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O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de
1800, na literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do
racionalismo anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima
do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente
romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do
academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das
obras.V

A iconografia romântica caracterizou-se por sua estreita relação com a


literatura e a poesia, especialmente com as lendas heróicas medievais e dramas
amorosos, assim como com as histórias recolhidas em países exóticos,
metaforizando temas políticos ou filosóficos da época e ressaltando o espírito
nacional. Não se pode esquecer que o romantismo revalorizou os conceitos de
pátria e república. Papel especial desempenharam a morte heróica na guerra e o
suicídio por amor. V

A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem


nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se esclaram estilos históricos
obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas
medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Na escultura, imitando a
linguagem pictórica, produziram-se figuras de uma dramaticidade e energia
comparáveis apenas às presentes nas telas de Delacroix, embora também dentro
de um forte academicismo.V
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A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de
animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor
estilo das exuberantes cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos
e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e
militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais
destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na rança, Bartolini, na
Itália, e Kiss, na Alemanha.V

  
A arquitetura do romantismo
foi definitivamente historicista. No
início do século XIX, deu -se o
movimento de ressurgimento das
formas clássicas, chamado de
neoclassicismo mais tarde,
apareceram as manifestações
neogóticas, consideradas ideais
para igrejas e castelos e, em
determinados casos, como na
Inglaterra, inclusive para edifícios
governamentais. Esse
reaparecimento de estilos mais
antigos teve relação com a
recuperação da identidade nacional.V

Em Paris experimentou-se um renascimento do barroco, como aconteceu em


Viena. Um caso à parte foi a Alemanha, que, sob a orientação de Luís II da Baviera,
experimentou arquiteturas neo-otônicas, neo-românicas e neogóticas, além das
neoclássicas já existentes. A Europa estava voltada para a construção de edifícios
públicos e, esquecendo-se do fim último da arquitetura, abandonava as classes
menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.V

Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético,


deve-se mencionar Garnier, responsável pelo
teatro da Ópera de Paris Barry e Puguin, que
reconstruíram o Parlamento de Londres e
Waesemann, na Alemanha, responsável pelo
distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se
um renascimento curioso da arte mudéjar na
construção de conventos e igrejas, e na
Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu.
Este último, em alguns casos, revelou mais mau
gosto do que arte. VV

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O Brasil do início do século XIX foi palco de várias transformações que
contribuíram de forma decisiva para a formação de uma verdadeira identidade
nacional e, conseqüentemente, uma literatura com características mais brasileiras.
A chegada da família real portuguesa em 1808 já era um indício de que aquele
seria um século de profundas mudanças na estrutura política, econômica e cultural
do país. D. João VI, através de medidas importantes visando o desenvolvimento
nacional, abriu os portos para comércio com o mundo, o que significava a fácil
entrada de novas tendências culturais, principalmente européias. Além disso, criou
novas escolas, bibliotecas e museus, e deu incentivo à tipografia, que implicou a
impressão de livros, até então feitos em Portugal, e a edição de jornais. O eixo
político-econômico-cultural do Brasil sai então de (inas Gerais para ganhar as
portas da realeza no Rio de Janeiro, onde nasce um público consistente de leitores
principalmente formado de mulheres e jovens estudantes, provenientes da classe
burguesa em ascensão.

Enquanto isso, o restante da nação, ainda movido pela estrutura agrária e


mão-de-obra escrava, assiste à transição do colonialismo ao império. Era a tão
sonhada independência política das correntes de Portugal, numa busca pe la
liberdade e pelo patriotismo, que iria acolher de braços abertos os ideais
românticos.

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Em oposição direta ao Arcadismo, o Romantismo, marco de início do Período


Nacional da literatura brasileira,
que se estende até nossos dias,
tem como lema a subjetividade,
ou seja, o culto ao EU, ao
individualismo e à liberdade de
expressão, buscando a criação de
uma linguagem nova e
compatível com o espírito
nacionalista. Impera a emoção, a
constante busca pelas forças
inconscientes da alma, como a
imaginação e os sonhos. É o
coração acima da razão humana,
que leva ao amor idealizado e
puro. A natureza passa a ser a expressão da criação e perfeição de Deus, a única
paisagem sem a mão corrupta do homem. É nela que o homem vai refletir todos os
seus estados de espírito e desejos de liberdade, de proximidade ao Criador.

Essa busca dos sentimentos e da liberdade entra em choque, porém, com a


realidade humana e muitas vezes gera a insatisfação, a depressão e a melancolia
em relação ao mundo incompreendido - o "mal-do-século". A conseqüência quase
sempre é a fuga, a busca pela morte, pelos ambientes exóticos: o oriente distante
ou o passado histórico, que, para os europeus, remonta à época medieval e, para
os escritores brasileiros, à vida indígena pré-colonial e colonial. (uitas vezes essa
fuga recai sobre a infância, período de pureza, estabilidade e segurança na vida. A
criança passa a ser modelo de perfeição, de estado de espírito, de exemplo para a
renovação da alma e da sociedade. Surge daí a contestação aos modelos vigentes,
a busca do caos e da anarquia, o culto às trevas, ao ópio e à noite, num convívio
quase irregular com um nacionalismo exaltado, em que a figura do índio e do
sertanejo passam a ser figuras de destaque - representantes da típica cultura
brasileira. Da vida urbana, fica a imagem dos amores burgueses, da média-alta
sociedade de São Paulo e principalmente do Rio de Janeiro, capital do império, tão
bem retratada nos folhetins. Toda essa fuga seria alvo de ataque dos escritores
do Realismo-Naturalismo.

No Brasil, o Romantismo desenvolveu-se principalmente nos gêneros romance e


poesia. O romance estava em ascensão na Europa e não tardou a fazer sucesso
também por aqui. Inúmeros jornais e folhetins traziam em suas páginas as belas
traduções de romances europeus de cavalaria ou de amores impossíveis. Logo,
toda uma gama de jovens escritores brasileiros interessaram-se pelo gênero e
especializaram-se nesse tipo de literatura.

Em termos da temática, o romance brasileiro pode ser dividido em quatro


tendências distintas.

O romance urbano, que retrata, muitas vezes de forma crítica, a vida e os


costumes da sociedade no Rio de Janeiro. Os enredos, na maioria das vezes, são
recheados de amores platônicos e puros, fruto de u ma classe social sem problemas
financeiros e na maioria dos casos estereotipada. Destacam-se as obras de Joaquim
(anuel de (acedo, (anuel Antônio de Almeida e principalmente José de Alencar.

O romance indianista, que focaliza a figura do índio. Enquanto o escritor


europeu tinha seus cavaleiros medievais, o brasileiro sentiu a necessidade de
resgatar em nosso passado um herói que melhor nos retratasse. (esmo sendo
algumas vezes retratado como se fosse um cavaleiro europeu da idade média, a
figura do índio surge de form a imponente, com seus costumes e sua vida selvagem,
mas cheia de virtudes. Destacam-se aqui as obras de José de Alencar,
principalmente os clássicos Iracema e O Guarani.

O romance regionalista, que concentra-se em outra figura brasileira: o sertanejo.


Na insistência nacionalista de buscar as raízes de nossa cultura, a figura do
sertanejo, com suas crenças e tradições, fez-se tão exótica quanto à do índio.
Dentre os regionalistas, destacam-se, além de José de Alencar, Bernardo
Guimarães, Visconde de Taunay e ranklin Távora.

O romance histórico, através do qual os romancistas brasileiros buscaram


em nossa história temas que alimentassem os anseios românticos, de modo a
acentuar ainda mais o nacionalismo exaltado que respirava a pátria desde a
independência. Evidenciam-se Bernardo Guimarães e, mais uma vez, José de
Alencar.

A poesia brasileira se desenvolveu no Brasil de uma forma muito criativa e


rica em temas e imagens, apesar de muitas vezes não passar de mera influência ou
cópia de poetas europeus. Podemos dividir toda essa gama de temas em três
importantes fases.

Primeira geração romântica: o índio, verdadeiro ícone da cultura tradicional


brasileira, concorre nessa primeira geração de igual para igual com os sentimentos
e as emoções dos poetas brasileiros. O nacionalismo exaltado vai também apreciar
a beleza e a riqueza de nossas matas. Destacam-se os poetas Gonçalves de
(agalhães e principalmente Gonçalves Dias, o nosso melhor poeta indianista.

Segunda geração romântica: é a poesia do "mal-do-século". Inspirados pelos


poetas europeus, principalmente Lord Byron, nossos poetas vão cantar os amores
impossíveis, o desejo pela morte, a indecisão entre uma vida de liberdade ou
religiosa, e a incompreensão do mundo, aliada ao desejo de evasão. É o que
agundes Varela chamou de "a escola de morrer jovem". Destacam-se nessa
segunda geração os fervorosos versos do próprio agundes Varela, Álvares de
Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira reire.

Terceira geração romântica: é a geração dos poetas que se cansaram de


lamentar as angústias e os amores impossíveis. Era hora de lutar para modificar o
mundo que tanto reprimia o ser e o condenava à morte e à constante fuga da
realidade. Os poetas dessa terceira geração sentem que é mais do que necessário
deixar o choro e a melancolia de lado e se engajar numa luta social, tendo a poesia
como espada afiada, que tocava o povo no íntimo. Essa geração acabou por ser
denominada como "geração hugoana" *por ter sido diretamente influenciada pelo
poeta francês Victor Hugo+, e também "geração condoreira", que tendo como
símbolo o condor, sugeria que a poesia voasse alto, falasse alto e causasse gr ande
efeito enquanto a voz que toca a massa. Seu maior representante foi Castro Alves.

Essa terceira geração, na verdade, já era o início da transição do


Romantismo para o Realismo, em que a crítica social passa a ser uma das
características mais marcantes.

Bibliografia: V
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(ultimedia del Arte Universal, AlphaBetum (ultimedia-
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