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História | Material de Apoio

Professor Rodrigo Donin.

CICLOS ECONÔMICOS DO PARANÁ


1. Ciclo do Ouro, século XVII;
2. Ciclo do Tropeirismo (comércio), século XVIII e XII;
3. Ciclo da Erva-Mate, 1830 a 1930;
4. Ciclo da Madeira, 1890 a 1945;
5. Ciclo do Café, 1930 a 1975;
6. Ciclo dos grãos, horlicultura e agropecuária, a parlir de 1970.

CICLO DO CAFÉ, 1930 A 1975;


Os primeiros passos da cafeicultura no Paraná foram
dados em meados do século XIX, quando se começou a
plantar café em algumas colônias fundadas, por iniciativa
ou com apoio do governo imperial, na orla da grande
floresta desabitada que ocupava a região norte.
Em 1875 já se plantava café, de ótima qualidade, na
Colônia Militar de Jataí. O tenente Antônio Vasconcelos de
Menezes, comandante da colônia, em seu relatório de
1886 afirmou que, no futuro as terras da região não teriam
competidores na produção de café.
Depois de dominar no Vale do Paraíba, o café passou ao Paraná, encontrando aí as melhores terras do mundo
para o seu plantio. Na famosa terra roxa do NORTE do Paraná, o rendimento do cafezal atingiu o mais elevado
índice do mundo.

NORTE DO PARANÁ, IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA


Já na segunda metade do século XX a expansão cafeeira de São Paulo penetrou no Paraná, pelo Vale do Itararé,
levando ao surgimento de várias fazendas e de alguns núcleos urbanos como Santo Antônio da Platina.
Desde o início de sua colonização, a região norte esteve sob a influência da economia paulista, mesmo porque
sua população era formada principalmente por paulistas e mineiros, provenientes de regiões cafeeiras.
O desenvolvimento da Cafeicultura no Estado do Paraná começou a se intensificar devido ao Convênio
assinado na cidade de Taubaté, em 1906.

O Estado do Paraná se mostrava livre das imposições celebradas pelo acordo entre produtores e governo
federal.

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Década de 1930:
O café mudou o Paraná. Em 1O anos, de 1950 a 1960 a população dobrou, e o número de propriedades
agrícolas aumentou de 90.000 para mais de 270.000. Só no ano de 1960 foram criados 57 municípios, sendo
40 só no Norte do Paraná.

Marcas da colonização: Companhia de Terras Norte do Paraná


Nascida como Companhia de Terras Norte do Paraná, adquiri 515.000 alqueires de terra fertilíssima e em
junho de 1929 assume o controle acionário da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná, ponto de partida para
o reconhecimento e repartição de todo o acervo de terras da empresa e sua integração à economia do Estado.
O Sr. Arthur Thomas pessoa de confiança de Lord Lovat, membro da missão financeira britânica, designado
para o cargo de diretor-gerente, lançou o plano de colonização e realizou o levantamento topográfico das
águas e dos espigões. Traçou as futuras estradas de modo que os lotes rurais ficassem com a frente na parte
alta da estrada, onde era plantado o café e nos fundos, próximas ao ribeirão, seriam construídas as casas e
demais instalações. Nesta fase inglesa é fundada Londrina cuja história é a da Companhia de Terras Norte do
Paraná.
Até 1.951, a Companhia de Terras manteve a política de colonização dos ingleses, isto é, obra de
desbravamento e uso racional da terra.
Diante da dificuldade de negociar com o governo a compra de uma nova gleba de 100.000 alqueires, a
Companhia decidiu diversificar suas atividades, incorporou uma empresa que se chamava Companhia
Melhoramentos, a qual tinha cerâmica e serraria e se propunha a construir para facilitar as vendas e a vida
dos recém-chegados.

CRISE DA CAFEICULTURA
"Ligado a políticas de desestimular a continuidade da cafeicultura"
Fatores:
 Considerando a sua itinerância como aconteceu nos Vales do Paraíba e Tiete, o café do norte do
Paraná perdeu aos poucos sua importância.
 O problema da "superprodução", e a saturação do mercado internacional de café exigem dos
poderes governamentais políticas visando reduzir as safras pelos programas de erradicação dos
pés de café.
 A partir da década de 60, governo brasileiro cria o Grupo Executivo de Racionalização da
Agricultura (GERCA), apoiado no Programa de Racionalização da Cafeicultura que previa, como
uma de suas metas, a diversificação de culturas nas áreas liberadas com a erradicação do café.

Consequência: gera Incentivos pelo surgimento de Cooperativas:


 As cooperativas atuaram como elementos de difusão da modernização agropecuária estimulando
e “provocando” a introdução de lavouras chamadas modernas, sobretudo a soja. A sua estrutura
organizacional e relacionamento direto com os produtores facilitaram o papel das mesmas, que
encontraram no Estado seu principal aliado.

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