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A
leviandade com que sempre se valor simbólico. O ouro, a prata e as gemas eram
deixou sair além-fronteiras considerados materiais incorruptíveis, as únicas
tesouros encontrados em passíveis de utilização no fabrico de peças
Portugal, e a destruição de certos espólios, quer destinadas a conter as relíquias sagradas.
através da mutilação ou da sua fundição, tem Os materiais importados tiveram grande
privado o enriquecimento das coleções destaque na feitura dos objetos de ourivesaria
portuguesas, principalmente quando se fala de nacional. Destacam-se os esmaltes de Limoges, o
exemplares de ourivesaria. cristal de rocha e as gemas lapidadas de Veneza e
Desejosos de presentear as instituições os marfins italianos e francesas, que exerceram
religiosas de dádivas que traduzissem a gratidão uma grande influência sobre os ourives, chegando
pelo auxílio do Senhor, os cavaleiros, sacerdotes e a Portugal através dos circuitos comerciais
sobretudo, os grandes da nobreza, encontravam internacionais.
nos artífices uma harmonia de crenças e
aspirações que, ao serviço da sua arte, deram
origem a obras de grande mérito, em absoluta
concordância com o fim a que se destinavam, de
formas vigoras e com grande qualidade de
fabricação.
A Cruz, do símbolo à narrativa: a que não mais parará de crescer enquanto símbolo
Desenho da inscrição
É o exemplo mais notável em toda a existente no reverso da
ourivesaria medieval nacional, conseguindo Cruz de D. Sancho I.
Para aprofundar…
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