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PROCESSO DA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM E O

DESENHO ARTÍSTICO NO AMBIENTE ESCOLAR.


Autor: Cirlene Rinco Gregio1
Tutor externo: Camila dos Reis Otaviano2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (FLC 3680 ARTES VISUAIS) – Estágio II
14/07/2021

RESUMO

O processo de construção da arte avançou muito até chegar às salas de aula como
expressão da linguagem e papel fundamental de transformação humana para então
contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo do
aluno, além de possibilitar a sua expressão e a percepção de mundo. A importância de
se trabalhar com as Artes Visuais no ambiente escolar: desenho, pintura, modelagem,
recorte e colagem, contribui para a caracterização das diferentes linguagens no
processo de aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento das emoções, a
criatividade, a imaginação. O desenho traz em seu conteúdo a expressão do pensar e
do sentir. Assim é importante compreender de que maneira a linguagem artística
contribui para a aprendizagem, identificar aas possíveis metodologias que podem ser
trabalhadas e relacionar a interação do aluno com o mundo que o cerca. Devido a
pandemia do covid-19, este estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica
dissertativa, onde utilizaremos como produto virtual uma cartilha de fácil entendimento
e fácil acesso ao assunto.

Palavras-chave: Artes Visuais; Desenho; Ambiente escolar.

1 INTRODUÇÃO

O desenho artístico é uma forma de representação gráfica, que por meio da


linguagem visual possibilita a comunicação e a compreensão dos diferentes signos. Em
cada momento da História o desenho expressado e compreendido de formas diferentes,
sendo importante pesquisar, analisar e refletir sobre o desenho no ambiente escolar. É a
partir do conhecimento prévio e da prática que o desenho é aprendido e aprimorado.
É importante destacar o desenho de forma teórica e prática, contribuindo para
uma proposta de estudo e pesquisa teórica com aprofundamento de métodos e práticas
artísticas que auxiliarão na formação acadêmica.
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Artes Visuais; E-mail: cirlenegregio@yahoo.com.br
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Artes Visuais – Polo Gaspar S/C; E-mail:
ciclanodetal@uniasselvi.com.br
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Muito antes da escrita, o desenho demonstrava-se como forma de comunicação


entre os povos primitivos. O desenho surge da necessidade de se expressar. Dessa
forma, o desenho assume o papel de representação artística que carrega significados
sociais, culturais e históricos.

Para se fazer algo, é necessário criar um esboço. Garcez e Oliveira (2004, p.74)
alegam que “o desenho vem antes de todas as coisas que o homem produz: roupas,
sapatos, casas, edifícios, pontes, automóveis, aviões, móveis, computadores, utensílios,
ferramentas, louças, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos etc.” Para esses autores o
desenho é a matriz de outras formas de expressão visual, como a pintura, a gravura, o
cinema, e outras que necessitam do esboço como base. Desde a pré-história, os povos
primitivos utilizavam o desenho para representar suas formas de ser e agir e isto fez
com que as primeiras manifestações artísticas da humanidade tenham sido representadas
através de desenhos, a 20.000 anos a.C. O ser humano, desde que se tem registros, se
percebe no mundo a partir das manifestações expressivas, dando-lhes significados.

O homem sempre desenhou. Sempre deixou registros gráficos, índices


de sua existência, comunicados íntimos destinados à posteridade. O
desenho, linguagem tão antiga e tão permanente, sempre esteve
presente desde que o homem inventou o homem. Atravessou
fronteiras espaciais e temporais e, por ser tão simples, teimosamente
acompanha a nossa aventura na Terra (DERDYK, 1990, p.10).

A nova Lei (13.278/2016), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional (LDB-Lei 9.394/1996), estabelecendo prazo de cinco anos para que os
sistemas de ensino promovam a formação de professores para implantar esses
componentes curriculares na Educação Infantil, Fundamental e Médio. A legislação
ainda prevê que o ensino da arte, com especificidade em suas expressões regionais, seja
componente curricular obrigatório na educação básica, com a finalidade de promover o
desenvolvimento cultural dos alunos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC,
2018), traz os eixos: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se,
reconhecendo a importância para a criança ganhar espaços privilegiados, desenvolvendo
as habilidades e consolidando sua aprendizagem.

As linguagens artísticas possibilitam para a criança ampliar sua percepção,


imaginação, criatividade e consciência acerca do mundo em que vivem. Referente a
isso, Iavelberg (2006, p.43) argumenta que: “a nossa possibilidade de compreensão do
mundo e de nós mesmos se expande muito por meio da arte, porque nosso universo
simbólico dialoga com outros universos simbólicos que nos tocam de uma maneira ao
mesmo tempo sensível e cognitiva.”

Na arte, tudo que está internalizado vem à tona, tanto ao observar quanto ao
criar uma obra de arte. Quem observa, analisa, lê uma obra de arte é tomado por
sensações que relembram experiências, fatos, ações e sentimentos, ou seja, é resultado
de sentimentos contidos que são externados por meio da arte. A arte é criatividade, está
imbricado de experiências de vida e, por meio dela, decorrem as criações ou inovações,
sempre relacionando com aspectos da realidade.

Fazer arte reúne processos complexos em que a criança sintetiza diversos


elementos de sua experiência. No processo de selecionar, interpretar e
reformar, mostra como pensa, como sente e como vê. A criança representa na
criação artística o que lhe interessa e o que ela domina, de acordo com seus
estágios evolutivos. Uma obra de arte não é a representação de uma coisa,
mas a representação da relação do artista com aquela coisa, [...]. Quanto mais
se avança na arte, mais se conhece e demonstra autoconfiança,
independência, comunicação e adaptação social. ( ALBINATI, 2009, p.4).

Este é um dos propósitos da arte na escola, instigar os estudantes a serem


capazes de ler arte, de sentir arte e vivenciar arte e não apenas conhecer as obras de arte,
que possuem um valor cultural e histórico incontestável, mas eles necessitam ser
instigados a olhar e compreender qualquer tipo de imagem. Deste modo, possibilitar
práticas pedagógicas no ensino da arte que contribuam para que os estudantes possam
ampliar sua leitura estética, sua visão de mundo e ampliando seu modo de ver e sentir as
coisas ao seu redor.

Compreende-se que os benefícios de atividades manuais produzem diversos


benefícios para as crianças e adolescentes. Além de tudo o que já foi destacado, também
é importante retomar que o fazer artístico aprimora e desenvolve a sensibilidade do
indivíduo, o que não seria diferente com o ato de desenhar, uma expressão do aluno. E
ainda que a sensibilidade por muitas vezes passe despercebida nos objetivos propostos
pelas atividades educativas, esta não se deve ser esquecida pois é diretamente
relacionada aos sentimentos e a razão (MOREIRA,2011).

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Devido à pandemia COVID-19, este estudo caracteriza-se como pesquisa


bibliográfica pelo motivo que recorreu ao uso de materiais como livros, revistas, artigos,
publicações, impressas, escritas, sites e sites da instituição. A instituição concedente foi
Escola Municipal Alberto Schmitt, localizada na Rua: Estrada geral Baú Central,]
Ilhota-Sc, CEP: 88320-000.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O estágio no ensino fundamental é muito importante, trabalhar as Artes e


desenho artístico nessa fase faz com que o aluno realize inúmeras descobertas, tenha
percepção visual e senso crítico, aprendemos muito com os alunos e isso é muito
enriquecedor para nossa formação, inclusive percebemos também o quanto é importante
nos aprofundarmos em teoria, em buscas virtuais.
A execução desse estágio em época de pandemia foi desafiador para mim, pois
na prática não pude vivenciar as experiências de trabalhar com as crianças, mais ao
mesmo tempo me senti desafiada a fazer mais e mais pesquisas e me aprofundar nos
assuntos, a me inovar e buscar o novo, e percebi que para se trabalhar Artes visuais
precisamos nos desafiar constantemente sempre buscando algo inovador e que instigue
as crianças estimulando sua imaginação e criatividade.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
LOPES, Elisiane Souza Saiber; KONELL, Vânia; ODORIZZI, Tatiane Jeruza. Desenho
Artístico e de Apresentação. Indaial: UNIASSELVI, 2016.
TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do trabalho acadêmico.
Indaial: UNIASSELVI, 2011.

ANEXO I
ANEXO II

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