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Direção Editorial
Bernardo de Azevedo e Souza
Conselho Editorial
André Peixoto de Souza Bruno Augusto Vigo Milanez
Diógenes V. Hassan Ribeiro Fábio da Silva Bozza
Fauzi Hassan Choukr Felipe Faoro Bertoni
Fernanda Ravazzano Baqueiro Maiquel A. Dezordi Wermuth
Diagramação
Caroline Joanello
Impressão e acabamento
Gráfica Evangraf
CDD 341.5461
Bibliotecária Responsável: Eliane Mª. Pereira Kronhardt (CRB 10/1518)
SUMÁRIO
Prefácio 7
Notas do autor 9
5
4 Das causas suspensivas do prazo prescricional 63
5 Causas interruptivas da prescrição 65
6 Formas de contagem 74
Referências bibliográficas 99
Anexos 105
6
PREFÁCIO
Prescrição não é tema fácil, seja pelo viés dogmático, seja pelas
profundas consequências jurídicas e sociais de sua incidência.
8
NOTAS DO AUTOR
Obrigado.
9
10
CAPÍTULO I
A PRESCRIÇÃO PENAL NO DIREITO BRASILEIRO
11
pois a necessidade do reforço dos valores morais com a aplicação
de uma pena se enfraquece com o decurso do tempo, chegando a
um ponto que a aplicação da pena deixa de ter finalidade. Em ou-
tras palavras, o tempo esmaece ou, até mesmo, apaga a lembrança
do fato punível fazendo cessar o desequilíbrio social causado pelo
crime.
2 EVOLUÇÃO LEGISLATIVA
12
penal, por vezes trazendo regras mais rígidas e, por vezes, apresen-
tando disposições mais flexíveis.
13
Posteriormente, em 1973, foi encaminhado novo Projeto de
Lei que resultou na promulgação da Lei nº 6.016/1973, a qual res-
tabeleceu a possibilidade da prescrição retroativa, incluindo o §1º
na redação do artigo 110 nos seguintes termos:“A prescrição, depois
da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se
também pela pena imposta e verifica-se nos mesmos prazos”.6
14
Com a Reforma Penal de 1984 restabeleceu-se o entendi-
mento consolidado na referida súmula da Suprema Corte, man-
tendo a redação original do artigo 110 do Código Penal de 1940,
modificando o termo “pena imposta” para “pena aplicada” e vol-
tou a admitir a possibilidade da prescrição retroativa entre a data
do fato e o recebimento da denúncia.10
15
de Lei nº 837/2019 que visa alterar a redação do §1º do art. 110
do Código Penal, para o fim de extinguir novamente a prescrição
retroativa no curso do processo.
16
Logo, nesse exemplo hipotético, a pena poderá ser aplicada até
40 (quarenta) anos após a ocorrência do crime, somados o lapso
temporal pela prescrição em abstrato entre a consumação do delito
e o recebimento da denúncia, bem como deste marco interrupti-
vo e a publicação da sentença. Significa dizer que resta esvaziado
o critério racional limitador do poder punitivo do Estado, o qual
existe justamente para evitar a aplicação de pena sem que esta se
justifique pelo esquecimento social em relação ao delito.
17
funcionariam como causas de interrupção da prescrição da pre-
tensão punitiva. Ainda, a proposta buscava acrescentar a execução
provisória da pena como marco interruptivo, alterando o texto do
inciso V, do artigo 117 do Código Penal.12
3 CONCEITO E FUNDAMENTO
18
A decadência consiste na perda do direito de ação privada (di-
reito de queixa) ou de representação, ante a inércia do ofendido
ou de seu representante legal, em razão do decurso do prazo de
seis meses, contados do dia em que este veio a saber quem foi o
autor do crime, conforme dispõe o artigo 103 do Código Penal13.
Nessa situação, ocorre a perda do direito de promover a ação penal
privada ou manifestar seu interesse que seja movida a ação penal
pública em face do autor do crime.
13 Art. 103 do Código Penal. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do
direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses,
contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do §3º do art. 100
deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
14 Art. 60 do Código Penal. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, conside-
rar-se-á perempta a ação penal: I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o
andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em
juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas
a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato
do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas
alegações finais;
IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
19
4 NATUREZA JURÍDICA
20
Código de Processo Penal20), segundo a qual a lei processual penal
se aplica desde logo aos atos processuais subsequentes, indepen-
dentemente de quando ocorreu o fato.
5 ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO
21
ção pela pena em concreto, pode ser calculada de duas formas: (1)
retroativa; (2) intercorrente, superveniente ou subsequente.
6 EFEITOS DA PRESCRIÇÃO
23
para fins de reincidência ou maus antecedentes; (2) a criação de
um título executivo na área cível; e (3) a perda do valor prestado
como fiança, que ficará vinculando ao pagamento das custas pro-
cessuais e à reparação do dano sofrido pela vítima (artigo 336 do
Código de Processo Penal).
MODALIDADES DE PRESCRIÇÃO
PELA PENA EM
ABSTRATO
PRETENSÃO (MÁXIMA
COMINADA)
PUNITIVA
RETROATIVA
PELA PENA EM
CONCRETO
(FIXADA NA
SENTENÇA) INTERCORREN-
TE, SUBSEQUENTE
OU SUPERVE-
PELA PENA NIENTE
ESPÉCIES DE PRES- PROJETADA
CRIÇÃO (SÚMULA 438
DO STJ)
PRETENSÃO EXE-
CUTÓRIA Obs.: efeitos secundários da condenação persistem.
Será utilizado para fins de reincidência e configura
título executível no cível.
24
7 PRAZOS PRESCRICIONAIS
25
na sentença inferior à um ano, foi introduzido pela Lei nº 12.234,
publicada em 5 de maio de 2010, a qual alterou a redação do artigo
109, inciso V, do Código Penal. Logo, aos fatos praticados ante-
riormente a esta data, aplicar-se-á a legislação anterior que tinha
como previsão o prazo prescricional de dois anos.
26
ça, maior de 70 (setenta) anos de idade. Em qualquer caso, seja
pretensão punitiva ou executória, aplica-se a redução do tempo
de prescrição pela metade. A prova da idade pode ser feita por
qualquer documento hábil, não sendo necessária a certidão de nas-
cimento, conforme dispõe a Súmula 74 do Superior Tribunal de
Justiça.
27
a idade de 70 anos prevista no artigo 115 do Código Penal, ao
estabelecer em seu artigo 1º que se considera idoso pessoa com
mais de 60 anos. Contudo, o Supremo Tribunal Federal28 decidiu
no sentido de que o critério cronológico adotado pelo Estatuto do
Idoso – 60 (sessenta) anos de idade – não alterou a regra excepcio-
nal da redução dos prazos prescricionais, mantendo os 70 (setenta)
anos de idade.
28
A nosso entender, deve-se observar a coerência sistêmica, em
sendo o artigo 1º, do Estatuto do Idoso, mais favorável ao réu,
deveria surtir efeitos na seara penal, de modo a reduzir o prazo de
70 (setenta) para 60 (sessenta) anos para a senilidade, determinando
a redução da prescrição pela metade nesses casos. Entretanto, sob
a ótica do princípio da legalidade, a idade de 60 (sessenta) anos
deve ser completada na data da sentença condenatória ou, ana-
logicamente, do acórdão condenatório (nos casos de ação penal
originária ou de reforma da sentença absolutória em sede recursal).
Não há fundamento legal para entendimento em sentido diverso.
29
em um ano se a pena for de multa única co- Artigo 114, I c/c 115
minada ou aplicada do CP
30
em vinte e um em dezesseis anos se o máximo Artigo 109, II c/c
anos e dois meses da pena é supe- 110, caput, do CP
rior a oito anos
e não excede a
doze
em dezesseis em doze anos se o máximo da Artigo 109, III c/c
anos pena é superior 110, caput, do CP
a quatro anos
e não excede a
oito
em dez anos e em oito anos se o máximo Artigo 109, IV c/c
oito meses da pena é supe- 110, caput, do CP
rior a dois anos
e não excede a
quatro
em cinco anos e em quatro anos se o máximo Artigo 109, V c/c
quatro meses da pena é igual 110, caput, do CP
a um ano ou,
sendo superior,
não excede a
dois
em quatro anos em três anos se o máximo Artigo 109, V c/c
da pena é in- 110, caput, do CP
ferior a 1 ano
(com redação
dada pela Lei nº
12.234/10)
em dois anos e em dois anos se a pena for de Artigo 114, I c/c
oito meses multa única co- 110, caput, do CP
minada ou apli-
cada
31
32
CAPÍTULO II
DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
33
atividade criminosa (artigo 111, inciso II); (2) nos delitos perma-
nentes, a prescrição somente começará a correr a partir do dia em
que cessar a permanência (artigo 111, inciso III); (3) nos crimes de
bigamia e de falsificação ou alteração de assentamento de registro
civil, a prescrição começará a contar desde o dia em que o fato se
tornou conhecido (artigo 111, inciso IV); e (4) nos crimes contra
a dignidade sexual de criança e adolescentes, previstos no Código
Penal ou em legislação complementar, da data em que a vítima
completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido
proposta a ação penal (artigo 111, inciso V).
35
ríveis (artigo 117, inciso IV); (5) pelo início ou continuação do
cumprimento da pena (artigo 117, inciso V); e (6) pela reincidên-
cia (artigo 117, inciso VI).
36
te apta, se estão presentes as condições da ação e os pressupostos
processuais, bem como se há justa causa para o início ação penal.
Assim, preenchidos estes requisitos, o magistrado irá fundamenta-
damente receber a denúncia ou a queixa e determinar a citação dos
réus no processo.
37
Após o recebimento da denúncia, o acusado é citado para o
oferecimento de resposta à acusação no prazo de 10 (dez) dias.
Apresentada a peça defensiva, deverá o magistrado apreciar os ar-
gumentos e pedidos defensivos, inclusive as hipóteses de absolvi-
ção sumária. Esta decisão que analisa se é o caso, ou não, de ab-
solver sumariamente o acusado não configura marco interruptivo
da prescrição, apesar da previsão contida no artigo 399 do Código
de Processo Penal32 ter trazido algum tipo de dúvida no âmbito da
doutrina.
38
cluindo ou excluindo novas imputações, desde que tal aditamento
seja realizado antes da prolação da sentença. Isso porque, não há
que se falar em mutatio libelli em segunda instância, conforme sú-
mula 453 do Supremo Tribunal Federal34.
39
do artigo 117 do Código Penal36, restringindo-se aos fatos novos
imputados. Contudo, se houver a inclusão de um novo acusado, a
interrupção somente se dará em relação à este, não se estendendo
aos demais.
40
tigo 117 do Código Penal38, apesar da impropriedade técnica da
legislação que utiliza o termo “decisão” em detrimento de “acór-
dão”. Para tanto, será considerada a data da sessão de julgamento
do recurso pelo Tribunal, ocasião em que a decisão colegiada se
torna pública, e não a data da publicação do acórdão.
41
O artigo 117, IV, do Código Penal estabelece que a prescrição
interrompe-se, também, pela publicação da sentença ou acórdão
condenatórios recorríveis. Assim, a decisão condenatória proferida
em processo originário do tribunal, bem como o acórdão conde-
natório também configuram causa interruptiva da prescrição.
42
Exemplificativamente, no recente julgamento do RE nº
118271843, foi afastada a alegada prescrição intercorrente sob o
argumento de que “a interrupção da prescrição dar-se-á pela simples
condenação em segundo grau, seja confirmando integralmente a decisão mo-
nocrática, seja reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta.”.
43
expressa (“acórdão confirmatório de condenação”) ou, no mínimo, ter
utilizado a conjunção aditiva “e”.
Por essa razão, ao nosso sentir, não há previsão legal para sus-
tentar o entendimento de que o acórdão confirmatório da senten-
ça condenatória seja considerado marco interruptivo da prescrição.
44
como enquanto não for cumprido ou rescindido o acordo de não
persecução penal (o tema será mais profundamente abordado no
título 9 do Capítulo IV).
46
minorantes (causas especiais de aumento ou diminuição de pena,
em seu grau máximo ou mínimo, respectivamente). Em contra-
partida, as circunstâncias judiciais (art. 59 do CP), atenuantes (art.
65 do CP) e agravantes (art. 61 do CP) não tem o condão de ultra-
passar os limites da pena estabelecidos no tipo penal, devendo ser
desprezadas no momento do cálculo do prazo prescricional.
47
PRESCRIÇÃO EM ABSTRATO
LAPSO TEMPORAL
49
e a decisão confirmatória da pronúncia; e (3) entre a data decisão
confirmatória da pronúncia e da publicação da sentença.
PRESCRIÇÃO RETROATRIVA:
FATOS POSTERIORES À LEI 12.234/10
TRÂNSITO
EM JULGADO
PARA ACUSA-
ÇÃO OU IM-
PRIVIMENTO
Vedado o cálculo DO RECURSO
neste período
50
(artigo 111 do Código Penal), mais comumente o dia em que o
crime se consumou, e a data do recebimento da denúncia.
Segue a ilustração:
PRESCRIÇÃO RETROATRIVA:
FATOS ANTERIORES À LEI 12.234/10 TRÂNSITO
EM JULGADO
PARA ACUSA-
ÇÃO OU IM-
PRIVIMENTO
DO RECURSO
Segue a ilustração:
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE,
SUPERVENIENTE OU SUBSEQUENTE
TRÂNSITO
EM JULGADO
Obs.: se não considerarmos o acórdão que confirma a sentença con- PARA ACUSA-
denatória, majora ou reduz a pena, como marco interruptivo ÇÃO OU IM-
da prescrição PRIVIMENTO
DO RECURSO
52
em julgado da sentença penal condenatória. Todavia, para fins de
prescrição, não será todo e qualquer recurso excepcional que irá
interferir na prescrição intercorrente, como veremos a seguir.
53
bunal de origem, em decisão mantida pelo Superior Tribunal de Justiça, há
a formação da coisa julgada que deverá retroagir à data do término do prazo
para interposição do último recurso cabível”.
54
4.3 PRESCRIÇÃO PROJETADA (VIRTUAL,
EM PERSPECTIVA OU ANTECIPADA)
5 CONCURSO DE CRIMES E
CONTINUIDADE DELITIVA
48 Art. 119 do Código Penal. No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade inci-
dirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
55
Código Penal49), concurso material (artigo 69 do Código Penal50) e
continuidade delitiva (artigo 71 do Código Penal51).
49 Art. 70 do CP – Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se,
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resul-
tam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
50 Art. 69 do CP – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade
em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
51 Art. 71 do CP – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, apli-
ca-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada,
em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
52 Art. 114 do CP – A prescrição da pena de multa ocorrerá: I – em 2 (dois) anos, quando a
multa for a única cominada ou aplicada; II – no mesmo prazo estabelecido para prescrição da
pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada
ou cumulativamente aplicada.
56
Nesse contexto, é imprescindível diferenciarmos a pena de
multa da prestação pecuniária aplicada como medida alternativa
à prisão, quando presentes os requisitos do artigo 44 do Código
Penal. A primeira é convertida em dívida de valor e poderá ser
cobrada pela via da execução fiscal (artigo 51 do Código Penal).
57
No entanto, como a medida de segurança não possui prazo
determinado, a posição majoritária da jurisprudência é no sentido
de que esta deve ser calculada com base na pena em abstrato fixada
ao crime, tanto na pretensão punitiva, como na pretensão execu-
tória55.
55 A prescrição nos casos de sentença absolutória imprópria é regulada pela pena máxima abs-
tratamente cominada ao delito. Precedentes (AgRg no REsp 1656154/SP, Rel. Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, Quinta Turma, julgado em 23/5/2017, DJe
31/5/2017). (AgRg no HC 469.698/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FON-
SECA, QUINTA TURMA, julgado em 12/02/2019, DJe 19/02/2019).
58
CAPÍTULO III
DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
56 Art. 112 – No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
I – do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que
revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional;
II – do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva
computar-se na pena.
59
Entretanto, está pendente de julgamento no Supremo Tribu-
nal Federal a repercussão geral reconhecida no ARE n. 848.107/
DF (Tema 78857). Nesse recurso está em discussão se o termo ini-
cial para a contagem da prescrição da pretensão executória é efeti-
vamente a partir do trânsito em julgado para a acusação (na forma
do artigo 112, inciso I, do Código Penal), ou a partir do trânsito
em julgado para todas as partes no processo. O argumento utili-
zado é no sentido de que o referido artigo não foi recepcionado
pela Constituição Federal, principalmente em face do princípio da
presunção de inocência.
60
2 PRAZOS PRESCRICIONAIS E
EFEITOS DA REINCIDÊNCIA
58 Podemos citar como efeitos da reincidência: (1) o regime inicial de cumprimento de pena
que se torna mais gravoso (artigo 33, §2º, alíneas “a”, “b”, e “c”, do CP); (2) circunstância
agravante da pena (artigo 61, inciso I, do CP); (3) alteração do lapso temporal para a pro-
gressão de regime nos crimes hediondos (artigo 2º, §2º da Lei nº 8.072/90); (4) maior lapso
temporal para concessão do livramento condicional (artigo 83 do CP); (5) no caso de rein-
cidência específica, a impossibilidade de substituição da prisão por pena restritiva de direitos
(artigo 44, §3º do CP).
61
a única prevista ou a única aplicada, tendo em vista que o artigo
110 é taxativo ao referir que apenas haverá a elevação dos prazos
previstos no artigo 109 do Código Penal, não fazendo qualquer
referência ao artigo 114, inciso I, do Código Penal.
62
no artigo 76 do Código Penal60. Ou seja, se existirem duas con-
denações, sendo um dos crimes hediondos, o cumprimento deste
se dará primeiro eis que mais grave. Ainda, se executa primeiro a
pena de reclusão e, após, a de detenção.
63
Assim, sendo iniciado o cumprimento da pena, não há mais
que se falar em prescrição executória, a qual ficará suspensa du-
rante este período. Apenas voltará a correr o prazo prescricional
nas situações de evasão, revogação do livramento condicional ou,
ainda, revogação da suspensão condicional da pena.
62 Art. 77 – A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá
ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I – o condenado não seja reinciden-
te em crime doloso; II – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade
do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III – Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. §1º – A
condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. §2o A execução
da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro
a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão.
64
nal63), pela interpretação do artigo 112, inciso I, do Código Penal64.
65
condenados, conforme §1º do Art. 117 do Código Penal66.
66
nosso entendimento, não pode ser suprida por analogia em malam
partem.
5.1.1 FUGA
67
Além dos possíveis efeitos no âmbito dos direitos previstos na
Lei de Execuções Penais, a fuga determina que a prescrição da pre-
tensão executória – o qual estava suspensa durante o cumprimento
da pena – volte a correr. Nessas situações, de acordo com o artigo
113 do Código Penal71, a prescrição deverá ser regulada pelo tem-
po que resta da pena a ser cumprida, aplicando-se, igualmente, os
prazos estabelecidos no artigo 109 do Código Penal.
68
meiro lugar, é preciso compreender os fundamentos da revogação
do livramento condicional para, após isso, verificar de que forma
será calculada a prescrição em cada uma das hipóteses.
69
anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve
solto o condenado”.
70
5.1.3 REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO
CONDICIONAL DA PENA (SURSIS DA PENA)
72
consideração a integralidade da pena fixada na sentença e observa-
dos os prazos estabelecidos no artigo 109 do Código Penal.
5.3 REINCIDÊNCIA
73
levar em conta a data da prática do segundo delito, embora fique
o seu reconhecimento pelo juiz condicionado ao trânsito em jul-
gado da sentença penal condenatória.
6 FORMAS DE CONTAGEM
74
Entretanto, diferentemente da contagem da prescrição da pre-
tensão punitiva, no âmbito da execução o artigo 113 do Código
Penal preceitua que, nos casos de evasão do condenado ou de
revogação do livramento condicional, a prescrição da pretensão
executória deverá ser regulada pelo tempo que resta da pena. Des-
taca-se que do tempo remanescente de pena, também devem ser
descontados os dias remidos por trabalho ou estudo.
75
Nos casos de múltiplas condenações em fase de execução pe-
nal, os marcos interruptivos também deverão ser analisados indi-
vidualmente para cada delito, bem como verificado o saldo rema-
nescente do cumprimento de pena de cada uma. Com base nessas
informações e definido o lapso temporal da prescrição executória
de cada delito, faz-se a análise se este transcorreu efetivamente en-
tre as causas de interrupção.
76
CAPÍTULO IV
DISCUSSÕES ATUAIS SOBRE A PRESCRIÇÃO:
ABORDAGEM PRÁTICA E JURISPRUDENCIAL
1 OS CRIMES (IM)PRESCRITÍVEIS NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
77
Diante da previsão constitucional, discutiu-se na doutrina a
legitimidade da norma infraconstitucional criar novas regras de
imprescritibilidade. Parte da doutrina entende que se trata de ma-
téria de índole exclusivamente constitucional, sendo que haveria
uma vedação implícita na constituição para se criar novos casos de
imprescritibilidade81. Outros sustentam que a lei ordinária poderia
ampliar o rol dos crimes imprescritíveis, defendendo se tratar de
matéria infraconstitucional, pois não há vedação constitucional ex-
pressa nesse sentido82.
78
a criação de novas hipóteses de imprescritibilidade deve ser inter-
pretada em consonância com a teoria da pena e com o princípio
da proibição do retrocesso, razão pela qual entendemos que o rol
estabelecido pela Constituição Federal é taxativo, sendo vedado
ao legislador infraconstitucional estabelecer novas hipóteses de im-
prescritibilidade.
2 (IM)PRESCRITIBILIDADE DA PRÁTICA
DO RACISMO: ABRANGÊNCIA CONFORME
A LEI Nº 7.716/89 E A SUA EXTENSÃO À
INJÚRIA RACIAL (ARTIGO 140, §3º DO CP)
79
editar, divulgar e comercializar livros fazendo apologia de ideias
preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade judaica
(art. 20 da Lei nº 7.716/89) constitui crime de racismo sujeito às
cláusulas constitucionais de inafiançabilidade e imprescritibilidade
(HC 82.424/RS, DJ 19/03/04).
85 FAYET JUNIOR, Ney. Injúria racial: um crime imprescritível. In: Prescrição penal: temas atuais
e controvertidos. Porto Alegre: Livraria do advogado, 2018, p. 75.
80
adotando a orientação defendida por Nucci86, decidiu que a Lei
nº 9.459/97 introduziu mais um delito no cenário do racismo,
portanto, imprescritível e inafiançável.
86 Defende Nucci que o art. 5º, XLII, da Constituição Federal preceitua que ‘a prática do racismo cons-
titui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei’. O racismo é uma
forma de pensamento que teoriza a respeito da existência de seres humanos divididos em “raças”, em face
de suas características somáticas, bem como conforme sua ascendência comum. A partir dessa separação,
apregoa a superioridade de uns sobre outros, em atitude autenticamente preconceituosa e discriminatória.
Vários estragos o racismo já causou à humanidade em diversos lugares, muitas vezes impulsionando ao
extermínio de milhares de seres humanos, a pretexto de serem inferiores, motivo pelo qual não mereceriam
viver. Da mesma forma que a Lei 7.716/89 estabelece várias figuras típicas de crimes resultantes de
preconceitos de raça e cor, não quer dizer, em nossa visão, que promova um rol exaustivo. Por isso, com o
advento da lei 9.459/97, introduzindo a denominada injúria racial, criou-se mais um delito no cenário
do racismo, portanto, imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão.” NUCCI, Guilherme de
Souza. Código Penal Comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2018, p. 831-831.
81
e, até mesmo, religião. De outro lado, a injúria racial configura
crime contra a honra de determinada vítima, não tendo a afetação
de um grupo social ou coletividade. Mais, tal regra não guarda
coerência sistêmica com o artigo 145, parágrafo único, do Códi-
go Penal87, o qual estabelece que a injúria qualificada se procede
mediante ação penal pública condicionada à representação, cujo
direito decai no prazo de 06 (seis) meses contados da data em que
o ofendido veio a saber quem foi o autor do fato.
87 Art. 145 do CP. Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, §2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único.
Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art.
141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo
artigo, bem como no caso do §3º do art. 140 deste Código.
88 Art. 366 do CPP. O acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a
produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão pre-
ventiva, nos termos do disposto no art. 312.
82
quando o acusado não comparecer e, tampouco, constituir advo-
gado para acompanhar os atos do processo.
83
Portanto, realizada a citação editalícia sem prévio esgotamento
dos meios para encontrar o agente, está-se diante de nulidade ab-
soluta do ato citatório que pode ser declarada em qualquer fase do
processo, inclusive de ofício pela autoridade judicial, eis que não
será alcançada pela preclusão.
84
Em razão do referido dispositivo legal, a nossa Suprema Corte
publicou a Súmula 147, com os seguintes termos: “a prescrição de
crime falimentar começa a correr da data em que deveria estar encerrada a
falência, ou do trânsito em julgado da sentença que a encerrar ou que julgar
cumprida a concordata.”
85
ajuizados anteriormente à vigência a Lei nº 11.101/0589, inclusive
no tocante à matéria de prescrição, observada a irretroatividade
da Lei Penal. Entretanto, caso as novas disposições signifiquem a
novatio legis in mellius, deverão ser aplicadas aos crimes praticados
anteriormente à sua vigência.
89 Art. 200. Ressalvado o disposto no art. 192 desta Lei, ficam revogados o Decreto-Lei no 7.661,
de 21 de junho de 1945, e os arts. 503 a 512 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de
1941 - Código de Processo Penal.
86
Há, portanto, há três marcos interruptivos da prescrição possí-
veis além daqueles previstos no Código Penal, os quais são aplicá-
veis aos crimes falimentares, inclusive, conforme súmula 59290 do
Supremo Tribunal Federal: (a) a data da concessão da recuperação
judicial; (b) a data da homologação do plano de recuperação extra-
judicial; e (c) a data da sentença que decretar a falência.
5 ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO
E MOMENTO CONSUMATIVO
90 Súmula 592 do STF: Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da prescri-
ção, previstas no Código Penal.
87
Assim, caso o sujeito ativo seja o beneficiário, os saques inde-
vidos e mensais que decorrentes do estelionato praticado, está-se
diante de pós fato impunível (exaurimento), vale dizer, o efeito
permanente da conduta delitiva perpetrada.
88
6 A PRESCRIÇÃO NO DELITO DE DESCAMINHO
89
rios92. Assim, deve ser tratado como material, o qual se consuma
com a constituição definitiva do crédito tributário na linha da Sú-
mula Vinculante nº 24 da Suprema Corte.
90
pela aplicação do princípio da insignificância, em virtude do va-
lor tributário envolvido não ultrapassar o valor de R$ 20.000,00
e, portanto, não conduzir ao ajuizamento da execução fiscal95. A
aplicação do princípio da insignificância nessa hipótese denota a
natureza tributária do bem juridicamente tutelado, apesar de pre-
valecer atualmente nas Cortes Superiores o entendimento de que
se trata de crime formal e dispensa a constituição definitiva do
crédito tributário para sua consumação.
91
tação de serviços à comunidade; e (d) liquidação forçada, quando
a pessoa jurídica for constituída ou utilizada preponderantemente
com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime am-
biental.
93
regulada pela pena fixada na primeira sentença, de acordo com os
prazos previstos no artigo 109 do Código Penal, conforme enten-
dimento pacificado no Superior Tribunal de Justiça.
95
inadmissíveis. Em outras palavras, se o acusado interpor recursos
especial e extraordinário, a prescrição somente irá correr se estes,
no mínimo, superarem o juízo de admissibilidade recursal, caso
contrário não haverá qualquer interferência no cálculo da prescri-
ção penal.
98 Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e cir-
cunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mí-
nima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecu-
ção penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante
as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: I – reparar o dano ou restituir
a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II – renunciar voluntariamente a bens
e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do cri-
me; III – prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à
pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo
juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal); IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de
interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como
função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito;
ou V – cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público,
desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
97
98
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103
104
ANEXOS
105
106
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 837,
DE 2019
Altera o § 1º do art. 110 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código Penal, para extinguir o
instituto da prescrição retroativa.
JUSTIFICAÇÃO
107
nistério Público Federal. Os procuradores da República propuse-
ram o que chamaram de reforma no sistema de prescrição penal,
proponho, entretanto, que inicialmente nos restrinjamos à extin-
ção da prescrição retroativa.
109
110
X) MEDIDAS PARA EVITAR A
PRESCRIÇÃO:
“Art.116................................................................................
...................................................................................................
...........................................................................................”
(NR)
“Art.117................................................................................
...................................................................................................
VI – pela reincidência.
...........................................................................................”
(NR)
111