Fígado e pâncreas
Matipó
2021
FÍGADO
O sistema digestório é constituído por uma parte tubular, o chamado trato digestório
em que estão anexos as glândulas salivares, fígado e pâncreas, que estão
relacionadas diretamente com o duodeno, onde desembocam. O fígado é a maior
das glândulas do corpo, com secreção endócrina e exócrina que é a bile, a qual é
armazenada na vesícula biliar. Localiza-se nos quadrantes direito e esquerdo
superiores, inferior ao diafragma. Armazena Fe, glicogênio, vitaminas A, D, E, K e
B12
FUNÇÕES DO FÍGADO
O fígado tem inúmeras funções, entre elas, destaca-se a participação dos
mecanismos de coagulação do sangue, hematopoiese fetal, fagocitose e, além
disso, interfere no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas
ANATOMIA DO FÍGADO
Lobos hepáticos:
Macroscopicamente o fígado é dividido em dois lobos: direito e esquerdo, marcados
na face diafragmática pela inserção do lig. Falciforme. Na face visceral, os lobos são
separados pela fissura para o lig. Venoso, posteriormente, e pela fissura para o lig.
Redondo anteriormente. O lobo direito apresenta dois lobos acessórios: Lobo
caudado: processo caudado, processo papilar. Lobo quadrado, ambos vistos pela
face víscera.
SEGMENTOS ANATOMOCIRÚRGICOS
A segmentação do fígado é dupla: Segmentação que envolve a tríade portal
Segmentação que envolve as veias hepáticas
ESTRUTURA DO FÍGADO
O fígado é organizado em lóbulos em volta dos ramos terminais da veia hepática.
Entre os lóbulos há tríades portais. Cada tríade consiste de ramos de um ducto
biliar, veia porta e artéria hepática.
VASCULARIZAÇÃO DO FÍGADO
DRENAGEM LINFÁTICA
O fígado produz cerca de 25 a 50% de toda linfa que chega ao ducto torácico. Nesse
sentido, a linfa percorre dois sentidos através dos vasos linfáticos superficiais e
profundos. Na direção caudal a drenagem linfática é realizada por linfonodos
hepáticos, encontrados ao redor da porta hepática, e a linfa é encaminhada para os
linfonodos celíacos e dali para a cisterna do quilo. Já na direção cranial, os
linfonodos frênicos inferiores e superiores e linfonodos mediastinos se dispõe
através do diafragma no forame da veia cava e hiato esofágico, drenando para o
ducto torácico e o ducto linfático direito. Os vasos linfáticos superficiais posteriores
seguem para o ducto torácico.
INERVAÇÃO DO FÍGADO
O fígado possui dupla inervação, com o parênquima inervado por nervos hepáticos
e a cápsula do fígado por ramos dos nervos intercostais inferiores. Os nervos
hepáticos possuem fibras simpáticas e parassimpáticas. Eles se originam no plexo
hepático, o qual se forma a partir do plexo celíaco.
VIAS BILIARES
Os hepatócitos secretam a bile para os canalículos biliares, os quais drenam para os
ductos biliares interlobulares e em seguida, para os ductos biliares coletores da
tríade portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e
esquerdo. Estes ductos se unem, originando o ducto hepático comum. Seguindo o
caminho, o ducto cístico une a vesícula biliar ao hepático comum, formando assim o
ducto colédoco.
DUCTO COLEDOCO
O ducto colédoco é formado pela união do ducto hepático comum – que deriva da
junção do ducto hepático direito e esquerdo – ao ducto cístico. Tem como função o
transporte da bile para o duodeno, e, por isso, durante muito tempo recebeu a
denominação de ducto biliar.
VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é um pequeno órgão oco intraperitoneal. Está localizada na face
inferior do lobo direito do fígado. A principal função da vesícula biliar é armazenar e
concentrar a bile, que depois é transportada até ao duodeno através do trato biliar.
DUCTO CISTICO
O ducto cístico liga o polo da vesícula ao ducto hepático comum
PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula anexa do duodeno, ao qual está ligado por dois ductos
excretores. Pesa entre 60 e 170g e mede de 12 a 25cm. Esse órgão é dividido
funcionalmente em exócrino e endócrino. Em relação a anatomia topográfica, a
cabeça do pâncreas encontra-se em íntimo contato com o duodeno, enquanto a
cauda faz contato com o hilo esplênico e flexura cólica esquerda. O corpo e a cauda
do pâncreas se estendem pelo retroperitônio em direção ao baço.
DUCTOS
Os ductos pancreáticos é o local por onde passa o suco pancreático. São divididos
em dois: ducto principal, que tem início na cauda, percorre todo o comprimento do
órgão e une-se ao ducto colédoco para formar a ampola hepatopancreática, que se
abre na papila duodenal maior e o ducto pancreático acessório, o qual origina -se no
ducto principal, drena parte da cabeça do pâncreas e destina -se à papila duodenal
menor.
IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA
O suprimento sanguíneo arterial pancreático é proveniente principalmente das
artérias esplênicas (cauda e corpo) e pancreático duodenais superior e inferior
(cabeça). A drenagem venosa do pâncreas se dá na veia porta hepática. Assim, o
fígado se torna exposto a altas concentrações dos hormônios pancreáticos, sendo o
principal órgão-alvo dos seus efeitos fisiológicos.
DRENAGEM SANGÚINEA
A drenagem venosa do pâncreas ocorre, principalmente, através da veia esplênica.
BAÇO
Órgão linfático encontrado do lado esquerdo do abdome, inferiormente ao diafragma.
É envolvido por uma cápsula fibroelástica que permite que o baço aumente
significativamente seu tamanho quando necessário. O baço é um órgão
intraperitoneal, de modo que todas as suas superfícies estão recobertas por peritônio
visceral. Apenas o hilo do baço, o local por onde passa a artéria e veia esplênicas, é
livre de peritônio.
VASCULARIZAÇÃO DO BAÇO