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Administração

de Servidores
Material Teórico
Servidores de Redes e Tipos de Serviços

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Vagner da Silva

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Servidores de Redes e Tipos de Serviços

• Visão Geral sobre Servidores de Redes;


• Serviços;
• Servidores Virtualizados;
• Tipos de Servidores;
• Tipos de Serviços.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer as principais características envolvendo um servidor, seus aspectos físicos e
tipos de serviços que devem ser providos por eles;
• Entender como um servidor consegue oferecer mais do que um serviço, e quais as carac-
terísticas que o tornam flexíveis para isso.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Servidores de Redes e Tipos de Serviços

Visão Geral sobre Servidores de Redes


A comunicação feita pela Internet e em grande parte das redes de computadores
se baseia no estilo cliente-servidor, ou seja, sempre haverá algum dispositivo solici-
tando informações para outro dispositivo que responderá a estas solicitações por um
serviço instalado e configurado adequadamente. Para que uma máquina possa ser
considerada um servidor e responder a um dispositivo, ela deverá ter instalado um
serviço, e é este o motivo que faz estas máquinas serem chamadas de servidores.

Os servidores devem responder às solicitações de vários usuários quase que


simultaneamente, para isso, ele deve ter determinadas características, principal-
mente no quesito desempenho, para responder de forma eficaz a estas solicitações.
Portanto, o servidor deve ser dimensionado em relação a recursos como processa-
dor, memória e interface de rede para dar vazão a estas solicitações.

Como se pode perceber, um servidor deve ser uma máquina com poder com-
putacional diferenciado, com um sistema operacional adequado a oferecer estes
tipos de serviços. Eles evoluíram ao longo do tempo, passando de máquinas sendo
montadas em uma torre, até lâminas ou soquetes sendo montados em rack.

Figura 1 – Servidor montado em rack


Fonte: Getty Images

O primeiro servidor web no mundo foi configurado para disponibilizar páginas


web. Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, disponibilizou páginas web
descrevendo como deveria ser feito o acesso aos documentos nela disponibilizados.

Os primeiros servidores não tinham recursos diferenciados em relação aos com-


putadores disponíveis na época. Disponibilizar páginas web contendo apenas tex-
tos, não exigiam recursos computacionais diferenciados. Com a evolução da tecno-
logia, outros serviços como transferência de arquivos, banco de dados e imagens
vinculadas às páginas web foram disponibilizadas.

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As requisições e acessos aos servidores foram crescendo e houve necessidade de
desenvolver máquinas com diferencial computacional para prover acesso e respos-
tas rápidas aos conteúdos solicitados. Imagens e sons foram vinculados às páginas
web e, em consequência disso, os servidores tinham que ter recursos diferenciados.

É possível encontrar servidores compostos por diversas configurações e capaci-


dades computacionais, com custos considerados baixos e/ou elevados, de acordo
com a necessidade da organização. Quanto maior desempenho e recursos disponí-
veis, maior será o custo do servidor.

Os sistemas operacionais foram acompanhando a evolução do hardware. Atual-


mente, há versões exclusivas de sistemas operacionais para servidores, e eles ofere-
cem segurança e flexibilidade na configuração dos serviços a serem disponibilizados.

A Microsoft, na década de 90, apresentou o Windows Workgroup, que se tratava


de uma versão que propôs a integração de recursos de redes de computadores, como
compartilhamento de impressão e arquivos. A partir desse ponto, a empresa come-
çou a desenvolver sistemas operacionais abrangendo as necessidades dos usuários de
computadores pessoais e sistemas operacionais para abranger recursos de servidores.

Figura 2 – Windows 3.1 WorkGroup


Fonte: Wikimedia Commons

Embora o Windows Workgroup oferecesse alguns serviços, o seu desenvolvi-


mento não foi exclusivo para que se estabelecesse como um sistema operacional
servidor por completo, e outras versões como Windows NT e Windows NT Server
foram também propostos no mercado. A Microsoft começou a desenvolver um sis-
tema operacional para servidores a partir da década de 2000. Em 2003, ela lançou

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o Windows Server 2003 com características de configuração para servidores por


completo. Dentre outros sistemas operacionais que a empresa desenvolveu, temos:
• Windows Server 2003 (R2);
• Windows Server 2008;
• Windows Server 2008 (R2);
• Windows Server 2012;
• Windows Server 2012 (R2);
• Windows Server 2016;
• Windows Server 2019.

O sistema operacional Linux é usado em larga escala em servidores e se torna-


ram atrativos pela estabilidade, desempenho e custo reduzido em relação às outras
plataformas pagas.

O Linux na versão servidor permite somente o uso de linha de comandos, e isso


o torna um sistema operacional mais seguro, visto que, para configurá-lo, deve-se
ter conhecimento sobre os comandos a serem aplicados.

Para empresas de grande porte e até mesmo para um Data Center, o modelo de
servidores em rack proveem escalabilidade, permitindo que os sistemas operacio-
nais sejam virtualizados para aproveitar melhor os recursos que o hardware pode
oferecer. Além disto, é possível economizar no espaço, na organização e energia
elétrica, já que um soquete com sistemas operacionais virtualizados pode atender
vários clientes com apenas uma interface de rede. A figura 3 apresenta uma máqui-
na física contendo três máquinas virtuais.

Figura 3 – Virtualização de servidores


Fonte: Getty Images

Com a evolução da computação em nuvem, há uma tendência na contratação de


servidores que não estejam fisicamente na empresa, mas que sejam configurados
na nuvem. Desta forma, a empresa paga pelo serviço contratado e até por deman-
da de processamento e uso de memória.

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Serviços
Em um servidor, pode-se configurar um ou mais serviços, mas geralmente con-
figura-se mais que um serviço, e em casos mais específicos, em que a demanda
pelos dados seja muito grande e o tempo de respostas deva ser rápido, configura-se
apenas um serviço.

Configurar mais que um serviço em um servidor requer que ele responda a


solicitação de forma adequada, ou seja, caso um servidor tenha configurado o
DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração Dinâ-
mica de Host) para fornecer endereço IP automaticamente e o serviço de trans-
ferência de arquivo FTP, ele deve responder adequadamente a estas solicitações.

A resposta do servidor ao serviço adequado solicitado pelo cliente só pode ser


feita pelo conceito conhecido como socket. Um socket é a junção do endereço
IP com a porta referente àquela aplicação. Cada aplicação que fornece um servi-
ço tem associada a ela, pelo menos, uma porta que é definida no protocolo TCP
e UDP da camada de transporte.

O DHCP tem especificado a porta 68, portando, qualquer dispositivo que se


conectar a uma rede de computadores e estiver configurado para obter endereço
automaticamente deverá fazer uma solicitação nesta porta. Já o FTP usa duas
portas, o acesso ao servidor é feito pela porta 21 e a transferência de arquivos é
feito pela porta 20.

Como pode ser observada na figura 4, cada aplicação disponibilizada para co-
municação na rede deve ser empacotada no protocolo UDP ou TCP, e neste proto-
colo é inserido o número da porta.

Tabela 1 – Comparação entre modelo OSI e TCP/IP


Camadas OSI Protocolos Incluídos Camadas TCP/IP
Aplicação SNMP FTP
Apresentação TFTP Telnet
NFS Finger Aplicação
DNS SMTP
Sessão
BOOTP POP
Transporte UDP TCP Transporte de Máquina para Máquina
Rede IP Internet
Dados Cartões de Interface de Rede
Interface de Rede
Física Meio de Transmissão
Fonte: Gallo, 2003

Portanto, para a solicitação de um serviço de um cliente a um servidor, primeiro


o servidor deve ser identificado na rede, isto é feito pelo endereço IP do protocolo
IP, depois de identificado o servidor, deve-se identificar o serviço, isto é feito pelo
número da porta que está inserido, ou no protocolo UDP ou no TCP.

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Todos os serviços conhecidos têm a eles associado um número de porta e, ao


se instalar o serviço no servidor, é importante mantê-la conforme especificação.
Em alguns casos, até para teste, costuma-se alterar o número da porta do serviço.
Por exemplo, ao instalar um servidor de página web, a porta 80 é configurada para
acesso a este serviço, no entanto, costuma-se alterar este número de porta para
8080 ou outro número, para testar o desenvolvimento de um site.

Servidores Virtualizados
Os computadores tradicionalmente usam apenas um sistema operacional para
gerenciar os recursos físicos. Nestes casos, eles são considerados altamente acopla-
dos e não podem ser separados. Essa característica oferece custos elevados e pouca
flexibilidade na infraestrutura.

A virtualização tem como objetivo melhorar o uso dos recursos físicos como
CPU, memória, HD e interface de rede, permitindo o uso de múltiplos sistemas
operacionais funcionando concorrentemente em uma única máquina. A virtuali-
zação é uma entidade lógica em que cada sistema operacional roda sobre a sua
própria máquina virtual.

Em uma máquina virtualizada, a camada de virtualização reside entre o hardware e


a máquina virtual. A camada de virtualização também é conhecida como Hypervisor.
Ela oferece a padronização de recursos de hardware como CPU, memória, rede, entre
outros para todas as máquinas virtuais.

Applications Applications Applications

Windows Linux Suse Linux

VM VM VM

Hypervisor

Hardware

Figura 4 – Hypervisor

Conforme figura 4, cada máquina virtual instalada (VM) comunica-se com o


hypervisor e esse tem como responsabilidade gerenciar os recursos físicos (hardware)
para cada máquina virtual instalada.
Explor

Como instalar um hypervisor: https://bit.ly/2WNCJ6A

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O hypervisor é um software que permite a vários sistemas operacionais ope-
rarem concorrentemente sobre uma máquina física e interage diretamente com o
hardware. Ele é o componente chave para a virtualização e continuidade de um
Data Center e é composto por dois componentes: Kernel (núcleo) e Monitor da
Máquina Virtual (VMM).

O kernel do hypervisor fornece a mesma funcionalidade dos outros sistemas ope-


racionais, como gerenciamento de processos e gerenciamento de sistema de arquivo.
Ele é responsável por dar suporte a múltiplas máquinas virtuais e fornecer as funcio-
nalidades de núcleo como escalonamento de recursos, pilhas, entre outros.

O monitor da máquina virtual é responsável por executar o comando sobre a


CPU, ele abstrai o hardware para dar a impressão que cada máquina virtual tem
os seus próprios recursos como CPU, memória e dispositivos de entrada e saída.

Essa característica aliou-se muito bem aos servidores, pois com um hardware
há possibilidade de instalar e configurar vários servidores e sistemas operacionais
diferentes. Isso aumenta a flexibilidade diminuindo os custos relacionados a equipa-
mentos, espaço, energia e temperatura.

Tipos de Servidores
Há no mercado algumas alternativas em relação aos tipos de servidores, e a
escolha por um ou outro está relacionada à necessidade, ao tamanho da empresa,
bem como também ao desempenho que eles possam oferecer.

Os servidores disponíveis atualmente são:


• Servidores em torres: Usados em grande parte em pequenas e médias em-
presas ou escritórios. Há uma tendência a escolher este tipo de servidor ao
criar uma rede de uma pequena empresa, pois oferecem menor custo e pouco
espaço físico para mantê-lo. Duas características podem ser consideradas na
montagem destes servidores, uma delas refere-se às empresas com aproxima-
damente 25 funcionários. Para este caso, um servidor com processador com
múltiplos núcleos supre as necessidades dos usuários. Acima de 25 funcioná-
rios, com acesso frequente ao servidor, deve-se considerar um servidor com
mais processadores compostos de múltiplos núcleos, maior quantidade de me-
mória e interface de rede com alta largura de banda.
• Servidores em Rack: Esse tipo de servidor apresenta capacidade maior de
processamento e armazenamento, pois um rack comporta mais hardware de
servidores. Ele é utilizado por empresas de médio e grande porte, ocupa me-
nos espaço físico e costuma trabalhar com sistemas operacionais virtualizados
para melhor utilização do hardware.

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UNIDADE Servidores de Redes e Tipos de Serviços

• Servidores Blade: Tem as mesmas características dos servidores em Rack,


no entanto, são menores e apresentam melhores desempenhos. Eles oferecem
melhores capacidades de armazenamento, melhor desempenho, menor consu-
mo de energia além dos benefícios oferecidos no gerenciamento.
Explor

Servidores Blade: https://bit.ly/2JJDQkd

• Servidores White-box: Há uma linha de servidores que são fabricados utilizando


componentes de fabricantes diferenciados. Isso se deve à flexibilidade em fornecer
aos clientes condições diferenciadas de trabalho. Gigantes na área de informática
como o Google e Facebook possuem servidores white-box. Como vantagem
declarada para utilização destes servidores está o custo para fabricação.

Os grandes fornecedores de computadores oferecem soluções para servidores


objetivando melhorar a performance de Data Center.

A Cisco desenvolveu uma linha de servidores denominada Cisco UCS (Unified


Computing System) oferecendo uma opção ao white-box. Entre o diferencial, está
a ferramenta de gerenciamento e performance desses servidores.

A Dell com sua linha de servidores PowerEdge fornece um servidor altamen-


te dimensionável para maximizar o desempenho na utilização de grande parte
de aplicativos.

A HP disponibiliza a linha de servidores HPE que contempla pequenas, médias


e grandes empresas. Dependendo do tamanho da empresa, há um modelo espe-
cífico para suprir suas necessidades.

Tipos de Serviços
Há diversos tipos de serviços que podem estar disponíveis para acesso das má-
quinas clientes, e sua utilidade vai desde fornecer informações quanto auxiliar na
organização das informações da empresa. Veja abaixo quais são os servidores e
suas características.

Servidor de Arquivo
Os servidores de arquivos são utilizados para armazenar, de forma organizada,
os arquivos dos funcionários. Esse tipo de servidor tem como características prin-
cipais o grande volume de armazenamento, segurança e controle de acesso para
registro sobre alterações, criações e remoções feitas em documentos. Esse tipo
de serviço deve:

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• Restringir o acesso aos documentos confidenciais dando aos usuários acesso
somente aos arquivos que precisam usar;
• Dar flexibilidade no acesso aos documentos. Se estiver em um servidor, pode
ser acessado de qualquer outra máquina;
• Dar acesso aos arquivos durante 24 horas por dia, pois um servidor não deve
ser desligado exceto para manutenção preventiva ou corretiva;
• Organizar os arquivos melhorando a produtividade ao proporcionar que estes
arquivos sejam encontrados rapidamente;
• Compartilhar arquivos de projetos entre as equipes, proporcionando que vá-
rios funcionários trabalhem diretamente nele;
• Fazer backup de todos os arquivos evitando que informações sejam perdidas.

Cada organização tem uma característica diferente e, consequentemente, deve


ter uma pessoa especializada para avaliar e definir qual a melhor configuração de
hardwares e softwares para serem usados nesse servidor de arquivo.

Com a evolução dos dispositivos móveis, há uma tendência em levar o armaze-


namento para a nuvem, pois isso oferece vantagens como flexibilidade de acesso
e de dispositivo também. Além disto, a escalabilidade e a segurança para manter
os arquivos confidenciais com alta disponibilidade ficam por conta da empresa que
os armazenam.

Servidor de Impressão
Os servidores de arquivos e de impressão foram alguns dos motivadores para a
criação de redes de computadores. O objetivo do servidor de impressão é fornecer
um ponto único de controle para impressora, diminuindo o custo com equipamen-
tos de impressão. O servidor de impressão recebe uma solicitação de uma máquina
cliente na rede de computadores e organiza a impressão.

Portanto, a função deste servidor é centralizar a impressão e oferecer controle


sobre a quantidade de páginas impressas, além de monitorar todas as impressões
realizadas pelos computadores da empresa. É possível ainda dar permissão aos usu-
ários que podem imprimir, e possibilita auditoria pelos administradores sobre o que
foi impresso.

É importante salientar que é possível usar nesta máquina de servidor de impressão


outros serviços. Assim, ela não ficará subutilizada na empresa. Por exemplo, está
máquina pode ser usada também como controle de acesso a usuários na rede de
computadores, ou então, no próprio servidor de arquivos, pode-se instalar também
um servidor de impressão.

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Servidor de Banco de Dados


Um servidor de banco de dados deve ser provido de gerenciadores de banco de
dados para armazenar e manipular informações como cadastro de cliente, estoque,
vendas e outras consideradas importantes para a empresa. Ele deve ter uma boa
capacidade de armazenamento e deve ter aplicações que facilitem esse manuseio.

Com a evolução da computação em nuvem, os Data Centers implementam


uma rede com protocolo específico (Fibre Channel) para armazenamento de dados
(Storage). Isso, em conjunto com os gerenciadores de banco de dados, permite
maior segurança e eficiência no acesso às informações.

Se nesse tipo de servidor estão as informações mais importantes da organização,


então, é necessário que ofereça segurança e o devido acesso a quem as necessita.

Há vários gerenciadores de banco de dados relacionais, dentre eles temos, o


Firebird, MySQL, PostgreSQL, Oracle, SQL Server, IBM DB2.

Servidor DNS
Um servidor DNS tem como principal função responder a consultas enviando
endereço IP de acordo com determinados domínios. Por exemplo, ao digitar na
“url” de um browser um endereço, este deve ser traduzido para um endereço IP
para que o protoloco IP trafegue pela grande rede. Portanto, estes servidores são
importantes no tráfego de pacotes pela Internet.

Sem os servidores DNS, teríamos que digitar o endereço IP do servidor que


quiséssemos alcançar e nós, seres humanos, temos mais dificuldade em armazenar
números que nomes. Lembrar-se de um endereço IP é o mesmo que conhecer uma
pessoa por seu registro geral (RG) e não pelo nome.

Há empresas que decidem implementar servidores DNS em sua infraestrutura,


no entanto, o mais conveniente para acesso à Internet é usar os servidores do pro-
vedor de acesso à internet, pois é mais adequado, diminui custos e funciona sem
grandes problemas.

Geralmente os servidores DNS configurados na rede local da empresa são usa-


dos para vincular os nomes dos computadores a seus endereços. Assim, é possível,
pelo nome da máquina, alcançar os computadores na rede local.

Servidor WEB
Um servidor de páginas web deve incorporar ferramentas para responder soli-
citações de clientes de forma estática e dinâmica. Atualmente, estes servidores tra-
balham com aplicações dinâmicas, ou seja, a resposta é dada ao cliente de acordo
com a solicitação feita.

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Para isto, estes servidores devem ter configurados, além do serviço de página
web, os bancos de dados e uma linguagem de programação para auxiliar na res-
posta do cliente. O banco de dados pode até estar em outro servidor específico, isto
depende muito do porte da empresa e da quantidade de solicitações que são feitas.

Um site é composto por um conjunto de arquivos textos, áudios e vídeos que


é enviado para o navegador e exibido na tela de um computador ou dispositivo.
Todos estes arquivos digitais devem estar armazenados em algum local de forma
organizada e o servidor de páginas web oferece a possibilidade de trabalhar com
esta organização.

Ultimamente, há uma tendência de a empresa optar pela contratação de um


servidor de páginas, pois os custos envolvidos para manter um servidor e um ad-
ministrador ficam mais caros.

O servidor web, não importando a plataforma, deve fornecer segurança e per-


formance para os usuários. A segurança é estabelecida por aplicativos específicos
e até mesmo na configuração dos servidores de páginas web. Já a performance
deve ser fornecida pelo hardware da máquina, portanto, questões sobre o proces-
sador, memória e interface de rede devem ser escolhidas conforme necessidade de
cada empresa.

Servidor DHCP
Os servidores DHCP (Dynamic Hosts Configuration Protocol) fornecem de
forma automática endereços IP e outras informações como a máscara de sub-rede,
o default gateway, endereço IP do DNS para máquinas conectadas na rede. Para
isto, basta que as máquinas clientes tenham sua configuração feita para receber
endereço IP automaticamente.

Este tipo de servidor otimiza a atividade do administrador de redes, pois não há


necessidade de controlar e configurar um endereço IP para cada máquina conec-
tada na rede manualmente. Basta ter um servidor DHCP devidamente configurado
para que as máquinas recebam este endereço.

Além de aplicações que podem ser instaladas para prover serviços DHCP, os
roteadores também oferecem a possibilidade de configuração. No entanto, é mais
conveniente ter um servidor instalado em uma máquina do que usar o roteador para
prover este serviço, principalmente se o foco for empresas de médio e grande porte.

Servidor de E-mail
O conceito referente ao correio eletrônico (e-mail) está em enviar, receber, dis-
tribuir e armazenar mensagens contendo arquivos digitais e textos pela internet.
Os clientes têm uma interface (browsers) para auxiliar nesta troca de mensagens.
Ela permite aos usuários escrever, ler, gravar e enviar mensagens a outros usuários
de correio eletrônico.

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UNIDADE Servidores de Redes e Tipos de Serviços

Alguns protocolos são envolvidos nesta troca de mensagens, são eles: SMTP,
MIME, IMAP e POP. Cada um destes protocolos tem funções específicas para en-
vio e recebimento de mensagens.

O SMTP foca na transferência de mensagens entre as máquinas pelo estabeleci-


mento de um link entre elas. Ele não presta outro serviço na troca de mensagens,
pois, para isto, existem outros protocolos.

O protocolo MIME foi desenvolvido como uma evolução de troca de e-mail dos
dias atuais, ou seja, da necessidade de vincular aos e-mails outras mídias como
vídeo, áudio e gráficos. Ele dá opção a diferentes tipos de dados e adéqua o cabe-
çalho para que isto seja possível.

O POP é um protocolo desenvolvido para enviar mensagens de e-mail, e o fun-


cionamento básico deste protocolo é o seguinte.
O servidor invoca o serviço POP3 através do TCP porta 110. Quando o
cliente quer usar o serviço, estabelece uma conexão TCP com o servidor.
Quando a conexão é estabelecida pela primeira vez, o servidor envia um
sinal que identifica o processo POP3. A sessão atual passa ao estado
de autorização em que o cliente se identifica para o servidor enviando
seu username e password para a conta de e-mail localizada no servidor.
Considerando a autorização válida, a sessão entra no estado de transação
em que o cliente direciona o servidor para manipular o mailbox do usuário
de acordo com a configuração do programa de e-mail. Essa configuração
pode incluir algo como recuperar todos os mails não lidos, deletar mensa-
gens e enviar mensagens da fila. (GALLO, 2003)

De acordo com a descrição acima, pode-se notar que, ao estabelecer uma co-
nexão com o servidor de e-mail, o cliente pode manipular os e-mails que estão no
servidor, desde que suas credenciais sejam conhecidas.

O protocolo IMAP é semelhante ao POP3 em relação a sua funcionalidade, no


entanto, fornece algumas características a mais que ele. Por exemplo, o protocolo
IMAP permite baixar mensagens escolhidas pelo usuário, portanto, com o protoco-
lo IMAP, o usuário recebe cabeçalho das mensagens e tem condições de escolher
quais mensagens baixar. Isto não acontece com o protocolo POP, pois ele baixa
todas as mensagens que estão no recipiente do usuário.

Servidor Proxy
A segurança em redes de computadores é essencial. Atualmente, há muitos
ataques virtuais feitos em empresas no sentido de obter informações para diver-
sas finalidades. Um dos itens de segurança que o administrador de redes deve
ter cuidado está relacionado ao que os usuários estão acessando, pois há muitas
aplicações maliciosas que podem deixar a rede vulnerável caso seja acessado ou
obtido de forma irregular.

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Figura 5 – Exemplo de topologia com servidor Proxy
Fonte: Getty Images

Um servidor proxy tem a função de filtrar pacotes que estão sendo encaminha-
dos para fora da rede da empresa, ou seja, o controle é feito de dentro para fora.
Portanto, ao tentar acessar a internet, conforme pode ser visto na figura 6, o paco-
te criado pela aplicação do funcionário irá passar pelo proxy para filtragem deste
pacote e, caso não tenha regras para bloqueá-lo, este pacote seguirá pela Internet.

O proxy é configurado no browser, portanto, ao tentar acessar alguma página


na Internet, primeiro este pacote passa por um servidor proxy para filtragem des-
tes pacotes.

Além de fazer a função de filtragem de pacotes, um servidor proxy fornece a


possibilidade de armazenar páginas da Internet, ou seja, ser um cache para me-
lhorar o desempenho da rede. Um cache de páginas armazena as páginas mais
requisitadas por uma empresa na Internet, assim, se algum usuário fizer acesso a
esta página, ela estará armazenada neste servidor que poderá responder de forma
mais rápida a requisição.

Este procedimento evita que os pacotes trafeguem pela rede até o servidor onde
está oficialmente armazenado, e essa característica é interessante, pois menos pa-
cotes trafegando na grande rede, melhora a performance dela, além de atender
rapidamente ao solicitante.

Atualmente, houve uma convergência em relação a proxy e firewall, no entanto,


há diferenças entre eles. Um firewall tem, nominalmente, como característica fazer
a filtragem de pacotes no sentido da Internet para a rede interna, enquanto um
proxy também faz a filtragem de pacotes, no entanto, no sentido da rede local para
a rede externa.

Há outros serviços disponíveis para servidores e conforme a necessidade do


usuário final vai mudando, outros serviços são desenvolvidos e incorporados.

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UNIDADE Servidores de Redes e Tipos de Serviços

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Servidor de Rack Dell PowerEdge R620
https://youtu.be/Idw5iTh4_-w
Servidores Corporativos, Blades, Appliance e Dimensões
https://youtu.be/V0sd_fVvE-E
Você sabe o que é e como funciona um Data Center?
https://youtu.be/jQx6wItPuSo

 Leitura
Virtualização de Servidores: Um Estudo de Caso na Empresa Sênior Engenharia
http://bit.ly/2wcWrgx

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Referências
GALLO, M. A., et al. Comunicação entre Computadores e Tecnologias de
Rede. Pioneira Thomson Learning, 2003.

NEMETH, E; SNYDER, G; HEIN, T. R.; FORESTI, N. Manual Completo do Linux:


Guia do Administrador. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2007.

Solution Brief. Seven Reasons Why Cisco UCS Is Better for Your Business
Than White-Box Servers. Disponível em: <https://www.cisco.com/c/dam/en/
us/solutions/collateral/data-center-virtualization/unified-computing/whitepaper-
-ucs-whitebox.pdf>. Acessado em 20/01/2019.

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