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VaiQuímica!

RESUMO
Apostila 7 - Substâncias
moleculares

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Esse tema abrange todas as substâncias e as suas propriedades. Embora seja
nomeado como “Substâncias moleculares”, os compostos abordados nesta
apostila correspondem às moléculas e as suas relações como um todo.

Dentro desse tema inclui-se: ligações químicas, polaridade, geometria molecular


e interações intermoleculares.

Ligações Químicas
As ligações químicas são a união entre os átomos. Em outras palavras, as
ligações químicas acontecem devido a combinação de diferentes átomos entre
si que originam substâncias diferentes. Essas ligações podem ser de três tipos:
iônica, covalente e metálica e originam três importantes grupos de substâncias:
substâncias iônicas, moleculares e metálicas.

● Substâncias iônicas: conduzem corrente elétrica no estado líquido,


mas não no sólido;
● Substâncias moleculares: não conduzem corrente elétrica no
estado sólido nem no líquido; apresentam pontos de fusão mais
baixos que o das substâncias dos outros grupos;
● Substâncias metálicas: conduzem corrente elétrica em estado
sólido e no líquido.

A regra do octeto

Para entender as ligações existentes entre os átomos, é importante analisar a


eletrosfera dos gases nobres. Isso porque, os gases nobres em condições
ambientais, apresentam átomos estáveis isolados, ou seja, que não estão unidos
a outros átomos.

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Diante dessas observações, William Kossel e Gilbert Newton Lewis no ano de
1916, propuseram uma regra para interpretar como ocorrem as ligações entre os
átomos dos elementos que ficou conhecida como regra de octeto.

A regra do octeto nos diz que um átomo estará estável quando sua última
camada apresenta 8 elétrons (ou 2, se for em uma camada K). Desse modo, os
átomos que não são estáveis individualmente se unem uns aos outros para
adquirir essa configuração de estabilidade dos gases nobres.

Quais são os tipos de ligações químicas?


Há três tipos de ligações químicas: ligação iônica, covalente e metálica. Elas
ocorrem como uma tentativa de alcançar a estabilidade proposta pela regra do
octeto e variam de acordo com os tipos de átomos e a necessidade dos átomos
envolvidos de doar, receber e compartilhar elétrons.

Ligação iônica

A ligação iônica é a atração eletrostática entre dois íons, sendo formada,


geralmente, por um metal e um ametal.

O que acontece em uma ligação iônica é que um dos átomos envolvidos têm a
tendência de doar elétrons (metal), provocando a formação de cátions, enquanto
o outro possui a tendência de receber esses elétrons (ametal) e de formar ânions.

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Exemplo de ligação iônica

Desse modo, pode-se dizer também, que esse tipo de ligação ocorre entre dois
átomos com elevada diferença de eletronegatividade.

Um exemplo de composto iônico é o NaCl. O sódio, por ser um metal, apresenta


uma maior chance de doar os seus elétrons da última camada da eletrosfera e
assim, formar o cátion Na+. Já o Cl por ser um halogênio e portanto, não ser um
metal, recebe esses elétrons, formando um ânion, o Cl–. Por possuírem cargas
opostos, o Na+ e o Cl– se atraem mutuamente, mantendo os íons unidos por meio
da ligação iônica.

Em geral, as substâncias iônicas são encontradas em estado sólido em


condições ambientes e apresentam elevados pontos de fusão e ebulição. Em
água, seus íons são liberados e por isso, são capazes de conduzir corrente
elétrica.

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Ligação covalente

Na ligação covalente, os átomos se mantêm unidos porque suas eletrosferas


compartilham alguns elétrons, ou seja, utilizam-se em comunhão da quantidade
de elétrons necessária para que possam ter estabilidade.

As substâncias formadas por esse tipo de ligação são as substâncias


moleculares.

Exemplo de ligação covalente

Além disso, as ligações covalentes podem ser classificadas como polares ou


apolares. As substâncias moleculares polares são formadas por átomos que
apresentam diferentes valores de eletronegatividade, ao contrário das
substâncias moleculares apolares em que os átomos possuem o mesmo valor de
eletronegatividade.

Ligação covalente dativa


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A ligação covalente dativa ou ligação coordenada ocorre quando um dos átomos
envolvidos na união apresentam sua eletrosfera completa com oito elétrons e o
outro átomo, necessita de dois elétrons para atingir sua estabilidade.

Isso proporciona a união dos átomos por meio de um compartilhamento de dois


elétrons provenientes de um mesmo átomo.

Importante ressaltar que na universidade, o modelo de ligação dativa não é


empregado, isso porque não é necessário escrever na fórmula eletrônica de que
átomos os elétrons vieram.

Ligação metálica

Uma vez que os metais são bons condutores elétricos é de se esperar que eles
possuam em sua estrutura elétrons livres. A ligação metálica é então a ligação
que ocorre entre os metais.

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Exemplo de ocorrência de ligação metálica

Como os metais possuem a tendência de perder elétrons da sua última camada,


ocorre a liberação desses elétrons livres que formam uma nuvem eletrônica
conhecida como “mar de elétrons”. Assim a presença desse mar de elétrons
mantém os átomos metálicos unidos. Contudo, esses átomos não se encontram
com o seu octeto completo e desse modo, a teoria do octeto não é satisfatória
para explicar esse tipo de ligação.

As substâncias metálicas apresentam como característica geral a boa


condutividade de calor e eletricidade, um brilho característico, altos pontos de
fusão e ebulição, maleabilidade e resistência à tração.

Porque os átomos estabelecem ligações químicas?


As ligações químicas entre dois átomos ocorrem quando a energia de união
entre eles for suficiente para formar uma substância estável. Como mencionado
anteriormente, isso ocorre quando se há o objetivo de completar a camada de
valência.
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Polaridade

A polaridade das moléculas é responsável por determinar como ocorrem as


interações entre uma molécula e outra. Esse fato influencia na solubilidade dos
compostos e também na determinação do ponto de fusão e ebulição das
substâncias.

Mas o que, de fato, quer dizer “polaridade” na Química?

De modo geral, polaridade refere-se às moléculas que apresentam um momento


de dipolo elétrico, ou seja, tem a ver com o fato do composto apresentar áreas
com cargas elétricas diferentes (carga positiva e negativa). Se a molécula
possuir essa diferença de cargas, a molécula será polar, se não, apolar.

Considerando os três tipos de ligações existentes, temos que as ligações iônicas


sempre serão polares, enquanto, as ligações covalentes podem ou não possuir
polaridade, uma vez que depende do átomo envolvido na ligação. Logo, a
determinação da polaridade das ligações refere-se a eletronegatividade dos
átomos envolvidos.

Mas além de entender a eletronegatividade envolvida nas ligações, a polaridade


sofre influência de outros fatores como: geometria molecular e também do vetor
do momento dipolar.

Geometria molecular

A geometria molecular é a organização espacial dos átomos de uma molécula.


Desse modo, refere-se a posição que os átomos envolvidos em uma ligação
covalente estão organizados espacialmente em torno do átomo central.

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Essa organização espacial considera a teoria de repulsão dos pares eletrônicos
(TREPV). Segundo essa teoria, os elétrons presentes em uma nuvem eletrônica
localizada ao redor do átomo central repelem-se e assim, alteram o
posicionamento dos átomos da molécula.

Quando falamos em nuvem eletrônica, estamos nos referindo aos pares de


elétrons envolvidos em uma ligação química e também aos elétrons do átomo
central que não estejam realizando ligações. Sendo assim, a nuvem eletrônica é
a região do espaço ocupada por um par de elétrons, podendo ser um par isolado
ou de uma ligação química.

Em resumo, a geometria molecular é dependente do número de ligações que o


átomo central faz. Existem diferentes geometrias e é importante sempre
relacionar a quantidade de átomos na molécula e o número de nuvens
eletrônicas.
Veja alguns exemplos de geometria:

Geometria linear

A geometria linear pode acontecer em dois casos:

● em moléculas diatômicas (formadas por apenas dois átomos), uma vez


que não possuem um átomo central e assim, a localização dos átomos
está em um ângulo de 180o;
● em moléculas com três átomos mas o átomo central não apresenta pares
de elétrons disponíveis.

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Geometria angular

A geometria angular ocorre em moléculas que apresentam dois átomos ligados


ao átomo central, mas o átomo central apresenta pelo menos um par de elétrons
livres. Assim, os átomos se organizam em um ângulo menor que 120o.

Trigonal plana

Ocorre quando o átomo central realiza ligações com três outros átomos, mas não
possui par de elétrons livres.

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Geometria piramidal

A geometria piramidal ou piramidal trigonal acontece quando o átomo central


apresenta 4 nuvens eletrônicas, sendo, 3 provenientes de ligações químicas e 1
do par de elétrons livres no átomo central.

Tetraédrica

A geometria tetraédrica é caracterizada pela presença de 4 ligantes no átomo


central, ou seja, há a presença de 4 nuvens eletrônicas. Nessa geometria, não há
nenhum par de elétrons isolado.

Bipiramidal trigonal, gangorra, forma T e linear

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Essas geometrias estão relacionadas com a presença de 5 nuvens eletrônicas
em torno do átomo central. Em geral, essas configurações referem-se a átomos
que expandiram a camada de valência, ou seja, que não seguem a regra do
octeto e assim, realizam mais ligações.

● Bipiramidal trigonal: 5 nuvens eletrônica provenientes de ligações


químicas;
● Gangorra: 5 nuvens eletrônicas em que 4 são de ligações químicas e 1 de
um par de elétrons disponível no átomo central;
● Forma em T: 5 nuvens eletrônicas em que 3 são de ligações químicas e 2
de pares de elétrons disponível no átomo central;
● Linear: 5 nuvens eletrônicas em que 2 são de ligações químicas e 3 são de
pares de elétrons disponíveis no átomo central.

Octaédrica, pirâmide quadrada e quadrado planar

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Nesses casos, são observadas 6 nuvens eletrônicas ao redor do átomo central. O
ângulo envolvido entre cada nuvem é de 90o.

● Octaédrica: há 6 nuvens eletrônicas provenientes de ligações químicas;


● Pirâmide quadrada: nessa geometria 5 nuvens eletrônicas vem de
ligações químicas, enquanto, 1 é de um par de elétrons livres do átomo
central;
● Quadrado planar: nessa geometria 4 nuvens eletrônicas vem de ligações
químicas, enquanto, 2 são de pares de elétrons livres no átomo central.

Para sintetizar as informações referentes às geometrias moleculares, há uma


tabela liberada pelo Departamento de Química da UFMG para auxiliar na
determinação dessas organizações espaciais.

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fonte: http://zeus.qui.ufmg.br/~qgeral/?attachment_id=546

Nessa tabela, tem-se que:


● NCT → é o número de coordenação total e refere-se a soma dos pares de
elétrons não ligantes e ligantes envolvidos no átomo central;
● PL → são os pares de elétrons ligantes, ou seja, quantas ligações estão
sendo realizadas pelo átomo central;
● PNL → refere-se aos pares de elétrons livres no átomo central.

A geometria molecular permite deduzir a polaridade das moléculas. De modo


geral, temos que:

● Se o número de nuvens eletrônicas no átomo central for igual ao número


de ligantes iguais, a molécula será apolar;

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● Já se o número de ligantes iguais for diferente do número de nuvens no
átomo central, a molécula será polar.

Vetor do momento dipolar resultante

Para determinar o vetor do momento dipolar resultante e assim, visualizar


melhor se a molécula é polar ou não, necessita-se conhecer a geometria
molecular do composto analisado.

Por exemplo, uma molécula de geometria piramidal em que os três ligantes são
os mesmos e apresentam eletronegatividade maior que a do átomo central,
possui dois átomos ligantes dispostos diagonalmente e um posicionado na parte
inferior da molécula.

Como os ligantes são mais eletronegativos, os vetores de cada uma das ligações
possui a direção do átomo central → ligante. Assim, existem dois vetores
diagonais e um para baixo.

No entanto, precisa-se decompor os vetores diagonais que resultam em um


único vetor para baixo. Logo, a molécula tem dois vetores para baixo e é polar
pois resulta em um vetor diferente de 0 ao serem somados (por possuírem
mesmo sentido e direção).

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Interações intermoleculares

De acordo com as características das moléculas como tipo de ligação e


polaridade, elas interagem com outras moléculas de diferentes maneiras. As
forças intermoleculares mostram como ocorrem essas interações entre as
substâncias (entre moléculas iguais ou moléculas diferentes) e podem ser:
dipolo induzido, dipolo permanente e ligação de hidrogênio.

Conhecer as diferentes forças intermoleculares permite entender os pontos de


fusão e ebulição das substâncias e também prever os estados físicos.

Dipolo induzido

As forças de dipolo-induzido - dipolo-induzido são conhecidas como forças de


London e são de baixa intensidade. Esse tipo de interação ocorre entre
moléculas apolares, entre átomos de gases nobres ou então, entre moléculas
apolares e polares.

Nesse tipo de interação, há a formação momentânea de um dipolo elétrico, ou


seja, há a deformação da nuvem eletrônica da molécula. Esses dipolos
instantâneos podem provocar a polarização de moléculas próximas e assim,
conseguem interagir por meio de forças atrativas.

Representação da força intermolecular: dipolo-induzido

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Dipolo permanente

O dipolo permanente ou dipolo-dipolo são forças intermoleculares que ocorrem


entre moléculas polares.

Nessas moléculas, os elétrons não estão uniformemente distribuídos e assim,


ocorre a formação de dois polos: um positivo e outro negativo. O polo negativo é
formado pela região em que há a maior densidade eletrônica, enquanto o polo
positivo forma-se devido a baixa densidade de elétrons na região.

Desse modo, ocorre a formação de uma força de atração entre polos opostos, ou
seja, o polo positivo interage com o polo negativo das outras moléculas e
vice-versa. Essa interação é característica das forças intermoleculares
conhecidas como dipolo-dipolo.

Representação da força intermolecular: dipolo-dipolo

Além disso, essas regiões de densidades eletrônicas diferentes são permanentes


nas moléculas polares e por isso, essa interação é mais forte que a de dipolo
induzido.

Ligação de hidrogênio

As ligações de hidrogênio são as interações intermoleculares mais intensas. É


um dipolo permanente, no entanto, o polo positivo sempre é formado por um
átomo de hidrogênio, enquanto o polo negativo é formado por flúor, oxigênio ou
nitrogênio. Como esses átomos (F, O, N) são os mais eletronegativos, eles tendem

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a atrair mais fortemente os elétrons para si ficando com uma densidade
eletrônica elevada.

Um exemplo dessa interação é entre as moléculas de água. As ligações de


hidrogênio são estabelecidas entre o átomo de oxigênio de uma molécula e o
átomo de hidrogênio de outra, ou seja, há a atração desses átomos em diferentes
moléculas de água.

Representação da força intermolecular: ligação de hidrogênio

Em estado líquido, essas interações ocorrem em todos os sentidos e promovem


a formação de uma tensão superficial na água. O que acontece é que as
moléculas de água da superfície em estado líquido interagem por ligações de
hidrogênio apenas com moléculas que se encontram abaixo ou ao lado e não
acima, uma vez que não há moléculas “acima”. Desse modo, há uma intensa
atração para o interior da solução que proporciona a formação de uma película
na superfície.

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CADERNO DE QUESTÕES
Apostila 7 - Substâncias
moleculares

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1. (ENEM 2011) No processo de industrialização da mamona, além do óleo que
contém vários ácidos graxos, é obtida uma massa orgânica, conhecida como
torta de mamona. Esta massa tem potencial para ser utilizada como fertilizante
para o solo e como complemento em rações animais devido a seu elevado valor
proteico. No entanto, a torta apresenta compostos tóxicos e alergênicos
diferentemente do óleo da mamona. Para que a torta possa ser utilizada na
alimentação animal, é necessário um processo de descontaminação.
Revista Química Nova na Escola. V. 32, no 1, 2010 (adaptado).

A característica presente nas substâncias tóxicas e alergênicas, que inviabiliza


sua solubilização no óleo de mamona, é a

(a) lipofilia.

(b) hidrofilia.

(c) hipocromia.

(d) cromatofilia.

(e) hiperpolarização.

2. (ENEM 2011) A pele humana, quando está bem hidratada, adquire boa
elasticidade e aspecto macio e suave. Em contrapartida, quando está ressecada,
perde sua elasticidade e se apresenta opaca e áspera. Para evitar o ressecamento
da pele é necessário, sempre que possível, utilizar hidratantes umectantes, feitos
geralmente à base de glicerina e polietilenoglicol:

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A retenção de água na superfície da pele promovida pelos hidratantes é
consequência da interação dos grupos hidroxila dos agentes umectantes com a
umidade contida no ambiente por meio de

(a) ligações iônicas.

(b) forças de London.

(c) ligações covalentes.

(d) forças dipolo-dipolo.

(e) ligações de hidrogênio.

3. (ENEM 2012) Quando colocados em água, os fosfolipídeos tendem a formar


lipossomos, estruturas formadas por uma bicamada lipídica, conforme
mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar em
um novo lipossomo.

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Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídios apresentarem uma
natureza

(a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.

(b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.

(c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.

(d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua estrutura.

(e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

4. (ENEM 2013) As fraldas descartáveis que contêm o polímero poliacrilato de


sódio (1) são mais eficientes na retenção de água que as fraldas de pano
convencionais, constituídas de fibras de celulose (2).

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A maior eficiência dessas fraldas descartáveis, em relação às de pano, deve-se
às

(a) interações dipolo-dipolo mais fortes entre o poliacrilato e a água, em relação


às ligações de hidrogênio entre a celulose e as moléculas de água

(b) interações íon-íon mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água, em


relação às ligações de hidrogênio entre a celulose e as moléculas de água

(c) ligações de hidrogênio mais fortes entre o poliacrilato e a água, em relação às


interações íon-dipolo entre a celulose e as moléculas de água

(d) ligações de hidrogênio mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de


água, em relação às interações dipolo induzido-dipolo induzido entre a celulose
e as moléculas de água.

(e) interações íon-dipolo mais fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água,


em relação às ligações de hidrogênio entre a celulose e as moléculas de água.

5. (ENEM 2014) A forma das moléculas, como representadas no papel, nem


sempre é planar. Em um determinado fármaco, a molécula contendo um grupo
não planar é biologicamente ativa, enquanto moléculas contendo substituintes
planares são inativas.

O grupo responsável pela bioatividade desse fármaco é

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6. (ENEM 2015) Pesticidas são substâncias utilizadas para promover o controle
de pragas. No entanto, após sua aplicação em ambientes abertos, alguns
pesticidas organoclorados são arrastados pela água até lagos e rios e, ao passar
pelas guelras dos peixes, podem difundir-se para seus tecidos lipídicos e lá se
acumularem.

A característica desses compostos, responsável pelo processo descrito no texto,


é o(a)

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(a) baixa polaridade.

(b) baixa massa molecular.

(c) ocorrência de halogênios.

(d) tamanho pequeno das moléculas.

(e) presença de hidroxilas nas cadeias.

7. (ENEM 2016) Os tensoativos são compostos capazes de interagir com


substâncias polares e apolares. A parte iônica dos tensoativos interage com
substâncias polares, e a parte lipofílica interage com as apolares. A estrutura
orgânica de um tensoativo pode ser representada por:

Esse arranjo é representado esquematicamente por:

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8. (ENEM 2016) A lipofilia é um dos fatores fundamentais para o planejamento de
um fármaco. Ela mede o grau de afinidade que a substância tem com ambientes
apolares, podendo ser avaliada por seu coeficiente de partição.

Em relação ao coeficiente de partição da testosterona, as lipofilias dos


compostos 1 e 2 são, respectivamente,

(a) menor e menor que a lipofilia da testosterona.

(b) menor e maior que a lipofilia da testosterona.

(c) maior e menor que a lipofilia da testosterona.

(d) maior e maior que a lipofilia da testosterona.

(e) menor e igual que a lipofilia da testosterona.

9. (ENEM 2016) O carvão ativado é um material que possui elevado teor de


carbono, sendo muito utilizado para a remoção de compostos orgânicos voláteis
do meio, como o benzeno. Para a remoção desses compostos, utiliza-se a
adsorção. Esse fenômeno ocorre por meio de interações do tipo intermoleculares

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entre a superfície do carvão (adsorvente) e o benzeno (adsorvato, substância
adsorvida).

No caso apresentado, entre o adsorvente e a substância adsorvida ocorre a


formação de:

(a) Ligações dissulfeto.

(b) Ligações covalentes.

(c) Ligações de hidrogênio.

(d) Interações dipolo induzido – dipolo induzido.

(e) Interações dipolo permanente – dipolo permanente.

10. (ENEM 2017) Partículas microscópicas existentes na atmosfera funcionam


como núcleos de condensação de vapor de água que, sob condições adequadas
de temperatura e pressão, propiciam a formação das nuvens e
consequentemente das chuvas. No ar atmosférico, tais partículas são formadas
pela reação de ácidos (HX) com a base NH3, de forma natural ou antropogênica,
dando origem a sais de amônio (NH4X), de acordo com a equação química
genérica:

HX(g) + NH3(g) → NH4X(s)

FELIX, E. P.; CARDOSO, A. A. Fatores ambientais que afetam a precipitação


úmida. Química Nova na Escola, n. 21, maio 2005 (adaptado).

A fixação de moléculas de vapor de água pelos núcleos de condensação ocorre


por

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(a) ligações iônicas.

(b) interações dipolo-dipolo.

(c) interações dipolo-dipolo induzido.

(d) interações íon-dipolo.

(e) ligações covalentes.

11. (ENEM 2018) Alguns materiais sólidos são compostos por átomos que
interagem entre si formando ligações que podem ser covalentes, iônicas ou
metálicas. A figura apresenta a energia de potencial de ligação em função da
distância interatômica em um sólido cristalino. Analisando essa figura,
observa-se que, na temperatura de zero kelvin, a distância de equilíbrio da
ligação entre os átomos (R0) corresponde ao valor mínimo de energia potencial.
Acima dessa temperatura, a energia térmica fornecida aos átomos aumenta sua
energia cinética e faz com que eles oscilem em torno de uma posição de
equilíbrio média (círculos cheios), que é diferente para cada temperatura. A
distância de ligação pode variar sobre toda a extensão das linhas horizontais,
identificadas com o valor da temperatura, de T1 a T4 (temperaturas crescentes).

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O deslocamento observado na distância média revela o fenômeno da

(a) ionização.

(b) dilatação.

(c) dissociação.

(d) quebra de ligações covalentes.

(e) formação de ligações metálicas.

12. (ENEM 2019) Por terem camada de valência completa, alta energia de
ionização e afinidade eletrônica praticamente nula, considerou-se por muito
tempo que os gases nobres não formariam compostos químicos. Porém, em
1962, foi realizada com sucesso a reação entre o xenônio (camada de valência
5s25p6) e o hexafluoreto de platina e, desde então, mais compostos novos de
gases nobres vêm sendo sintetizados. Tais compostos demonstram que não se
pode aceitar acriticamente a regra do octeto, na qual se considera que, numa

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ligação química, os átomos tendem a adquirir estabilidade assumindo a
configuração eletrônica de gás nobre. Dentre os compostos conhecidos, um dos
mais estáveis é o difluoreto de xenônio, no qual dois átomos do halogênio flúor
(camada de valência 2s22p5) se ligam covalentemente ao átomo de gás nobre
para ficarem com oito elétrons de valência.

Ao se escrever a fórmula de Lewis do composto de xenônio citado, quantos


elétrons na camada de valência haverá no átomo do gás nobre?

(a) 6.

(b) 8.

(c) 10.

(d) 12.

(e) 14.

13. (ENEM 2020) A obtenção de óleos vegetais, de maneira geral, passa pelas
etapas descritas no quadro.

Qual das subetapas do processo é realizada em função apenas da polaridade das


substâncias?

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(a) Trituração.

(b) Cozimento.

(c) Prensagem.

(d) Extração.

(e) Destilação.

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CADERNO DE RESOLUÇÕES
Apostila 7 - Substâncias
moleculares

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1. De acordo com o texto, o óleo de mamona é composto por diferentes ácidos
graxos. Sendo assim, é um líquido apolar.

Já as substâncias tóxicas e alergênicas não estão presentes no óleo de mamona,


tratando-se então de substâncias polares e por isso, acabam não sendo
solubilizadas no óleo.

Desse modo, a característica presente nessas substâncias é a hidrofilia que


corresponde ao fato de que substâncias polares não se solubilizam em
substâncias apolares.

Resposta: B

2. A água é uma molécula polar que realiza ligações de hidrogênio entre suas
moléculas e moléculas que apresentam átomos eletronegativos.

Analisando a estrutura da glicerina e do polietilenoglicol verifica-se a presença


de átomos de OH que estabelecem ligações de hidrogênio com as moléculas de
água.

Resposta: E

3. Por meio da representação mostrada pela imagem no enunciado, temos que


os fosfolipídios apresentam duas partes. Uma das partes, representada por um
círculo, está em contato com o meio aquoso, ou seja, é uma parte hidrofílica da
molécula (parte polar).

Já a parte representada pelas linhas corresponde a parte hidrofóbica da


molécula (parte apolar).

Desse modo, os fosfolípidios são moléculas anfifílicas (parte polar e apolar).

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Resposta: E

4. O que promove a maior eficiência das fraldas descartáveis em relação às


fraldas de pano é a interação por íon-dipolo mais forte entre o poliacrilato e a
água do que às ligações de hidrogênio que ocorrem nas fraldas de pano entre a
celulose e a água.

Resposta: E

5. Todas as moléculas são derivadas do metano (CH4) em que um dos átomos de


H foi substituído por um outro substituinte. Analisando cada um dos casos, nas
alternativas b, c, d e e, os substituintes são planares.

A molécula do metil-ciclohexano não assume naturalmente uma conformação


planar devido às tensões angulares presentes no anel. Desse modo, deverá
possuir conformação em cadeira para minimizar essas tensões, não sendo uma
molécula plana e biologicamente ativa.

Resposta: A

6. A questão aborda o acúmulo de compostos organoclorados nos tecidos


lipídicos dos peixes. Para que isso aconteça, esses compostos devem possuir
baixa polaridade, uma vez que se dissolvem nos tecidos lipídicos (baixa
polaridade).

Resposta: A

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7. Os tensoativos apresentam uma parte apolar e outra polar. Logo, a parte polar
irá interagir com a água, mas a cadeia carbônica que é apolar, não, resultando no
esquema mostrado em C.

Resposta: C

8. Como a lipofilia mede a afinidade por compostos apolares, quando X for H ou


CH3 terá caráter apolar maior que quando X for OH, uma vez que, a molécula será
polar.

Como na testosterona, o grupo X é um grupo OH e nos compostos 1 e 2, os grupos


X são, H e CH3, respectivamente, a lipofilia desses compostos é maior que a
lipofilia da testosterona.

Resposta: D

9. Tanto o benzeno (C6H6) quanto o carvão ativado (C), não apresentam grupos
polares em suas estruturas, sendo portanto, compostos apolares. Logo, para a
adsorção é necessário a formação de interações dipolo induzido-dipolo induzido.

Respostas: D

10. A reação apresentada mostra a formação de um composto iônico. A


fixação das moléculas de água ocorre devido a interações íon-dipolo. Esse
fato se dá uma vez que a molécula de água apresenta momento dipolo por
ser uma molécula polar e interage com os íons NH4+ e X–.

Resposta: D

11. Os íons encontram-se em constante agitação, sendo proporcional à


temperatura. Ao ser elevada, a temperatura proporciona o aumento da distância

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de equilíbrio da ligação entre os átomos (R0), relacionada com a amplitude da
oscilação.

Ou seja, há uma variação no comprimento da ligação com o aumento da


temperatura, caracterizando uma dilatação.

Resposta: B

12. O difluoreto de xenônio apresenta a fórmula: XeF2.

De acordo com a notação de Lewis:

Logo, para o difluoreto de xenônio, o flúor deverá apresentar oito elétrons na


camada de valência, enquanto o xenônio dez.

Resposta: C

13. O óleo bruto é apolar e portanto, se dissolve em líquidos apolares, como é o


caso do hexano. Assim, o processo de extração é o que envolve o conceito de
polaridade das substâncias.

Resposta: D

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