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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO VICENTE

EDGAR COSTA DA FONSECA

FABIO AGUIAR DE ABREU

FABIO MEDEIROS GOMES

JORGE MURILO DOS SANTOS

JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA MARTINS

VICTOR CARLOS ISIDORIO SILVA

MONITORAMENTO DO SOLO

Orientador(a): Prof. MSc. Fernando Ribeiro

São Vicente – SP
2021
RESUMO

No Brasil, desastres causados por eventos meteorológicos são proeminentemente


situações extremas, especialmente condições envolvendo pluviosidade em
abundância. Esses eventos tem características que desencadeiam em um curto
período de tempo intenso processo físico, como por exemplo, movimentos de massa
e inundações. Segundo fonte do governo Federal em 2017, 8.270.127 de pessoas se
encontravam em áreas de risco no Brasil. Esse estudo tem como objetivo trazer
solução viável economicamente para um monitoramento de percentuais de umidade
do solo. Para a elaboração deste trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica atrelada
a confecção de protótipo experimental. Os estudos a respeito dos assuntos
relacionados aos temas ambientais e as tecnologias existentes levaram a entender
qual o caminho necessário a percorrer neste trabalho. Apesar de os resultados obtidos
terem como parâmetros apenas o modelo criado em laboratório verificou-se a total
possibilidade de efetivação real do projeto. Conclui-se que a elaboração de sistemas
individualizados de monitoramento se apresentam como solução viável como
complemento dos sistemas tradicionais aplicados.

1. INTRODUÇÃO
Este estudo busca estabelecer a interligação entre a teoria e a pratica,
procurando demonstrar que esses conhecimentos podem contribuir de forma decisiva
e fundamental para a aplicabilidade em busca da segurança de pessoas e
patrimônios. A teoria relacionada a redes IoT, dispositivos móveis, micro
controladores, sensores, filosofia Cloud Computing e plataformas gráficas são
algumas das ferramentas associadas ao projeto aqui apresentado. A busca é por
desenvolver não só um sistema eficaz de monitoramento da porcentagem de umidade
do solo, mas também inspirar os futuros profissionais à atuarem em prol do interesse
coletivo da sociedade.

2. OBJETIVOS
O objetivo proposto é encontrar solução que possa contribuir de forma direta
ao monitoramento de áreas de risco com propensão a deslizamentos e ainda que esta
solução se apresente viável economicamente para um monitoramento de percentuais
de umidade do solo.
3. METODOLOGIA
Foram utilizadas pesquisas bibliográficas e confecção de protótipo
demonstrativo alinhando assim a teoria e a pratica deste estudo.

4. DESENVOLVIMENTO
4.1 DESASTRES AMBIENTAIS E RESPONSABILIDADES
Independentemente do local onde ocorra, desastres envolvendo deslizamentos
de terra também estão relacionados à possibilidade de aumento de terreno. Estando
intimamente ligado as mudanças climáticas globais, as quais estão diretamente
relacionadas à ocorrência de eventos extremos de hidrometeorologia.
Em diferentes partes do país, cada nova estação de fortes chuvas causam
diversas destruições e caos. Existem pelo menos dois fatores comuns, para tal
situação:
As cidades afetadas carecem de planejamento urbano e a falta de informações
destinadas a prevenir tais tragédias
Deslizamentos são fenômenos naturais com potencial destrutivo significante
para os seres humanos. Uma das formas de reduzir as perdas em sua decorrência é
verificar com antecedência a possibilidade de sua ocorrência. É possível verificar que,
em uma situação em que haja a iminência de deslizamentos, é preciso uma
abordagem rápida da situação.
A área de defesa civil reconhece situações de emergências, onde entidades
governamentais podem ser obrigadas a fornecer recursos operacionais de alívio,
assistência às vítimas, e serviços básicos de recuperação e reconstrução.
Governos em todas as esferas (municipal, estadual e federal) são responsáveis
por apoiar a implementação de políticas públicas, esclarecer a produção habitacional,
fornecimento de infraestrutura, implantação de obras de segurança para encostas e
grandes drenagens. Em 2017, chegaram a ser registrados 30,6 milhões
deslocamentos internos no mundo e desses 18,8 milhões devido a desastres naturais.
Pelo artigo 37, parágrafo 6 da Constituição da República Federativa do Brasil,
estabelece que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Em decorrências de enchentes, desabamentos, alagamentos, enxurradas e
outras situações (com prejuízo de ordem material e/ou moral) decorrentes das chuvas,
não há a possibilidade de pretender compará-la a força maior. A doutrina procura
excepcionar a regra da exclusão da responsabilidade estatal em caso de força maior
quando aliada a ela vier um ato omissivo do Poder Público na consecução do serviço.

4.2 DESLIZAMENTO DO SOLO E SEUS COMPONENTES


O deslizamento é um fenômeno comum em área de relevo acidentado, como
solos, rochas, vegetação, construção ao longo de terrenos inclinados, esse processo
pode ocorrer em locais dos quais foram retirada a coberturas vegetal original a qual é
responsável pela consistência do solo e que impede, através das raízes, o
escoamento de águas. O Brasil, pelo fato de ter predominância de clima tropical,
existe grande índices de pluviométrico no verão que corresponde ao período chuvoso,
com isso as encostas são locais de risco de deslizamento.
A devastação das encostas e ocupação, sem manejos adequado do solo
representa zona de risco constante para os deslizamentos. A construção de moradias
nessas áreas, além de dificultar a correta absorção da água das chuvas e eliminar a
cobertura vegetal, acaba construído canais e galerias subterrâneas e removendo uma
grande quantidade de terra.
Os estudos realizados até o momento indicam que, quando o solo atinge 50%
de umidade, já entra em estado de saturação, ou seja, tem risco de deslizamento. Isso
porque o solo fica mais pesado e perde estabilidade, o que pode ser chamado de
coesão ou resistência, detalha o Geólogo Márcio Andrade, pesquisador do Cemaden
(Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Isso acontece
porque, ao absorver água ao extremo, ele fica mole, fica frágil, ainda mais quando fica
em um plano inclinado, como os morros gerando os deslizamentos.
O especialista compara o solo a uma esponja para explicar os defeitos de um
solo encharcado. ‘’ tem esponja que absorve mais água; outras absorvem menos
água. Assim também funcionam as camadas do solo’’ destaca o especialista.
Abaixo são apresentadas imagens que demonstram bem o processo de
saturação do solo.
Figura 1: Chuvas normais molham o solo superficialmente.

Fonte 1 https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2020/03/11/sensores-de-projeto-piloto-
indicaram-solo-saturado-dias-antes-de-deslizamentos-na-baixada-santista.ghtml

Figura 2: Com chuvas constantes, o solo começa a ficar encharcado.

Fonte 2 https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2020/03/11/sensores-de-projeto-piloto-
indicaram-solo-saturado-dias-antes-de-deslizamentos-na-baixada-santista.ghtml

Figura 3: Somadas as chuvas constantes, grandes quantidades de chuva


deixam o solo totalmente encharcado, o que provoca deslizamentos.

Fonte 3 https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2020/03/11/sensores-de-projeto-piloto-
indicaram-solo-saturado-dias-antes-de-deslizamentos-na-baixada-santista.ghtml
4.2.1 Teor de umidade do solo
É determinado que a umidade do solo é a quantidade de água presente no
mesmo. Pode-se medir através da massa e unidade volumétrica. Quando é utilizado
a unidade de massa, consideramos a razão da massa da água com a massa sólida
presente no solo. Ao utilizar a unidade volumétrica, consideramos que o solo possui
fase sólida (minerais e matéria orgânica), liquida (água presente no mesmo) e gasosa
(ar presente por meios de seus poros).

𝑉á𝑔𝑢𝑎
𝜃= 𝑜𝑛𝑑𝑒:
𝑉𝑇

𝑚3
𝜃 → 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒ú𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 3 𝑜𝑢 %
𝑚

𝑉á𝑔𝑢𝑎 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎

𝑉𝑇 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

𝑀𝑎
ℎ(%) = . 100
𝑀𝑠

ℎ = 𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜

𝑀𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎

𝑀𝑠 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜

Existem diversos métodos e técnicas para de obter a quantidade de água no


solo. Podemos classificá-los como métodos diretos e indiretos.

4.2.2 Métodos de medição direta


 Estufa
O método estufa trata-se de método tradicional e preciso, para isso é
necessário determinar a massa da amostra através de seu estado natural e a massa
posteriormente sua completa secagem efetuada em estufa a 105ºC até 110ºC.
Embora suas vantagens pela apresentação de resultados mais confiáveis, a principal
desvantagem é obtida pelo tempo excessivo para se obter o índice físico, este tempo
pode variar cerca de 16 a 24 horas podendo estender-se dependendo do tipo de solo.
 Frigideira
O método da frigideira é semelhante ao da estufa, porém é mais prático e rápido
de se obter a umidade do solo através da massa. O procedimento trata-se de secar
certa amostra do solo em frigideira através de uma chama. O tempo de secagem é
menor e existe a possibilidade de ser aplicado em locais com menos recursos, porém
sua precisão poderá ser afetada.
 Micro-Ondas
O método do micro-ondas tem semelhança com o método da estufa, porém o
tempo de secagem é mais rápido e pode variar de acordo com o número de amostras,
do seu tamanho, da umidade nelas apresentadas e até mesmo do tipo de solo que
está sendo ensaiado. A potência do Micro-ondas utilizado também é outro fator
importante, pois a secagem da amostra será feita através deste através de radiação
eletromagnética.
 Speedy
O método Speedy consiste na determinação do teor da umidade através da
mistura de água, presente no solo, com o carbureto de cálcio (CaC2), que quando
colocado em ambiente fechado, tem reação com a água que está na amostra
produzindo assim gás acetileno. Este gás irá aumentar a pressão, pois a amostra se
encontra em recipiente fechado. Posteriormente a pressão é lida em manômetro,
sendo que a mesma será proporcional ao teor de água contida na amostra de solo.
Este aparelho é patenteado, sendo utilizado no mundo todo, para determinação do
teor de umidade do solo de maneira rápida e precisa.
 Álcool
Através de método do álcool, é necessária a pesagem da capsula mais o
suporte, seguindo do depósito da amostra que será ensaiada e por fim é despejada
uma quantidade de álcool etílico, misturando com espátula e por fim inflamando o
álcool, repetido a mesma ação por três vezes. Na última etapa é pesada a capsula,
mais o suporte, mais o solo seco.

4.2.3 Métodos de medição indireta


A medição indireta utiliza algum método direto como base para mapeamento e
ajustes dos sensores.
 Sonda de Nêutrons
A sonda de nêutrons é um cilindro metálico selado composto por: fonte
radioativa (emissora de nêutrons rápidos), detector de nêutrons térmicos e pré-
amplificador. A sonda é capaz de detectar os nêutrons térmicos produzidos pela
interação com o solo. Quanto maior a quantidade de água no solo maior será o número
de nêutrons ao redor da sonda.
 Medição dielétrica
 Time Domain Reflectometry – TDR
Consiste de um pulso eletromagnético injetado no solo, onde a velocidade de
propagação em contato com os diversos componentes presentes no solo, formam
constantes dielétricas dos mesmos. Formando uma matriz compondo cada constante
podemos determinar a quantidade de água presente.
 Capacitivo ou Frequency Domain Reflectometry – FDR
Tem funcionamento similar ao de um capacitor, que emite um campo magnético
entre as suas extremidades. Todo o material em contato com este campo
eletromagnético será contabilizado para o cálculo da dielétrica total do solo.
Portanto, é possível contabilizar a quantidade de água no solo através da
variação da permissividade dielétrica total do solo. Na prática quanto maior a
humidade maior será o sinal em milivolts (mV), produzido pelo sensor.
Na figura ao
lado está a relação
de quantidade de
água em cada tipo
de solo e seu sinal
correspondente em
milivolts (mV).

Figura 4: correlação
entre volume de água
em cada tipo de solo e
valores em mV

Fonte 4 https://blog.labstore.com.br/sensores-de-umidade-do-solo/

4.3 MONITORAMENTO EXISTENTE


 Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais
(Cemaden) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)
tem como missão realizar o monitoramento das ameaças naturais em áreas de riscos
em municípios brasileiros suscetíveis à ocorrência de desastres naturais, além de
realizar pesquisas e inovações tecnológicas que possam contribuir para a melhoria de
seu sistema de alerta antecipado, com o objetivo final de reduzir o número de vítimas
fatais e prejuízos materiais em todo o país.
 Projeto monitoramento de encostas para prevenção de deslizamentos
Para acompanhar com maior precisão os deslocamentos de terra em encostas
com riscos de deslizamentos, o Cemaden instalou equipamentos de alta tecnologia
denominados Estações Totais Robotizadas (ETRs) e um conjunto de 100 prismas em
nove municípios piloto que possuem áreas de risco a deslizamentos.

Figura 5: Sensor geotécnico para monitoramento de deslizamento e prisma

Fonte 5 http://www.cemaden.gov.br/sensores-geotecnicos/

Visando ampliar e complementar os dados enviados via internet pelas ETRs


(Estações Totais Robotizadas), também será instalado, na segunda etapa, um
conjunto de equipamentos de monitoramento geotécnico compostos por pluviômetros
automáticos e sensores de umidade de solo – para que sejam coletados os dados
sobre a quantidade de chuva acumulada e o conteúdo de água no solo.
Figura 6: PCD, Pluviômetro automático e sensor de umidade do solo

Fonte 6 http://www.cemaden.gov.br/sensores-geotecnicos/

Este sistema busca monitoramento no local do deslocamento, chuva e umidade


do solo em áreas urbanas e faz com que a disponibilização dos dados seja em tempo
real. Busca-se com estes estudos, conseguir dados que permitam a produção e
emissão de alertas de forma antecipada de deslizamentos com maior confiabilidade.

4.4 SISTEMA DE MONITORAMENTO DESENVOLVIDO


4.4.1 O hardware e sua teoria
Segundo Okin (2013), o microcontrolador é definido sendo um sistema
computacional completo, onde estão incorporados um CPU (Unidade Central de
Processamento), programa e memória de dados, sistema de clock, portas E/S
(Entrada e Saída), e outros possíveis periféricos, tem módulos temporizados e
conversores de analógico-digital.
O projeto teve como base o controlador Esp8266 NodeMCU. A escolha desta
plataforma se deve a simplicidade de utilização, baixo custo, possibilidade de
operação sem necessidade de computador conectado, suporte embutido de rede WiFi
e memória flash integrada.
Figura 7: Microcontrolador

Fonte 7 https://www.eenewseurope.com/news/chinas-espressif-ships-100-million-iot-chips-0

O Esp8266 é um pequeno dispositivo com circuito integrado a um


microprocessador. O periférico é formado por entrada e saída e circuitos de memória
(RAM, ROM, FLAH ou PROM). É fabricado pela Espressif Systems e possui uma
antena WiFi. O microcontrolador também possui placa integrada com o chip ESP8266-
12, tem saídas e entradas com função PWM. Possui um regulador de tensão 3,3 Vdc
acoplado, uma interface usb-serial e sua alimentação é de 5 Vdc. O esp 8266
NodeMCU pode ser programado por Lua ou a IDE do Arduino C++.

Figura 8: Pinagem Esp8266 NodeMCU

Fonte 8 https://blog.eletrogate.com/nodemcu-esp12-introducao-1/
4.4.2 Os elementos não físicos e suas teorias
 Rede IIoT
A Rede IIoT (Industrial Internet of Things), em português, Internet das Coisas
Industrial, significa a comunicação entre os objetos com a internet com interconexão
digital, onde podemos verificar tanto pelo celular ou computador, por exemplo a
informação obtida de um sensor em uma indústria ou no caso apresentado a
informação de um sensor de umidade de solo. O executivo Kevin Ashton, em 1999,
foi o primeiro a usar o termo IoT, pesquisando uma forma de gerir a distribuição de
produtos da empresa Procter & Gamble (P&G), o levou a tentar conectar as
embalagens a internet de alguma forma.
Para Zampbarda (2014), são muitos os equipamentos que estarão conectados
como geladeira, óculos, elevadores e carros e poderemos futuramente ter problema
de conexão de rede.
Estamos vivendo neste momento a Revolução Industrial 4.0.

Figura 9: Revolução Industrial

Fonte 9 http://wertambiental.com.br/2019/01/15/industria_4-0/

 Cloud
Cloud ou computação na nuvem baseado em computador para realizar serviço
na internet onde se usa recurso de TI para armazenamento de dados, redes e de
aplicações com ambientes compartilhado de maneira integrado pela internet em
qualquer lugar do mundo independentemente da plataforma sem necessidade de
investir em equipamentos.
O serviço Cloud é muito utilizado na rede IIoT, onde os dados da leitura de um
sensor são enviado para a nuvem, aonde são armazenado e podem ser acessados
por qualquer usuário que tenha permissão de acesso. Isso ocorre devido a série de
servidores interligados entres si, que processam milhares de algoritmo. Existem 3
tipos de nuvem, nuvem pública, nuvem privada e nuvem hídrida.
 Nuvem pública (public cloud) – os principais provedores são: Google Cloud
Platform, Microsoft Azure, Amazon AWS e Alibaba Cloud. Estas plataformas
são provedores de serviços terceirizados onde a segurança e os dados do
cliente estão na infraestrutura de propriedades dos provedores de serviços.
 Nuvem privada (private cloud) – os dados e serviços são gerenciados pela
organização, o controle principal está na infraestrutura, diminuindo os
problemas de segurança, porém usam serviço de terceiro para a organização
do cliente.
 Nuvem híbrida (hybrid cloud) – são a nuvem pública e privada combinadas,
para definir qual nuvem irá usa, depende do tipo de dado, aplicativo,
certificados do setor, padrões, regulamento etc.

Figura 10: Servidor na Nuvem

Fonte 10 https://www.mandic.com.br/cloud/
 ThinkSpeak
A plataforma IoT ThinkSpeak pertence ao grupo software MathWorks, a grande
vantagem dessa plataforma é a ausência de custo para o usuário no que se refere a
up-load de dados numéricos, esses dados ficam armazenado na nuvem, onde é
permitido a visualização em gráficos em tempo real. Com essa plataforma pode-se
monitorar qualquer grandeza numérica como pressão, umidade, temperatura, etc. O
ThinkSpeak tem uma limitação de upload de 15 segundos no mínimo, abaixo desse
valor os dados são perdidos.
Para enviar os dados são necessários realizar requisição em HTTP em string
usando TCP client ao servidor ThinkSpeak pela porta 80. Para realizar requisição
HTTP, será necessária uma chave de escrita que é fornecida pelo ThinkSpeak, a qual
é única para cada canal de informação de dados enviados.

Figura 11: Comunicação Nuvem entre Esp e ThinkSpeak

Fonte 11 https://www.filipeflop.com/blog/planta-iot-com-esp8266-nodemcu/

4.4.3 Simulação
O teste foi realizado com auxílio de protoboard, onde foi conectado um esp8266
ligado a um sensor de umidade do solo higrômetro e inserido no solo dentro de um
vaso de planta.
O sensor varia a tensão entre 0 Vdc e 3,3Vdc. Quando estiver com valor
máximo de 3,3Vdc significa que a umidade do solo está baixa, e quando estiver 0Vdc
a umidade do solo está alta.
Figura 12: Visualização do protótipo

Fonte 12 Autores

O esp precisa de 5Vdc para sua alimentação, o conversor do sensor de


umidade e alimentado com 3,3Vdc e quando resistência do sensor varia enviar sinal
analógico para esp. O canal de resolução e de 8 bits e varia 0 a 978 byts.

Figura 13: Ligação Elétrica

Fonte 13 www.filipeflop.com/blog/planta-iot-com-esp8266-nodemcu/

A cada 30 segundos o Esp 8266 NodeMCU envia a leitura para nuvem do


ThinkSpeak que transforma esses dados em gráficos que pode ser compartilhado com
qualquer pessoa que esteja conectado na internet com um celular ou computador.
Figura 14: Gráfico de monitoramento do solo

Fonte 14 https://thingspeak.com/login?skipSSOCheck=true

4.4.4 Custos do Projeto


Segundo Saraiva, uma Estações Totais Robotizadas (ETRs), tem valores
próximos a R$180.000,00, enquanto um pluviômetro automático é avaliado em
R$590,00. Abaixo os custos para efetivação deste protótipo em baixa escala,
(sabendo-se que uma concepção em larga escala reduziria consideravelmente estes
valores). Aqui não se busca fazer a comparação entre valores dos sistemas e sim
demostrar que o estudo também se mostra viável economicamente levando-se em
conta o nível de informação disponibilizada.

Figura 15: Custos do protótipo

Fonte 15 Autores
5. RESULTADOS
Foram encontradas aplicações práticas dos conhecimentos adquiridos em
sistemas de aquisição de dados além da perspectiva iniciais com aprofundamento
teórico relacionado aos temas ambientais na prevenção de deslizamentos com baixo
custo em relação aos métodos hoje consolidados.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema de monitoramento da umidade de solo se mostra uma alternativa
viável para melhorar o planejamento de evacuação do encostas tendo um custo baixo
no que se refere a montagem dos equipamentos. É vislumbrado um futuro possível
onde cada casa pode ter um sensor instalado, sendo estes dados de umidade do solo
monitorados pelo próprio morador em tempo real através de gráfico amigável
utilizando um celular ou computador.
A ideia não e substituir o sistema de monitoramento do governo, e sim
proporcionar mais uma opção de segurança, a comunidade contribuindo para uma
tomada de decisão de abandonar o imóvel se a condição de umidade do solo estiver
alta, com risco de deslizamento.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BACCHI, O. O. S.; REICHARDT, K.; CALVACHE, M. Sonda de neutrones y


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<https://www.filipeflop.com/blog/planta-iot-com-esp8266-nodemcu/>. Acesso em 11
mai. 2021.

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decorrentes de deslizamentos de terra em cenários de mudanças climáticas na
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<http://urlib.net/8JMKD3MGP3W34P/3LT6C4S> acesso em: 11 maio 2021
CAPUTO, Homero Pinto; CAPUTO, Armando Negreiros; Mecânica dos solos e
suas aplicações. 7. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

CARVALHO, Celso Santos. Galvão, Thiago. Prevenção de riscos de


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<http://repositorio.ipea.gov.br/
bitstream/11058/9613/1/Preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20riscos.pdf>acesso
em: 11 mai. 2021

CEMADEN. Projeto monitoramento de encostas para prevenção de


deslizamentos. Disponível em: http://www.cemaden.gov.br/projeto-monitoramento-
de-encostas-para-prevencao-de-deslizamentos

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM. DNER-ME 088/94 –


Solos – Determinação da umidade pelo método do álcool. DNER, 1994.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS E RODAGEM. DNER-ME 052/94 –


Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com emprego do
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