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MÓDULO II
I – A Constituição Federal na ótica
das Igrejas
II – As Igrejas e o Código Civil em
vigor Lei 10.406/02
III – Direito e Legislação para pastores,
capelães e Igrejas
IV – Direito trabalhista e Previdenciário
do Pastor
V – Tributos e Impostos para igrejas
VI – Elaboração de Estatutos para
igrejas, associações e Ongs.
Rua Brigadeiro Tobias nº 247 - Cj. 1219 –- bairro Santa Efigênia - São Paulo-SP CEP 01032-000
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MÓDULO II
Sumário
DISCIPLINAS/UNIDADES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Lembre-se que você não está sozinho, ou sozinha colocamos a sua disposição para
tirar suas dúvidas em relação aos conteúdos, atividades, e exercícios no decorrer do
curso.
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O pastor deve conhecer as Leis básicas que apóiam e normatizam o sistema brasileiro
de igrejas e associações. A Constituição de um país é o conjunto de artigos maiores
que dominam a nação, que fornecem as regras de conduta para todos os habitantes do
território. É o esqueleto e ossada de todas as leis e códigos da pátria. Nenhuma lei
menor seja nível federal, estadual ou municipal, não pode ferir ou ir contra a Lei Maior,
que é Magna. A Carta Magna pode e deve ser modificada, de quando em quando, pelo
Congresso Nacional, para ajustar-se com a nova realidade que a cada dia vai surgindo,
pois, a lei deve ser social e dinâmica, devendo acompanhar a evolução de um povo.
A de 1937 foi a 4ª. Getúlio Vargas fechou o Congresso, tornou-se ditador e teve apoio
das Forças Armadas. Copiou a Constituição da Polônia, por isso teve apelido de
“Polaca”. Passou a controlar os sindicatos, ampliou o poder, proibiram greve e
organização de partidos políticos. Criou censura para a comunicação e governava
apenas por Decretos-Leis.
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Em 1967, a 6ª. Em 1964, João Goulart foi deposto pelos militares, com o apoio da elite,
banqueiros e industriais. Cassaram os deputados contrários ao regime e convocaram
juristas para elaborarem a 6ª Constituição e a entregaram ao Congresso, que teve 42
dias para aprová-la.
Em 1969, foi feita uma emenda para torná-la mais autoritária ainda. O executivo ficou
com enormes poderes e a eleição do presidente tornou-se indireta – feita por um
Colégio Eleitoral; criou-se o bipartidarismo; a censura voltou a existir ferrenhamente.
Cada AI (ato inconstitucional) fortalecia mais ainda o presidente militar. Depois, na
década passada, aceitaram o colégio escolher civis para presidente e, afinal, a
campanha DIRETAS JÁ trouxe a democracia total para o povo brasileiro.
Qualquer religioso pode abrir uma porta (igreja), registrar em cartório de registros de
pessoas jurídicas, inscrever-se perante o CNPJ, e obter alvará de funcionamento na
Prefeitura.
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Cada grupo de religião juridicamente é distinto por uma razão social, que quase
sempre é identificada pelo nome de fantasia e, para equiparação de usos e costumes e
entendimento doutrinário, possui os seus regimentos e até estatutos, estudados e
modificados anualmente em Convenções. Se uma Denominação é pequena,
localizada, única ou com poucas filiais, lógico! Para não ocorre a necessidade de ter ou
criar uma convenção nacional só para si, então participa de alguma Convenção que
agrega as igrejas autônomas. Se determinada denominação já possui várias filiais,
então os problemas começam a aparecer e tornam-se prudentes o princípio de
convenções periódicas, para reunir os seus obreiros e normatizar regulamentos e
traçar princípios reguladores de condutas.
seu povo a favor de uma igreja mais liberal, principalmente os jovens e também para
não dificultar o ingresso de novos membros em seu templo, mas, se sentir que a
comunidade local não aceita esse ou aquele costume, então deve selecionar apenas o
que não for prejudicial.
No passado, ainda bem que nossas Constituições não foram copiadas da Itália, nem da
Espanha, mas tivemos influência direta da Constituição dos EUA e, por isso, não se
oficializou o catolicismo; apenas e tão somente nossos primeiros pais, portugueses,
eram por demais católicos, mas na culpa política, sempre concedeu uma liberdade
religiosa, por meio das Constituições passadas.
O artigo 5º VIII, da nossa Carta Magna, diz “é assegurada, nos termos da lei, a
prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”
e as constituições estaduais copiaram esses artigos.
O Brasil reconhece o grande valor que tem as igrejas, conclama, pode e conta com o
apoio das igrejas, nas cadeias principalmente, pois é sabido que o crime é praticado
por uma pessoa que não tem Deus e a religião aproxima e reconcilia o ser humano
com Deus e, por isso, faz-se necessário um religioso para ajudar na recuperação
desses presidiários. O trabalho evangelístico dentro das cadeias é muito proveitoso na
recuperação da moral, dos bons costumes e da fé cristã, são inúmeros obreiros que
temos, que se converterem dentro das grades, e hoje são pessoas exemplares em
nossa sociedade; até mesmo obreiros que ainda continuam presos, mas que dão
exemplar testemunho para os colegas das celas, para a carceragem, guarda e direção
do presídio. E muitos já fizeram conosco os cursos de teologia e até de pastor.
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Após entrar em vigor o Código Civil, em 11 de janeiro de 2.003, que violou frontalmente
tal princípio ao incluir as igrejas entre as Associações, desrespeitando, uma tradição
antiga que, considerava tais instituições como sociedades pias ou religiosas.
Esse princípio consta do art. 5º, VI, da Constituição Federal, garantindo a todos,
liberdade de credo e culto.
Pelo Código Civil, entende-se Associação como a união de pessoas que se organizam
para fins não econômicos.
Note-se que tal definição equipara as igrejas evangélicas a pessoas jurídicas de caráter
secular, o que não acontecia na vigência do Código Civil anterior.
Entre outras conseqüências, isso significa que todos os estatutos das igrejas locais
(mesmo aquelas que têm CNPJ para toda a denominação, deverão adequar o seu
estatuto em conformidade com essa nova legislação civil).
O estatuto da igreja no artigo 54 do NCC, está definido o que o estatuto da igreja deverá
conter:
Note-se que tais requisitos não são facultativos; são obrigatórios. Se o estatuto da igreja
local deixar de conter um só deles que seja, será passível de nulidade.
4) A exclusão do associado
Como a igreja local, para os fins de direito, é considerada uma associação, seus
membros passaram, então, a ser considerados associados.
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Art. 5º. XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito. Quer dizer que, a partir de 11 de janeiro de 2.003, todo aquele excluído do rol
de membros de uma igreja, poderá pleitear em juízo a sua reintegração a tal rol, bem
como pedir a condenação da referida igreja a pagar-lhe uma indenização por danos
morais. Reitera-se:deve-se observar todos os requisitos legais quando da exclusão de
membro, para diminuir ao máximo a possibilidade da igreja local vir a ser acionada na
justiça por tal ato.
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Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Isso
é o que se denomina, em direito, de ilícito civil. A grosso modo, seria uma espécie de
"crime civil".
À cada crime corresponde uma pena. E qual seria a pena para a prática de qualquer
uma das condutas previstas neste artigo (incluindo provocar danos morais)?
Segundo o artigo 927 do CC, em seu caput: Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186
e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. A admissão do associado. Uma
outra questão que deve preocupar a igreja evangélica, é a questão dos critérios que
devem ser utilizados quando da admissão de associados.
No caso da não admissão de alguém como membro da igreja local chegar ao Poder
Judiciário é bom que se lembre que o juiz, bem como os Tribunais, para julgar tal litígio,
irão adotar critérios legais, e não bíblicos, para dar seu veredito.
Vias de regra, as igrejas evangélicas não aceitam, como seus membros, casais que
vivam em união estável. Do ponto de vista legal, porém, tal recusa é discutível desde a
entrada em vigor da atual Constituição Federal.Diz a Carta Magna, em seu artigo 226,
em seu § 3º: Art. 226. § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento. Pelo CC, em seu artigo 1.723, caput: Art. 1.723. 12) O papel
das crianças e dos adolescentes nas assembléias gerais
Esta é uma questão que deve ser devidamente analisada, sob pena da igreja sofrer as
conseqüências de eventuais descuidos ou omissões. Pelo Código Civil, a maioridade
civil, isto é, a capacidade de exercer os chamados atos da vida civil, tem início apenas
quando a pessoa completa 18 (dezoito) anos de idade.
Antes dessa idade, então, seria recomendável que o membro da igreja não tivesse o
direito de votar nas assembléias gerais da igreja. Já ouvi a seguinte saída para tal
questão: os membros com idade inferior a 18 anos só poderiam votar em questões que
envolvessem assuntos meramente eclesiásticos, mas não para assuntos de natureza
secular. Tudo bem, mas respondo com uma pergunta: com a entrada em vigor do CC,
como podemos definir o que é uma questão meramente eclesiástica e o que é uma
questão de natureza secular, no que se refere à igreja?
Outra questão que surge a respeito de tal assunto, e que certamente causará muita
polêmica: será que os membros menores com idade inferior a 16 (dezesseis) anos
poderiam votar, se fossem representados por seus pais ou representantes legais e os
menores com mais de 16 e menos de 18 anos poderiam votar, se fossem assistidos por
seus pais? Respondo com duas outras questões: como fazer nos casos em que os pais
desses menores não são crentes? E, mesmo que os pais fossem evangélicos,
poderíamos simplesmente pedir uma autorização por escrito aos pais ou teríamos que
pedir autorização judicial, à Vara da Infância e da Juventude?
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Determina o artigo 59, do Código Civil: Art. 59. Compete privativamente à assembléia
geral:
I – eleger os administradores;
II - destituir os administradores;
III – aprovar as contas;
IV – alterar o estatuto.
No caso do atual estatuto da igreja local prever quorum diferente para tais deliberações,
tal quorum deverá ser modificado, para se adequar àquele previsto no artigo acima
exposto.
Algumas sugestões:
a) aviso dado pelo pastor no(s) dominical (ais), de púlpito;
b) publicação no boletim da igreja;
c) publicação em jornal local;
d) cartaz afixado no quadro de avisos da igreja.
Alguém pode perguntar: como é que eu vou fazer para convocar membros das
congregações do sertão do Nordeste, do Alto Xingu, da África etc.
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Parece estranho falar de fim da igreja, mas é mais uma conseqüência de termos sido,
pela nova legislação civil, equiparados a entidades seculares sem fins lucrativos.
Para evitar maiores problemas, deve haver previsão, no estatuto, para quem será
destinado o patrimônio da igreja no caso de dissolução da mesma.
Também é prudente explicitar que os membros da igreja não serão titulares de quotas ou
frações ideais de tal associação.
Isso significa que o estatuto deve deixar bem claro que, em caso da dissolução da igreja,
seus membros não terão direito, antes da destinação do remanescente referida no texto
legal anterior, de receber em restituição, atualizado o devido valor, as contribuições que
tiverem prestado ao patrimônio dessa associação.
A omissão da igreja, neste caso, poderá ter conseqüências terríveis: os membros terão o
direito à restituição de todos os dízimos, ofertas e demais doações que tiverem feito à
associação!!!.
Em outras palavras, se o estatuto nada disser a respeito, e não houver (como realmente
não há) instituição de fins semelhantes aos da igreja onde ela tiver sua sede, o restante
de seu patrimônio irá direto para o governo, caso tal associação venha a ser dissolvida.
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A igreja deve tomar o máximo cuidado em relação a isso. Os pregadores devem evitar
fazer críticas a outros ministros do evangelho, a outras igrejas locais, a outras
denominações e, até mesmo, a outras religiões.
Também deve ser evitada qualquer tipo de "bronca" a ser dada à igreja ou a algum
membro em particular. As famosas "exortações à igreja" igualmente podem tornar-se
fonte de sérias dores de cabeça para a associação.
Muitas vezes, algum irmão mais exaltado pode acabar por dizer o que não deve quando
tem um microfone nas mãos, sob o pretexto de um hipotético "mover do espírito". Como
Deus não é Deus de confusão, melhor tomar cuidado com esses irmãos pretensamente
"espirituais", sob pena de ter que pagar uma alta indenização por danos morais a quem
se sentir ofendido.
Diz a sabedoria popular que o peixe morre pela boca. No caso, é a mais pura verdade.
Devemos tomar cuidado com o que dizemos quando fazemos uso do púlpito, para não
corrermos o risco de ter que pagar indenizações de 10, 20, 30 mil reais ou mais...
O mesmo se aplica a declarações feitas através da mídia, como por exemplo jornais,
revistas, rádio, televisão aberta, TV a cabo, fax, Internet, boletins da igreja etc.
É bom que se diga que já há igrejas pagando tais indenizações, então, neste caso,
estamos lidando com algo que já é real, e não com uma simples hipótese.
Outra questão refere-se a pregadores convidados pela igreja para fazer pregações,
participar de congressos, conferências etc. Deve-se evitar convidar pregadores
polêmicos ou por demais radicais. Não é difícil imaginar que tais convidados podem vir a
causar sérios problemas para a igreja, se suas línguas agirem como verdadeiras
"metralhadoras giratórias", desferindo virulentos ataques contra pessoas e/ou
instituições.
Encerrando o assunto, não poderíamos esquecer de outra atitude que pode gerar sérios
problemas para a igreja: permitir que incrédulos venham a fazer uso do púlpito. Isso vem
acontecendo com freqüência em certas igrejas locais e denominações e é uma conduta
que deve ser devidamente analisada pela associação.
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Em certos casos, porém, os bens pessoais dos administradores podem vir a responder
por tais dívidas (casos previstos no artigo acima mencionado), como, por exemplo, no
caso da igreja vir a ser condenada por danos morais e seu patrimônio não ser suficiente
para honrar tal compromisso.
E no caso, por exemplo, de alguém, de má-fé, fundar uma igreja e, após ter arrecadado
uma boa quantia, resolver desaparecer, fugindo com o dinheiro e deixando a associação
sem fundos para saldar seus compromissos financeiros? Neste caso, muito
provavelmente os membros de tal igreja acabarão respondendo com seus bens
pessoais...
Uma questão que deve merecer atenção especial é o que se refere ao direito de
vizinhança, especialmente no que tange à questão do excesso de ruído. Se não houver
outra saída, a igreja deve equipar-se com material especial (isolamento acústico) que
não deixe o excesso de ruído chegar à vizinhança, para evitar futuros problemas.
A igreja deve participar da elaboração do Plano Diretor, que é obrigatório para cidades
com população acima de 20.000 habitantes, sob pena de tal plano diretor vir a
determinar que várias áreas da cidade onde tal igreja se localiza, não poderem ser
utilizadas para a edificação de novas igrejas.
Quando se fala em direito de vizinhança, a igreja logo pensa em problemas com ruído,
mas esse não é o único problema que pode acontecer. Não se pode esquecer que há
outras questões que podem vir a provocar sérias desavenças entre a igreja e seus
vizinhos.
Isso é uma questão bem séria, tanto em termos de péssimo testemunho da igreja
perante a sociedade não-cristã, quanto em relação às conseqüências legais que tal ato
pode vir a ter. Os usos e costumes
Observe-se que nosso estudo não visa debater se tal doutrina é bíblica ou não, ou
mesmo se é legalista ou fundamentalista. Estamos, agora, interessados em saber das
implicações legais que ela pode trazer.
Para expor tal tema de forma reduzida, diremos que já houve igreja que foi acionada na
justiça por causa dos usos e costumes (inclusive, tal fato chegou a ser noticiado na
televisão aberta) e, em primeira instância, foi condenada a pagar 30 mil reais ao membro
que se sentiu prejudicado.
Quando um juiz vai julgar uma causa, ele julga de acordo com a Lei; não julga de acordo
com a Bíblia, e muito menos de acordo com certas peculiaridades próprias de
determinadas correntes religiosas.
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O administrador provisório
Esse artigo é uma inovação do Novo Código Civil, que poderá, se não forem tomadas às
devidas cautelas, criar sérios problemas para a igreja cristã.
Traduzindo-se para termos mais simples: se a igreja estiver sem pastor e não houver, no
estatuto, a previsão de quem irá substituí-lo interinamente, o juiz, se algum dos membros
da associação reclamar, irá nomear um administrador provisório.
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Nesta unidade, iremos tratar de Direito e Legislação para pastores - Capelães e Igrejas,
pois é de suma importância um pastor evangélico, ter um conhecimento básico de
Direito e legislação geral voltado para igrejas.
O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 208, diz que: “Escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia
ou prática de culto religioso, vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.
Pena de 01 a 12 meses, com aumento de 1/3, quando ocorrer violência”.
O pastor, ou qualquer membro da igreja, não pode, de forma alguma, escarnecer,
zombar, impedir, ou impedir ou perturbar cultos, sob pena de comparecimento da
polícia e suspensão do culto em desordem e com risco de lesões ou morte e
encaminhamento dos problemáticos e envolvidos para a delegacia para assinar o TCO
ou, se chegar a vias de fato, e chegar a ter lesões, e de acordo com a gravidade das
lesões, fazer corpo de delito e até ser preso em flagrante e dar início ao inquérito, com
tramitação no fórum de pequenas causas ou das grandes causas, conforme a
gravidade (a indenização civil de danos morais e até materiais, fica a cargo de escolha
do ofendido, em correspondência ao valor pretendido) e sentença ao réu.
Se o problema for contra o pastor, é prudente, contudo, que tente resolver de uma
forma conciliadora o assunto, para não escandalizar o trabalho de Deus. É prudente,
até mesmo, a suspensão do culto e aconselhamento ao agressor. Em segunda
hipótese, que tenha apenas uma conversa com o policial e que sta disposto a perdoar
e não tocar o problema para frente, em terceiro caso, que se dirijam à delegacia, mas
não se inicie o inquérito e apenas o Dr. Delegado faz uma advertência, explicação ao
agressor sobre a gravidade do processo e da eliminação da primariedade.
Quando o problema envolver pastor e igreja, deve-se fazer de tudo para terminar e
resolver o caso amigavelmente.
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Se um pastor for agredido moralmente pelo rádio, televisão ou jornal, pode requerer em
juízo o direito de resposta, no mesmo espaço e hora, para desagravar a ofensa, caso o
agressor não venha a retratar-se ou ceder o seu espaço para o desagravo, depois de
notificado extrajudicialmente, conforme artigo 5º, inciso V, da Constituição. Além da
indenização por danos morais, que vai de 5 a 500 mil reais.
Um pastor evangélico tem que saber fazer critica e autocrítica sobre sistema
penitenciário, sistema penal; saber a diferença sobre o roubo a mão armada;
seqüestro, com ou sem morte, e morte por acidente de trânsito. É muito fácil o pastor
criticar a lei das execuções penais, basta citar o número da Lei, 7.210, de 11/07/1984
(esta lei fala da aplicação da lei penal, tipos de cadeias e penitenciárias, a assistência
que o Estado deve prestar ao preso; colônia agrícola e industrial; casa do albergado e
anistia). Deve sempre argumentar que cadeia é uma escola de delinqüência, onde o
primário que furta um relógio de dez reais fica cumprindo pena junto com o terciário
que já traficou, roubou e matou dezenas de vezes. As penitenciárias, ou cadeias
deveriam ter alas ou sessões para cada tipo e quantidade de crime, para se recuperar
de qualquer delinqüência ou desajuste social e preparar o criminoso para o trabalho
honesto pós-cadeia.
Conforme o clima da palestra ou local, deve-se apoiar a prisão perpétua para dois
homicídios; ou para um latrocínio; ou para um seqüestro com morte ou um estupro com
menor de 15 anos ou dois tráficos e, existe pastor corajoso, em determinadas
circunstâncias, defender a pena de morte para 3 homicídios; ou dois latrocínios; ou dois
seqüestros com mortes; ou 3 estupros; ou 3 tráficos. É bom saber, e de quando em
quando lembrar, que o homicídio está no artigo 121 (em crimes de morte ou de
tentativa contra a vida, os populares é que são os juízes com os nomes de jurados,
onde a justiça escolhe as melhores pessoas da sociedade comum e geral para
composição e participação); aborto, 124; lesão corporal, 129; calúnia, 138; difamação,
139; injúria, 140; ameaça, 147; seqüestro, 148; furto, 155; roubo, 157 (quando ocorre
ameaça ou violência contra a pessoa ou o objetivo); estelionato, 171 (cheque sem
fundo); receptação, 180 (comprar objeto roubado); escarnecer de alguém na igreja ou
chutar a santa, 208; estupro, 213; motel, 229; bigamia, 235;
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Charlatanismo, 283; curandeirismo, 284; passar dinheiro falso, 289; assinatura falsa,
299; identidade falsa, 307; fazer justiça com as próprias mãos, 345.
Também é muito fácil o obreiro decorar a lei de combate ao uso e consumo de drogas:
Lei nº 6.368 de 21 de Outubro de 1976, e nesta lei basta saber dois artigos, o de
número 12, que condena o traficante com penas de 3 a 15 anos, e o artigo 16, que
condena o usuário a pagamento de multa ou trabalho comunitário, e ainda argumentos
de que, se o tráfico for para menores dentro, dentro ou mesmo perto de escolas ou em
clubes, a pena então é agravada e aumentada. Explicar que para o tráfico de drogas
não há fiança ou liberdade provisória, é crime hediondo e o castigo é pesado. Nos
argumentos, deve-se falar que as terras onde se produzem drogas podem ser
desapropriadas para a reforma agrária e os bens usados no tráfico, podem ser
confiscados.
Sem dúvida, droga será o assunto mais badalado para este começo de século e em
qualquer debate ou reunião em associação de bairro, entidade ou escola, torna-se o
assunto principal, sempre se encontra adesão de: mães, escolas, demais autoridades
ou religiosos, para dar alguma ajuda ou pedir alguma orientação. O obreiro deve
enfocar os aspectos maléficos das drogas, perante a sociedade, família, escolas,
trabalho e baixa estima, bem como sempre sugerir alguma forma de repreensão e
socialização e declarar apoio total a alguma mãe que, porventura, estiver com algum
problema assim em casa ou em família. A igreja, se não tiver, deve destacar pelotão de
aconselhamento com o comando de um pastor auxiliar, para visitar casas de
recuperação de viciados, requerer subvenções junto à Prefeitura, Estado e Federação,
junto aos órgãos competentes, como COMEN, CNAS e ainda providenciar ampliação
de espaço e área de produção agrícola.
A escola e a sociedade, hoje, passam por maus momentos com referência aos
adolescentes: alguns cometem infrações com grave ameaça e violência á pessoa;
outros não são mais primários; não cumprem medidas impostas pela justiça e fogem
dos internatos (Art. 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente).
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Argumentar que quem usa drogas perde o interesse pelo estudo e o trabalho, perde a
razão de viver e o amor pela família, e quem usa ou trafica droga tem morte prematura
e precoce e tende ao internamento em manicômio e penitenciária. Quem usa droga
delinqüe com mais facilidade, pois justamente a consciência fica corrompida, deturpada
e sem razão. Aconselhar a nem usar fumo e álcool, pois provocam centenas de
doenças também.
Elogiar quem não usa drogas, porque realmente a vida fica saudável, sadia, pura e
repleta de visão, elogiar o interesse de estudar daquele que não dá ouvidos às drogas;
visão da formatura e de ser vencedor, do prazer que dá à família, à escola e de ser
benquisto na sociedade e bem visto pelas autoridades.
O ministrante deve noticiar e convidar para os dias de cultos na igreja, que tem
ministrações exclusivas para jovens e mães com filhos problemas e de imediato já
deixar bem claro para todos que somente Deus tem o verdadeiro remédio que liberta o
ser humano do vício das drogas, pois isso é um problema espiritual e maligno.
Portar recortes de noticiários de jornais e revistas que falam sobre as mortes e doenças
provocadas pelas drogas; falar sobre os herbicidas colocados nas folhas de drogas e
lavoura de fumo e das mortes por overdose e dos venenos químicos que colocam nas
drogas laboratoriais.
Direito Civil é do direito que regula as relações da vida civil entre pessoas. Devido à
amplitude da matéria, no dia-a-dia o pastor deve conhecer e saber muita coisa dessa
Lei 10.406/02 que é o Código Civil em vigor. Sendo assim, de quando em quando o
pastor deve citar alguma coisa. Pois fica encarregado do aconselhamento da igreja, e
deve saber também noções de tudo no que diz respeito este Código, pois todos os
dias, além das questões espirituais, os membros apresentam questões sociais e civis e
confiam muito nos líderes que estão na direção. Existe igreja que tem até
departamento jurídico á disposição dos fiéis, com perguntas e respostas.
Para abrir uma igreja, o estatuto deve ser elaborado com base nos artigos 53 a 61; a
seguir destacamos algumas colocações dessa lei.
Para casar, menor de 16 anos deve ter autorização judicial; separação judicial amigável
deve ter um ano de casado, e litigioso, qualquer tempo; divórcio deve ter um ano após
a separação judicial, ou 2 anos de separação de fato e não se faz divórcio, enquanto
não estiver terminada a partilha ou alimentos. Os alimentos são obrigatórios, enquanto
houver necessidade, estando estudando ou não. O filho fora do leio conjugal tem direito
na herança e em alimentos e o DNA exclui outras provas; quem mata alguém
acidentalmente, ou por dolo, fica obrigado a indenizar civilmente por danos morais (dor
da família pela perca do ente) e materiais e alimentos para os dependentes do falecido.
Muito se houve falar em processo penal e civil, são dois códigos usados pela justiça.
São artigos que conduzem os fatos para uma sentença final. O penal, geralmente,
começa com o BO na delegacia, com inquérito ou TCO, e depois o delegado faz o
relatório e passa para o fórum, onde o MP faz a denúncia e o Juiz colhe as provas,
ouve as partes e prolata a sentença, se for crime contra a vida, vai a júri popular.
O civil inicia com a provocação e pedido de uma parte e o Juiz manda citar a parte
contrária, recebe a contestação, ouve as partes, colhe testemunhas e documentos e
prolata a sentença, dando ou não direito ao pedido pleiteado. Geralmente, cabe
recurso para as capitais dos Estados e Brasília. É importante ocorrer reunião com
obreiros, ao menos uma vez por mês, com a presença dos evangélicos da igreja, que
também são advogados, políticos, profissionais liberais, professores, Juízes,
promotores, delegados, serventuários, servidores públicos, empresários e outras
pessoas graduadas em altos níveis culturais ou financeiros, para dar moral aos
mesmos e, ao mesmo tempo, receber moral dos mesmos, honra a quem tem honra, e
os mesmos explanarem assuntos de interesse da igreja e de conhecimentos culturais e
sabedoria espiritual para todos (e igreja sábia é aquela que consagra e unge a obreiros
todos esses intelectuais comprometidos com a obra eclesiástica da igreja e pessoas de
peso para a obra espiritual e os aproveitam todas as semanas nos trabalhos da igreja).
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4
Introdução:
PRINCÍPIO DA REALIDADE
Este princípio da prioridade à verdade real diante da verdade formal. Na interpretação
dos fatos revelados pela documentação trabalhista, o intérprete deve agir com o
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SALÁRIO
GRATIFICAÇÕES PERIÓDICAS
GORJETAS
Gorjeta, propina, mancia, pourboir, são denominações encontradas nos diversos
países para exprimir a figura consistente na entrega de dinheiro, pelo cliente de
uma empresa, ao empregado desta que o serviu, como testemunho da
satisfação pelo tratamento recebido.
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13º. SALÁRIO
Também conhecido como gratificação natalina, pagamento que deve ser
efetuado no final do ano e no valor de uma remuneração mensal. Média dos 12
últimos salários. Fração igual ou superior a 15 dias como mês inteiro. Pago em
02 parcelas.
Primeira parcela paga até 30 de novembro e segunda e última até 20 de
dezembro.
PERIODICIDADE SALARIAL
IMPENHORABILIDADE
Os salários são impenhoráveis (art. 649, IV, CPC), salvo para pagamento de
pensão alimentícia.
A justiça brasileira tem admitido descontos dos salários de custas judiciais, como
também penhoras se não houver outro meio de pagamento do devido em
processo judicial.
O pastor tem direito aos direitos trabalhistas: férias de 30 dias, acrescidas de 1/3
com base no salário, a cada 12 meses de trabalho; abono para os filhos
menores de 14 anos, conhecido como salário de família. 13º salário em todo
natal, ou proporcional, quando for demitido, FGTS de 8% sobre o salário mensal,
depositado na CEF (Caixa Econômica Federal) e multa de 40% sobre o saldo
depositado quando for demitido; horas extras no mínimo de 50% ao exceder 8
horas/dia (ordinariamente, o trabalho do pastor são 4 horas no período da tarde,
no serviço burocrático, ou visitas, e à noite, 4 horas no culto, incluída a
preparação, oração e relações públicas do término), um dia de folga por semana
(toda segunda, por exemplo, e um domingo ao mês), adicional de mudança, etc.
É uma área complexa, variável, dinâmica e mutável quase que anualmente e quase
10% dos membros de uma igreja vivem esses problemas, motivo pelo qual o pastor
deve e precisa saber muita coisa a esse respeito, para ter condições de responder o
que lhe for interrogado. Numa sala pastoral não aparece apenas problema espiritual,
mas mais sociais, e muitos, principalmente onde há muitos novos convertidos.
E para todo trabalho em que são consideradas atividades ou operações que por sua
natureza, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites
de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo
de exposição a seus efeitos (art. 189 da CLT), o empregado deve receber adicional
de insalubridade que varia em mínimo de grau de risco de 10% 20% e 40% sobre o
salário base (súmula 228 TST), quem determina o grau de risco é um engenheiro
técnico ou um perito do INSS través de um laudo, gravidade de riscos das doenças
que podem contrair. Caloria, barulhos, cheiros, inflamáveis, alta tensão, explosivo,
tudo tem que ter proteção e tem adicional. Quem trabalha em serviço insalubre ou
perigoso aposenta-se com menos anos e precisa de laudo do INSS para comprovar
o grau e pode trabalhar menos horas por dia. A mulher tem privilégio na duração e
condições de trabalho e proteção à maternidade (4 meses de licença de gestação).
Quem se acidenta na empresa, além de receber auxílio-acidente, tem direito, se não
conseguir aposentar-se, de um ano de estabilidade (não pode ser mandado embora)
após a alta média. Empregado não registrado em CTPS e que não teve cadastro do
29
Pedido de Demissão
- Saldo de salário
- 13º salário proporcional 1/12 avos.
- Férias proporcionais (súmula 171 e 261 TST).
A justa causa está relacionada no artigo 482, da CLT. Empregado demitido com
justa o FGTS fica retido na CEF, podendo sacá-lo depois de ficar com a CTPS por 3
anos sem novas anotações, ou quando constrói a casa própria, ou se estiver com
Aids ou Câncer, e se falece, a viúva e filhos sacam.
O pequeno empreiteiro pode usar da Justiça do Trabalho (652 III CLT) ou do Juizado
Especial Cível para cobrar diferença de empreitada. O processo é iniciado no
domicílio do empregado ou no local da prestação do serviço.
A igreja tem que ter uma assessoria contábil com um contador, pois em alguns
casos são burocrático, sendo assim, tem que ser desempenhado por um profissional
habilitado. São poucos os escritórios de contabilidade que presta serviços às igrejas,
de forma completa. Mas podemos aqui citar a Alves Contabilidade e Consultoria.
Que atende São Paulo, e demais Estados site: www.alvescontabilidade.com
5
Introdução:
O Direito tributário é o ramo do direito que trata das relações entre o Fisco e o
contribuinte. Fisco é a denominação dada ao Estado quando ele desenvolve atividade
de tributação. A finalidade do direito tributário é limitar o poder de tributação do Estado
e proteger o cidadão contra os abusos do poder estatal.
Em outro conceito podemos dizer que Direito Tributário é a disciplina da relação entre o
Tesouro Público e o contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização
dos tributos. Poder Contribuinte Originário:
Constituição Federal
Emenda Constitucional
Leis Complementares
Leis Ordinárias
Medidas Provisórias aprovadas pelo Congresso
Resoluções no Senado Federal
Tratados e Convenções Internacionais
Convênios Firmados
Atos Normativos
RECEBE PAGA
Sujeito Ativo Sujeito Passivo
- União - Pessoa Física
- Estados - Pessoa Jurídica
- Distrito Federal
- Municípios
Classificações de IMPOSTOS :
DIRETOS e INDIRETOS.
Competência FEDERAL
Competência ESTADUAL
Competência MUNICIPAL
Contribuinte : é a pessoa física ou jurídica, que por ter relação direta com o fato
gerador, a lei atribui a obrigação de recolher o imposto.
ICMS - É qualquer pessoa física ou jurídica, que realize operações relativas a
circulação de mercadorias ou preste serviços de transporte ou comunicação.
IPI - É qualquer pessoa jurídica que execute operações de
industrialização.
ISS - É o prestador de serviços.
Fato Gerador : Motivo da Incidência do Tributo.
ICMS - Na saída da mercadoria do estabelecimento contribuinte ou no início da
prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
IPI - Na saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado a
industrial.
ISS - Quando ocorre a prestação de serviços, por empresa ou profissional autônomo,
com ou sem estabelecimento fixo.
Alíquota : Percentual aplicado sobre a base de cálculo, resultando assim o tributo para
o recolhimento
IPI - As alíquotas do IPI e suas respectivas classificações fiscais constam na TABELA
DE INCIDÊNCIA – TIPI, Decreto 4.542 de 26 de Dezembro de 2002.
ISS - A alíquota serviços prestados é estabelecida conforme acordo do MUNICÍPIO
onde é PRESTADO ou TOMADO o serviço.
Nota
NÂO CONTRIBUINTE: É a pessoa física ou jurídica quando a mercadoria for
consumida no próprio estabelecimento.
A Lei brasileira distingue as pessoas físicas das pessoas jurídicas da seguinte forma:
Pessoa Física – é o individuo perante o Estado, no que diz respeito aos direitos e
obrigações.
Nota: A Sociedade Anônima não sofreu alterações pelo novo Código Civil.
Por Lei toda empresa precisa ter um contador responsável por ela, pois o contador é a
pessoa por fazer o registro contábil de uma empresa, acompanhar os dados e indicar
qual regime tributário a instituição deve seguir, orientando o pagamento de impostos e
a divisão de recursos entre os sócios.
35
LIVROS CONTÁBEIS
Livro Diário
Livro Razão
Livro Caixa
Livro Diário
Foi instituída, pelo decreto lei 486 de 03/03/69 e regulamentada pelo decreto lei 64.567
de 22/05/69. O modelo pode ser definido pela empresa. Destina-se a escrituração do
movimento diário da empresa, devendo ser registrados todos os fatos contábeis que
nela ocorrerem no dia a dia. Sua escrituração não pode atrasar-se por mais de 180
dias. É um livro obrigatório pela legislação comercial, estando sujeito as exigências
intrínsecas e extrínsecas.
Os documentos que serviram de base para a escrituração deverão ser conservado pelo
prazo mínimo de 5 anos. Estes documentos são: Notas Fiscais, Recibos de Aluguéis,
Contas de Água, Luz e Telefone, Duplicatas, Darfs, GPS (10 anos), Gares, Guias
diversas de Imposto Sindical, Imposto sobre Serviços, Taxas de Licença e
Funcionamento, Taxas diversas que forem pagas, etc.
Livro Caixa
Nele são registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e saídas de
valores na empresa. Dinheiro, cheques e vales. Devemos escriturá-lo diariamente. Foi
instituído pela lei 8.541/92.
Aluguel:
O fisco federal vem entendendo que as receitas de aluguéis oriundas da locação de
bens imóveis dos templos, não estão abrangidas pela imunidade, mesmo que estes
recursos sejam em benefício do culto. Cabe informar, que existe este entendimento,
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- Entidades Imunes
- Entidades Isentas
Doações
Não estão amparados pela imunidade os resultados das atividades das entidades que
se dedicam à industrialização e ao comércio de livros, jornais, periódicos e papel de
impressão.
- Venda de livros religiosos, jornais, discos e artigos de papelaria.
A entidade civil de atividade religiosa que mantém, em suas dependências livraria para
venda de artigos religiosos e donativos de seus seguidores feito nos altares e cofres,
será tributado. (PN CST nº 162/74)
Exemplo:
Do registro contábil:
RECEITAS ESPECÍFICAS
Exemplo:
38
Os veículos que estão em nome da igreja, não pagam IPVA ou outros impostos. Em
caso de construção civil e, quanto à taxa do CREA, pode-se também juntar cópia do
estatuto social que prova uma entidade sem fins lucrativos. Para obter a isenção.
Mesmo sendo isenta de imposto de renda, a igreja deve ter um contador e apresentar
declaração de renda isenta anual. Por tratar de entidade sem fins lucrativos o que
sobrar no caixa mensal, pode ser distribuído em forma de prebenda ou doação, para o
pastor ou obreiros, até quitar o saldo do mês ou exercício fiscal e base. Prebenda não
caracteriza salário, nem gera vínculo trabalhista.
TRIBUTOS ISENTOS
Exemplo:
Registros:
D - IRPJ (Resultado)
C - Impostos Taxas e Contribuições Federais (Benefícios Obtidos –
Gratuidade Resultado) R$ 3.000,00
D - CSLL (Resultado)
C - Impostos Taxas e Contribuições Federais (Benefícios Obtidos –
Gratuidade Resultado) R$ 1.800,00
39
Desta forma, essa entidades não contribuem para o PIS/Pasep incidente sobre o
faturamento, mas tão-somente sobre a folha de pagamento, conforme Instrução
Normativa SRF nº 247/2002. Por exemplo, os clubes recreativos (sem fins lucrativos)
contribuem para o PIS/Pasep com base na folha de salários mensal (Solução de
Consulta 6a RF nº 270/2004).
O entendimento que as entidades sem fins lucrativos não contribuem para o PIS
incidente sobre o faturamento em relação a suas receitas de atividades próprias e não
próprias, mas somente em relação à folha de pagamento. (IN SRF nº 247/2002).
16.2 - Alíquota do PIS
As pessoas jurídicas classificadas como imunes (templos de qualquer culto, partidos
políticos, inclusive suas fundações, sindicato de trabalhadores, instituições de
educação e instituições de assistência social) e as isentas (filantrópicas, recreativas,
culturais, científicas e associações civis) devem pagar o PIS/Pasep na base de 1 %
sobre o valor da folha de salários mensal dos empregados assalariados.
Como regra geral, as entidades sem fins lucrativos (imunes e isentas do Imposto de
Renda) estão sujeitas ao pagamento do PIS/Pasep Importação.
- Alíquota
Como regra geral, sobre a base de cálculo aplica-se a alíquota de 1,65% para a apurar
a contribuição ao PIS/Pasep Importação e 7,6% para a Cofins Importação.
As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o resultado positivo não é
destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou prejuízo são denominados,
respectivamente, de superávit ou déficit (NBC T 10.19.1.3).
43
6
Introdução
A igreja é constituída por pessoas de ambos os sexos, designadas por membros, que
adaptam como regra única de fé e prática as Escrituras Sagradas. Os membros da
igreja subscrevem a Declaração de Fé aceite pela igreja, a qual constitui integrante do
estatuto. Podem ser membros da igreja as pessoas que declarem aceitar e vivam em
conformidade com a declaração de fé anexa, desde que admitidos pela Assembléia
Geral.
A edição da lei nº 10.406/02, Código Civil, trouxe em seu bojo profundas alterações na
matéria concernente às igrejas e aos partidos políticos, que no código anterior eram
classificadas como pessoa jurídica de direito privado, perfeitamente identificadas, a
primeira no inciso I do artigo 16, como sociedade religiosa, o segundo como pessoa
jurídica independente e especial, no inciso III do mesmo artigo, estando a questão até
então pacífica e sem controvérsia.
O novo código Civil lei 10.406/02, admitiu apenas ter tipos de pessoa jurídica de direito
privado, artigo 44, a saber, associação, sociedade e fundação.
A partir da sua vigência os partidos políticos e as igrejas, bem como suas entidades
mantenedoras, entraram numa espécie de limbo jurídico legal, na lei civil, porque não
podem ser associação, já que não se enquadram na definição legal do artigo 53, pois
não tem fins econômicos strito sensu.
Não podem, também serem sociedades, porque a definição do artigo 981, as afasta
totalmente daquela possibilidade. Resta para as igrejas serem consideradas
fundações, pois assim permite o artigo 62, ocorre, porém que a instituição de uma
fundação tem que seguir, além das normas do atual código, mais a lei específica que
trata daquelas organizações, cujas normas inviabilizam, para as igrejas, sua instituição.
Quanto aos partidos políticos nem isto é possível, porque não foi contemplado a
possibilidade deles se organizarem como fundação, já que seus fins não se enquadram
nas possibilidades legais do artigo 62.
Sabemos que uma entidade religiosa, não pode se cingir a apenas um fim, pois a sua
própria manutenção, já presume movimento financeiro, não é este no entanto, o seu
fim teleológico, uma igreja tem fins pastorais, evangélicos, envolve questões de fé, que
por si só é uma questão complexa, portanto limitar sua definição jurídica a uma única
possibilidade é contrariar o bom senso, a lógica da sua essência, é agredir a história
milenar desta instituição, cujo início se perde na bruma do tempo.
Quanto aos partidos políticos tem natureza própria, seus fins são políticos, não se
caraterizam pelo fim econômico ou não, assim não podem ser associação ou
sociedade, nem fundação, porque não tem fim, cultural, assistencial, moral ou religioso.
Fundamento Jurídico
“Art. 2.031. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às organizações
religiosas nem aos partidos políticos (NR).”
A seguir explicaremos passo a passo como fundar uma igreja, uma associação, ONG,
ou uma fundação.
45
01. IGREJA:
O modelo de estatuto a seguir deverão ser ratificadas pelo Cartório que irá efetuar o
registro da documentação, que poderá solicitar outros documentos, ou alterações que
forem necessárias ao registro da documentação apresentada.
Este modelo poderá ser modificado em conformidade com as necessidades dos
usuários interessados; Porém, as alterações serão analisadas conforme a legislação
específica da Pessoa Jurídica a ser registrada.
Importante saber:
Estatuto Social
Leis 10.406/2002, 10.825/2003 e 11.127, de 28 de junho de 2005.
(colocar a denominação social)
I. A Igreja tem por finalidade (colocar todas as finalidades que achar necessário).
I. Diretoria Executiva;
II. Conselho Fiscal.
Parágrafo Segundo - Quando a assembléia geral for convocada pelos membros, deverá o
Presidente convocá-la no prazo de 3 (três) dias, contados da data entrega do requerimento,
que deverá ser encaminhado ao presidente através de notificação extrajudicial. Se o
Presidente não convocar a assembléia, aqueles que deliberam por sua realização, farão a
convocação;
ARTIGO 5º - DA IRMANDADE
A admissão dos membros se dará independente de classe social, nacionalidade, sexo, raça,
cor, desde que aceite ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, fundamentado nas Santas
Escrituras, o estatuto social e os regulamentos internos da Igreja, e no caso de menor de
dezoito anos, autorização dos pais ou responsáveis, devendo o membro interessado preencher
ficha de inscrição na secretaria da Igreja, que a submeterá à Diretoria Executiva e, uma vez
aprovada, terá seu nome, imediatamente, lançado no livro da irmandade, com indicação de seu
número de matrícula e categoria à qual pertence.
É direito do membro afastar-se da Igreja quando julgar necessário, comunicando sua vontade a
Diretoria Executiva.
São direitos dos membros, quites com suas obrigações espirituais e com a tesouraria da
Igreja:
ARTIGO 12 - DA DIRETORIA
Parágrafo único - As decisões da diretoria deverão ser tomadas por maioria dos votos, com
participação garantida da maioria simples dos seus membros, cabendo ao Presidente em caso
de empate o voto de Minerva.
I. Redigir e manter transcrição em dia das atas das Assembléias Gerais e das reuniões da
Diretoria;
II. Redigir a correspondência da Igreja;
III. Manter a ter sob guarda o arquivo da Igreja;
IV. Dirigir e supervisionar todo o trabalho da Secretária;
V. Dirigir o departamento social, promovendo o seu perfeito funcionamento e entrosamento,
buscando recursos financeiros, junto a Iniciativa Privada e Órgãos Municipais, Estaduais
e Federais;
VI. Elaborar, promover e executar os eventos sociais da Igreja;
VII. Elaborar, promover e executar os eventos culturais da Igreja;
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O Conselho Fiscal, que será composto por três membros, e tem como objetivo indelegável
fiscalizar e dar parecer sobre todos os atos da Diretoria da Igreja, e terá as seguintes
atribuições;
ARTIGO 19 - DO MANDATO
ARTIGO 20 - DA CONVOCAÇÃO
As eleições para o Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal serão convocadas pelo Presidente
da Diretoria Executiva, mediante edital fixado na sede social da Igreja, com antecedência
mínima de 10 (dez) dias do término dos seus mandatos, onde constará: local, dia, mês, ano,
hora da primeira e segunda chamada, ordem do dia.
Parágrafo único - Pode ser eleito, todo membro maior de 18 (dezoito) anos, quites com o
dizimo e as obrigações espirituais, e estar inscrito na Igreja a pelo menos 24 (vinte e quatro)
meses.
51
ARTIGO 22 - DA RENÚNCIA
Parágrafo Primeiro – O pedido de renúncia se dará por escrito, devendo ser protocolado na
Secretária da Igreja; que no prazo de 60 (sessenta) dias no máximo, da data do protocolo, o
submeterá a deliberação da Assembléia Geral;
ARTIGO 23 - DA REMUNERAÇÃO
ARTIGO 25 - DO PATRIMÔNIO
ARTIGO 26 - DA VENDA
Os bens imóveis e móveis poderão ser vendidos mediante prévia autorização de Assembléia
Geral especialmente convocada para este fim, e o valor apurado, ser totalmente revertido ao
patrimônio da Igreja.
ARTIGO 28 - DA DISSOLUÇÃO
A Igreja, poderá ser dissolvida a qualquer tempo, uma vez constatada a impossibilidade de sua
sobrevivência, face ao desvirtuamento de suas finalidades religiosas, ou incapacidade por
carência de recursos financeiros e humanos, por deliberação da Assembléia Geral,
especialmente convocada para este fim, composta pela irmandade quites com o dizimo suas
obrigações e espirituais, não podendo ela deliberar sem voto concorde de dois terços dos
irmãos presentes, sendo em primeira chamada, com a maioria absoluta da irmandade e em
segunda chamada, uma hora após a primeira, com 1/3 (um terço) da irmandade; ( o quorum
para este artigo é livre, sendo o acima meramente enunciativo).
_______________________ _____________________
Nome do Pr. Presidente. Nome do secretário(a)
___________________
Nome do Advogado
OAB.
54
(Nome da Igreja)
Mesa Diretora
Qualificação da Diretoria:
DO CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal, será composto por quatro membros conforme qualificação abaixo:
Ato contínuo, o senhor Presidente ofereceu a palavra para quem dela quisesse fazer uso,
porém, havendo declínio, o mesmo deu por encerrada a Assembléia Geral, da qual lavrei a
presente Ata em 3 (três) vias de igual teor, as quais vão por mim assinadas juntamente com o
Pastor Presidente, para que produza os fieis e legais efeitos.
__________________________ _______________________
(nome do pastor) (nome do secretário(a)
Pr. Presidente Secretaria Geral
56
• Membros fundadores
• Registro do Estatuto
Conceito
Este conceito deve ser cuidadosamente analisado, pois, a união simples e pura de
pessoas pode classificar uma grande variedade de outras pessoas jurídicas. A
finalidade é a principal característica para a diferenciação da associação das demais
pessoas jurídicas, porém a nomenclatura estabelecida em nosso Código Civil deve
ser esclarecida.
Registro
Na maioria das vezes as pessoas vêem na associação uma forma de ganhar dinheiro
fácil e rápido, uma vez que a mesma não recolhe determinados impostos podendo ser
passível de imunidade. Cumpre alertar aos interessados no que tange às penalidades
pelo exercício de atividade adversa ao que está disposto no estatuto social.
- cultural;
- científico;
- de assistência;
- sociais de qualquer espécie;
- outros, desde que não econômicos.
Constituição e Administração
Quando da elaboração da ata de constituição deve-se dar posse aos eleitos, pois, não
basta a eleição dos dirigentes. Estes para exercer funções conferidas pela assembléia
geral deverão estar investidos do poder concedido por esta.
As associações deverão criar e nomear o conselho fiscal, o qual terá como abjeto a
fiscalização dos atos da associação quanto a contabilidade, examinar balanços,
balancetes, relatórios financeiros e patrimoniais, enfim examinar todas as contas e
aprová-las ou não, por meio de relatórios que serão apresentados a assembléia geral.
A administração terá seus cargos aprovados pela assembléia geral por prazo
determinado previsto no estatuto ou regimento interno; somente após esta aprovação
tomará posse.
Mandato é o limite de tempo que terá uma pessoa natural delegada para exercer uma
função na associação.
Associados
Os associados são as pessoas naturais que irão compor uma associação, detentores
de direitos e obrigações.
Os associados devem ter iguais direitos, reservado ao estatuto dispor sobre categorias
especiais de associados com prerrogativas distintas.
obedecidas às normas estatutárias, por justa causa fundada em motivo grave, ciente o
associado da ordem do dia da assembléia.
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer função ou atividade que lhe tenha
sido legitimamente atribuída pela lei ou norma estatutária.
Como os fins de uma entidade civil deste segmento é cultural, social, educacional,
técnico ou científico, é natural que o governo participe e dê apoio para as mesmas.
Resumindo: Art. 62 – para criar uma fundação, o seu instituidor fora, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
A motivação de constituir uma ONG parte de uma coletividade que já atua, informalmente,
ou deseja atuar na promoção de uma causa justa, com o objetivo de contribuir para a
construção de um mundo mais justo, solidário e sustentável.
Além da tendência inata do homem para viver em sociedade, trata-se de reconhecer que
existe, além das vontades individuais, uma vontade coletiva, cuja força reivindicatória, no
intuito de obtenção de resultados, é inquestionavelmente maior.
O nascimento de uma ONG é apenas um dos primeiros passos de sua trajetória; desafio
maior é sua existência ao longo do tempo: exige dedicação, responsabilidade e
profissionalismo.
Com sua constituição formal, através do registro do ato constitutivo perante o Registro Civil
de Pessoas Jurídicas onde está localizada sua sede, a ONG (associação ou fundação)
adquirirá personalidade jurídica distinta da de seus integrantes, podendo, a partir daí, agir
em seu próprio nome (movimentando recursos, contratando pessoas, promovendo ações
civis públicas, etc...). O registro da pessoa jurídica em Cartório é equiparável ao registro de
nascimento de uma pessoa física: é preciso tornar público sua existência. Além da
personalidade jurídica, o registro confere ao ato jurídico autenticidade, segurança, eficácia
e publicidade.
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Conclusão:
Constituição Jurídica junto aos órgãos públicos Cartórios, Ministério da Fazenda etc, Ata
de Assembléia Geral Extraordinária, Ata de Assembléia Geral Ordinária, Regularização
dos Livros Sociais, Assessoria Estatutária - elaboração atualização, revisão e adequação
do Código Civil Brasileiro conforme Lei 10.406/2002.
Para orientar, a fundar uma igreja vamos apresentar aqui um passo a passo do
processo de formação:
a) Constituir uma comissão provisória formada por integrantes da igreja para organizar
o processo de formação;
1. REQUERIMENTO:
O Representante Legal da sociedade (geralmente o presidente) deverá formular
requerimento dirigido ao Oficial da Serventia, solicitando o registro da entidade. Deverá
ser utilizado, preferencialmente, o requerimento padrão fornecido gratuitamente no
Registro. Obs: não esquecer: a firma deverá ser reconhecida.
2. ESTATUTO
O estatuto da sociedade, além de outros dispositivos, deverá obrigatoriamente, conter:
Denominação: É o nome da Igreja, sociedade ou associação etc. O Cartório
procederá a pesquisa para apurar a eventual existência de sociedade com nomes
idênticos. Nesse caso será recusado o registro.
Sede Social: A sede social é local onde a Igreja, ou sociedade está localizada e
realiza suas atividades administrativas. Declarar a Rua, número, bairro, cidade, etc. A
comarca deverá ser a mesma da Serventia que fará o registro.