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CCIH
0002
CAPÍTULO I
1.CATEGORIA E FINALIDADES
Instituir e promover protocolo da higiene das mãos no Hospital Silvio Avidos com o intuito
de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à
segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos
cuidados aos pacientes.
2. ABRANGÊNCIA
Este protocolo deverá ser aplicado em todos os setores do Hospital Silvio Avidos que
prestam cuidados à saúde, seja qual for o nível de complexidade, no ponto de assistência.
Entende-se por ponto de assistência, o local onde três elementos estejam presentes: o
paciente, o profissional de saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato com
o paciente ou suas imediações (ambiente do paciente).
O produto mais comumente disponível é a preparação alcoólica para as mãos, que deve
estar em dispensadores fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de
cabeceira do paciente, nos carrinhos de curativos / medicamentos levados para o ponto de
assistência, podendo também ser portado pelos profissionais em frascos individuais de
bolso.
3. DEFINIÇÕES
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as
mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que
pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. De acordo com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – Anvisa, o termo engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a
fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, definidas a seguir, e a antissepsia
cirúrgica das mãos, que não será abordada neste protocolo.
> Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob
a forma líquida.
> Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete
associado a agente antisséptico.
> Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação
alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de
enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.
• Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação
contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas mãos
para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em
sua formulação para evitar o ressecamento da pele.
• Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras:
preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade
antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de suspensão) ou in
vivo, destinadas a reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha
emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele.
As mãos devem ser higienizadas com água e sabão nas seguintes situações:
A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob formas de gel, espuma e
outras (na concentração final de 70%).
A técnica de higiene simples das mãos com água e sabão envolve os passos a seguir:
Tempo: 40 a 60 segundos
Tempo: 20 a 30 segundos
10. RECOMENDAÇÕES
USO DE LUVAS
12. INDICADORES:
Siglas e Definições
Materiais
Abrangência
O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo,
unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados
procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos do HMSA.
Justificativa
A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado
determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam
lesar.
Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases do
diagnóstico, do tratamento e de alta. Alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do
paciente como: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional dentro da
instituição e outras circunstâncias no ambiente.
Entre 2003 e 2005, The United Kingdom National Patient Safety Agency apresentou 236 incidentes
relacionados a pulseiras com informações incorretas. A má identificação do paciente foi citada em mais de
100 análises de causa raiz realizadas pelo The United States Department of Veterans Affairs (VA) National
Center for Patient Safety entre 2000 e 2003.
Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue destinados a outros
pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito. Em cada 1.000 pacientes que recebem
transfusões de sangue ou de hemocomponentes, um indivíduo recebe a destinada à outra pessoa. Em dois
terços dos casos, o motivo é a identificação errada da bolsa e ausência de cultura de segurança onde deve
ocorrer a dupla checagem e a participação do paciente nesta checagem.
Muitas instituições fazem uso das pulseiras para identificar seus pacientes. Em pesquisa relacionada à
aceitabilidade dos pacientes com relação a esta prática, foi demonstrado que a maior parte dos pacientes era
favorável e que considerava importante a necessidade de utilização de algum método de identificação pelos
hospitais, principalmente após explicação sobre as consequências de uma identificação incorreta. Segundo os
autores, cerca de 84% dos pacientes consideravam que o hospital deveria utilizar as pulseiras e 90%
afirmaram que concordariam em utilizá-las.
Estudos sobre o processo de identificação de pacientes com a utilização de pulseiras demonstraram que
existem altos níveis de consciência profissional da equipe e evidenciaram a importância da tomada de decisão
de aplicação do dispositivo no momento mais precoce possível, especialmente em pacientes de emergência.
Ressaltaram a importância da participação do paciente para minimizar o risco de dados errôneos e a
preocupação com o uso do dispositivo em algumas circunstâncias clínicas especiais, como transfusão de
sangue, administração de medicamentos e realizações de exames de imagem e laboratoriais. Consensos e
relatórios de especialistas indicam reduções significativas na ocorrência de erros após a implementação do
processo de identificação do paciente.
Descrição da Atividade
Todos os pacientes ao darem entrada no serviço de saúde do HMSA devem ser imediatamente identificados.
Aqueles que passam pela classificação de risco devem receber a pulseira de classificação e de alergia
(quando aplicável) imediatamente após entrevista, essa identificação será emitida pelo setor de classificação.
Caso haja necessidade de internação a pulseira de classificação será substituída pela equipe de enfermagem,
após a equipe da recepção realizar a internação hospitalar do paciente (casos de pacientes alérgicos mantem a
pulseira de alergia). A enfermagem deverá checar todas as informações do paciente de acordo com a pulseira
e documentos de internação. Em seguida realizar a orientação do paciente e do acompanhante sobre os
momentos em que deve ser solicitado (administração de medicamentos, hemotransfusão, realização de
procedimentos, exames, transferências internas e externas e altas). A checagem das informações, é
obrigatória, confirmar se o paciente é alérgico, caso seja alérgico e ainda não possuir a pulseira vermelha de
alergia, colocar imediatamente identificando a alergia tanto na pulseira quanto no gerenciamento de riscos à
beira leito. É necessário ter os dois identificadores em pulseira branca padronizada, nome completo do
paciente sem abreviações e data de nascimento (para casos de homônimos acrescentar o nome da mãe e
A confirmação da identificação do paciente será realizada antes dos cuidados. Inclui a orientação da
administração de medicamentos, do sangue e de hemoderivados, da coleta de material para exame, da entrega
da dieta e da realização de procedimentos invasivos e realização de exames de imagem. A pulseira de
identificação e a pulseira de alergia deve permanecer com o paciente durante todo período de internação
sendo, o ultimo item a ser retirado pela enfermagem no momento de alta hospitalar na portaria, com a
conferencia do segurança do hospital junto ao maqueiro/técnico. Caso a pulseira de identificação ou de
alergia apresentar qualquer NC (como ilegibilidade ou rompimento) devera ser substituída imediatamente
pela equipe de enfermagem, os mesmos devem solicitar a recepção nova confecção e a enfermagem deverá
assegurar a instalação da nova pulseira realizando a conferencia dos dados da pulseira com o prontuário do
paciente e o próprio paciente estando esse lucido.
2 - Definições Institucionais
Deverá ser promovido um rodízio dos membros, de acordo com as necessidades dos pacientes, levando em
consideração situações, tais como: edemas, amputações, presença de dispositivos vasculares, entre outros.
Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando não houver a
informação do nome completo e data de nascimento, poderão ser utilizados o número do prontuário e as
características físicas mais relevantes do paciente, incluindo sexo e raça.
O registro dos identificadores do paciente podem ser impressos de forma digital ou podem ser manuscritos de
forma legível, inicialmente o processo interno será manual com proposta de melhoria para ser impresso para
minimizar falhas relacionadas a escrita.
A pulseira de identificação quando for exposta à água, sabão e detergentes, géis, sprays, produtos de limpeza
a base de álcool, hemocomponentes e outros líquidos corporais, e qualquer outro líquido ou preparação não
deve se desgastar durante a permanência do paciente no hospital, caso ocorra deve ser notificado ao
enfermeiro do plantão para avaliação e solicitação de substituição de material.
As pulseiras devem ser reguláveis para ajustes de tamanho de punho variados e não deve ficar sobrando
pulseira em cima na identificação dever ser removido todo excesso.
A impressão deve ser durável, impermeável, segura e inviolável. A inserção de dados manuscritos devem
garantir durabilidade da informação usando canetas especiais. Os serviços de saúde devem desenvolver,
implementar e revisar regularmente processos que facilitem a correta identificação dos pacientes na passagem
das informações entre as equipes de saúde, na transferência e na alta do paciente.
Quando for realizada transferência para outro serviço de saúde, Instituição de longa permanência e outros um
identificador adicional do paciente será o destino, para refinar a exatidão da identificação, devido a não
transferência do número do prontuário entre os serviços de saúde.
Quando a transferência for entre o serviço de ambulância e um serviço de saúde e nenhum dos identificadores
do paciente estiver disponível, o máximo possível de detalhes deve ser registrado, como:
O local de onde a pessoa foi resgatada e o horário,
O número de registro do atendimento do serviço de ambulância,
IMPORTANTE:
1 - O número do quarto/enfermaria/leito/ala do paciente não pode ser usado como um identificador, em
função do risco de trocas no decorrer da estada do paciente no serviço.
2- O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o nome ao paciente/familiar/acompanhante e
conferir as informações contidas na pulseira do paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do
material que será utilizado.
3- A identificação do hemocomponente e dos hemoderivados deve seguir a legislação específica.
4- Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente, deverá verificar os detalhes de sua identificação
para garantir que o paciente correto receba o cuidado correto.
5- A verificação da identificação do paciente não deve ocorrer apenas no início de um episódio de cuidado,
mas deve continuar a cada intervenção realizada no paciente ao longo de sua permanência no hospital, a fim
de manter a sua segurança.
PEÇA ao paciente que declare (e, quando possível, soletre) seu nome completo e data de nascimento.
SEMPRE verifique essas informações na pulseira de identificação do paciente, que deve dizer exatamente o
mesmo. Checar se a impressão ou registro encontra-se legível.
LEMBRAR que deve constar o nome completo do paciente, sem abreviaturas e data de nascimento
NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não compreender e concordar
por engano.
NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome acima do leito está
correta, a identificação do leito não pode ser usada como identificação do paciente.
SEMPRE os identificadores do paciente (nome completo sem abreviações e data de nascimento deve conter
em todos os processos assistências (etiqueta de nutrição, etiqueta de soro ou soluções, identificação do leito,
sala cirúrgica, escalas, registros em gerais, prescrição médica, evoluções, planilhas de controles entre outros.
Registros
Todos os incidentes envolvendo identificação incorreta do paciente devem ser notificados ao NSP e
investigados pelo serviço, (são exemplos de Incidentes: Nome Incorreto, data de nascimento incorreto,
divergência do prontuário com a pulseira e a identificação do leito, perda ou ilegibilidade da identificação,
ausência das identificações, falha por não conferencia da identificação, ausência da disponibilidade da
pulseira, falhas assistências por quebro do processo). A implementação das ações geradas pelas investigações
deve ser monitorada pelo próprio serviço de saúde.
Anexos
Monitoramento
O monitoramento será realizado com a busca ativa e auditoria de protocolo, é realizada na instituição para
verificar o cumprimento deste protocolo e assegurar a correta identificação de todos os pacientes em todos os
cuidados prestados no HMSA.
Indicador:
Número de eventos adversos devido a falhas na identificação do paciente.
Numero de pacientes visitados pela busca ativa
Numero de pacientes com pulseiras padronizadas entre os pacientes visitados na instituição de saúde.
Referências Bibliográficas
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/identificacao-do-paciente
Controle de Alterações