Uma das maiores dificuldades na formação de Engenheiros ambientais e sanitários
é matriz do curso, logo no início apresenta para os alunos matérias teóricas de
diversos campos de estudo.
Além disso grande parte da grade envolve estudos relacionados a matemática, e o
Brasil é um país que não tem afinidade com as matérias de exatas, de acordo com o movimento Todos pela Educação, ao deixar a escola apenas 7,3% dos estudantes atingem níveis satisfatórios de aprendizagem. Dos alunos que começam algum curso de engenharia, 43% não o terminam, segundo a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), a grande maioria desiste logo nos primeiros dois semestres. Ou seja, dos brasileiros que se dispõem a enfrentar os números, grande parte acaba desistindo. Outro fator de dificuldade são os estágios de extrema importância durante a graduação de um engenheiro, conseguir o primeiro estágio pode ser uma tarefa bem complicada. Por ser uma área em ascensão a oportunidade de estágios não é alta dificultando essa parte do processo de formação que é primordial, pois além do conhecimento teórico se faz necessário para os estudantes saberem colocar em pratica o que foi estudado. Por mais que a demanda da profissão seja alta nem todas as empresas estão dispostas a abrir vagas de estágio. Além de fatores externos, fatores internos podem levar a uma dificuldade maior nesse quesito, medo e inseguranças podem levar o estudante a não dar seu melhor ou nem ao menos tentar. A condição financeira é mais um motivo para evasão da graduação, detectou-se que os problemas financeiros têm grande influência na decisão dos estudantes desistirem do sonho de formação superior. Trabalhos de Armbrust (1995), de Aguiar (2001) e de Jacob (2000) verificaram que problemas de natureza sócio-econômica, o aumento das mensalidades e a ausência de condições financeiras, são fatores decisivos na desistência. Muitas pessoas trabalham para pagar seus estudos e suas necessidades básicas, se a mensalidade e materias forem muito caros e atrapalharem o pagamento das contas a desistência será uma das primeiras escolhas. Ainda nessa área financeira e de trabalho, horários incompatíveis podem ser outro prejudicial, Bueno (1993), Paredes (1994), de Mercuri et tal (1995) e Gomes (2000) verificaram que a impossibilidade de estudar e de trabalhar leva muitos estudantes a desistirem dos cursos, pelas informações levantadas por meio de pesquisas verificou-se que esse problema tem apresentado crescimento significativo. A graduação não é simples e a força de vontade e esforço são pontos cruciais para alcançar o diploma, apenas os que dão seu melhor e não desistem na primeira dificuldade vão se tornar profissionais capazes de ter pensamento crítico, resiliência, coragem e capacidade de unir lógica e criatividade.