Um grupo de verbos que funcionam como auxiliares, quando se juntam a Infinitivo ou Gerúndio, e, em certas situações, comportam-se como uma locução verbal. Em suma, atrelado a esses verbos, o Infinitivo tem seus segredinhos.
Causativos: verbos exprimindo uma ação que leva a uma
consequência: mandar, deixar, fazer (e seus sinônimos). Sensitivos: indicam a presença de um dos sentidos: ver, sentir, olhar, ouvir (e seus sinônimos). O técnico do jogo mandou-os repousar. Quem é o sujeito da primeira oração? O técnico. Mandou quem repousar? “os”, pronome oblíquo referente a “eles”, 3a. pessoa plural. Não se flexiona o verbo no Infinitivo.
O professor ordenou-nos parar com o barulho.
Quem ordenou? Professor, sujeito da primeira oração. Ordenou quem? “Nos”, pronome oblíquo correspondente a “nós”. 1a. pessoa plural. Mesmo caso: Infinitivo no singular. Observação importante! Nunca podemos substituir o pronome oblíquo pelo pronome do caso reto respectivo, na presença de verbos causativos e sensitivos. Exemplos: O técnico mandou eles…(errado!), O professor mandou nós…(errado!). Mandei ela (nunca!), Vi eles (nunca!) O sujeito vem antes do Infinitivo: o verbo será flexionado: Deixei os cachorros fugirem. Sujeito da 1a. oração? Eu, oculto. Sujeito da 2a.? Os cachorros. O sujeito vem antes do verbo e está no plural, o Infinitivo vai para o plural. E se trocarmos o substantivo pelo pronome oblíquo correspondente? Meu vizinho não os viu pular seu muro. Resposta: Não se conjuga o Infinitivo. Se o Infinitivo é pronominal, reflexivo ou exprimir reciprocidade, mesmo que venha antes do sujeito, sua flexão é obrigatória: Deixou perderem-se da mãe os cachorrinhos (Infinitivo reflexivo, portanto, conjugado). Fizemos de tudo para não nos atrasarmos à reunião (mesmo caso acima). Perdido no meio da floresta, o menino ouvia os bombeiros chamarem-lhe o nome (Infinitivo pronominal, conjugado). A professora viu os alunos abraçarem-se (reciprocidade, Infinitivo no plural).