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LEI ORGÂNICA
22 DE MARÇO DE 1990
VEREADOR
LEI ORGÂNICA
DO MUNICÍPIO DE RIO ACIMA
DAS COMISSÕES
- Da Estrutura Administrativa:
Vereadores José Tadeu Pereira, e Américo Eustáquio Ferreira
- Da Ordem Social:
Vereadores Paulo César Marques e Geraldo Veríssimo Lorêdo
- Comissão Especial:
Vereadores António Ricardo Filho, Nelcy Benedito Maximiano e Geraldo Rosa Ribeiro.
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LEI ORGÂNICA
DO MUNICÍPIO DE RIO ACIMA
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo do Município de Rio Acima, Estado de Minas Gerais, sob os
ideais de liberdade democrática, investidos pela Constituição da República na atribuição de
elaborar a Lei Basilar de Ordem Municipal, com base nas aspirações de nossos municípios,
com o propósito de consolidar os princípios estabelecidos pela Constituição da República e do
Estado de Minas Gerais, promovendo a descentralização do Poder, assegurando ao cidadão o
controle de seu exercício, o acesso de todos à cidadania plena, pluralista e sem preconceitos,
PROMULGAMOS esta Lei Orgânica, sob o império da justiça social e a proteção de Deus.
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O Povo de Rio Acima, por seus representantes votou e eu, Presidente da Câmara Municipal,
em seu nome, promulgo a Lei Orgânica do Município de Rio Acima, nos seguintes termos:
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO l
DO MUNICÍPIO
SEÇÃO l
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Art. 1º O Município de Rio Acima é uma unidade do território de Minas Gerais
e integra, com autonomia político-administrativa a República Federativa do Brasil, como
participante do Estado de Direito e reger-se-á por esta Lei Orgânica, votada e aprovada por
sua Câmara Municipal.
Art. 2º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o legislativo e
o Executivo.
§ 1.º São símbolos do Município a Bandeira, nas cores verde, branca, marrom e azul e
o Hino, representativos de sua cultura e história.
§ 2º São consideradas datas Cívicas os dias 13 de Junho, 20 de Novembro e 27 de
Dezembro, respectivamente. Dia do Padroeiro, Dia da Morte do líder Zumbi dos Palmares e
emancipação do Município.
Art. 3º Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e
ações que a qualquer titulo lhe pertençam.
Art. 4º A cidade de Rio Acima é a Sede do Município.
SEÇÃO II
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO l
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 10º Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar
interesse e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe privativamente:
I - emendar a presente Lei Orgânica;
II - legislar sobre assuntos de interesse local;
III - suplementar a legislação Federal e a Estadual, no que couber;
IV - instituir e arrecadar os tributos de sua competência e aplicar sua receita, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes;
V - elaborar o plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
VI - criar, organizar e suprimir distritos, observada a Legislação Estadual;
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XXXIV - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condições sanitárias dos
gêneros alimentícios;
XXXV - dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrência de transgressão da Legislação Municipal;
XXXVI - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade
precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XXXVII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas Leis e regulamentos;
XXXVIII - promover os seguintes serviços:
a) mercados, feiras e matadouros;
b) construção e conservação de estradas e caminhos Municipais;
c) transportes coletivos estritamente Municipais;
d) iluminação pública;
XXXIX - regulamentar o serviço de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro;
XL - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas
Municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situações, estabelecendo os prazos de
atendimento.
§ 1º As normas do loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIV deste artigo
deverão exigir reserva de áreas destinadas a:
a) zonas verdes e demais logradouros públicos, aí compreendidos, inclusive a
construção de escolas, postos de saúde, postos policiais etc.;
b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de águas
pluviais nos fundos dos vales;
c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais com largura
mínima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnível seja superior a um metro da frente
ao fundo.
§ 2º A Lei Complementar de criação da guarda Municipal estabelecerá a organização e
competência dessa força auxiliar na proteção dos bens, serviços e instalações Municipais.
SEÇÃOII
DA COMPETÊNCIA COMUM
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
CAPITULO III
DAS VEDAÇÕES
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e da assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da Lei Federal;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 1° A vedação do inciso XII, "a", é extensiva às autarquias e às fundações mantidas
pelo Poder Público no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes;
§ 2º As vedações do inciso XII, "a", e as do parágrafo anterior não se aplicam ao
patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação
ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel;
§ 3° As vedações expressas no inciso XII alíneas "b" e "c", compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas;
§ 4º As vedações expressas nos incisos VII a XII serão regulamentadas em Lei
complementar Federal.
TÍTULO II
CAPITULO l
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
SEÇÃO II
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
dezembro de 2.ª Sessão Legislativa, ocorrendo a posse no dia 1.º dia útil do mês de janeiro do
ano em que for aberta a 3.ª Sessão Legislativa.
§ 6º No ato da posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer declaração
de seus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas atas o seu
resumo.
Art. 23 - O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Art. 24 - A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do Vice-Presidente e do
Secretário, os quais se substituirão nesta ordem.
§ 1º Na Constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.
§ 2º Na ausência dos membros da Mesa o Vereador mais idoso assumirá a Presidência.
§ 3º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de dois
terços (2/3) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho
de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementação do
mandato.
Art. 25 - A Câmara terá comissões permanentes e especiais.
§ 1° Às comissões permanentes em razão da matéria de sua competência, cabem:
I - discutir e votar projeto de Lei que dispuser, na forma do Regimento Interno, sobre
a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um nono (1/9) dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar os secretários Municipais ou Diretores equivalentes para prestar
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização do Executivo e da
administração indireta.
§ 2º As comissões especiais, criadas por deliberação do Plenário serão destinadas aos
estudos de assuntos específicos e à representação da Câmara em Congressos, Solenidades ou
outros atos públicos.
§ 3º Na formação das comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos Partidos ou dos blocos Parlamentares que participem na
Câmara.
§ 4º As comissões Parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades Judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da Casa,
serão criadas pela Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal
dos infratores.
Art. 26 - A Maioria e a Minoria e as Representações Partidárias com número de
membros superior a um nono (1/9) da composição da Casa, terão Líder e Vice-Líder.
§ 1º A indicação dos Líderes será feita em documentos subscritos pelos membros das
representações majoritária e minoritária ou Representações Partidárias à Mesa, nas vinte e
quatro horas que se seguirem à instalação do primeiro período Legislativo anual.
§ 2º Os líderes indicarão os respectivos Vice-Líderes, dando conhecimento à Mesa da
Câmara dessa designação.
Art. 27 - Além de outras atribuições previstas no Regimento Interno, os Líderes
indicarão os representantes Partidários nas Comissões da Câmara.
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Parágrafo Único. Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão exercidas pelo
Vice-Líder.
Art. 28 - A Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete
elaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, policia e provimento de
cargos de seus serviços e, especialmente, sobre:
I - sua instalação e funcionamento;
II - posse de seus membros;
III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;
IV - número de reuniões mensais;
V - comissões;
VI – sessões;
VII - deliberações;
VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna.
Art. 29 - Por deliberação da maioria de seus membros, a Câmara poderá convocar
Secretário Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente, prestar informações acerca
de assuntos previamente estabelecidos.
Parágrafo Único. A falta de comparecimento do Secretário Municipal ou Diretor
equivalente, sem justificativa razoável, será considerado desacato à Câmara, e, se o Secretário
ou Diretor for Vereador licenciado, o não-comparecimento nas condições mencionadas
caracterizará procedimento incompatível com a dignidade da Câmara, provocará a instauração
do respectivo processo, na forma da Lei Federal, com a conseqüente cassação do mandato.
Art. 30 - O Secretário Municipal ou Diretor equivalente, a seu pedido, poderá
comparecer perante o Plenário ou qualquer Comissão da Câmara para expor assunto e discutir
projeto de lei ou qualquer outro ato normativo com o seu serviço administrativo.
Art. 31 - A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escritos de informação aos
Secretários ou Diretores equivalentes, importando crime de responsabilidade a recusa ou o
não-atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informação falsa.
Art. 32 - À Mesa, dentre outras atribuições compete:
I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos Legislativos;
II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos;
III - apresentar projetos de Lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou
especiais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da
câmara.
IV - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;
V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;
VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
Art. 33 - Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara:
I - representar a Câmara em Juízo e fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da
Câmara;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as Resoluções e Decretos Legislativos;
V - promulgar as Leis com sanção tácita e cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário,
desde que não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, decretos legislativos e as Leis que
vier a promulgar;
VII - autorizar as despesas da Câmara;
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SEÇÃO III
Art. 34 - Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas
as matérias de competência do Município e, especialmente:
l - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as suas
rendas;
lI - autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dividas;
III - votar o orçamento anual e plurianual de investimentos, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem
como a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - autorizar a concessão de direito real de uso de bens Municipais;
VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens Municipais;
IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargo;
XI - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções públicas e fixar os
respectivos vencimentos, inclusive os dos serviços da Câmara;
XII - criar, estruturar e conferir atribuições a Secretários ou Diretores equivalentes e
órgãos da administração pública;
XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XIV – emitir parecer prévio, de cunho fiscalizatório, antes de qualquer aprovação de
planos de loteamento, arruamento, zoneamento urbano e, de delimitação do perímetro
urbano, sob pena de nulidade;
XV - autorizar a alteração da denominação de prédios, vias e logradouros públicos;
XVI - estabelecer normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento e
loteamento.
Art. 35 - Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as seguintes
atribuições, dentre outras:
I - eleger sua Mesa;
II - elaborar o Regimento Interno;
III - organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos respectivos;
IV - propor a criação ou a extinção de cargos dos serviços administrativos internos e a
fixação dos respectivos vencimentos;
V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
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SEÇÃO IV
DOS VEREADORES
SEÇÂO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SEÇÃO VI
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
§ 3º - Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará
de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão estadual
incumbido dessa missão.
§ 4º - As contas relativas a aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado
serão prestadas na forma da legislação Federal e da Estadual em vigor, podendo o Município
suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual de contas.
Art. 54 - O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:
I - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e
regularidade à realização da receita e despesa;
II - acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;
III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
IV - verificar a execução dos contratos.
Art. 55 - As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da Lei.
CAPITULO II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO l
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
SEÇÃO II
SEÇÃO III
DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO
SEÇAO IV
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
SEÇÃO V
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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SEÇÃO VI
Art. 83 - São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público
§ 1º - O servidor público estável, só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que seja assegurada ampla
defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
SEÇÃO VII
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 84 - O Município poderá constituir guarda Municipal, força auxiliar destinada à proteção
de seus bens, serviços e instalações, nos termos da Lei Complementar.
§ 1º - A Lei Complementar de criação da guarda Municipal disporá sobre acesso,
direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.
§ 2º - A investidura nos cargos da guarda Municipal far-se-á mediante concurso
público de provas ou de provas e títulos.
TITULO III
DA ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA MUNICIPAL
CAPITULO l
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO II
SEÇÃO l
Art. 86 - A publicação das Leis e atos Municipais far-se-á em órgão da imprensa local
ou regional ou por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme o caso.
§ 1º - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das Leis e atos
administrativos far-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as condições
de preço, como as circunstâncias de freqüência, horário, tiragem e distribuição.
§ 2º - Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§ 3º - A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
Art. 87- O Prefeito fará publicar:
I - Semestralmente, por edital, o movimento do caixa;
II - mensalmente, o balancete da receita e da despesa;
III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos
recebidos;
IV - anualmente, até 15 de março, pelo órgão oficial do Estado, as contas de
administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço
orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, em forma sintética.
SEÇÃO II
DOS LIVROS
SEÇÃO III
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SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES
SEÇÃO V
DAS CERTIDÕES
servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender às
requisições Judiciais se outro não for fixado pelo Juiz.
Parágrafo Único - As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pelo
Secretário ou Diretor da administração da Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo
exercício do cargo de Prefeito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Art. 106 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e
alienações, será adotada a licitação, nos termos da Lei.
Art. 107- O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcio,
com outros Municípios.
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA FINANCEIRA
CAPITULO l
CAPITULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
DO ORÇAMENTO
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive funções
instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na Lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
TITULO V
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO l
DA ATIVIDADE ECONÔMICA
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA RURAL
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO l
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 131- O Município, dentro de sua competência, regulará o ordem social, que tem
como base o trabalho, e como objetivo o bem-estar e justiça sociais.
CAPÍTULO II
DA SAÚDE
Art. 133 - O Município participa do sistema único de saúde, ao qual compete além de
outras atribuições, nos termos da Lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imuno-biológicos, hemo-
derivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológicas, bem como as de saúde
do trabalhador, e do meio ambiente em articulação com os demais órgãos e entidades
governamentais;
III - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
IV - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
V - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle do seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para o consumo humano;
VI - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VIII - a normalização complementar e a padronização dos procedimentos relativos à
saúde, por meio de código sanitário Municipal:
Parágrafo Único - O sistema único de saúde será financiado nos termos do art. 195 da
Constituição Federal, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, do Estado e
do Município, além de outras fontes, os quais contribuirão para o Fundo Municipal de Saúde.
Art. 134- A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos;
§ 2º - É vedada a destinação de recursos para auxílios ou subvenção às instituições
privadas com fins lucrativos.
Art. 135 - Lei Complementar estabelecerá a criação do Conselho Municipal de Saúde
e definirá sua constituição e atribuições, observadas as normas Federais, estaduais e as
constantes desta Lei Orgânica que forem aplicáveis.
SEÇÃO l
DO SANEAMENTO BÁSICO
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 138 - A assistência social será prestada pelo Município a quem dela precisar, e
terá por objetivo:
I - a proteção à família, à gestante, è maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiências e à promoção de
sua integração à vida comunitária.
Art. 139 - O Município estabelecerá planos de ação na área da assistência social,
observando os seguintes princípios:
I - recursos financeiros consignados no orçamento Municipal, além de outras fontes;
II - coordenação, execução e acompanhamento a cargo do Poder Executivo;
III - participação da população na formulação das políticas e no controle das ações em
todos os níveis.
§ 1º - O Município poderá firmar convênios com entidade beneficente e da assistência
social para execução do Plano.
CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO
Art. 140 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Parágrafo Único - É dever do Município promover prioritariamente o atendimento
pedagógico em creches à educação pré-escolar e o ensino de 1º grau, com participação da
sociedade e à cooperação técnica e financeira da União e do Estado.
Art. 141- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e concepções pedagógicas e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos sociais;
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CAPÍTULO V
DA CULTURA
CAPITULO VI
DO DESPORTO E LAZER
CAPITULO VII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 152 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do Povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público Municipal,
em colaboração com a União e o Estado:
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Art. 155 - É vedado ao Poder Público contratar e conceder privilégios fiscais a quem
estiver em situação de irregularidade face às normas de proteção ambiental.
Parágrafo Único - As concessionárias ou permissionárias de serviços públicos
Municipais, no caso de infração às normas de proteção ambiental, não será admitida
renovação de concessão ou permissão, enquanto perdurar a situação de irregularidade.
Art. 156 - Os bens do patrimônio natural e cultural, uma vez tombados pelo Poder
Público Municipal, estadual ou Federal, gozam de isenção de impostos e contribuição de
melhorias Municipais, desde que sejam preservados por seu titular.
Parágrafo Único - O proprietário dos bens referidos acima, para obter os benefícios da
isenção, deverá formular requerimento ao Executivo Municipal, apresentando cópias do ato
de tombamento e sujeita-se a fiscalização para comprovar a preservação do bem.
Art. 157 - O Município promoverá em colaboração com o Estado e a União a
classificação dos cursos d'água existentes no seu território e promoverá a proteção e a
preservação de suas nascentes e margens.
Art. 158 - A Lei estabelecerá mecanismos de compensação urbanístico-fiscal para os
bens integrantes do patrimônio natural e cultural.
CAPÍTULO VIII
DA POLÍTICA URBANA
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 163 - Será isento de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana o
terreno destinado à moradia do proprietário de pequenos recursos, que não possua outro
imóvel, nos termos e no limite do valor que a Lei fixar.
CAPÍTULO IX
Art. 164 - O Município, na formulação e aplicação de suas políticas sociais, visará, nos
limites de sua competência e em colaboração com a União e o Estado, dar à família condições
para a realização de suas relevantes funções sociais.
Parágrafo Único - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da
paternidade e maternidade responsáveis, o planejamento familiar é livre decisão do casal,
competindo ao Município, por meio de recursos educacionais e científicos, colaborar com a
União e o Estado para assegurar o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva
por parte das instituições públicas.
Art. 165 - É dever da família, da sociedade e do Município assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida; à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, violência, crueldade e opressão.
§ 1º - O Município promoverá programas assistenciais integrais à saúde da criança e
do adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo os
seguintes preceitos:
I - aplicação de percentual de recursos públicos destinados à saúde e à assistência
materno-infantil;
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores
de deficiência sensorial, física ou mental, bem como de integração social do adolescente
portador de deficiência, mediante treinamento para o trabalho e a convivência e a facilitação
do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos
arquitetônicos.
§ 2º - A Lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso
público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 166 - O Município, isoladamente, ou em cooperação, criará e manterá lavanderias
públicas, prioritariamente nos bairros periféricos, equipados para atender as lavadeiras
profissionais e à família.
Art. 167 - A família, a sociedade, o Município em colaboração com o Estado e a
União, têm o dever de amparar as pessoas idosas e as portadoras de deficiência, assegurando
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade o bem-estar e garantindo-lhes o
direito à vida.
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos e aos deficientes serão executados
preferencialmente em seus lares.
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos e aos deficientes é garantida a gratuidade
dos transportes coletivos urbanos.
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TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES
GERAIS E TRANSITÓRIAS