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EDITORA UNISINOS
2013
APRESENTAÇÃO
Este livro faz uma breve apresentação dos principais conceitos que norteiam a
área de controladoria e as atividades do controller nas organizações. Nesse contexto, a
obra está destinada, especialmente, aos alunos da disciplina de Introdução à
Controladoria do curso de graduação em Ciências Contábeis da UNISINOS.
Esta obra, que mescla teoria e prática, foi elaborada com a finalidade de
desenvolver, principalmente, as seguintes competências: (a) conhecer a ciência da
controladoria; (b) revisar e aplicar os conceitos relativos aos controles internos
associados ao planejamento estratégico da empresa; (c) conhecer as principais
ferramentas de avaliação de desempenho utilizadas pela área de controladoria; (d)
compreender as funções desempenhadas pelo controller durante o processo de
decisão; (e) constatar a integração existente entre a Visão, as Crenças e os Valores da
empresa com os M odelos de Gestão, Decisão e Informação.
Visando facilitar o entendimento dos temas e correlacionar os assuntos tratados
nos módulos da disciplina, os capítulos do livro seguem a mesma ordem das matérias
apresentadas no curso em sua modalidade EAD. Além disso, em cada um dos módulos
da comunidade virtual há a indicação do capítulo correspondente no livro.
SUMÁRIO
SOBRE OS AUTORES
CAPÍTULO 1
Nesse âmbito, o controller deve ter uma postura que indique que a função está
voltada para auxiliar as demais áreas. Deve atuar de forma a motivar as demais áreas,
agindo no comportamento das pessoas que estão diretamente relacionadas como as
ações propagadas pela área de controladoria. Além disso, o controller deve ser capaz
de convencer os demais executivos da empresa sobre as ideias que apresenta.
Outro ponto extremamente importante no processo de conquista da confiança
das demais áreas da empresa reside no fato de que o controller deve entender que a
contribuição de suas funções para as outras áreas sofre limitações na medida em que a
tomada de decisão sempre será do gestor.
As tarefas não se limitam às citadas até aqui, pois, dependendo do porte de cada
empresa, podem ser mais abrangentes, englobando, por exemplo, elaboração de
relatórios gerenciais, planejamento e controle orçamentário, planejamento tributário e
estudos de viabilidade de investimentos.
De fato, as funções desempenhadas pelo controller são consideradas estratégicas
em certar organizações. Além disso, ao unir todas as competências requeridas para o
cargo, como o domínio sobre os princípios, as normas e as práticas contábeis, bem
como a legislação atual, o rol de atividades passíveis de serem desenvolvidas pelo
controller aumenta ainda mais. Assim, também podem ser de sua responsabilidade as
atividades a seguir.
1.3.11 Controle de custos
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Maria Thereza Pompa. A Controladoria e o Capital Intelectual: Um Estudo Empírico
sobre sua Gestão. Revista Contabilidade Financeira, USP, São Paulo, n. 41, p. 21, mai./ago. 2006.
BAUREN, Ilse Maria; SCHLINDWEIN, Antônio Carlos; PASQUAL, Dino Luiz. Abordagem da
Controladoria em Trabalhos Publicados no Enanpad e no Congresso USP de Controladoria e
Contabilidade de 2001 a 2006. Revista Contabilidade Financeira, USP, São Paulo, v. 18, n. 45, p.
22-37, set./dez. 2007.
CALIJURI, Mônica Sionara Schpallir. Controller: o perfil atual e a necessidade do mercado de
trabalho. Trabalho premiado no 17° Congresso Brasileiro de Contabilidade.
CATELI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
FLORES, Paulo César. Controladoria na Gestão Governamental. Artigo Publicado na Revista do
CRCRS, n. 131, dez./2007.
KANITZ, Stephen C. Controladoria: Teoria e Estudo de Casos. São Paulo: Pioneira, 1976.
KOLIVER, Olivio. A Contabilidade e a Controladoria, Tema Atual e de Alta Relevância para a
Profissão Contábil. 1. ed. Porto Alegre: Editor Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande
do Sul, 2005.
LUCIANI, Josiane Carla Jamoski; CARDOSO, Nerian José; BEUREN, Ilse Maria. Inserção da
Controladoria em Artigos de Periódicos Nacionais Classificados no Sistema Qualis da Capes.
Contabilidade Vista & Revista, v. 18, n. 1, p. 11-26, jan./mar. 2007.
LUNKES, Rogério João; SCHNORRENBERGER, Darci. Controladoria: na coordenação dos
sistemas de gestão. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTIN, Nilton Cano. Da Contabilidade à Controladoria: A Evolução Necessária. Revista
Contabilidade & Finanças, USP, São Paulo, n. 28, p. 7-28, jan./abr. 2002.
OLIVEIRA, Luís Martins de. Controladoria: conceitos e aplicações. São Paulo: Futura, 1998.
SCHMIDT, Paulo (org.). Controladoria: agregando valor para a empresa. São Paulo: Bookman,
2002.
SIQUEIRA, José Ricardo Maia de; SOLTELINHO, Wagner. O Profissional de Controladoria no
Mercado Brasileiro – Do Surgimento da Profissão aos Dias de Atuais. Revista Contabilidade &
Finanças, FIPECAFI, FEA. USP, São Paulo, v. 16, n. 27, p. 66-77, set./dez. 2001.
TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas: uma abordagem prática. 8.ed. São
Paulo: Universidade de São Paulo, 1993.
Resultados econômicos
Valores em $ % Análise vertical
realizados
Receita de vendas 1.000.000,00 100,00%
– Custo dos produtos vendidos –500.000,00 –50,00%
= Margem bruta 500.000,00 50,00%
Resultados econômicos
Valores em $ % Análise vertical
realizados
Receita de Vendas 1.250.000,00 100,00%
– Custo dos Produtos Vendidos –588.235,29 –47,06%
= Margem Bruta 661.764,71 52,94%
– Despesas Operacionais –330.000,00 –26,40%
– Despesas Financeiras –100.000,00 –8,00%
= Lucro Líquido 231.764,71 18,54%
Geração de caixa – orçada 240.000,00
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Descreva, com base na Figura 5, a seguir, a perspectiva de uma visão sistêmica para a
Empresa A:
Figura 5 – Exemplo de visão sistêmica de uma determinada empresa.
Fonte: elaborada pelos autores.
SUGESTÃO DE RESPOSTA
Primeiramente, nota-se que é uma empresa do ramo industrial que adquire suas
matérias-primas ou componentes de outras empresas industriais, sendo que os fretes
sobre as compras são realizados por meio rodoviário, aéreo e marítimo, ou seja, pode-
se concluir que a empresa em questão não recebe os insumos (entradas) através da
forma de transporte ferroviário.
Sob o ponto de vista das saídas, pode-se destacar que a empresa efetua vendas
diretamente para consumidores finais, para lojas varejistas que, então, efetuam vendas
para os consumidores finais e para outras empresas industriais. A análise sistemática,
baseada somente na Figura 5, fica prejudicada na medida em que não se sabe qual é o
perfil dos consumidores. Assim, para uma análise mais aprofundada, seriam
necessárias outras informações. Por exemplo, é possível dizer se a empresa em análise
efetua vendas para órgãos públicos?
Por fim, além do fluxo das entradas e saídas demonstrado na Figura 5, devem ser
levados em consideração os aspectos do ambiente interno, a fim de avaliar o
comportamento sistêmico dessa organização. Assim, pergunta-se:
a. Qual seria o rol de informações necessárias para avaliar o ambiente interno?
b. Quais seriam as áreas ou oportunidades de melhorias nas quais a controladoria
poderia contribuir no apoio e no suporte das tomadas de decisões que venham a
maximizar as riquezas das organizações?
REFERÊNCIAS
BSIBRASIL – British Standards Institution. ISO 14001. Disponível em:
www.bsibrasil.com.br/certificacao/sistemas_gestao/normas/iso14001. Acesso em: 2 mar. 2013.
COSTA, R. S.; FREITAS, H.; ANDRIOTTI, F. K. Uma reflexão sobre o uso da teoria sistêmica
para a compreensão do fluxo da informação nas organizações. Revista Eletrônica GIANTI, Porto
Alegre, 2007. Disponível em: www.administradores.com.br/. Acesso em: 24 mar. 2013.
GUERREIRO, R. A meta da empresa: seu alcance sem mistérios. São Paulo: Atlas, 1999.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de Dados. Disponível em:
www.ibge.gov.br/home. Acesso em: 2 mar. 2013.
NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional.
São Paulo: Atlas, 2009.
TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas: uma abordagem prática. 8. ed. São
Paulo: Universidade de São Paulo, 1993.
MISSÃO
Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na
indústria do aço de forma sustentável.
Nota-se que a empresa tem como objetivo principal “gerar valor”, seja para seus
clientes, seja para seus acionistas. Além disso, é possível depreender da declaração da
empresa que a mesma desenvolverá as atividades de forma sustentável.
Em comparação com a missão do Grupo Gerdau, a missão declarada pela
Tramontina (2013) indica que a empresa tem como existe visando “desenvolver,
produzir e entregar produtos de qualidade”, conforme segue:
MISSÃO
A Tramontina existe para desenvolver, produzir e entregar produtos de qualidade,
que tornem melhor a vida das pessoas. Assim, a empresa gera valor para seus
consumidores, funcionários, acionistas e comunidades em que está inserida.
VALORES
Ter a preferência do CLIENTE
SEGURANÇA das pessoas acima de tudo
PESSOAS respeitadas, comprometidas e realizadas
EXCELÊNCIA com SIM PLICIDADE
Foco em RESULTADOS
INTEGRIDADE com todos os públicos
SUSTENTABILIDADE econômica, social e ambiental
VALORES
+ Satisfação do Cliente
+ Transparência
+ Trabalho
+ Liderança
+ Valorização das Pessoas + Devoção
REFERÊNCIAS
CATELI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo:
Atlas, 1999.
GERDAU, Grupo. Sobre a Gerdau – Missão, Visão e Valores . Disponível em:
www.gerdau.com.br/sobre-gerdau/missao-visao-valores.aspx. Acesso em: 6 jan. 2013.
GOMES, F. A. M.; GOMES, C. F. S.; ALMEIDA, A. T. de. Tomada de Decisão Gerencial:
Enfoque Multicritério. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
FREITAS, M. E. Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo: Makron
Books, 1991.
HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação.
São Paulo: Pioneira Thonson Learning, 2005.
KISSIL, Marco. Gestão da Mudança Organizacional. Instituto para Desenvolvimento da Saúde.
Universidade Federal de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública. Série Saúde e Cidadania, vol. 4, São
Paulo, 1998.
SCHEN, Edgar H. Cultura Organizacional e Liderança. São Paulo: Atlas, 2009.
TRAMONT INA. A Tramontina . Disponível em: www.tramontina.com.br/institucional/atramontina.
Acesso em: 6 jan. 2013.
Os custos de agência visam cobrir situações em que os agentes passam a agir com
mais foco em seus interesses pessoais do que nos interesses dos principais
(proprietários). Para prevenir ou minimizar a ocorrência de situações como essas, são
utilizadas medidas preventivas, chamadas de “custos de agência”.
Sob o ponto de vista do empreendedor, na função de principal, há a necessidade
de fazer investimentos em controles, visando identificar possíveis desvios de conduta
que os agentes possam estar efetuando em sua respectiva organização. Tais
investimentos passam pela implementação de sistemas de controle, pela instituição de
códigos de ética e de conduta até a contratação de auditores, internos ou externos.
Além disso, em certos casos, as organizações atuam com benefícios específicos
para os agentes. Tais incentivos vão desde prêmios de reconhecimento individual
perante os demais membros da gerência até prêmios em dinheiro (participação nos
resultados), em decorrência do desempenho das metas estabelecidas.
Visando demonstrar como pode ocorrer ao modelo organizacional entre o
principal e os agentes a Figura 7, a seguir, representa sinteticamente o modelo
organizacional existente entre os proprietários e os agentes:
Até o final dos anos 1980, a expressão governança corporativa era pouco
utilizada. No início dos anos 1990, contudo, houve um movimento nos Estados
Unidos que passou a dar mais destaque às regras de governança corporativa, pois
determinados acionistas passaram a questionar sobre a necessidade da existência de
regras mais claras, que os protegessem dos possíveis abusos da diretoria executiva
contratadas nas suas respectivas empresas.
O questionamento por parte dos acionistas fortaleceu as premissas em torno da
governança corporativa, que passou a ter a preocupação de criar um conjunto de
procedimentos eficientes, tanto de incentivos como de monitoramento, com a
finalidade de assegurar que o comportamento dos executivos esteja alinhado ao
interesse dos proprietários da empresa.
Atualmente, a implementação e a utilização das melhores práticas de governança
corporativa tem-se expandido na maioria dos mercados, seja nos desenvolvidos, seja
nos em desenvolvimento. Nesse aspecto, os órgãos reguladores e as entidades que
fomentam as boas práticas de governança (no Brasil, são exemplos disso a Comissão
de Valores M obiliários, CVM , e o Instituto Brasileiro de Governança, IBGC) se
baseiam nos princípios da transparência, independência e prestação de contas como
meio atração investimentos para os respectivos países.
Essa temática é uma das prioridades da comunidade internacional, que prioriza a
governança corporativa, fazendo a relação entre um ambiente institucional equilibrado
e uma política macroeconômica de boa qualidade, conforme atesta o IBGC (2013):
Acesso à alta administração: cada membro deverá ter acesso completo e aberto à
administração e aos funcionários da M Luz.
Instrução e orientação dos membros: o escritório de contato do Conselho, sob a
orientação do CEO, do diretor financeiro e do assessor jurídico geral, será responsável
por oferecer materiais de orientação e organizar reuniões de orientação para os novos
membros, além de fornecer materiais periodicamente ou planejar sessões de
treinamento para todos os membros sobre assuntos que os ajudariam no cumprimento
de suas obrigações no Conselho. Incentiva-se todo novo membro a passar um dia na
sede da M Luz ou em outras instalações para receber da alta administração um resumo
sobre os negócios da M Luz, seus planos estratégicos, demonstrações financeiras e
políticas e práticas fundamentais. Além disso, cada membro poderá participar, uma
vez por ano, de um programa de educação para certificação de diretor, custeado pela
M Luz.
Dias no local: espera-se que cada membro passe pelo menos um dia por ano na
M Luz para aprender e examinar detalhadamente uma área dos negócios da M Luz. Ele
passará o dia com a administração e os funcionários naquela área do negócio, e a pauta
enfatizará as operações, as questões específicas de risco e estratégia que os negócios
enfrentam e as oportunidades apresentadas. Esses dias no local serão coordenados por
meio do Escritório de Contato do Conselho.
Autoavaliação: o Conselho e cada comitê permanente do Conselho conduzirão
uma autoavaliação anual para identificar áreas de preocupação ou de riscos potenciais
relacionadas aos processos, ao desempenho e à eficiência do Conselho ou desse
comitê, se aplicável. Essas avaliações serão administradas pelo comitê de nomeação e
governança e serão examinadas e discutidas com todo o Conselho.
Avaliação do presidente e do CEO : anualmente, o Conselho avaliará o
desempenho e a eficiência do presidente e do CEO, como apresentado pelo Comitê de
desenvolvimento de liderança e remunerações.
Planejamento de desenvolvimento e sucessão da administração: o Conselho,
com recomendações do Comitê de desenvolvimento de liderança e remunerações,
aprovará e manterá um plano de sucessão para o CEO. Além disso, anualmente, o
CEO apresentará ao Conselho um relatório sobre o planejamento de sucessão para a
alta administração e um relatório sobre o desenvolvimento administrativo.
Remunerações do Conselho: o Comitê de desenvolvimento de liderança e
remunerações terá a responsabilidade de aprovar todas as remunerações e os
benefícios para membros não funcionários. O Conselho está convencido de que o valor
das remunerações dos membros deve ser justo e competitivo em relação às
remunerações dos membros em outras empresas com negócios semelhantes em porte e
escopo aos da M Luz; o tipo de remuneração deve alinhar os interesses dos membros
com os interesses a longo prazo dos acionistas; e a estrutura do programa de
remunerações deve ser simples, transparente e fácil para os acionistas entenderem.
Anualmente, o comitê de desenvolvimento de liderança e remunerações analisará os
benefícios e as remunerações de membros não funcionários (inclusive seguro e
indenização) com todo o Conselho.
Comunicação de problemas aos membros independentes ou ao Comitê de
auditoria: qualquer pessoa que tiver uma dúvida sobre conduta, contabilidade,
relatórios financeiros, controles internos ou questões de auditoria da M Luz poderá
comunicar essa dúvida diretamente aos membros independentes, por meio do diretor-
presidente, ou ao Comitê de auditoria, por meio do presidente do comitê. Essas
comunicações podem ser confidenciais ou anônimas e podem ser feitas por e-mail,
apresentadas por escrito ou comunicadas por telefone ao escritório de ética
empresarial da M Luz. Todas essas dúvidas serão encaminhadas aos membros
pertinentes para análise e serão simultaneamente examinadas e consideradas pelo
escritório de ética empresarial da mesma maneira que outros problemas são
considerados pela administração. O status de todas as questões relevantes
encaminhadas aos membros independentes ou ao comitê de auditoria será divulgado a
todo o Conselho trimestralmente. Os membros independentes, o membro presidente
ou o comitê de auditoria poderão dedicar tratamento especial, inclusive a contratação
de consultores ou assessores jurídicos externos, para qualquer questão que lhes for
encaminhada. O código de conduta da M Luz proíbe qualquer funcionário de retaliação
ou de empreender qualquer ação adversa contra qualquer pessoa por levantar uma
questão de integridade ou por ajudar a solucioná-la.
Acesso aos consultores independentes: o Conselho e os seus comitês, além dos
membros independentes e não funcionários que atuam em sessão executiva como
descrito em “Conduta das reuniões do Conselho – Sessões executivas de membros
independentes e não funcionários”, terão o direito, a qualquer momento, de contratar e
remunerar consultores jurídicos, financeiros ou outros, independentes e externos.
Ratificação dos acionistas de auditores independentes: embora o Conselho
reconheça que os regulamentos, as regras e as leis vigentes, além do estatuto do
Comitê de auditoria do Conselho, exigem a participação de auditores independentes da
M Luz, contratados e supervisionados pelo Comitê de auditoria, o Conselho considera
a seleção de auditores independentes uma questão importante, de interesse dos
acionistas, e considera a proposta para os acionistas ratificarem essa seleção uma
oportunidade importante para que façam comentários diretos ao Conselho sobre uma
questão pertinente de governança corporativa. Consequentemente, o Conselho
apresentará tal proposta aos acionistas no documento de orientação ao acionista
referente a cada reunião anual dos acionistas.
Interação do Conselho com os investidores institucionais, a imprensa e outros: o
Conselho está convencido de que a administração deve expressar as opiniões da
M Luz. Os membros individuais podem, de tempos em tempos, reunirem-se ou
comunicarem-se com diversas partes interessadas relacionadas à M Luz. Contudo,
espera-se que os membros o façam apenas com o conhecimento do presidente do
Conselho.
Análise de operações do Conselho: o Comitê de nomeação e governança analisará
periodicamente as operações do Conselho de acordo com esses princípios e
comunicará a todo o Conselho quaisquer desvios materiais.
O exemplo apresentado, não pretende esgotar as possibilidades de aplicação das
regras de governança. Destaca-se, ainda, que a controladoria ao auxiliar os órgãos da
administração na elaboração de “um modelo de diretriz corporativa” deve buscar
sinergia entre as diretrizes de forma a alinhá-lo ao modelo de gestão da empresa.
REFERENCIAS
BIANCHI, M. A. Controladoria como um mecanismo interno de governança corporativa e de
redução dos conflitos de interesse entre principal e agente. São Leopoldo: UNISINOS, 2005.
Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis), Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2005.
BM&FBOVESPA. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. Carteira teórica do índice de ações com
governança corporativa diferenciada em 30 de abril de 2010. Disponível em:
http://www.bmfbovespa.com.br. Acesso em: 24 mar. 2013.
______. Índice de ações com governança corporativa diferenciada – IGC. Disponível em:
http://www.bmfbovespa.com.br/. Acesso em: 24 mar. 2013.
FINANCIAL TIMES. Governança Corporativa. Disponível em: http://lexicon.ft.com/. Acesso em: 9
mar. 2013.
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Prioridade Internacional Governança
Corporativa. Disponível em: http://www.ibgc.org.br/. Acesso em: 9 mar. 2013.
NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional.
São Paulo: Atlas, 2009.
NASDAQ – National Association of Securities Dealers Automated Quotations. Agency Theory.
Disponível em: http://www.nasdaq.com/. Acesso em: 9 mar. 2013.
OECD – Organisation for Economic Co-operation and Development. Corporate Governance.
Disponível em: http://stats.oecd.org/glossary/detail.asp?ID=6778. Acesso em: 9 mar. 2013.
Este capítulo foi elaborado por Maurício Santos da Luz.
1 Um gestor, que desempenha determinadas funções na empresa deve, regularmente, explicar as suas ações
aos proprietários, visando informar o que foi feito, porque foi feito e qual foi resultado obtido justificando
os acertos (vitórias) e os erros (fracassos). Nota-se que não se trata apenas de prestar contas em termos
quantitativos.
CAPÍTULO 5
Nota-se pela análise da Figura 9 que existe uma série de fatores a serem
considerados no âmbito externo. Nesse contexto, cabe à controladoria estabelecer um
ordem de prioridade a ser observada na avaliação do cenário externo, sempre em linha
com o porte as necessidades da empresa.
Juntamente com a análise do macroambiente, deve ser efetuada a leitura do
cenário interno. Essa avaliação busca destacar quais os aspectos positivos e negativos
da organização que podem influenciar os cenários previstos pela gestão.
A análise do ambiente interno é apresentada na Figura 10, a seguir, que
demonstra as principais questões que contribuem com atividades e/ou informações
relevantes para o cumprimento das estratégias definidas pela empresa. As questões
envolvidas incluem desde a estrutura de pessoas até os aspectos financeiros.
Figura 10 – Análise de cenário interno.
Fonte: elaborada pelos autores.
O BSC é uma ferramenta que engloba toda a organização e oferece ampla visão
no âmbito dessas quatro perspectivas. Resulta num diagnóstico do desempenho da
empresa e indica os objetivos do futuro.
Em cada uma das perspectivas é trabalhado um conjunto de indicadores e ações
que precisam ser cumpridos para que o objetivo geral da empresa seja alcançado.
Portanto, a ferramenta também é bastante utilizada pelo controller. Nela já estão
descritos indicadores e ações a serem tomadas.
Com base no que foi exposto ao longo deste capítulo, pode-se concluir o seguinte:
REFERÊNCIAS
CATELI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
FERNANDES, José Luiz Nunes. O modelo de Mensuração do Sistema de Gestão Econômica –
GECON: como uma efetiva resposta para a área da Controladoria. Belém, 2004.
JULIÃO, Anderson. Avaliação de Desempenho na Visão da Controladoria. ConTexto, Porto Alegre, v.
3, n. 5, 2° sem. 2003.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação – Balanced Scorecard. 5. ed. Rio de
Janeiro: Editora Campus, 1997.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário. São Paulo: Thomson, 2005
SCHMIDT, Paulo (org.). Controladoria: agregando valor para a empresa. São Paulo: Bookman,
2002.
Da análise das Figuras 14, 15 e 16 é possível notar que a composição dos preços
é dinâmica, sendo que o conjunto destes processos demonstra a complexidade a ser
enfrentada pelo controller, no momento de estabelecer o melhor preço de um produto
ou serviço desenvolvido pela empresa. É possível entender, ainda, que em
determinadas empresas poderá ser necessário utilizar todos os processos descritos
anteriormente em decorrência do mix de produtos ou serviços comercializados. Sob
essa perspectiva, em certos casos, será possível utilizar o processo demonstrado na
Figura 14, em outros haverá a necessidade de se utilizar aquele previsto na Figura 15 e
assim sucessivamente.
Nesse sentido, a área de controladoria deve envidar esforços para diminuir as
incertezas no processo de precificação através do estabelecimento de premissas
objetivas e parâmetros muito bem definidos a serem utilizados pelas áreas envolvidas.
Cabe ressaltar, ainda, que para se determinar o preço ideal de um produto ou
serviços é necessário levar em consideração uma série de variáveis as quais devem
abarcar aspectos internos (estrutura de custos, capacidade financeira, desenvolvimento
tecnológico, entre outros) e externos (condições de mercado, políticas governamentais,
entre outros) da empresa.
Sob o ponto de vista interno, a controladoria deve buscar subsídios na
contabilidade de custos para estimar o valor de um produto ou serviço o qual, em
regra, é afetado pelas seguintes variáveis:
a. Custos: são os valores gastos diretamente para a aquisição ou para a
elaboração do produto e/ou na execução de serviços.
b. Despesas: são os valores gastos para a comercialização de produtos e para a
administração das atividades empresariais.
c. Investimentos: são os valores aplicados para a aquisição de bens utilizados
nas atividades operacionais (bens de produção).
No tocante aos fatores externos, o primeiro passo seria definir se existe no
mercado espaço para um determinado produto ou serviço observada a faixa de preço
projetado. Após essa etapa, deve-se avaliar se há possibilidade de desenvolver um
produto ou serviço que se enquadre na faixa de preço que o mercado está disposto a
pagar e se esse produto terá a capacidade de gerar lucro para a empresa.
Assim, para que se determine o preço ideal de um produto, a controladoria deve
buscar, em conjunto com as áreas envolvidas, uma combinação de esforços que
redunde um preço que posicione o produto ou serviço como atraente para o mercado e
que ao mesmo tem possa cobrir os gastos gerando a lucratividade esperada.
Vale ressaltar, que a dificuldade em atingir o ponto de equilíbrio na estimativa de
preço é tão grande que, em certos casos, os investimentos em desenvolvimento de
produtos começam pelo estabelecimento de um preço. A partir dessa etapa é que deve
ser determinada a estrutura do plano de negócios e da viabilidade econômica do
produto ou serviço. Nesse sentido, a controladoria pode levar em consideração os
seguintes itens visando o estabelecimento do preço ideal:
a. Fatores relevantes: avaliação do produto, aceitação no mercado, estrutura de
custos (matérias-primas empregadas, percentual de mão de obra etc.),
disponibilidade da tecnologia a ser emprega, público alvo, dentre outros.
b. Custos da atividade: estrutura de custos e financiamento da empresa;
qualificação da mão de obra; estrutura administrativa, força de vendas etc.
c. Nível de atividade – ponto de equilíbrio: capacidade instalada, custos de
ociosidade, capacidade e/ou necessidade de armazenamento, dentre outros.
d. Rentabilidade pretendida: os preços praticados devem cobrir os gastos
(custos + despesas) e devem formar caixa.
e. Evolução dos custos: constante acompanhamento dos custos envolvidos.
Sejam os diretos (custos variáveis), os indiretos (custos fixos) ou os de
investimento (capital próprio ou de terceiros).
Além disso, as métricas relacionadas à lucratividade e à rentabilidade devem estar
sempre presentes nas avaliações efetuadas. Vale lembrar que a lucratividade compara o
lucro apurado com o faturamento gerado pela empresa, já a rentabilidade compara o
lucro apurado com o montante do capital investido (próprio ou de terceiros) para a
realização das atividades da empresa. Nesse sentido, a depender das condições do
mercado de atuação da empresa e das premissas adotadas pelo mercado financeiro,
pode-se inferir que nem sempre um negócio lucrativo é rentável.
Reitor
Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ
Vice-reitor
Pe. José Ivo Follmann, SJ
EDITORA UNISINOS
Diretor
Pe. Pedro Gilberto Gomes, SJ
CDD 658.4013
CDU 658.15
Esta obra segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa vigente desde 2009.
Editor
Carlos Alberto Gianotti
Acompanhamento editorial
Mateus Colombo Mendes
Revisão Editoração Capa
Gabriel Schaf Décio Remigius Ely Isabel Carballo
A reprodução, ainda que parcial, por qualquer meio, das páginas que compõem este livro, para uso não
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Foi feito o depósito legal.