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Em síntese, tem por objecto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que
integram a administração pública, regra todas as actividades administrativas do estado.
Necessidades de cultura
Necessidades de segurança
Necessidades de bem-estar
A administração directa é aquela pelo qual o estado através dos seus poderes executa
directamente as suas funções. Nesse caso, os órgãos não se encontram dotados de
personalidade jurídica própria, patrimonial, nem se quer autonomia administrativa.
1975
1990
2004
Descentralização em Moçambique
A descentralização em Moçambique tem como objectivos o aprofundamento da
democracia, garantir a participação dos cidadãos na solução dos problemas próprios das
comunidades e promover o desenvolvimento local. A Descentralização em Moçambique
assume duas formas: a Desconcentração administrativa (dos órgãos centrais do Estado
para os órgãos locais do Estado) e a Descentralização propriamente dita ou
Descentralização política ou Devolução (dos órgãos centrais do Estado para as autarquias
locais). A Descentralização propriamente dita obedece os seguintes princípios:
1. Autonomia administrativa dos municípios (poderes de decisão sem subordinação aos
órgãos centrais;
2. Autonomia financeira (poder de usufruir de receitas próprias e de as administrar de
acordo com os programas orçamentais da sua exclusiva responsabilidade);
O desenvolvimento económico é indissociável de um processo de reformas visando a
modernização e melhoria da capacidade do Estado. No entanto, estas reformas têm que
estar em sintonia com o modelo económico que se pretende seguir, de modo que o Estado
seja municiado das capacidades adequadas para Desempenhar o papel que dele se espera.
2018
A administração pública passou a ser analisada na CRM a partir dos artigos 248 ss e
foram introduzidos os artigos 267 ss relativos a Descentralização.
Quanto ao fim a administração pública visa prosseguir o interesse público, esta não tem
como base a obtenção de lucro mais sim importa garantir e manter o bem-estar da
colectividade através dos serviços necessários para o desenvolvimento social.
Privilégio de execução prévia – é a faculdade que a administração pública tem, que lhe
permite implementar suas decisões mesmo antes da intervenção dos tribunais. Este é o
poder mais importante que administração tem.
Outra diferença entre estes dois tipos de administração que habitualmente não é posta em
causa, mas que é muito importante são os limites que a lei estabelece para a administração
pública e que em regra os particulares não estão sujeitos.
Agora fica claro que num caso as necessidades são satisfeitas de forma directa e noutros
de forma indirecta.
Gestão pública
Além disto, também haverá a pressão política, que sempre se faz presente neste tipo de
situação, havendo assim forte presença de lideranças políticas nas decisões de empresas
públicas, por exemplo.
Gestão privada
Já a gestão privada, como o próprio nome sugere, é o tipo de gestão visto em empresas
privadas, que são geridas de modo mais profissional e que sempre visam os melhores
resultados possíveis. A gestão privada não apresenta a interferência de políticos e não
leva em conta planos e projetos de governo, sendo mais independente neste sentido do
que a gestão pública.
Muito do que se utiliza positivamente na gestão privada pode e deve ser utilizado na
gestão pública, desde que os princípios do que é conceitualmente público sejam
protegidos e respeitados.
A gestão privada recebe dos seus clientes a maior parte dos seus recursos; na gestão
pública há costeio pelos contribuintes
No sector público essa preocupação tem que ser alicerçada no dever e no interesse dos
cidadãos, a meta é o atendimento de todos os cidadãos, ao menos custo possível.
O Estado, para conseguir atingir os seus fins terá que prosseguir certas funções.
A função administrativa distingue-se de cada uma das outras pelos fundamentos que se
seguem:
1) A função política incide sobre a prática de actos que respeitam de modo directo e
imediato o poder político. Tem um fim específico: definir o interesse geral da
colectividade. A função administrativa realiza em temos concreto o interesse geral
definido pela função política.
A política tem uma natureza criadora, cabendo-lhe em cada momento inovar em todo
quanto seja fundamental para a conservação e desenvolvimento da comunidade. De outro
modo a administração pública tem uma natureza executiva, consistindo sobretudo em pôr
em prática as orientações tomadas a nível político. Mas a política e a administração não
são actividades dispersas. Isto é, sofrem influências uma da outra. Em regra, toda a
administração pública, além da actividade administrativa, é também execução ou
desenvolvimento de uma política
Existem situações em que a própria lei se deixa completar por actos da administração.
Podemos concluir então que todas as funções do Estado, apesar das suas diferenças, estão
intimamente interligadas e que qualquer destas é essencial para a prossecução dos fins do
estado, independentemente de ser primária ou secundária. Mesmo sendo secundária, a
função administrativa é uma actividade pública crucial para a satisfação das necessidades
colectivas existentes em cada momento histórico e consoante as opções constitucionais
ou legislativas previamente consideradas relevantes.
A função Administrativa é uma das funções básicas do Estado (ou de seus delegados),
aquela que, no respeito pelo quadro legal e sob a direcção dos representantes da
colectividade, desenvolve as actividades necessárias para a realização de fins públicos do
estado.
Sistema tradicional
É o mais antigo, incide sobre a concentração de poderes, visto que, o poder encontra-se
concentrado nas mãos do monarca. Em que o rei detém todos os poderes executivo,
legislativo e judiciário. Podemos ter como exemplo: Suazilândia e Lesoto.
Características
Em poucas palavras
Mudanças:
- Estado de direito
Hoje a França é um país descentralizado e serve de modelo para muitos outros países.
Este sistema surge na Inglaterra, era chamado judiciário porque era considerado o sistema
mais importante, ou seja, o judiciário detinha maior poder.
O direito administrativo, não regula toda actividade da administração, mas somente uma
parte dela, pois não regula actividade administrativa de gestão privada, mas apenas
actividade administrativa de gestão pública.
Pode ainda ser definido, como um conjunto de princípios e regras jurídica s que regulam
a actividade da administração pública, em que prevalece a prossecução do interesse
publico.
Das três normas, as primeiras duas organizacionais e funcionais são normais internas da
administração pública
As terceiras normas relacionais, tem impacto exterior por consequência disto, elas são as
mais importantes em relação aos outros dois tipos.
Juventude (É um direito jovem quando comparado com o direito privado, este surge como
as duas grandes revoluções burguesas na Inglaterra e na França).
Codificação parcial (na medida em que não esta totalmente codificado, o encontramos
em muitas leis esparsas).
Conferir autoridade como poder a administração pública para ela se sobrepor aos
particulares em defesa dos interesses públicos.
Proteger direitos e interesses legítimos dos particulares e evitar excessos por parte
da administração.
A doutrina os estudos que são feitos pelos doutrinadores, pelos juristas a respeito do
nosso sistema administrativo. Influencia não só na formação das leis, como também nas
São distintos pelo seu objecto, uma vez que enquanto o Direito Privado se ocupa das
relações estabelecidas entre particulares entre si na vida privada, o Direito Administrativo
ocupa-se da Administração Pública e das relações do Direito Público que se travam entre
ela e outros sujeitos de Direito, nomeadamente os particulares.
No plano da técnica jurídica, isto é, no campo dos conceitos e dos instrumentos técnicos,
o Direito Administrativo começou por ir buscar determinadas noções de Direito Civil.
O Direito Administrativo contribui para dar sentido ao Direito Constitucional, bem como
para o completar e integrar.
Existem questões pelo direito interno ou pelos tratados e convenções. Como as normas
do direito administrativo não são apenas internas, ou seja, em virtude das relações
internacionais demandarem tratados e convenções muitas vezes unificadores das normas
internas de diferentes países, temos a relevante importância no direito administrativo dos
mesmos tratados e convenções. Temas como leis de polícia de saúde pública, aduaneiras,
radiotelegrafia, polícia social (repressão de tóxicos e outros), tráfico de mulheres e
crianças, propriedade industrial e literária, extradição e entrada de estrangeiros podem ser
elencados.
Ciências Sociais
Existem várias leis de difícil compreensão, em que não se consegue perceber o seu
conteúdo e alcance. Se a norma existe, ela deve ser interpretada. Nisso, temos várias
espécies de interpretação, métodos e várias interpretações quanto à sua extensão. Espécies
de interpretação: legislativa, doutrinária, judicial, administrativa, popular. E também
existem vários Métodos: lógico, teleológico, gramatical, sistémico, histórico... Quanto à
extensão: extensiva e restritiva;
Obviamente que a definição do direito não apenas corresponde àquilo que a lei exprime
e, que se deve endereçar a interpretação, num esforço em alcançar finalmente o que o
legislador não conseguiu bem expressar de forma clara e segura. Tal actividade nem
sempre foi do intérprete.
Isto significa que a interpretação não deve admitir o absurdo, e deve procurar fixar a
intenção que se quer traduzir, sem o invalidar.
O Direito Administrativo não tem interpretação própria que se deve seguir, mas, guiados
pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, devemos adoptar
posicionamento mais favorável à preservação daquilo que é público em detrimento do
que for privado numa relação jurídica. De forma análoga, deve-se, por força do princípio
protector do Direito interpretar a lei e os fatos sempre mais favoravelmente aos
cidadãos/colectividade.
Actualmente, porém, essa interpretação, por si só, mostra-se é insuficiente para conduzir
o intérprete ao bom resultado conclusivo, sendo necessário que os elementos por estes
fornecidos sejam articulados com os demais, propiciados pelas outras espécies de
interpretação.
Integração de lacunas
As leis não são completas, existem casos omissos e lacunas, e é preciso saber como é que
se vão preencher esses casos omissos. Integrar essas lacunas.
Existem vários princípios da administração pública, alguns deles, certos autores abordam
de forma conjunta pelas relações existentes entre eles e outro tratam de forma
individualizada. Sendo assim, vamos fundamentar alguns princípios.
Ex: A administração pública toma uma decisão que entra em choque com a lei, o cidadão
tem que cumprir a lei e não aquilo que a administração pública determinou.
2- Reserva da lei – nenhum acto administrativo inferior pode ser praticado sem
fundamento legal.
Ex: quando um condutor esta na via pública e se depara com um cidadão uniformizado
de polícia trânsito, para e cumpri as regras presume-se que esta perante um trânsito até
que se prove o contrário.
Das três nem todas elas são excepções no nosso ordenamento jurídico, ao P. legalidade
somente o estado de necessidade pode afastar a lei. Em situações anormais emergenciais
(vida) permite-se violar a lei mais tendo que indemnizar os danos causados.
As outras duas são falsas excepções porque os actos do governo que são actos de
soberania devem ser realizados com base na lei.
Poder discricionário - é a faculdade o poder que a Administração pública tem que lhe
permite entre várias soluções possíveis e previstas na lei escolher, seleccionar aquela que
se mostrar mais adequada para resolver o caso concreto. E deve-se escolher a forma
menos prejudicial aos cidadãos.
Princípio da justiça e imparcialidade – traduz que a justiça não deve ser determinada
em função da amizade ou inimizade para qualquer das partes num litígio. Deve julgar e
tratar as partes em pé de igualdade. Na sua actuação a administração pública e os seus
órgãos da administração devem abster-se de praticar actos ou tomar decisões que visem
interesses próprios.
Interesse público primário – é aquele cuja definição compete aos órgãos governativos do
Estado, no desempenho das suas funções política e legislativa.
Interesse público secundário são aqueles cuja definição é feita pelo legislador, mais cuja
satisfação cabe à administração Pública no desempenho da função administrativa.
Vimos que a administração pública é composta por várias entidades públicas (o estado,
as empresas publicas, autarquias locais e associações publicas), o direito administrativo
não trata apenas das questões das entidades públicas, também versa sobre algumas
questões de entidades privadas, essencialmente as que pela actividade a que se dedicam
não podem deixar de ser consideradas do interesse publico. Estas são chamadas
instituições particulares de interesse público e ficam sujeitas por lei em certa medida a
um regime parcialmente traçado pelo direito administrativo. Assim sendo considera-se
um regime misto por conter normas administrativas e normas privadas. Trata-se de
entidades que são ao mesmo tempo privadas e revestem interesse público.
a) Nem sempre a administração pública consegue arcar com todas as tarefas que é
necessário desenvolver em prol da colectividade, sendo algo difícil de alcançar,
assim sendo confere as empresas privadas a missão desempenhar a função
administrativa. Exemplo: Concessão de serviços públicos de obras públicas ou do
domínio público.
b) A lei considera que um certo número de colectividades privadas são de tal forma
relevantes no plano do interesse colectivo que, as nacionalizar, submete-las a uma
fiscalização permanente ou mesmo a uma intervenção por porte da administração
pública.
Do ponto de vista do direito aplicável, o regime jurídico que as tais instituições estão
sujeitas e misto sendo de direito publico e direito privado.
Regime jurídico
Entre prerrogativas e privilégio das sociedades de interesse colectivo podemos citar três
importantes:
Isenções fiscais;
Direito de requer ao estado a expropriação por titularidade pública de terrenos que
necessitem para se instalar;
Possibilidade de beneficiar, quanto as obras que empreendem do regime das
empreitadas de obras públicas.
Critério da capacidade jurídica – pessoa colectiva publica é aquela que age actua
com poderes de autoridade com superioridade relativamente ao privado (ius imperi)
e a pessoa privada age de acordo com a autonomia, igualdade das partes.
Para que se verifique pessoa colectiva pública deve se ter em conta os tais critérios,
assim pessoas colectivas públicas criadas por iniciativa publica para assegurar a
Quanto a competência
c) Órgãos centrais e locais: órgãos “centrais” são aqueles que têm competência
sobre todo o território nacional; órgãos “locais” são os que têm a sua competência
limitada a uma circunscrição administrativa, ou seja, apenas a uma parcela do
território nacional.
d) Órgãos primários, secundários e vicários: órgãos “primários” são aqueles que
dispõem de uma competência própria para decidir as matérias que lhes estão
confiadas; órgãos “secundários” são os que apenas dispõem de uma competência
delegada; e órgãos “vicários” são aqueles que só exercem competência por
substituição de outros órgãos.
Quanto a finalidade
Os fins das pessoas colectivas públicas chamam-se “atribuições”. Estas são por
conseguinte, os fins e interesses que a lei incumbe as pessoas colectivas públicas de
prosseguir.
Qualquer órgão da Administração, ao agir, conhece e encontra pela frente uma dupla
limitação: pois por um lado, está limitado pela sua própria competência – não podendo,
nomeadamente, invadir a esfera de competência dos outros órgãos da mesma pessoa
colectiva –; e, por outro lado, está limitado pelas atribuições da pessoa colectiva em cujo
nome actua – não podendo, designadamente, praticar quaisquer actos sobre matéria
estranha às atribuições da pessoa colectiva a que pertence.
Os praticados apenas fora da competência do órgão que os prática são actos anuláveis.
Estes pelo contrário são de cumprimento obrigatório tanto para os particulares como para
os funcionários. Estes podem ser recorríveis dentro dos prazos estabelecidos por lei
apenas perante o tribunal administrativo.
Tudo depende de a lei ter repartido, entre os vários órgãos da mesma pessoa colectiva,
apenas competência para prosseguir as atribuições desta, ou as próprias atribuições com
a competência inerente.
Competência em Especial
O primeiro princípio que cumpre sublinhar desde já é o de que a competência só pode ser
conferida, delimitada ou retirada pela lei: é sempre a lei que fixa a competência dos órgãos
da Administração Pública. É o princípio da legalidade da competência, também expresso
às vezes, pela ideia de que a competência é de ordem pública.
1) A competência não se presume: isto quer dizer que só há competência quando a lei
inequivocamente a confere a um dado órgão.
A distribuição de competências pelos vários órgãos de uma pessoa colectiva pode ser feita
em função de quatro critérios:
1) Em razão da matéria; quando. Distribui os assuntos que cada órgão vai tratar.
Um acto administrativo praticado por certo órgão da Administração contra as regras que
delimitam a competência dir-se-á ferido de incompetência.
Espécies de Competências
Por seu turno, dentro da competência própria, há ainda a considerar três sub-hipóteses:
Competência separada;
Competência reservada;
Competência exclusiva;
Competência exclusiva – quando a lei confere ao subalterno competência para a
pratica de actos administrativos definitivos e executórios e que deles não cabem
qualquer recurso hierárquico podendo o subalterno receber recomendações do
Delegação de poderes ocorre quando um órgão competente permite que outro órgão que
não tem competência originária exerça.
Existem poderes que não passiveis de delegação, só se pode delegar poderes delegáveis.
Por vezes pode ocorrer a existência do subdelegado permitido pelo delegado.
Há alguns tempos o delegado não podia sub delegar (delegatus no poteste delegare), mais
hoje é possível desde que seja permitido por lei e pelo delegante ao abrigo do artigo 43
da Lei 14.
Delegação permite que as tarefas da administração não parem, é um acto precário porque
a delegação pode terminar a qualquer momento desde que os motivos que originou
tenham sido ultrapassados, só assim pode se dar finda a delegação.
Por revogação;
Os actos praticados pelo delegado e o subdelegado que actos teriam sido praticados pelo
delegante.
1º Delegação genérica
2º Delegação específica
3º Delegação ampla
4º Delegação restrita
5º Delegação hierárquica
7º Delegação de 1º grau
Delegação de 2º grau
Suplência- ocorre quando o titular de um órgão administrativo não pode exercer o seu
cargo, por ausência, falta, ou impedimento, ou por vagatura de cargo, a lei manda que as
respectivas funções sejam asseguradas, transitoriamente por um suplente. Na suplência
há um órgão que passa a ser novo titular ainda que provisório.
Delegação tácita - por vezes a lei depois de definir a competência de um certo órgão A,
determina que essa competência, ou parte dela, se considerara delegado noutro órgão B,
se e enquanto o primeiro A, nada disser em contrário. NB: não é delegação, é uma figura
parecida com delegação.
- Centralização/ descentralização
- Concentração/desconcentração
Centralização
Na gestão da coisa pública existe uma única pessoa colectiva publica que faz a gestão da
coisa pública. Exemplo o Estado.
Descentralização
Quando existe mais de duas pessoas colectivas publicas que faz a gestão da coisa publica.
Exemplo, Estado, Empresas Públicas, associações públicas (Moçambique segue esse
sistema).
Concentração
Centralizado Descentralizado
Concentrado Desconcentrado
Desconcentração