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O professor não age apenas como um transmissor de conhecimento, mas como um mediador entre o
objecto a ser apreendido e o aluno. Neste processo, ele recorre a várias ferramentas mediadoras que
podem lhe auxiliar, como um objecto da cultura material, uma visita a um museu, ou mesmo uma
imagem desde que a mesma retrate aspectos ligados ao passado. O trabalho aborda a exploração do
meio envolvente enquanto documento histórico durante as aulas, em virtude do mesmo indiciar uma
produção cultural, carregado de significados, tanto de forma implícita, quanto explicita. De facto, o meio
envolvente pode e deve assumir um papel fundamental de significação na estrutura cognitiva do aluno,
para, a partir dele, demonstrar as representações que determinados grupos forjaram sobre a sociedade
em que viveram, como pensaram ou sentiram o seu presente ou como se estabeleceram as correlações
entre o tempo e o espaço. Assim, partindo-se do meio envolvente, o aluno pode ser capaz de fazer
diferenciações, abstracções e outras operações que o permitam fazer a leitura das distintas
temporalidades e, por via disso, incentivá-lo a aprender e a apreender a História.
Palavras chave: Meio Envolvente/História local; Pinturas Rupestres; Processo de Ensino e Aprendizagem;
Professor.
ABSTRACT
A teacher does not simply act as a knowledge transmitter, but as a mediator between the object to be
learnt and the student. In this process the teacher applies several mediating tools that can aid him, such
as cultural material objects, a visit to a museum, or even an image as long as they have to do with the
past. This essay deals with exploration of historic documentaries during the lessons, in order to create
significant cultural results, in explicit or in implicit way. In fact, the environment may or plays a very
important role of meaning in the structure of the students` knowledge, so that from this knowledge, the
student may demonstrate representation that determinate different groups that forge the society that
they lived, as they thought or felt their present or as they established the correlations between time and
the space. Thus, beginning from the surroundings, the student be able to differentiate, abstractions and
other operations that allow them to make understanding of different times. Moreover, by doing this,
motivating them to learn and discern History.
Key Word: Surroundings/ local history; paintings; teaching and learning process; teacher
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O presente artigo procura explorar o debate em torno das possibilidades da exploração do meio
localidade, como são os casos de monumentos históricos, rituais, túmulos, valas comuns,
pinturas e gravuras rupestres, memoriais, museus, edifícios antigos, entre outros aspectos, que
O ensino da História com recurso ao meio envolvente é uma das práticas preconizadas para o
especial de história local, existente nas proximidades de qualquer escola que se localize em uma
localidade, posto administrativo e nos municípios. Esta estratégia traz uma nova perspectiva para
documentos antigos (contratos, atos de posse), filmes, músicas, no quotidiano das pessoas, e uma
Portanto, deve-se chamar atenção para a importância do papel do professor na aplicação desta
nova metodologia, com o fundamento de tornar as aulas mais motivadoras, levando os alunos a
perceberem que sua própria vida já é uma grande história e que o conhecimento histórico pode
ser elaborado por todos, independentemente de qualquer condição social, política, económica e
cultural. MANIQUE & PROENÇA (1994) acreditam que, através do Estudo do Meio, é possível
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comum o facto de se desenvolverem num lugar e época concretos. Os autores afirmam que o uso
adquire um carácter motivador para as crianças, pois contribui para a melhor inserção na
Estudos atinentes ao envolvimento do meio local no ensino de história são já uma nota presente.
sítios históricos que constituem, de alguma forma, o meio envolvente, procurando perceber de
que forma os alunos podem aprender, com base em fontes patrimoniais, através de actividades de
Outra perspectiva desenvolvida no âmbito do meio envolvente foi no quadro da compreensão das
História. Neste campo tratou-se de investigações no âmbito da Cognição Histórica, onde diversos
trabalhos foram realizados, por exemplo, por PEEL (1966) e HALLAM (1975). Contudo,
autores como DICKINSON, LEE, BOOTH E SHEMILT. Tais estudos foram continuados numa
Nos anos noventa, do século XX, destacou-se o Projecto Chata, onde PETER LEE e os seus
colaboradores investigaram, nos seus estudos empíricos, as questões relacionadas com as idéias
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se desenvolvem nos alunos. A grande preocupação destes estudos era de perceber como se
transformavam as idéias históricas dos alunos, contribuindo, deste modo, para realçar o facto de
que essa evolução se processava numa progressão, do menos, para o mais coerente,
Numa outra linha de estudo similar e mais didáctica, realizada por ROLDÃO (1995), trata da
vivem, de modo a prepará-las para compreenderem e intervirem nessa mesma realidade. Para
este estudo, o professor deve ter como objectivo primordial levar as crianças a adquirirem o
económicas e culturais dos indivíduos e das sociedades. O mesmo pensamento é partilhado por
sempre existiu uma assistência na prática lectiva que permitisse a concretização dessa intenção.
Os dois últimos autores são unânimes em afirmar que era necessário integrar nos currículos o
Estudo do Meio, através da criação da disciplina Meio Físico e Social no 1º Ciclo do Ensino
Básico.
A linha geral seguida no presente artigo assenta-se em DEWEY citado por ROLDÃO (1995),
pelo qual percebe-se que “o estudo do meio próximo, ou seja, o estudo do meio local é uma
explorar fisicamente o meio local para se puder compreender e compreender o mundo em que
vivem. A estratégia de ensinar a História a partir de realidades mais próximas dos alunos ou da
mundo”.
[Escreva texto]4
SCHMIDT (2007:190-191), por outro lado, refere o estudo da história local como uma estratégia
que pode ser usada como elemento constitutivo da "transposição didáctica" do saber histórico
científico em saber histórico escolar. A história local pode ser vista como “estratégia de ensino”
entendida como expressão concreta de problemas mais amplos” e também “como estratégia de
aprendizagem”, uma vez que o trabalho com história local pode garantir controlos
conjunto do conhecimento."
Ao se referir ainda sobre a História Local, SCHMIDT (2007:123) afirma que:
quanto há de história em sua vida que é construída por ele mesmo, quanto tem a
temporais e espaciais.
trabalhar com diferentes níveis de análise económicas, política, social e cultural no âmbito mais
reduzido, evidenciando as diferentes dimensões e ritmos temporais”, por outro lado, o trabalho
mas por serem integrantes de um país, serão também sujeitos históricos de sua
históricos”; “eles saberão que fazem parte de uma formação histórica e que são
sentirem com um papel indispensável para as futuras gerações que ali em sua
Segundo AMADO (1990:38), esta conscientização pelo resgate histórico, “além de fazer uma
relação entre passado e presente, mostra como as pessoas são seres actuantes na construção da
história”. Para FERNANDES (2001:43), “a valorização e o resgate da memória através da
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história local”, é algo bastante importante que deve ser ressaltado. Para ele, o fundamental ponto
na experiência de se abordar a história local nas escolas é a ligação do aluno com a sua cidade,
destacando-se, nisso, o patrimônio histórico cultural (material ou não), em virtude dos mesmos
estarem ligados a ele por toda a sua vida, pese embora o aluno, na maioria das vezes, não
perceba e não valorize sua história, suas características comunitárias e mesmo seus traços
culturais típicos da sua sociedade. Despertar o interesse do aluno por esses patrimônios que
contam também a história dos que ali vivem já é uma saída para preparar estes estudantes para o
nascimento de uma consciência histórica forte, que provocará mudanças necessárias na vida dos
MANIQUE & PROENÇA (1994) reconhecem que os estudos da História local são
variadíssimas actividades sobre temas que lhes são comuns. A motivação deve, no entanto,
assumir uma posição superior à simples curiosidade, de modo a fomentar um verdadeiro trabalho
de investigação.
Uma das temáticas pertinentes na discussão sobre ensino de história nas últimas décadas, se
refere ao uso de documentos históricos na prática de sala de aula e, mais especificamente, desde
o fim do século XX até o momento, com vistas à produção do conhecimento. Neste sentindo
rítmica.
É aí onde, no quadro da utilização do meio envolvente para o ensino da História tem particular
interesse em usar fontes históricas directas, sobretudo com alunos das classes iniciais, uma tarefa
que requer, entretanto, que sejam definidas estratégias adequadas por parte do professor. Sobre
arqueológico na aula de História, realiza uma experiência com alunos do 5° ano de escolaridade,
colocando os mesmos em contacto com objectos do passado como pontas de seta e outros. Nessa
experiência, Ribeiro obteve bons resultados ao constatar que a utilização do meio envolvente e
neste caso, as fontes arqueológicas na sala de aula de História, permite aos alunos acederem mais
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rápido ao passado, devido ao contacto directo com elas e desperta neles uma situação de
interesse devido ao factor antiguidade. Para o alcance destes resultados, tratando se de alunos
com 10 a 12 anos de idade, COOPER (2004:55) em seu artigo sobre “O pensamento histórico
passado como uma forma que os leva a imaginar o que os homens do passado sentiam e
pensavam ao utilizar um determinado objecto. O autor propõe algumas estratégias de ensino que
I.
II.
III.
IV. Uma atmosfera relaxante de expressão livre, onde as crianças possam sentir- se
confiantes na sua habilidade de conversar.
O uso do meio envolvente no ensino da História Local é por vezes marginalizado pelos
cumprir com os programas. Isto revela, entre outras coisas, falta de vontade política por parte do
Governo no sector de educação em definir ou propor novas estratégias para o ensino e forçar o
professor a alcançar uma percentagem alta no aproveitamento. Por outro lado, nota-se nos
(2011:84) afirmam que: “proporcionar aos jovens o contacto directo com diferentes tipologias de
património, fomentar a sua leitura a níveis cada vez mais exigentes, são práticas educativas com
envolvente no processo de ensino da História, pode constituir uma excelente estratégia para a
No quadro do uso do meio envolvente, o professor de História, melhor preparado, tem maiores
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mediador entre o objecto a ser apreendido e o aluno, fazendo dos alunos, os maiores
protagonistas. Nesse processo, aquele pode recorrer a várias ferramentas mediadoras e que o
auxiliam na sala de aulas, como um objecto da cultura material, fazendo uma visita a um museu,
ou pinturas rupestres ou outros locais históricos. Sobre esta estratégia, RIBEIRO (2004) salienta
que colocar os alunos frente aos objectos do passado, mesmo que com réplicas, possibilita aos
é importante sublinhar que as fontes históricas ao serem usadas como um auxílio da produção do
bastante importante para a aula, não devem ser simplificadas a uma mera ilustração de
conteúdos, uma vez que se traduzem em artefactos culturais repletos de intencionalidades e
informação útil para a comunidade e não só. Nesse processo, as fontes históricas devem ou
viviam, como pensavam ou sentiam, como se estabeleceram no tempo e no espaço; pode servir
para que o aluno seja capaz de fazer diferenciações, abstracções que o permitam fazer a leitura
das distintas temporalidades as quais está submetido. Por outro lado, torna-se necessário que o
professor considere as vivências dos alunos bem como acautelar-se na selecção dos métodos a
Trabalhar com a história local como estratégia de ensino para introduzir conteúdos não
programáticos ou além dos manuais didácticos articulando conteúdos locais, permite, de certa
forma, levar o aluno a desenvolver a consciência histórica, pois ele consegue perceber a história
da sua localidade sendo parte dela. Segundo BARCA e PINTO (2011:83), os alunos podem
tempo", trata do passado como experiência e revela o tecido da mudança temporal, na qual estão
amarradas as nossas vidas, bem como as experiências futuras para as quais se dirigem as
mudanças”.
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O professor, ao pautar pelo ensino da História Local, deve ter atenção a questão do método que,
segundo SCHMIDT E CAINELLI (2004:78), “ (...), deve considerar que as idéias históricas dos
alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação”. Contudo, é
necessário ter em consideração de que as idéias históricas são conhecimentos que estão em
processo de constante transformação. O professor, ao considerar as idéias dos alunos, pode
definir os conteúdos específicos e temas a serem trabalhados na sala de aula, bem como
problematizá-los. Em torno disso, RIBEIRO (2004:56) refere que no ensino de História, o estudo
do passado não se faz através da observação directa nem de experimentação, mas se eles
que trabalhar com as pinturas rupestres do povoado de Ncoca, focalizando o contexto histórico
do seu registo e a sua localização geográfia, pode ajudar a levar os alunos a desenvolverem uma
consciência histórica sobre os anteriores habitantes da região, descrevendo o seu modo de vida, e
pode permitir que os mesmos possam lidar com uma simbologia muito forte para a localidade e
Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da
comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão
Ao optar por fazer um recorte epistemológico a respeito das pinturas rupestres de Ncoca se faz
necessário discutir a história local e regional dentro da perspectiva do ensino de história. Para o
uso da história local no ensino da História, SCHMIDT e CAINELLI (2004:112) afirmam ser
relação com outras localidades, outros países e, até mesmo, por processos
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A história local pode ser usada como estratégia de aprendizagem pedagógica do ensino de
história, como “elemento constitutivo da transposição didáctica do saber histórico para o saber
histórico escolar”. Para SCHIMIDT e CAINELLI, (2004:113) o estudo da história local pode
história local “contribui para uma compreensão múltipla da História, pelo menos em dois
micro - histórias, pertencentes a alguma outra história que as englobe e, ao mesmo tempo,
Outro aspecto a ser levado em consideração é o de que o ensino da História Local é um processo
que não pode se limitar apenas a sala de aulas, pois que, segundo BARCA e PINTO (2011), no
seu artigo sobre <<“Leitura” de fontes patrimoniais como evidência histórica: perspectivas de
passado histórico pelos jovens em torno dos níveis conceptuais de uso da evidência histórica, no
sala de aula para envolver o meio em que os alunos se encontram, os conhecimentos e os pontos
de vista veiculados pelas suas famílias, pelas instituições que frequentam e os meios de
O uso escolar de fontes históricas está alinhado com a historiografia recente, rompendo com a
noção tradicional de fonte, originária do cientismo do século XIX, concebida como “fonte
d`água” e entendida no sentido de que, “assim como das fontes d`água, das documentais
jorrariam informações a serem usadas pelo historiador” FUNARI, (2006:85). É nessa ruptura em
que as pinturas rupestres constituem recurso pedagógico privilegiado que possibilitam aos
alunos adquirirem, progressivamente, o olhar indagador sobre o mundo de que fazem parte.
metodológicas propostas por FONSECA (2003) que “preconizam o papel activo do aluno nos
históricas em sala de aula mediante questões simples e orientadoras que dão pistas aos alunos
sobre o que se pretende com os objectos, formulando suposições para que possam interpretar o
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passado.
Mais do que objectos ilustrativos, as fontes devem ser trabalhadas no sentido de desenvolver
perspectiva independente.
propósito didáctico, porque o uso de documentos como pinturas rupestres, pode favorecer o
diferentes lugares, fazem parte da memória social e precisam ser preservados como património
A realização de trabalho com patrimónios ou objectos históricos em sala de aula pode ser
um estudo com crianças de oito anos na arte do conhecimento histórico, periodizando as suas
imaginação histórica estabelecendo relações com o seu presente para explicar o passado e de
Outra experiência também menos dispendiosa proposta pela autora está ligada a ideia de levar os
alunos a visitar museus históricos onde elas podem pensar sobre outros objectos antigos, visto
que a criança aprende com experiências que tenham significado, ou realizando actividades que
lhe possibilitem expor as suas ideias fora do recinto escolar. A visita ao museu pode ser
professor inicia a percepção dos alunos e aí eles terão o direito de saborear, com mais
intensidade, as propostas de reflexão oferecidas pelo museu. Desse modo, não se trata mais
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“visitar o passado”, e sim de animar estudos sobre o tempo pretérito, em relação com o que já é
vivido no presente.
sequência cronológica dos diferentes objectos existentes, auxiliada de relatos em torno dos
mesmos e colocando algumas questões orientadoras aos alunos. Nesta perspectiva, segundo
CAINELLI (2006: 70) o professor deve ter condições de ensinar e pensar historicamente a partir
dialogar com o passado através das vozes e vestígios que o tempo multifacetado permite”.
Do que foi até aqui exposto, pode concluir-se que o meio envolvente, ao tratar de assuntos
referentes a uma determinada região, localidade, cidade, distrito ou posto administrativo, presta-
se como uma das ferramentas inovativas para a iniciação de estudos históricos que, muitas vezes,
caracterizar-se pela valorização das particularidades, das diversidades e por ser um dos pontos de
A possibilidade de exploração do meio envolvente é reforçada pelo facto de ser num grupo
localizado, particular, que, pela exploração da mesma temporalidade, onde se desenrola qualquer
curso da história e é, também, naquele e por via deste que se garante a continuidade de qualquer
processo, sendo, por essa via, uma das condições para tornar tangível e concreta toda
historicidade. Assim, a importância do estudo da história local nas escolas integra-se na tentativa
de fazer com que o aluno reaprenda e valorize a história da sua sociedade e a sua própria história,
mostrando que o mesmo é participante da história, tornando também este ensino importante para
sua vida, desconstruindo assim a idéia de que o ensino da história não lhe diz respeito, pois não
está ligado a ele, rompendo, portanto, a forma de ensino tradicional de memorização sistemática
comunidade. É, nesse contexto, que para tornar a aula mais cativante, no processo da
manipulação das fontes é necessário levar os alunos a perceberem que a sua própria vida já é
uma grande história e que o conhecimento histórico pode ser elaborado por todos,
independentemente do aspecto a ser tratado, isto é, seja ele de índole social, político, económico
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e cultural, dado que, cada passo, cada vestígio, cada transformação e cada feito de cada um, isto
que todos são seres históricos activos, construtores de uma história colectiva, cujo legado
continuará presente, seja na memória dos mais próximos ou sob forma de um repositório mental.
O novo currículo do ensino básico ao recomendar como estratégia para a iniciação Histórica o
estudo da História Local não faz por mero exercício emblemático, dado que é a partir do local
que o aluno começa a construir sua identidade e a tornar-se membro activo da sociedade civil, no
sentido de que faz prevalecer seu direito de acesso aos bens culturais, representados aqui pelo
Diante das constatações feitas ao longo da pesquisa, é de sugerir que os Centros e Institutos de
acções em torno da educação patrimonial e do ensino de história local a curto e médio prazos.
Por outro lado, esta iniciativa não deve ser exclusivamente governamental: é preciso que os
professores e a comunidade se mobilizem, faça propostas, exija resultados, entre outras acções,
que incentivem o ensino da História local. Nesse contexto, o professor pode convidar um
A utilização de documentos /fontes no ensino da história é uma componente que deve ser
incorporada nos manuais e livros didácticos, bem como no controlo ou supervisão de seu uso em
sala de aula e na literatura de cunho pedagógico usada pelos professores primários, visando a sua
implementação. Para que o trabalho com fontes históricas na sala de aula do ensino primário se
modo a possibilitar que os formandos vivenciem, ainda no seu percurso formativo, experiências
criativas e consistentes no uso de fontes históricas, para que, durante as aulas, eles tenham pontos
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