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Luiza Vitória Argenta Bortolotto

Professora: Fernanda Jaeger


Disciplina: Psicologia da Adolescência

O primeiro episódio da série Atypical, “Antártida”, mostra uma construção do que


seria o estado mental do Sam, personagem com Transtorno do Espectro Autista. O episódio
narrado pelo próprio Sam, trás a partir da perspectiva dele, situações que não podem ser
compreendidas por nós apenas por observação.
Durante o primeiro episódio, Sam trás a ideia de Antártida várias vezes, um
continente inconquistável e lindo, a conexão que ele sente com o lugar, é evidente e
tocante, ele nos introduz também em uma área que muitas vezes parece impossível para
uma pessoa com desenvolvimento atípico: a sexualidade. Decidido a encontrar uma
namorada, ele pesquisa sobre como deve agir com as meninas, ele observa o
comportamento dos rapazes a sua volta, e conta principalmente com a ajuda da sua irmã,
que o estimula em busca de um estilo de vida mais autônomo dentro das possibilidades
dele. Em contrapartida, a mãe de Sam tem muita dificuldade para lidar com as ideias que
envolvem a autonomia dele, colocando-o muitas vezes em um lugar infantilizado e
capacitista.
Outro aspecto muito legal abordado pela série, é o das amizades, quando coloca
Sam e Zahid (desenvolvimento típico) numa mesma relação de amizade, mostrando os
mais diversos diálogos entre os dois e as mais diversas possibilidades de relações para
uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Um dos últimos momentos do episódio, mostra Sam dizendo a Julia, sua terapeuta,
que vai doar o cérebro dele para pesquisa, como ela havia sugerido e fazendo uma
conexão entre esse “presente” e o modo como os pinguins se relacionam (o macho dá um
seixo a fêmea e se ela o põem no ninho, ela aceita esse macho), mostrando também uma
possível transferência.

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