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INTRODUÇÃO

Falar sobre a eutanásia, implica tentar definir o que é e, seguidamente, em que


consiste o suicídio. A eutanásia é uma forma de tratamento de pacientes portadores de
doenças incuráveis, cujo objetivo é garantir a essas pessoas uma morte mais
humanizada, com menos sofrimento. Trata-se de uma prática na qual um agente,
movido pelo sentimento de compaixão para com a situação clínica em que o paciente se
encontra, antecipa sua morte, para que este não tenha que lidar com mais sofrimento.
Em suma, é a morte assistida.
Cabe ressaltar ainda a diferença que existe entre a eutanásia e o suicídio
assistido. O primeiro diz respeito ao caso em que alguém causa a morte do paciente
portador de doença incurável, movido por motivos de cunho moral. Já o suicídio
assistido é quando uma pessoa fornece meios ao paciente para que ele mesmo possa
acabar com o seu sofrimento, ou seja, para que ele mesmo cometa o ato de tirar a sua
vida. Ou seja, o paciente possui responsabilidade mais ativa no processo.
Além disso, existe ainda uma variação da eutanásia: é a ortotanásia. A
ortotanásia se configura pela não interferência médica em quadros de pacientes
terminais, que dependem de medicamentos ou de aparelhos para sobreviver. Assim, no
caso da ortotanásia, a morte não é provocada, ela é apenas o curso natural de um quadro
irreversível, que poderia apenas ser adiado pela intervenção médica.
Enquanto o suicídio possui definições que se alternam, se complementam, se
contradizem, pois o destino do suicídio é ambíguo, uma vez que diante deste o
indivíduo quer acabar com a dor, a angústia, o sofrimento que vivencia, e não com a
vida em si. Sofrimento este, advindo de conflitos intrapsíquicos que perturbam
demasiadamente o indivíduo, onde ele só consegue ver a morte como recurso.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Para escolha desta temática é importante ter a noção de que A eutanásia é uma forma de
tratamento de pacientes portadores de doenças incuráveis, cujo objetivo é garantir a
essas pessoas uma morte mais humanizada, com menos sofrimento. E o suicídio é o fim
da linha. É o recurso ao qual recorrem aqueles que já não suportam mais conviver com
seus fantasmas.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Mediante do que acima foi referido surgiu à necessidade de formular a seguinte


questão:
 Qual é o contraste entre a eutanásia e o suicídio?

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OBJECTIVOS

Para este trabalho de investigação científica apraz-me identificar os seguintes


objectivos:
Geral
 Analisar a eutanásia e o suicídio.

Específicos

 Identificar a causa do suicídio;


 Compreender os tipos de eutanásia.

JUSTIFICATIVA

Tendo em conta os estudos sobre a eutanásia e o suicídio; muitas vezes visto


como covardia, o suicídio é, na realidade, um sintoma perigoso de uma sociedade que se
recusa a falar abertamente sobre problemas tais como ansiedade, síndrome do pânico ou
esquizofrenia, sem esquecer que a eutanásia está cercada de muito tabu.
Espero que com esta pesquisa ajudar na compreensão de toda classe académica
em particular e, a sociedade em geral sobre o presente tema.

DELIMITAÇÃO

Cada Estado organiza-se de forma diferente.


Tendo em conta este facto o meu estudo é direccionado a sociedade angolana
angolano.

METODOLOGIA DE PESQUISA

Para este trabalho de investigação científica a metodologia utilizada foi a pesquisa


bibliográfica nas diversas fontes, buscando-se assim um material claro e coerente, que
consiga definir a situação, a relevância e esclarecer a problematização traçada
inicialmente, atendendo também aos obejectivos da pesquisa. Os conteúdos foram
processados por meio de programas informáticos, como Microsoft Word (2013).

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CONCEITO

A eutanásia é o ato em que um indivíduo, em situação de sofrimento constante por um


mal ou doença incurável, escolhe cessar sua própria vida.
O ato de desligar os aparelhos que mantém a vida artificialmente é uma forma de
eutanásia passiva
O ato de desligar os aparelhos que mantém a vida artificialmente é uma forma de
eutanásia passiva
A eutanásia é definida como a conduta pela qual se traz a um paciente em estado
terminal, ou portador de enfermidade incurável que esteja em sofrimento constante, uma
morte rápida e sem dor. É prevista em lei, no Brasil, como crime de homicídio.
Entre as formas dessa prática existe a diferenciação entre eutanásia ativa, quando há
assistência ou a participação de terceiro – quando uma pessoa mata intencionalmente o
enfermo por meio de artifício que force o cessar das atividades vitais do paciente - e a
eutanásia passiva, também conhecida como ortotanásia (morte correta – orto: certo,
thanatos: morte), na qual se consiste em não realizar procedimentos de ressuscitação ou
de procedimentos que tenham como fim único o prolongamento da vida, como
medicamentos voltados para a ressuscitação do enfermo ou máquinas de suporte vital
como a ventilação artificial, que remediariam momentaneamente a causa da morte do
paciente e não consistiriam propriamente em tratamento da enfermidade ou do
sofrimento do paciente, servindo apenas para prolongar a vida biológica e,
consequentemente, o sofrimento.
A literatura que trata desse tema é ainda escassa no Brasil, uma vez que o tema é um
tabu e geralmente associado ao suicídio assistido. No entanto, aqueles que advogam a
favor da “boa morte”, como é referida por estes, a diferenciação do suicídio assistido
com o argumento de que a ortotanásia, ou eutanásia passiva, nada mais é que permitir
que o indivíduo em estado terminal, portador de doença incurável e que demonstre
desejo conscientemente, possa passar pela experiência da morte de forma “digna e sem
sofrimento desnecessário”, sem a utilização de métodos invasivos para a prolongação da
vida biológica e do sofrimento humano. Uma morte natural.
A eutanásia não é um dilema recente, trata-se de uma discussão que permeia a história
humana por tratar de um tema tão complexo e sensível: a escolha individual da vida
pela vida, ou o direito a escolher quando o sofrimento ou a dor pode se tornar uma
justificativa tangível para que se busque a morte como meio de alívio.
A eutanásia é um direito legalmente previsto em alguns países como a Holanda e a
Bélgica, nos casos para pacientes terminais ou portadores de doenças incuráveis que
acarretam em sofrimento físico e emocional para o paciente e seus familiares. Em outros
países, no entanto, é possível que o paciente faça o requerimento legal de não haver
tentativa de ressuscitação no caso de parada crítica de órgãos. É importante destacar que
a eutanásia é um ato de vontade própria e individual do enfermo, quando em estado de
plena consciência, que garante a esse a escolha entre cessar seu sofrimento em vida ou

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continuar lutando. Este é o principal ponto da discussão sobre o direito de escolha
individual à vida: a liberdade do sujeito que sofre em determinar se sua vivência é
justificada seja pelas suas crenças, vontade individual, ou por simples compaixão por
aqueles que seriam atingidos pela sua morte.
Os debates sobre o assunto são geralmente encabeçados por membros de organizações
religiosas, que argumentam que a vida é uma dádiva divina sobre a qual nenhum ser
humano tem direito ou o poder de voluntariamente cessá-la, e por alguns profissionais
da saúde que argumentam que as enfermidades que acarretam em sofrimento
prologando seriam reduzidas caso os governantes investissem mais em formas de
assistência de saúde de maior qualidade. Aqueles que lutam pela sua legalização se
pautam no direito da escolha individual, independente de crença religiosa, no que diz
respeito à sua própria vida, tendo sempre em vista a dignidade humana e o direito de
acabar com o sofrimento quando não existe outra alternativa.
O assunto é incrivelmente complexo e possui vários lados a serem vistos, para isso é
importante que ele seja exposto de forma compreensível para todos. Filmes que tratam
sobre a eutanásia são uma boa fonte de informação. Um deles é o filme Você não
conhece o Jack (You don't know Jack – 2010) que conta a história real de Jack
Kervokian, um médico que realizava a eutanásia para pacientes em estado terminal e em
sofrimento agudo.
A vida, a morte e o sofrimento humano são sempre assuntos complexos e difíceis de
serem tratados. Entretanto, essa é uma realidade a qual todos estamos sujeitos.

O SUICÍDIO

A palavra suicídio foi criada em 1737 por Desfontaines. Com origem no latim – sui (si
mesmo) e caederes (ação de matar) -, ela aponta para a necessidade de buscar a morte
como um refúgio para o sofrimento que se torna insuportável. Esta ação voluntária e
intencional parte do ponto de vista que a morte significa o fim de tudo, um mergulho no
nada, visão esta acentuada pelo viés materialista que envolve a nossa civilização. O
suicídio pode ser concretizado através de atos mais agressivos - geralmente uma escolha
masculina -, como tiros e enforcamento, que conduzem quase sempre à morte; ou por
ações mais amenas, normalmente uma opção feminina, como o uso de remédios ou
venenos, que nem sempre conduzem a um desenlace fatal. Pode haver também casos de
prática suicida quando o sujeito deixa de prover certas necessidades fisiológicas, um ato
gradual, como se negar a ingerir o alimento.
Geralmente a sociedade responde a essas atitudes com o véu do silêncio, como se estive
lidando com um tabu, ou seja, um assunto sobre o qual deve pairar, com a cumplicidade
implícita de todos, um voto de não discussão, de negação do debate e de um mergulho
mais profundo em seus meandros. Mas em alguns lugares, como, por exemplo, nos
Estados Unidos, ele é considerado um problema social, e muitas vezes também de saúde
pública, já que suas estatísticas apontam altos índices de ocorrência.

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Anualmente acontecem por volta de trinta mil mortes por suicídio, enquanto as
tentativas, que nem sempre visam a morte, revelam um grau de ocorrência 8 a 10 vezes
maior. O suicídio é simplesmente a oitava causa mortis neste país.
Algumas causas do suicídio estão ligadas ao gênero sexual – as mulheres normalmente
tentam mais o suicídio que os homens, embora estes morram mais por conta desta ação,
justamente por recorrerem a atos mais agressivos. Grande parte dos suicidas está na
faixa dos 15 aos 44 anos, e doenças como câncer, epilepsia, AIDS ou perturbações
mentais são os maiores fatores de risco para essas atitudes suicidas. Sem dizer que estas
ações costumam se repetir, ou seja, o suicida volta a tentar quando sua primeira
tentativa foi frustrada. Às vezes o suicida responsabiliza as pessoas à sua volta por sua
decisão, assim sua morte vale como um castigo para os que o cercam, como se ele
estivesse se vingando das agressões recebidas de seu meio ambiente.
A maneira como a sociedade reage ao suicídio varia de acordo com a cultura vigente e
também no que tange ao período histórico em questão. Na Roma antiga, a morte não
significava muito, era mais importante o meio de morrer, como um ato digno e realizado
no momento certo. Entre os primeiros cristãos, morrer significava libertar-se deste
mundo de dores e sofrimentos, dos pecados. Assim, a morte era como tomar um
caminho mais curto que conduzisse ao Paraíso. A história mudou nos séculos V e VI,
nos Concílios de Orleans, Braga e Toledo. Estes encontros deliberaram uma mudança
de rumos, proibindo qualquer homenagem aos suicidas, e mesmo aqueles que só
tentavam e não conseguiam êxito, eram excomungados. Assim, o suicídio tornou-se um
crime e um hediondo pecado, e suas conseqüências poderiam agora se estender
inclusive aos familiares, que enfrentavam preconceitos e perseguições. Somente no
Renascimento, uma época mais romântica, o suicida foi resgatado e em torno dele
instituiu-se uma aura de respeito e de um certo fascínio.
O ato suicida é, portanto, considerado um pecado em algumas religiões e um crime em
certas legislações. Mas em algumas culturas, como a japonesa, esta atitude pode ser
considerada uma forma digna de fugir de contextos que envolvem vergonha e culpa,
como o harakiri, praticado antigamente entre os guerreiros samurais. Mas a alta taxa de
suicídio entre os jovens é o que mais preocupa hoje nossa sociedade. Entre os 15 e os 24
anos, ele já se encontra no terceiro lugar nas causas da morte, logo depois de acidentes e
homicídios. Seus conflitos interiores são geralmente desencadeados pela forma como
são educados, pelo ambiente familiar. Neste meio os jovens podem se deparar com a
imposição de sentimentos de culpa, através de terríveis chantagens emocionais, com
violência doméstica, ausência familiar, abandono, carência, superproteção, baixa auto-
estima, entre outros fatores. Infelizmente estas ocorrências são muito comuns, e
geralmente divorciam estes seres de sua própria alma, eles se tornam criaturas cindidas
e despersonalizadas, e muitas vezes não conseguem conviver com as angústias e dores
que acometem sua anima. Desmotivados e em profundo desequilíbrio, eles buscam
refúgio na morte.

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CINCO SINAIS DE SUICÍDIO

Os cinco sinais do suicídio estão divididos entre: o alarme, a mudança, a depressão, o


abuso de drogas e o teatro. A seguir iremos falar sobre cada um deles:
O Alarme: Não raro, pessoas com pensamentos suicidas expressam sua vontade de se
matar. Seja em uma conversa ou em um post no Facebook. Não julgue nem ignore.
Muitas pessoas pensam que é um chamado por atenção, mas pode ser uma vontade
legítima.
A Mudança: O humor de um potencial suicida pode mudar da água para o vinho em
questão de segundos. Isso porque muitas vezes, essa pessoa enfrenta algum tipo de
desequilíbrio químico no cérebro.
A Depressão: Suicídio e depressão andam de braços dados. Cerca de 15% dos pacientes
severamente deprimidos dão fim à própria vida. Se você ainda não sabe identificar um
caso da doença, leia este post aqui.
O Abuso de drogas: Boa parte dos casos de suicídio está associada ao uso
indiscriminado de álcool e outras drogas psicoativas.
O Teatro: Existem registros de pacientes em estado grave que burlaram os cuidados das
clínicas em que estavam internados. Ao voltarem para suas casas cometeram suicídio.
Toda melhora substancial e repentina deve ser vista com cautela.

EUTANÁSIA EM OUTROS PAÍSES

Em alguns países, a prática é considerada legal, bem como o suicídio assistido, por
exemplo na Suíça, em Luxemburgo, na Holanda, na Bélgica, na Alemanha e em
determinados estados dos Estados Unidos da América, como Washington, Oregon,
Montana, Texas e Vermont.
Nesses países, é preciso que a pessoa seja maior de idade, assine um consentimento
esclarecido, em que demonstra que não há condições médicas de melhora. No caso de
menores de idade, em alguns países a eutanásia é permitida com o consentimento dos
pais e também é preciso que haja um forte argumento a favor da prática, como as
doenças incuráveis e que causam sofrimento ao paciente.
No Uruguai, desde 1934, é tolerada a morte assistida, ou seja, a Justiça do país não
penaliza quem comete o que eles chamam de “homicídio piedoso”, contudo a prática da
eutanásia não é legalizada. Na Colômbia ocorre algo semelhante.
Entre os países europeus, onde a prática é mais comum, a Bélgica é um país que se
destaca, já que permite até mesmo a eutanásia de crianças.
Nessas situações, contudo, o paciente deverá reconhecer o lado irreversível da morte,
sendo que essa avaliação será feita por uma equipe de psicólogos e médicos e é preciso
que pai e mãe deem consentimento. Na Holanda, a idade mínima para a prática é de 12
anos.

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CONCLUSÃO

Em suma, As tentativas de suicídio ou sua prática efetiva envolvem sempre uma


grande dose de sofrimento, tensão, angústia e desespero. Esta dor da alma pode ser real
ou ser a conseqüência de uma crise de natureza afetiva, de uma conturbação mental,
como, por exemplo, a psicose no seu grau mais agudo, ou de uma depressão com
sintomas delirantes. Se estes estados alterados da mente vêm acompanhados do
consumo de drogas e de álcool, a ação é potencializada significativamente, o que torna a
atitude suicida praticamente inevitável.
O indivíduo pode ou não deixar uma explicação de seu ato para familiares e
amigos, através de uma nota ou de uma carta. A eutanásia é uma forma de tratamento de
pacientes portadores de doenças incuráveis, cujo objetivo é garantir a essas pessoas uma
morte mais humanizada, com menos sofrimento. Trata-se de uma prática na qual um
agente, movido pelo sentimento de compaixão para com a situação clínica em que o
paciente se encontra, antecipa sua morte, para que este não tenha que lidar com mais
sofrimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARCIA, Fernanda Urdiales. Do direito à vida - eutanásia. 2000.


GIL, António C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
GREY, David E. Pesquisa no mundo real. 2ª ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Técnicas de pesquisa. 7ª ed. São Paulo:
Atlas, 2015.
LOPES, Patrícia. "Suicídio"; Disponível em:
https://angolaescola.uol.com.br/psicologia/suicidio.htm. Acesso em 27 de
outubro de 2021.
VILLAS BOAS, Maria Elisa. Da eutanásia ao prolongamento artificial:
aspectos polêmicos na disciplina jurídico-penal no final de vida: Forense, 2005.

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