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ESCOLA
SUMMARY: The summary should follow the NBR 6028: 2003 - summary. According
to the norm, the extent indicated for short articles is 100-250 words and should be a
single paragraph (no paragraph indent) employing standard font. The summary is
intended to provide an overview of content writing, so that the reader can decide the
continuation or not of your reading. The summary necessarily have to be true to
work. It can not contain extra information constadas not in full text. In summary not
on the quotes of authors, tables or figures. The first sentence of the abstract should
be meaningful and explain the main theme of the work. The sequence of sentences
is the summary of relevant items of text in clear, direct, concise and objective
language. Should indicate the nature of the problem studied, the method used, the
main theories mentioned, the most important results achieved and the main
conclusions that we arrived.
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmica do Curso de Pedagogia da UEM-Universidade Estadual de Maringa – Campus Cianorte.
2
Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Maringá – UEM. Especialista em Educação Especial pelas
Faculdades Maringá e em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Educação Infantil e Séries Iniciais e
Neuropedagogia pelo Instituto Rhema Educação - FATEC. Contato: andreia_projetouem@yahoo.com.br
O tempo atual identifica grandes avanços tecnológicos que resultam em
diferentes formas de expressões artísticas. Essas podem e devem ser utilizadas
para melhorar o processo de ensino aprendizagem de crianças durante a sua
passagem pelo ensino fundamental. Diante de seu poder de entreter e despertar
curiosidade para uma fase e época que gosta do diferente, das mudanças e da
interatividade.
Nessa vertente, encontra-se a educação musical com o grande teor de
assimilação da realidade juntamente com a prática pedagógica por meio da
musicalização. Partindo dessa perspectiva, Loureiro (2003, p.14) esclarece que a
educação musical é fundamental para “estabelecer uma relação pedagógica com
crianças e jovens que propicie sua aproximação e o gosto pelo fazer musical”, e isso
se torna possível à medida que são levadas em conta suas experiências,
necessidades, e linguagens individuais. Pois, através da música a criança
conseguirá ampliar a sua capacidade sensorial aflorando a sua imaginação,
melhorando a sua capacidade crítica e reflexiva.
Desse modo, este estudo tem como problema: Quais as vantagens do ensino
da música como instrumento de aprendizagem na escola? Para responder a este
questionamento, objetiva-se contextualizar a música como instrumento de
aprendizagem na escola. Para isso, este estudo irá explicar sobre a relevância do
ensino musical na escola, suas vantagens, a importância da valorização musical e
ainda relacionar o ensino da música com o desenvolvimento cognitivo, educacional e
social do aluno.
Pois, a música está presente na vida da maioria das pessoas nas mais
diversas situações. Ela pode cumprir diferentes funções, como aborda Hummes
(2004, p.17) ela está nos “telefones convencionais e celulares, na internet, vídeos,
lojas, bares, nos alto-falantes, nos consultórios médicos, nos recreios escolares, em
quase todos os locais em que estamos e em meios que utilizamos para nos
comunicarmos [...]”. Desta forma, a música e sua função social são muito
importantes para a formação e desenvolvimento da criança seja no sentido
pedagógico, estético, social ou ainda funcional.
Nesse contexto, será realizada uma pesquisa exploratória com base em
referências bibliográficas buscando sanar dúvidas com relação ao uso da música
como instrumento de aprendizagem na educação infantil. No decorrer das pesquisas
foi possível observar a qualidade e a quantidade de autores renomados que
pesquisaram e escreveram sobre o uso da música na educação.
Segundo Gil (2008) a pesquisa exploratória com caráter bibliográfico
proporciona grande aproximação da realidade do problema trabalhado por um
levantamento bibliográfico, facilitando a pesquisa e entendimento quanto a trocas de
informações encontradas em autores que desenvolveram materiais compatíveis aos
objetivos propostos nessa pesquisa. Nesse contexto, a pesquisa bibliográfica é
realizada conforme materiais já publicados por autores renomados que tem suas
obras expostas em livros, artigos científicos, revistas e outras fontes confiáveis (GIL,
2008).
Nessa intenção, utiliza-se uma pesquisa bibliográfica fundamentada em
autores da área de música como Loureiro (2003); Barreto et al. (2012); Amato
(2010); Junior (2007); Jordão (2012); Junior (2011); os Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 1997; 2010), entre outros.
O primeiro capítulo é a Introdução com os objetivos, problema de pesquisa e
metodologia. Já o segundo capítulo apresentará fatos marcantes sobre o histórico
da educação musical e suas transformações desde o tempo da Coroa Real no Brasil
aos dias hoje. O terceiro capítulo versará sobre informações relevantes em relação a
música e seu papel na aprendizagem escolar ressaltando seus pontos positivos, sua
importância para o desenvolvimento cognitivo e social da criança, entre outras
coisas, respaldar a valorização musical na escola como uma rica ferramenta de
construção do saber. Por fim, o quarto capítulo são as conclusões e, em seguida,
seguem as referências.
Assim, foi realmente no século XX, que essa proporção se tornou mais
discutida e concreta, envolvendo relações políticas e legislativas que passaram a
ressaltar a educação musical nas escolas públicas. Primeiramente ela aparece nas
instituições paulistas, e depois vai ganhando força e se espalhando por todo o
território nacional. Essa progressão se deve a nomes como Veríssimo de Souza,
Fernando de Azevedo e Heitor Villa-Lobos.
Como indica Fonterrada (2003) primeiramente pela contribuição de Veríssimo
de Souza em elaborar um artigo sobre a educação musical publicado em uma
revista paranaense, sendo o pioneiro da discussão do ensino de música na escola
primária paranaense. Depois Fernando de Azevedo com a obra intitulada como
Novos Caminhos e Novos fins: a nova política da educação no Brasil, como
representante da escola nova e Heitor Villa-lobos por inserir o Canto Orfeônico,
formado por leis e decretos federais para o ensino secundário, que já havia tido uma
pequena participação anteriormente da nova política educacional defendida por
Fernando de Azevedo.
Nesse sentido, Junior (2011, p.280) diz que foi a partir da década de 30 que
“o canto orfeônico passou a fazer parte do ensino secundário, como reforma
apresentada pelo governo federal e depois tornou-se obrigatório no currículo escolar
no ensino primário e ginasial”. Surgindo até mesmo cursos de formação de
professores Secundários de Música e Canto Orfeônico, com várias Cadeiras
culturais e pedagógicas.
A criação da Superintendência de Educação Musical e Artística em 1933,
transformada em SEMA (Serviço de Educação Musical e Artística) no ano de 1939.
Este também foi o ano em que Villa-Lobos apresentou sua proposta de ensino
musical para os demais estados brasileiros culminando em um novo interesse
voltado para a propagação do ensino da musica nas escolas e pela organização de
orfeões escolares, aceitando ainda a matrícula de professores estaduais nos cursos
especializados, para pequenos estágios onde eles pudessem adquirir os
conhecimentos básicos imprescindíveis (AMATO, 2006).
Em 1942, conforme a evolução do ensino do canto orfeônico no Brasil foi
criado o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, para a formação de
professores de música permitindo a organização da música vocal na rede oficial de
ensino, que permitiu uma maior veiculação da cultura musical entre a população
brasileira por mais de uma década, em um processo de democratização e de
valorização musical.
Essa disseminação do canto orfeônico de Villa-lobos contou com o apoio do
governo do presidente Getúlio Vargas para favorecer as políticas defendidas pelos
seus ideais patrióticos. No entanto, surgiram muitas críticas, porque o Presidente
tinha a música como um poder sobre a massa, ou seja, uma excelente forma de
propaganda, na qual tentava-se uma certa legitimação a serviço de uma causa
política e não educacional.
Mas, foi a partir daí que Villa-lobos e o ensino do Canto Orfeônico passaram a
ser mais visto e contemplado na sociedade como um todo, sendo citado em diversos
livros didáticos promovendo a sua importância quanto à integração curricular da
educação musical na escola moderna. Já que a educação musical não estava
diretamente ligada na formação de músicos profissionais e sim de cidadãos capazes
de viver as novas tendências do mundo.
Contudo, a sua pretensão não era nacional, ele focava mais a região centro
sul, além disso, o ensino de música acontecia apenas de forma cantada e novas
necessidades começaram a surgir, assim, como novas pesquisas e formas de
ensinar. No ano de 1961, o canto orfeônico, foi substituído pela educação musical,
que não foi diferente da proposta anterior, mas ampliava o interesse de músicos
brasileiros pela educação musical nas escolas.
A partir daí passou a ser necessária a diplomação em Educação Musical,
causando algumas dificuldades diante das recomendações do Conselho Federal de
Educação pela portaria nº 63 do Ministério da Educação, ainda mais, porque seu
nome foi alterado para Licenciatura em Música em 1969. No entanto, dois anos
depois, em 1971, o presidente Médici sancionou a Lei de Diretrizes de Base nº
5.692. Nela, a Educação Musical foi banida, definitivamente, dos currículos
escolares, sendo introduzida a atividade de Educação Artística (JORDÃO et. al.,
2012).
Desta forma, os conteúdos não seriam mais trabalhados de forma privilegiada
com o intuito de valorizar todas as áreas do conhecimento artístico como as artes
cênicas, plásticas, música e desenho. Desse modo, cabia ao professor ser
polivalente, tendo conhecimento em todas as linguagens artísticas. A partir desse
momento, o predomínio na sala de aula foi das artes plásticas, já que para música
não havia curso de graduação. Essa relevância das artes plásticas deixaram a
educação musical de lado. Pois, a mesma passou a estar presente apenas em
alguns momentos nas atividades de contraturno e em funções secundárias como
comemorações e eventos escolares. Nesse contexto, ela não tinha mais a
significação de linguagem artística concreta em relação ao conhecimento.
Nessa perspectiva, foi no ano de 1974 que surgiu a formação superior em
Educação Artística pela resolução nº 23 com duas modalidades, Jordão et. al. (2012)
3 A MÚSICA NA ESCOLA
Nesse sentido, a aprendizagem por meio do som tem grande implicância para
o conhecimento de si próprio e de mundo. A criança por intermédio dos sons formam
a sua cultura visual e a sua percepção entrelaçadas pela competência da Arte e da
Educação atual, que se inspira nas artes e na comunicação visual.
Nessa vertente, Romanelli (2009) concorda explicando que a música é a
linguagem da arte na escola, abrindo várias possibilidades de ensino para a criança,
pois, ela favorece a imaginação, a concentração, a imitação, entre outras coisas.
Mais uma vez, Vygotsky (1997, p.19) contribui ao afirmar que “tudo que é humano
tende a se objetivar e a se projetar nas obras”. Contextualiza-se então, a veracidade
de uma formação infantil comprometida com a linguagem, a percepção, os reflexos
das experiências com todas as formas de comunicação verbal e não-verbal e ainda
outros instrumentos relativos ao desenvolvimento cognitivo, social, psíquico,
sensório-motor, entre outros.
Sendo assim, quando se utiliza da educação musical, a mediação do
conhecimento ao formular práticas pedagógicas associadas à música trabalha a
linguagem física e intelectual da criança. Desta forma, a linguagem musical se faz
muito importante, e precisa ser realizada durante as aulas, ou seja, ser utilizada
pelos professores seja por exercícios ginásticos, rítmicos ou por jogos, brinquedos,
cantigas de roda e outras formas de aproveitamento para fluir e desenvolver a
comunicação corporal e sentimental com a realidade que a cerca.
Segundo Paz (2000):
O ensino de música deve ser, desde o começo, uma força viva. A criança,
muito antes de dominar as regras gramaticais, utiliza palavras com fluência
e formula frases já com entonação. A linguagem é, para ela, uma coisa viva
e, não, regras no papel. Deve-se educar o ouvido para que sejam sentidas,
perfeitamente, modulações e combinações sonoras diversas. Deve-se
deixar o aluno perceber a harmonia com seu próprio ouvido, antes de se
deparar com o ensino da mesma (PAZ, 2000, p.16).
REFERÊNCIAS
BARRETO, Laura Porto Guimarães et. al. Referencial de como trabalhar música
nas escolas. 2012. Disponível em:
http://www.semecabofrio.net.br/wpcontent/uploads/2012/11/cartilha_musica_nas_es
colas.pdf.
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: proposta para a formação
integral da criança. 2.ed. São Paulo: Petrópolis, 2003.
FERREIRA, M. Como usar a música na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2012.
8ªed. –(Coleção como usar na sala de aula).
NEVES, Fátima Maria et. al. Considerações sobre o ensino de Arte no Brasil. In:
NEVES, Fátima Maria; MESTI, Regina Lúcia (org.). Arte e Educação. Maringá:
Eduem, 2002.
PRASSER, Elizabeth Seraphim. Ensino de artes. 1ª ed. Curitiba, Pr: IESDE Brasil,
2012.