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SÉRIE/ANO: 9° ANO.
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https://www.pensador.com/frases_pensamentos_para_refletir_sobre_morte/
wiziOSzpvDpAhVsIL ( suporte)
OBSERVAÇÃO:
-VALE 1 PONTO.
Passei algum tempo tentando encontrar o melhor tema para inaugurar minha coluna nesse espaço.
Queria algo que trouxesse a ideia de início, de ponto de partida. Algo que possuísse uma ideia
apaziguadora e, ao mesmo tempo, incomodasse. Bom, definido esse perfil, não precisei de muito tempo
para chegar ao tema central: a morte.
Mas o que é morte? Uma nuvem negra que paira sobre a vida humana? Um ponto aparentemente
desconhecido, na periferia de uma gaussiana? Um animal feroz e incansável correndo atrás de sua presa
e essa sabendo que se tropeçar, cansar-se ou não for rápida e esperta o suficiente, fatalmente será
alcançada?
Willian Randolph Hearst proibiu que se usasse essa palavra, morte, na sua presença. Filipe II, rei da
Macedônia e pai de Alexandre, o Grande, ao contrário, chegou a designar um empregado para que
diariamente lhe dissesse: “Lembre-se, Filipe, de que você vai morrer”.
Foi Quintana quem disse: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver". Pois em sua visão,
deixar de viver era certamente um problema maior que a própria morte. Pensamento compartilhado por
Niels Bohr (o mesmo do modelo atômico), quando declarou que “o sentido da vida está em que não há
sentido uma vida sem sentido”.
Se Quintana está certo, muitos dos recursos heroicos para evitar que um paciente morra, seriam, na
verdade, uma violência ao princípio do “deixar de viver”, pois há dores que fazem algum sentido, como as
do parto: uma vida nova nasce. Mas há dores que não se justificam, como prolongar a agonia de um
paciente para manter a consciência tranquila do médico ou da família, por terem feito o que o costume
obriga, e que se dá a esse costume o nome de ética, sem se questionar se de fato houve “ética”, uma vez
que "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor.
É interessante notar que na saúde como um todo, você tem disponível um profissional para cada
peculiaridade, mas não existe um “morte terapeuta”, um profissional especialista para cuidar dos que
estão morrendo. Cuidar da vida que se prepara para partir, para que seja de forma suave, sem dores e
digna, longe de tubos, agulhas e ambientes que nos provocam arrepios.
Bem, o tema era morte, mas não me vi capaz de defini-la perfeitamente, talvez definindo vida, possa
formar um conceito mais exato de morte. Mas afinal, o que é vida? Mais precisamente o que é vida de um
ser humano? Talvez um zigue-zigue num monitor cardíaco? Acredito que seja algo mais do que um
coração batendo e ondas cerebrais. Não acredito ser a definição biológica a mais completa, quiçá a mais
correta.
Um dia me disseram que morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os
pingos nos “is” a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços... Sentimentos.
Vejo que também é complicada a tarefa de definir vida, será que é possível defini-la estando vivo? O que
se dirá então, sobre a tentativa de definir morte estando vivo?
Mas e aí, será que podemos concluir que independente do conhecimento da morte e da dificuldade de se
conceituar vida, de fato a vida vale a pena? Acredito que essa pergunta não caberia a um homem, mas
sim a um embrião.
Por Antunes Weide
Colunista Brasil Escola
ATIVIDADE
5-Comente a frase:
A cada chamado da vida, o coração deve estar pronto para a despedida e para novo começo, com ânimo
e sem lamúrias. Aberto sempre para novos compromissos. Dentro de cada começar mora um encanto
que nos dá forças e nos ajuda a viver.
Hermann Hesse