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Relatório 4

Física Experimental IV
-Raio de curvatura da
córnea

Nome: Daniel Rodrigues Balbin

Nº: 6788977
1. Introdução:
A ótica da reflexão em superfícies esféricas tem varias aplicações e
neste experimento em particular temos como objetivo a utilização do conceito
de reflexão para medida do raio de curvatura da córnea dos participantes do
experimento.

2. Resumo:
Inicialmente utilizamos do método que será aplicado a córnea para
medição do raio de curvatura de uma bola de metal, visto que para está há
grande facilidade em medir o raio da bola através de processos mais simples,
por exemplo, a utilização de um paquímetro.

O processo que será utilizado para medição do raio de curvatura da


córnea terá base no fato de que espelhos convexos formam imagens
deformadas, ou seja, que podem ser maiores ou menores de acordo com a
ângulo de incidência do raio de luz.

Podemos relacionar o aumento da imagem com a distancia de formação


da imagem “s’ ” através da seguinte formula:

Onde y’ é o tamanho da imagem, y é o tamanho do objeto, s a distância


do objeto até o espelho, s’ a distância do espelho até sua imagem e m é a
razão de aumento.

Com o valor de s’ podemos utilizar outra equação para descobrirmos o


foco e o raio de curvatura da superfície refletora em questão:

Esta é aplicável a superfícies refletoras esféricas (ex: olho e bola de


metal), f é o foco da superfície e R seu raio de curvatura.

3. Materiais:
Lâmpadas, bolinhas de metal, lentes, régua, trena, paquímetro e suporte
para cabeça.
4. Métodos:
a) Utilizando um paquímetro o diâmetro da bola de metal foi medido
obtendo a seguinte configuração do paquímetro:

Figura 1. Paquímetro com bola de metal, acertado numa medição de 16,8 mm.

b) Para medir o raio de curvatura da bola através do tamanho da imagem


que é formada pelo espelho foi utilizada a seguinte disposição dos
equipamentos:

Figura 2. Disposição dos equipamentos utilizados para medição do raio de curvatura da


bola, A e B são fontes de luz e em y’ esta um anteparo em forma de U.

O tamanho da imagem foi determinado com o auxilio do anteparo em


forma de U e das lâmpadas depositas em A e B. As lâmpadas estavam
sobre uma haste móvel e estas eram movidas seguindo o eixo vertical
na figura até que o reflexo da luz das lâmpadas fosse obscurecido pela
imagem do U. Segue esquema para demonstrar como foi feita a
medição:
Figura 3. Anteparo em forma de U com duas imagens refletidas A e B.

Para garantir a obtenção de um tamanho mensurável (tamanho do U)


para a imagem as posições das fontes de luz A e B eram ajustadas para
que os reflexos A e B(Figura. 3) ficassem posicionados atrás da
impressão do U como no esquema abaixo:

Figura 4. Anteparo em forma de U com reflexos atrás da impressão do U.


O experimento foi repetido três vezes, e a cada nova medição as fontes
de luz eram reposicionadas para que adquirissem a conformação da
figura 3 para garantir uma nova medição após o posicionamento na
forma da figura 4.

Quando o sistema esta nesta configuração podemos medir as distâncias


s, y e y’ com a utilização de uma trena com incerteza de 0,05mm.

c) Neste item tentamos estimar o raio de curvatura da córnea de nossos


colegas de laboratório através do procedimento adotado no item anterior
(b) para medir o raio da bola de metal.
A única diferença foi que ao invés da bola de metal tínhamos o colega
de laboratório posicionado sobre o apoiador com seu olho alinhado com
o telescópio. O esquema abaixo tenta ilustrar a configuração do sistema:

Figura 5. Posicionamento adotado para a medição do raio de curvatura da córnea. A e B são


as fontes de luz, o anteparo em forma de U esta posicionado na frente do olho da pessoa que
terá a curvatura da córnea medida.
5. Resultados e Discução:

O cálculo das incertezas utilizou-se da formula geral para incertezas:

a) Medição do diâmetro da bola de metal:

Diâmetro - Bola de Metal


Medição 1 Medição 2
16,80 ± 0,05 mm 16,85 ± 0,05 mm
Tabela 1. Diâmetro – bola de metal. Medição 1 – Daniel Rodrigues Balbin.
Medição 2 - Renan Shimoura

Como é possível notar é possível ver pequena diferença entre as


medições, esta é uma diferença de uma unidade da menor medida da
régua principal do paquímetro.

b) Calculo do raio de curvatura da bola de metal através do aparelho ótico


montado (Figura 2):

y (cm) y' (cm) s (cm) s' (cm) R (cm) R (±) (cm)


42,500 0,400 37,000 -0,348 -0,703 0,003
42,200 0,400 37,500 -0,355 -0,718 0,003
42,500 0,400 37,800 -0,356 -0,718 0,003
Tabela 2. Dados do sistema (figura 2), y é o tamanho da imagem ou no sistema a
distância entre as fontes A e B, y’ é o tamanho da imagem ou no sistema o tamanho
horizontal do anteparo em forma de U, s é à distância das fontes de luz A e B até a
superfície refletora, s’ é à distância de formação da imagem, R é o raio da bola
estimado e R (±) é a incerteza do cálculo de R. Para todas as medições houve a
incerteza da trena: ±0,05 cm.

Foi utilizado o mesmo tamanho da imagem (y’) em todas as


contas. A incerteza de R para três algarismos significativos foi à mesma
em todas as medições. Pode-se notar que os dados foram bem precisos
visto que estes não divergiram muito em seu valor. Como esperado os
valores de “s’ ” e de “R” são negativos pois estes estão localizados na
parte imaginaria em relação a superfície refletora.
A partir dos valores de R obtidos foi feita uma média:

R médio (cm)
-0,71

Podemos notar que o valor obtido difere do valor esperado em


aproximadamente 0,1 cm oque é um bom resultado levando em conta as
numerosas possibilidades de erro na medição. Este erro esta baseado
na dificuldade de alinhar os equipamentos necessários para a medição,
na dificuldade de garantir que as fontes de luz estivessem paralelas ao
anteparo, problemas para focalizar o telescópio e avarias nos
equipamentos, por exemplo, o anteparo em forma de U tinha a
impressão gasta e com regiões de descontinuidade que deixavam os
raios de luz passarem.

c) O cálculo do raio de curvatura da córnea foi feito utilizando a


configuração da figura 5:

y (cm) y' (cm) s (cm) s' (cm) R (cm) R (±) cm

56,500 0,400 37,500 -0,265 -0,535 0,002

57,000 0,400 39,000 -0,274 -0,551 0,002

65,000 0,400 39,500 -0,243 -0,489 0,002

Tabela 2. Dados do sistema (figura 5), y é o tamanho da imagem ou no sistema a


distância entre as fontes A e B, y’ é o tamanho da imagem ou no sistema o tamanho
horizontal do anteparo em forma de U, s é à distância das fontes de luz A e B até a
superfície refletora, s’ é à distância de formação da imagem, R é o raio da bola
estimado e R (±) é a incerteza do cálculo de R. Para todas as medições houve a
incerteza da trena: ±0,05 cm.

Seguindo a mesma lógica do item b) sabemos que s’ e R são


negativos pois estão na parte imaginaria da superfície refletora. Pode-se
notar uma alteração da precisão na terceira medição (terceiro numero de
baixo para cima) do y (distância entre as duas fontes de luz) esta se
deve a dificuldade na medição para o caso particular da córnea. Quando
estamos medindo um dado de uma cobaia viva o cansaço e o quanto o
experimento é invasivo são fatores a serem considerados, apesar de
estes não serem quantificáveis.
Estimativa do raio de curvatura, média:

R médio (cm)
-0,53

Quando analisamos este dado, devemos considerar que a córnea


é tem o formato de uma calota esférica e, portanto quanto menor o raio
maior a curvatura do olho. Infelizmente o olho possui varias possíveis
alterações como a deformação horizontal (caso do míope), deformação
vertical (caso do hipermetrope), deformação nos outros eixos
(astigmatismo) e o dado medido que nos da à curvatura da córnea. Na
cobaia em questão o caso diagnosticado (por seu oculista) é de miopia
oque é plausível visto que uma alta curvatura da córnea implica numa
possível formação do foco antes da retina.

6. Conclusão
Neste experimento pudemos calcular tanto o raio de uma esfera como o
de uma calota esférica (córnea) assim alcançando o que foi proposto
inicialmente nos objetivos. Além disso, demonstramos como a ótica (ou ondas
em geral) é uma ótima ferramenta de mapeamento de ambientes possibilitando
a nós obter imagens sem que aja o contato direto de um instrumento de
medição. Em particular o experimento c) nos mostrou uma utilidade alem do
mapeamento visto que, com as devidas aproximações, com a nossa medição
do raio poderíamos tentar inferir sobre o tipo de desvio ocular uma pessoa tem.

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