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SENSO COMUM - É o modo de conhecer adquirido na nossa vivência quotidiana, de modo espontâneo e
imediato. É comum a todos os homens, sendo imprescindível para a resolução dos seus problemas do dia-a-
dia, permitindo-lhes adaptarem-se e sobreviverem no mundo.
Eis algumas frases que traduzem o conhecimento vulgar (ou senso comum):
Mais vale tarde que nunca.
Filho de peixe sabe nadar.
Deus dá nozes a quem não tem dentes.
O estrume fertiliza os solos.
Quem come salgado, bebe dobrado.
É mais seguro bebermos água depois de a termos fervido.
Se colocares uma rodela de limão na forma onde vais cozer o pudim, ela não fica escura.
As atividades agrícolas, a conservação dos alimentos, a construção de pontes e de embarcações, a cura
de algumas doenças, nas suas formas tradicionais, são o resultado de experiência acumulada de milhões de
pessoas, ao longo de muitos séculos.
1. Indica a característica do senso comum que é realçada em cada uma das citações abaixo.
A. Sem indagar as causas, sabemos que que: “Lua nova trovejada trinta dias de molhada”.
B. É uma prática corrente pregar pregos de ferro nos vasos de hortências para que estas adquiram um tom azulado.
C. Para o povo, é óbvio que no poupar é que está o ganho.
D. Têm se a ideia de que os judeus são avarentos e os jovens são violentos.
E. As pessoas aceitam o que veem e o que lhe dizem de forma passiva.
F. O seu conhecimento não penetra os fenómenos, permanece na ordem aparente da realidade.
G. Estão convictos que a mulher é predisposta a cuidar das crianças e não admitem o contrário.
H. Conhecimento errático, elaborado em função das necessidades imediatas e por ver fazer.
2. Classifica as seguintes afirmações, relativas ao senso comum, com o termo «Por vezes», «Sim» e «Não».
a) É motivado por necessidades práticas.
b) É preciso e rigoroso.
c) É justificado pela experiência quotidiana.
d) É estruturado.
e) Dá boas explicações.
f) É uma atividade metódica.
g) É informativo.
h) É criticamente avaliado.
i) Depende da observação empírica.
j) É testável.
1
DEFINIÇÃO DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO – É um conjunto de teorias construídas para compreender a
realidade, procurando explicar os factos através da construção de leis, princípios e teorias que devem ser
objetivas e válidas para todos. É um conhecimento racional que utiliza um método rigoroso.
A ciência é uma tentativa sistemática e organizada de compreender o mundo: de que é feito, como funciona
e porquê.
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
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MÉTODO INDUTIVO
Críticas ao indutivismo:
1. A observação não é o ponto de partida do método científico, não é neutra, isenta e pura, pois não só há
noções prévias, expectativas e escolhas que interferem na observação, como instrumentos tecnológicos que
medeiam essa observação.
2. Há teorias que não podem ter sido desenvolvidas mediante simples generalizações indutivas, pois
referem objetos que não são observáveis (p. ex., noção de átomo, moléculas e ADN).
3. O raciocínio indutivo não confere rigor lógico às teorias científicas . Popper, tal como Hume, também diz que a
indução é injustificada e não é confiável. E isto porque as generalizações indutivas que se fazem a partir de meras
observações ou experimentações são baseadas na ideia de que a natureza é regular e uniforme no seu funcionamento.
Mas esta ideia também se baseia na experiência, em observação passadas, ou seja, tal princípio também resultou de
uma inferência indutiva. Justificar a indução com a indução não é justificar nada.
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
1.
1.2.Alguns filósofos pensam
A experimentação que aa:observação
destina-se 1.4. No método experimental:
A. refutar hipóteses. A. induz-se a partir da observação e a partir da
experimentação. 3
B. construir hipóteses.
C. confirmar hipóteses. B. induz-se apenas a partir da observação.
D. descobrir novas hipóteses. C. induz-se apenas a partir da experimentação.
D. induz-se a partir das hipóteses.
pura é impossível porque
2. De acordo com Hume, todas as inferências
indutivas pressupõem
3. A ciência não tem de partir da observação
porque
4. Segundo Hume, a justificação da indução é
circular porque
1. Falsificações inconclusivas: nenhuma teoria científica pode ser conclusivamente falsificada por uma única
observação ou uma única experiência.
2. Não está de acordo com a prática científica : os cientistas procuram salvar as suas teorias quando elas
enfrentam uma refutação empírica; mais facilmente põem em causa o teste do que a teoria; na prática os
cientistas procedem apenas a alguns ajustes na teoria, conservando-a em vez de a considerarem falsificada.
3. O falsificacionismo torna irracional a nossa confiança nas teorias científicas . Se as teorias científicas nunca
são minimamente confirmadas pela experiência, então nunca deixam de ser meras conjeturas e, por isso,
não temos razões para confiar nelas.
4. Popper só dá conta do conhecimento científico negativo e não daquele que, em geral, nos leva a dar
importância à ciência: os seus resultados positivos. P. ex., a penicilina funciona porque tem certos
resultados, é útil, e não porque foi falsificada.
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PROBLEMA DA OBJETIVIDADE DA CIÊNCIA
Formulação do problema: A ciência é objetiva?
Para que a ciência seja objetiva exige-se que a avaliação e escolha de teorias seja feita com base em
critérios imparciais, i.e., em critérios que não sejam baseados em razões ou preferências de caráter pessoal.
Se os cientistas escolhem uma teoria em vez de outra é porque há razões objetivas para isso, as quais não
dependem, portanto, do género, da religião, do país, do clube ou da ideologia política dos cientistas. A
eficácia preditiva e os resultados práticos da ciência também lhe garantem essa objetividade.
A objetividade implica:
análise imparcial dos fenómenos;
representação exata e clara do objeto ou realidade;
exigência de universalidade e de um critério de verdade na validação das teorias;
possibilidade de a teoria ser testada independentemente do seu autor.
Apesar de tais critérios serem partilhados pelos cientistas, estes divergem na sua aplicação porque:
uns cientistas podem dar mais importância a um critério do que a outros;
os critérios não são estabelecidos com rigor e são de algum modo vagos.
diferentes cientistas podem interpretá-los de modo diferente e chegar a conclusões diferentes.
Assim, para Kuhn, a ciência não é totalmente objetiva. Pois, há outros fatores subjetivos (históricos,
pessoais e sociais) que a influenciam.
Portanto, segundo Khun, não é possível apontar critérios fixos, pois pesam mais outro tipo de motivações nessas
escolhas: motivações pessoais, sociais, políticas, religiosas e outras, sejam elas a preservação do emprego, a
necessidade de pertença a uma comunidade, a procura de reconhecimento, razões políticas ou outras. Kuhn reconhece
que há critérios objetivos, mas considera que são insuficientes.
1
A objetividade pode ser definida como a caraterística do conhecimento que diz o que a realidade é.