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Marshall debate muito no trecho em questão, a cerca da dessa taxa ser medida
igualmente, mas ser maior em pessoas com poder aquisitivo menor. Um exemplo dado que
ilustra bem este ponto, é quanto ao transporte de uma pessoa ao trabalho. Trazendo à termos
atuais e situados ao Brasil, enquanto uma pessoa que ganha R$1.000,00 por dia está disposta a
ir de uber para o trabalho uma vez na semana, a pessoa que ganha R$3.000,00, está disposta a
ir 3 (dado que morem a mesma distância do trabalho). Para a pessoa que ganha menos se
dispor a gastar mais e ir um dia a mais de uber, a satisfação deverá ser maior do que a
satisfação da pessoa que ganha mais em ir uma 4ª vez, apesar dessa satisfação ser medida da
mesma forma.
Para se averiguar um preço de equilíbrio de um mercado deve-se levar em conta o volume que
se almeja vender, visto que volumes maiores exigem preços menores. Dito isso deve ser feito um
estudo do preço máximo que os consumidores estão dispostos a pagar para que seja adquirida a
quantidade de que se deseja ser vendida, dada curva de utilidade do produto. Um outro ponto que é
passível de se relacionar a utilidade, junto aos fatores ditos por Marshall, é quanto ao custo de vida nas
cidades. Cidades com maiores custos de vida, exigem maiores salário aos funcionários para que eles se
disponham a exercer a função exigida.
Marshall enfatiza a questão da renda, o quanto mais significantes são os aumentos de preços a
uma classe baixa do que para a classe alta. O autor trás como exemplo a quantidade de vinho que cada
classe pode consumir dado o preço, e o como o aumento do preço surte efeito nos pobres, enquanto
nos ricos pode nem surtir efeito (deixando de lado os diferentes níveis de riqueza e pobreza). Assim
como feito anteriormente, vamos trazer o conceito aos dias de hoje, para ilustrar melhor. Temos duas
pessoas, a pobre e a rica, no começo de 2021 ambas iam de carro para o trabalho, mesmo que o
orçamento da primeira fosse mais comprometido por isso do que para a segunda, ambas viam um
gasto satisfatório dado conforto no transporte. Hoje, com a grande elevação do preço da gasolina, o
pobre passa a não ir mais de carro, enquanto o rico continua. Dado isso, vemos que a elasticidade da
gasolina mediante ao preço é maior para o pobre do que para o rico.
Agora, traçando um paralelo com o que se foi dito sobre os capítulos 3 e 4, vemos que a
utilidade de um bem acarreta diretamente em sua elasticidade. Bens que não são facilmente
substituíveis, e são essenciais, possuem baixa elasticidade, enquanto bens com alta taxa marginal de
substituição, são muito elásticos. Um bem para sofrer menos com mudanças de preço deve ter alta taxa
de utilidade para o consumidor.