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Para escolha desta temática é importante ter a noção de que A eutanásia é uma forma de
tratamento de pacientes portadores de doenças incuráveis, cujo objetivo é garantir a
essas pessoas uma morte mais humanizada, com menos sofrimento. E o suicídio é o fim
da linha. É o recurso ao qual recorrem aqueles que já não suportam mais conviver com
seus fantasmas.
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OBJECTIVOS
Específicos
JUSTIFICATIVA
DELIMITAÇÃO
METODOLOGIA DE PESQUISA
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CONCEITO
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continuar lutando. Este é o principal ponto da discussão sobre o direito de escolha
individual à vida: a liberdade do sujeito que sofre em determinar se sua vivência é
justificada seja pelas suas crenças, vontade individual, ou por simples compaixão por
aqueles que seriam atingidos pela sua morte.
Os debates sobre o assunto são geralmente encabeçados por membros de organizações
religiosas, que argumentam que a vida é uma dádiva divina sobre a qual nenhum ser
humano tem direito ou o poder de voluntariamente cessá-la, e por alguns profissionais
da saúde que argumentam que as enfermidades que acarretam em sofrimento
prologando seriam reduzidas caso os governantes investissem mais em formas de
assistência de saúde de maior qualidade. Aqueles que lutam pela sua legalização se
pautam no direito da escolha individual, independente de crença religiosa, no que diz
respeito à sua própria vida, tendo sempre em vista a dignidade humana e o direito de
acabar com o sofrimento quando não existe outra alternativa.
O assunto é incrivelmente complexo e possui vários lados a serem vistos, para isso é
importante que ele seja exposto de forma compreensível para todos. Filmes que tratam
sobre a eutanásia são uma boa fonte de informação. Um deles é o filme Você não
conhece o Jack (You don't know Jack – 2010) que conta a história real de Jack
Kervokian, um médico que realizava a eutanásia para pacientes em estado terminal e em
sofrimento agudo.
A vida, a morte e o sofrimento humano são sempre assuntos complexos e difíceis de
serem tratados. Entretanto, essa é uma realidade a qual todos estamos sujeitos.
O SUICÍDIO
A palavra suicídio foi criada em 1737 por Desfontaines. Com origem no latim – sui (si
mesmo) e caederes (ação de matar) -, ela aponta para a necessidade de buscar a morte
como um refúgio para o sofrimento que se torna insuportável. Esta ação voluntária e
intencional parte do ponto de vista que a morte significa o fim de tudo, um mergulho no
nada, visão esta acentuada pelo viés materialista que envolve a nossa civilização. O
suicídio pode ser concretizado através de atos mais agressivos - geralmente uma escolha
masculina -, como tiros e enforcamento, que conduzem quase sempre à morte; ou por
ações mais amenas, normalmente uma opção feminina, como o uso de remédios ou
venenos, que nem sempre conduzem a um desenlace fatal. Pode haver também casos de
prática suicida quando o sujeito deixa de prover certas necessidades fisiológicas, um ato
gradual, como se negar a ingerir o alimento.
Geralmente a sociedade responde a essas atitudes com o véu do silêncio, como se estive
lidando com um tabu, ou seja, um assunto sobre o qual deve pairar, com a cumplicidade
implícita de todos, um voto de não discussão, de negação do debate e de um mergulho
mais profundo em seus meandros. Mas em alguns lugares, como, por exemplo, nos
Estados Unidos, ele é considerado um problema social, e muitas vezes também de saúde
pública, já que suas estatísticas apontam altos índices de ocorrência.
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Anualmente acontecem por volta de trinta mil mortes por suicídio, enquanto as
tentativas, que nem sempre visam a morte, revelam um grau de ocorrência 8 a 10 vezes
maior. O suicídio é simplesmente a oitava causa mortis neste país.
Algumas causas do suicídio estão ligadas ao gênero sexual – as mulheres normalmente
tentam mais o suicídio que os homens, embora estes morram mais por conta desta ação,
justamente por recorrerem a atos mais agressivos. Grande parte dos suicidas está na
faixa dos 15 aos 44 anos, e doenças como câncer, epilepsia, AIDS ou perturbações
mentais são os maiores fatores de risco para essas atitudes suicidas. Sem dizer que estas
ações costumam se repetir, ou seja, o suicida volta a tentar quando sua primeira
tentativa foi frustrada. Às vezes o suicida responsabiliza as pessoas à sua volta por sua
decisão, assim sua morte vale como um castigo para os que o cercam, como se ele
estivesse se vingando das agressões recebidas de seu meio ambiente.
A maneira como a sociedade reage ao suicídio varia de acordo com a cultura vigente e
também no que tange ao período histórico em questão. Na Roma antiga, a morte não
significava muito, era mais importante o meio de morrer, como um ato digno e realizado
no momento certo. Entre os primeiros cristãos, morrer significava libertar-se deste
mundo de dores e sofrimentos, dos pecados. Assim, a morte era como tomar um
caminho mais curto que conduzisse ao Paraíso. A história mudou nos séculos V e VI,
nos Concílios de Orleans, Braga e Toledo. Estes encontros deliberaram uma mudança
de rumos, proibindo qualquer homenagem aos suicidas, e mesmo aqueles que só
tentavam e não conseguiam êxito, eram excomungados. Assim, o suicídio tornou-se um
crime e um hediondo pecado, e suas conseqüências poderiam agora se estender
inclusive aos familiares, que enfrentavam preconceitos e perseguições. Somente no
Renascimento, uma época mais romântica, o suicida foi resgatado e em torno dele
instituiu-se uma aura de respeito e de um certo fascínio.
O ato suicida é, portanto, considerado um pecado em algumas religiões e um crime em
certas legislações. Mas em algumas culturas, como a japonesa, esta atitude pode ser
considerada uma forma digna de fugir de contextos que envolvem vergonha e culpa,
como o harakiri, praticado antigamente entre os guerreiros samurais. Mas a alta taxa de
suicídio entre os jovens é o que mais preocupa hoje nossa sociedade. Entre os 15 e os 24
anos, ele já se encontra no terceiro lugar nas causas da morte, logo depois de acidentes e
homicídios. Seus conflitos interiores são geralmente desencadeados pela forma como
são educados, pelo ambiente familiar. Neste meio os jovens podem se deparar com a
imposição de sentimentos de culpa, através de terríveis chantagens emocionais, com
violência doméstica, ausência familiar, abandono, carência, superproteção, baixa auto-
estima, entre outros fatores. Infelizmente estas ocorrências são muito comuns, e
geralmente divorciam estes seres de sua própria alma, eles se tornam criaturas cindidas
e despersonalizadas, e muitas vezes não conseguem conviver com as angústias e dores
que acometem sua anima. Desmotivados e em profundo desequilíbrio, eles buscam
refúgio na morte.
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CINCO SINAIS DE SUICÍDIO
Em alguns países, a prática é considerada legal, bem como o suicídio assistido, por
exemplo na Suíça, em Luxemburgo, na Holanda, na Bélgica, na Alemanha e em
determinados estados dos Estados Unidos da América, como Washington, Oregon,
Montana, Texas e Vermont.
Nesses países, é preciso que a pessoa seja maior de idade, assine um consentimento
esclarecido, em que demonstra que não há condições médicas de melhora. No caso de
menores de idade, em alguns países a eutanásia é permitida com o consentimento dos
pais e também é preciso que haja um forte argumento a favor da prática, como as
doenças incuráveis e que causam sofrimento ao paciente.
No Uruguai, desde 1934, é tolerada a morte assistida, ou seja, a Justiça do país não
penaliza quem comete o que eles chamam de “homicídio piedoso”, contudo a prática da
eutanásia não é legalizada. Na Colômbia ocorre algo semelhante.
Entre os países europeus, onde a prática é mais comum, a Bélgica é um país que se
destaca, já que permite até mesmo a eutanásia de crianças.
Nessas situações, contudo, o paciente deverá reconhecer o lado irreversível da morte,
sendo que essa avaliação será feita por uma equipe de psicólogos e médicos e é preciso
que pai e mãe deem consentimento. Na Holanda, a idade mínima para a prática é de 12
anos.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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