FORMA, ESPAÇO E ORDEM – Francis Ching

Acadêmicos: Vitor Meska, Gleison Bagatini, Artur Munchen

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 Organizações Espaciais
-Centralizada
• Os espaços secundários podem expressar
• Série de espaços secundários distribuídos no entorno do através de sua forma função e
espaço principal. importância.

• O espaço central, unificador, geralmente é grande o

suficiente para reunir os espaços secundários em seu
perímetro.

• Para acesso geralmente é usado um dos espaços

secundários como passagem.

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Igreja Ideal, por Da Vinci
 Organizações Espaciais

-Linear

• Série de espaços interligados ou ligados a um espaço

linear em comum.

• Normalmente consiste em espaços repetitivos,

semelhantes em tamanho, forma e função.

• Possibilidade de destacar espaços importantes através

de sua localização ou forma:

• Final da sequência;

• Deslocada da sequência;

• Pontos principais da sequência

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Planta Térreo Casa Beker, Alvar Aalto
 Organizações Espaciais -Aglomerada

Se baseia na proximidade física dos espaços,

sendo por funções semelhantes, formatos ou
-Radial orientação em comum, possuindo uma forma bem
flexível. Podendo acrescentar espaços
• Combinação de elementos da organização linear e dessemelhantes por características visuais.
centralizada.

• Possui um espaço centralizado do qual uma série de

organizações lineares se estendem.

Centro Cultural Foro Boca, Rojkind

Possibilidade de aglomeração em um ponto
de entrada, circulação, campo externo...

Como não há nenhum local de importância

na organização aglomerada, a importância do
espaço se dá pelo tamanho, forma ou orientação
dentro do padrão inserido.

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 Organizações Espaciais:

-Malha

• Normalmente associada a sistema estrutural de vigas e

pilares.

• Espaços posicionados por um padrão de campo de

malha, possuindo referências de pontos e retas, mantendo
uma continuidade em seu padrão modular.

• Possibilidade de modificar a malha a fim de atender

às exigências dimensionais específicas de seus espaços.

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 Proporção e Escala

-Seção Áurea

• Conceito pitagórico que “tudo é número” relacionado a manifestações numéricas na estrutura harmônica do
universo, natureza.

• Os gregos acreditavam que tanto a humanidade quanto os santuários deveriam pertencer a uma ordem
universal mais elevada.

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 Proporção e Escala
-Modulor

• Sistema de proporcionalidade do corpo humano criado por Le Corbusier, baseado na matemática da

secção áurea e na série de fibonacci, criando medidas modulares baseadas nas proporções de um
indivíduo imaginário, auxiliando nos dimensionamento de superfícies e volumes.

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 Proporção e Escala

-Escala Humana

• Baseada nas dimensões e proporções do corpo

humano.

• Elementos relacionado às dimensões da nossa

postura, ritmo, alcance e controle.

• Impacto no usuário pela altura e largura do

espaço, cor, padrão de superfície, formato e
disposição das aberturas.

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Princípios de Ordem

 A ordem se refere não somente à regularidade geometrica, mas

sim a uma condição em que cada parte de um todo está
apropriadamente disposta com referência a outra partes e seu
proposito, de modo a produzir um conjunto harmonioso.

 Ordem sem diversidade pode se tornar monotonia, diversidade

sem ordem pode se tornar caos.

 O sentido de unidade com variedade é o ideal.

 Eixo, Simetria, Hierarquia, Ritmo, Dado e Transformação.

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 Eixo
• Constitui talvez o meio mais elementar
de organizar formas e espaço na
arquitetura.
• É uma reta estabelecida por dois pontos
no espaço. Apesar de ser um traço
imaginário o eixo pode estabelecer uma
dominância sobre o entorno.

• Cidade dos deuses, situada

próxima a cidade do
México. O local era
dominado por dois templos-
pirâmides imponentes.
Pirâmide do Sol e a
pirâmide menor da Lua. a
partir das quais a Av. dos
Mortos seguia ao sul da
cidade e o mercado.

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Simetria
• Simetria Bilateral:
• Refere-se ao arranjo equilibrado de
elementos semelhantes ou equivalentes em
lados opostos.
• Simetria Radial:
• Refere-se a configuração equilibrada dos
elementos semelhantes, irradiados.
• A configuração simétrica sem si, pode ser
reservada para espaços significativos ou
importantes dentro de uma organização.
Templo da Unidade, Illinois,
Frank Lloyd Wright

A regularidade
do arranjo em
termos de partes
semelhantes,
recíproca ou
correspondente.
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 Hierarquia Por tamanho:uma forma ou um
espaço podem dominar uma
composição arquitetonica por
• O princípio de hierarquia implica que na maioria, se não em apresentar um tamanho
todas as composições arquitetônicas, existem diferença significativamente diverso daquele
reais em suas formas e espaços. Tais diferenças refletem o de todos outros elementos da
grau de importâncias dessas formas e espaços, assim como composição
os papéis funcionais, formais e simbólicos que
desempenham na organização.
• Para que uma forma ou um espaço sejam articulados como Por Formato: é possível tornar uma
sendo importantes ou significativos para uma organização, forma ou um espaço visualmente
é preciso torna-los singularmente visíveis. Tal ênfase visual dominantes e dessa forma
pode ser alcançada ao se adotar uma forma ou figura de: importantes ao se diferenciar
• um tamanho excepcional claramente seu formato daqueles
• um formato único dos outros elementos da
• uma localização estratégica composição.

Uma forma ou um espaço podem

ser estrategicamente localizados
para chamar a atenção para si
enquanto elemento mais importante
de uma composição

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 Dado
Plano
• Um dado se refere a uma reta, plano ou
volume de referência ao qual outros
elementos de uma composição podem se Um plano pode reunir o padrao de
relacionar . Ele organiza um padrão elementos abaixo dele ou servir como um
aleatório de elementos através de sua pano de fundo abrangente para os
regularidade, continuidade e presença elementos emoldura-los em seu campo
constante.
• Por exemplo , as linhas de uma pauta
musical servem como um dado ao
proporcionar a base visual para a leitura Reta
das notas e de sua continuidade organiza,
esclarece e acentua as diferenças entre a
série de notas em uma composição Um volume pode acolher o padrão de
musical. elementos dentro de suas fronteiras ou
organizá los ao longo de seu perímetro

Volume

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 idênticos, entretanto, para serem agrupados de
Ritmo uma maneira repetitiva. Podem ter apenas um
traço ou denominador comum, permitindo que
cada elemento seja individualmente único e, ainda
sim, pertença a mesma família.

• O ritmo se refere a qualquer movimento

caracterizado por uma recorrência padronizada Tamanho
de elementos ou motivos a intervalos regulares ou
irregulares. O movimento pode ser o de nossos
olhos, à medida que acompanhamos o elementos
recorrentes em uma composição, ou de nossos
corpos, à medida que avançamos através de uma
sequência. de espaços. Em qualquer dos casos, o
ritmo incorpora a noção fundamental de repetição Formato
como um recurso para organizar formar e espaços
na arquitetura quase todos os tipos de construções
incorporam elementos que são por sua natureza
repetitivos. Vigas e colunas se repetem para formar
saliências estruturais repetitivas e módulos de
espaço. Janelas e portas repetidamente perfuram Característica de detalhe
as superfícies de um edifício para permitir que a luz,
o ar, as vistas e as pessoas o adentrem. A forma
mais simples de repetição é um padrão de
elementos redundantes. Os elementos não
precisam ser perfeitamente
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 Transformação
• O princípio da transformação permite que
um arquiteto eleja um modelo
arquitetônico protótipo, cuja a estrutura
formal e elementos organizadores possam
ser apropriados e aceitáveis, e o
transforme, através de uma série de
manipulações distintas, a fim de responder
às condições específicas e o contexto do
projeto que à mão.
• O projeto é um processo generativo de
análise e síntese, de tentativa e erro, de
testar possibilidades e aproveitar
oportunidades. No processo de se explorar
uma ideia e investigar seu potencial, é
essencial que o arquiteto compreenda a
natureza e a estrutura fundamental do
conceito.
• O Princípio da transformação aceita essa
noção: o presente livro, e todos os
exemplos que contêm, é baseado em tal
princípio.
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16
CENTRO CULTURAL GABRIELA MISTRAL
Acadêmicos: Vitor Meska, Gleison Bagatini, Artur Munchen

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Subtítulo

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Ficha Técnica

 Arquitetos: Cristián Fernández

Arquitectos, Lateral
arquitectura & diseño;

 Ano: 2008;

 Área construída: 44000 m²;

 Materialidade: Vidro e Metal;

 Estrutura: Aço e Metal

 Localização: Santiago, Chile

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História
• O edifício foi construído como um símbolo do
“homem novo” durante o governo de
Salvador Allende e, em seguida, após o
golpe, se tornou a sede do governo do
regime do general Pinochet, incorporando o
“poder total”.

• Assim, durante as últimas três décadas, a

partir do ponto de vista da cidade, este
edifício permaneceu fechado e guardado
por questões de segurança que exigiam uma
sede do governo e mais tarde o Ministério da
Defesa de quatro posteriores governos.

• O edifício original foi projetado e construído

em tempo recorde. Como estratégia, os
arquitetos projetaram uma cobertura de
grande porte, com proporções monumentais
que posteriormente abrigaria distintas
atividades sociais durante a execução da
obra.

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História
• Um incêndio ocorreu em 5 de março de 2006, no setor oriental do edifício e destruiu completamente o
Grande Salão para 2.000 pessoas,o que acarretou na decisão do governo sobre seu futuro ao
convocar um concurso internacional de arquitetura onde se apresentam 55 propostas.

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Proposta Urbana
• A primeira coisa que interessava aos arquitetos era a quadra, seus edifícios e as alternativas de espaço público.

• Quatro ideias principais foram resgatadas, mas podem ser lidas num único conceito de “transparência”. São elas: 1- Abertura
para a cidade e suas relações urbanas através de uma grande cobertura com volumes soltos sob a mesma; 2- A criação de
novos espaços públicos; 3- A abertura do prédio para a comunidade através da incorporação de um programa comunitário;
4- E a legitimidade do projeto através da incorporação da maior quantidade possível de agentes sociais na formação de um
novo marco para a cidade.

• A proposta é baseada na segmentação de um grande traçado urbano originalmente composto por três edifícios de menor
escala que têm a capacidade de articular um conjunto de novos espaços públicos.

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Conceito
• Os arquitetos optaram pela
transparência e projetar parte da
diversificada vida interior do edifício
para o exterior.

• Mostrar as atividades e seus

usuários convida ao resto da cidade
também a interagir.

• Num contexto onde não pode-se

exibir tudo (já que no interior do
edifício há um número significativo de
salas para espetáculos), o desafio é
saber o que e como mostrar. Neste
sentido, os diversos graus de
transparência são realizados através
de um sistema de fachadas que vão
gradualmente do totalmente aberto
e transparente para o totalmente
opaco e fechado.

• As salas destinadas para as artes

cênicas são visualizadas no projeto
como “caixas ou recipientes”.
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Programa e Organização dos Espaços
• O edifício é organizado em torno de três volumes ou “edifícios” que
contêm e representam as três áreas do programa principal, são elas:

O Centro de Documentação para as Artes Cênicas e Música

(Biblioteca).

Salas de Formação de Artes Cênicas e Música (salas de ensaio, Museus e

exposição).

Grande Sala de Concertos (Teatro para 2.000 pessoas).

• No nível do espaço público estes três edifícios são separados, e

podem ser totalmente utilizados pelos pedestres visando melhor
ocupação dos espaços, já os níveis mais baixos estão interligados aos
três edifícios formando um único.

• Os espaços de separação tornam-se espaços públicos cobertos que

atraem os cidadãos a utilizarem estes espaços.

• O programa dentro de cada um destes edifícios convive e se

relaciona através de um átrio de altura tripla a partir do qual se pode
perceber a distribuição e orientar-se dentro de cada edifício.

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Implantação

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Planta Baixa

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Planta Baixa

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Cortes

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Vistas

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Vistas

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Materiais Utilizados
• Os principais materiais de construção
são da mesma tipologia utilizada no
edifício original

• O uso de aço corten, concreto

armado aparente, aço, vidro e a
madeira.

• Uso do aço corten foi o elo perfeito

entre o passado, presente e futuro.

• No projeto foi aplicado o aço

perfurado, liso, natural e dobrado
explorando seu potencial, suas
nobres qualidades e mudanças
resultantes do passar do tempo.

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Acústica
• Cada sala foi tratada de forma
independente à procura de gerar
conforto acústico de acordo com cada
atividade.

• A solução acústica geralmente consiste

de uma pele dupla interna separada da
estrutura, que dependendo de sua
posição e função dentro de cada sala
(emissoras, refletoras ou absorventes).

• Cada sala foi pensada separadamente

dependendo das atividades realizadas
nela, por exemplo, a Sala de Música
apresenta um desenho de planos
inclinados e com rupturas que são
capazes de direcionar o som para todos
os telespectadores de boa forma e ao
mesmo tempo, dando para a sala uma
expressão, acolhedora e
contemporânea.
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Referências
• Centro Cultural Gabriela Mistral / Cristián Fernández Arquitectos e Lateral arquitectura & diseño.
Archdaily. 2011. Disponível em: https://www.archdaily.com.br. Acesso em: 06/08/2019

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