de calor e da
mínima capacidade calorífica do fluido e, por sua vez, o número de unidades de
transferência pode ser obtido a partir da efetividade do trocador de calor.

Está correto APENAS o que se afirma em


a) I e IV
b) II e IV
c) I, II e III
d) I, II e IV
e) II, III e IV
(Eletronuclear,2010) Sobre trocadores de calor, analise as afirmativas abaixo:

I. A formação de depósitos no interior dos tubos de um trocador de calor diminui


seu rendimento térmico, sendo essa formação retardada se o fluido escoar em
baixas velocidades.
II. O refervedor (reboiler) é um tipo trocador de calor cujo objetivo é vaporizar um
líquido e, usualmente, opera em conjunto com torres de processamento que
vaporizam seus produtos de fundo.
III. Em trocador de calor do tipo casco e tubo, recomenda-se fazer com que a
corrente de maior pressão escoe pelo lado do tubo, pois o casco possui menor
resistência em função do seu maior diâmetro.

Está correto o que se afirma em:


a) II, apenas
b) III, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III
(Petrobras, 2008) Em permutadores de calor casco e tubo, de maneira geral, passam
pelos tubos:

I. Líquidos limpos
II. Líquidos corrosivos
III. Líquidos em alta pressão.

Assinale a opção correta

a) Apenas um item está certo


b) Apenas os itens I e II estão certos
c) Apenas os itens I e III estão certos
d) Apenas os itens II e III estão certos
e) Todos os itens estão certos
(Petrobras, 2008) Em relação aos trocadores de calor, julgue os itens a seguir:

I. O coeficiente global de transferência de calor é determinado levando-se em


conta as resistências condutiva e convectiva em superfícies limpas e sem aletas.
II. A formação de depósitos facilita a transferência de calor entre os fluidos.
III. O fator de deposição depende apenas do tempo de serviço dos trocadores de
calor.

Assinale a opção correta

a) Apenas um item está certo


b) Apenas os itens I e II estão certos
c) Apenas os itens I e III estão certos
d) Apenas os itens II e III estão certos
e) Todos os itens estão certos
(Petrobras, 2006) Observe o seguinte permutador de calor casco/tubo operando com
fluidos líquidos A e B:

Onde
, vazões dos fluidos A e B
, viscosidades dos fluidos A e B na temperatura de entrada
, temperatura de entrada dos fluidos A e B
, temperatura de saída dos fluidos A e B
Considere que não houve mudança de fase em nenhum dos fluidos e que as vazões
são constantes ao longo da operação são feitas as seguintes hipóteses:

A esse respeito, assinale como verdadeiro (V) ou falso (F).


( ) o fluido A, por ter maior viscosidade, deveria ser admitido no tubo.
( ) A corrente fria é o fluido B.
( ) A viscosidade do fluido A tende a diminuir.
a) V, V, V
b) V, F, V
c) F, V, F
d) F, F, V
e) F, F, F
(Petrobras, 2008) Julgue os itens subseqüentes:

I. Quando o fluido quente tem uma taxa de capacidade calorífica muito maior que
a do fluido frio, a temperatura do fluido quente diminui enquanto a do frio
permanece aproximadamente constante.
II. Quando os fluidos frio e quente têm a mesma taxa de capacidade calorífica, a
diferença de temperatura ao longo do trocador de calor sofre uma grande
variação.
III. Quando o fluido frio tem uma taxa de capacidade calorífica muito maior que a do
fluido quente, a temperatura do fluido quente diminui enquanto a do fluido
quente permanece constante.

a) Apenas um item está certo


b) Apenas os itens I e II estão certos
c) Apenas os itens I e III estão certos
d) Apenas os itens II e III estão certos
e) Todos os itens estão certos
(Petrobras, 2008) Em refinarias de petróleo, o óleo cru passa por um processo de
pré-aquecimento em trocadores de calor do tipo casco e tubo, devido a possibilidade
de se obter área de troca térmica elevada. Com relação ao funcionamento desse tipo
de trocador de calor, de passe simples e regime de escoamento dos fluidos paralelo
em todos os tubos, é correto afirmar que:

a) O escoamento paralelo e a alta velocidade contribuem para coeficientes de


transmissão de calor baixos e pequena queda de pressão.
b) O escoamento paralelo e a alta velocidade contribuem para coeficientes de
transmissão de calor baixos e elevada queda de pressão.
c) O escoamento paralelo e a baixa velocidade contribuem para coeficientes de
transmissão de calor altos e pequena queda de pressão.
d) O escoamento paralelo e a baixa velocidade contribuem para coeficientes de
transmissão de calor baixos e pequena queda de pressão.
e) O escoamento paralelo e a baixa velocidade contribuem para coeficientes de
transmissão de calor altos e elevada queda de pressão.
(Petrobras, 2008) Um trocador de calor de tubos concêntricos foi projetado para
promover o resfriamento de uma corrente de óleo usando água como fluido
refrigerante. De acordo com as condições de projeto, a temperatura de saída da
corrente de óleo era menor que a temperatura de saída de água. Assim, esse
trocador de calor:

a) Opera em escoamento contracorrente.


b) Opera em escoamento paralelo.
c) Está mal dimensionado, pois neste caso há sub-aproveitamento de energia.
d) Não funcionará adequadamente, pois suas condições de projeto não estão de
acordo com a lei zero da termodinâmica.
e) Não funcionará adequadamente, pois suas condições de projeto não estão de
acordo com a primeira lei da termodinâmica.

Você também pode gostar